Potter você é a minha escolha escrita por Lily Potter


Capítulo 20
Capítulo 20 - Mísera parte


Notas iniciais do capítulo

OLÁ!!!
Voltei o mais rápido que pude. Acho que nunca demorei tanto para escrever um capítulo ainda mais resfriada, isso corta todo o meu raciocínio ao meio, mas espero que gostem! Tentei evitar os errinhos que eu sei que por ver ou outra eu deixo escapar, mas se ainda assim houver algum mil desculpas. Espero que gostem do capítulo!! Posto quando tiver comentários, prometo que isso vai ser antes de acabar o ano!!
BOA LEITURAAA!



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Coração pulsante, respirando¸ pensou Tiago.

– Potter... - Ouviu-a murmurar bem baixinho. - Black, Remo. Boa noite. - Completou quase de súbito com um aceno de cabeça, e se adiantou pelo corredor, indo de encontro à Mulher Gorda.

– Ela está meio estressada, Evans. - Disse Sirius virando-se para a garota.

– Ela sempre está. Chega a ser incrível, consegue ser pior do que eu. - Disse num meio sorriso, se afastando.

– Quem diria... - Disse Sirius depois de breves segundos.

– O que? - Indagou Tiago.

– Ela admitiu que é estressada. Deve ser um grande passo na vida dela, acho. - Riu Sirius.

– Ela disse?

– Disse, e não é a única que está meio aérea, pelo visto. - Remo sorria enquanto observava a cara de surpresa do amigo.

– Se tivesse prestado atenção no que ela falava e não precisamente nela você teria ouvido. - Comentou Sirius, olhando para o amigo. - Tiago?

– Oi. - Observava o corredor por onde ela tinha passado, como se fosse capaz de visualizá-la ali ainda. - Ela não estava meio que perdida?

– Você entendeu a parte de que ela não é a única aérea aqui? - Murmurou Sirius.

– Pelo menos não fui o único a perceber isso. - Disse encarando Sirius da mesma forma que o amigo o encarava.

– Acho que você bateu cabeça e seu cérebro vazou pelo visto. - Concluiu Remo, voltando a andar.

– Por que do sorrisinho, Pontas? - Disse Sirius. - Veja o que o amor faz com as pessoas. Deixam elas tão altas, tão além.

– Ela está bem. Preciso de melhor motivo para sorrir, caro Almofadinhas? - Disse passando o braço em volta dos outros dois, um o encarando e o outro rindo.

– Acho que prefiro você andando por ai sozinho de novo... - Murmurou Sirius.

***

– Eu disse para ele. Mas é o Linue, nunca vi um garoto de doze anos tão persistente. De qualquer forma ele se deu mal, perdeu feio no xadrez e mais alguns galeões que tinha... - Ouvia Kate dizer de sua cama, não se lembrava do quanto era macia e aconchegante.

– A mãe do Frank vive falando sobre inúmeros bruxos, alguns sucumbiram a jogos e perderam tudo. Se ela soubesse das apostas que Frank faz às vezes, jogaria ele da janela para ver se ele voa sozinho. - Comentou a garota rindo.

– Já a vi uma vez, quando fui comprar o material no segundo ano lá no Beco. Aliás, adorei o chapéu de bichinho. - Afirmou Anne.

– Aquele treco me dá arrepios, é um urubu de verdade empalhado. - Disse com o olhar vidrado. - Mas fora isso ela é gentil, orgulhosa e mão firme, mas um amor quando se conhece ela.

– A mãe do Potter é assim também? - se pronunciou Lily de repente, tão surpresa quanto as outras que a olharam de súbito como se tivessem percebido sua presença somente naquele momento.

– A primeira vista muitas pessoas pensam que ela é rigorosa e segue o mesmo exemplo da família dela, mas a Dórea sempre teve um pensamento diferente dos outros Black’s.

– Black?! - Disseram Kate e Lily ao mesmo tempo, surpresas.

– Quer dizer que o Potter e o Black são parentes? O que? Primos? - Indagou Kate.

– Agora entendo porque os dois são quase idênticos. - Brincou Alice soltando um leve sorriso enquanto folheava alguma coisa no livro de Herbologia.

– Sim, os pais do Ti são tios-avôs do Sirius.

– Oi? - As três disseram em um uníssono tão perfeito que fez Anne rir.

– Sim, Dórea e Charlus não optaram por ter um filho tão cedo, enquanto isso a família Black criou outras “ramificações”. Devem ser primos de segundo ou de algum outro grau, mas até onde eu sei de fato são parentes. - Conclui se voltando para Lily com um meio sorriso no rosto. - Mas por que a pergunta Lily?

– Não sei... Curiosidade mesmo...

– Pensando no Potter, Lírio? - Brincou, enquanto a amiga corava levemente.

– Não diga besteiras, Anne.

– Tem ao menos falado com ele ultimamente? - Perguntou Kate, sem desviar a atenção de um pergaminho de mais de meio metro em que o tinteiro havia caído, e então amassou-o e o jogou numa pilha de outros inúmeros pergaminhos amassados ao lado de sua cama.

– Eu... Eu o vi hoje.

– E...? - Perguntou Alice, erguendo uma das sobrancelhas.

– Fui despachar uma carta para os meus pais e o vi nos jardins que dão para o Corujal, só.

– Só? - Inquiriu Anne.

– Só. Não tem porque haver mais nada, Anne. - Disse Lily, evitando o olhar penetrante da amiga.

– Falou com ele? - Disse Kate.

– Não, ele não me viu. Mas ainda assim tenho bons modos, falaria com ele.

– Claro que falaria. - Respondeu ironicamente.

– Claro que sim. Encontrei com ele, Remo e Sirius enquanto voltava para cá. Falei com eles sim.

– Sempre precisa ter mais alguém para você se sentir na obrigação de falar com ele. Pensei que você já tinha ultrapassado essa parte.

– “Parte”? - Repetiu.

– A parte de achar que ele é só mais um problema que você tem que resolver, só mais uma obrigação.

– Ele não é só mais uma “obrigação” minha.

– É como se fosse. Como se tudo o que acontece fosse culpa dele.

– Vai me dizer que concorda, que apoia o que ele me fez por todos esses anos?

– Não, eu não concordo, não com a maneira que ele agiu as vezes. Mas se você não fosse tão míope teria percebido que ele só está tentando chamar sua atenção de um jeito ou outro.

– Continuo a manter minha opinião sobre ele, mesmo depois...

– Depois do que? - Indagou notando o silêncio da amiga.

– Depois de... Depois daquele dia em Hogsmeade. - Não posso contar, pensou.

–Não. Você vai manter sua opinião porque não quer admitir que esteja apaixonada, só.

– Só... - Riu amargamente.

– Não vai negar? - Disse Kate.

– Por que quando sei que não vai adiantar nada? - Parabéns Lily, agora ela vai achar que você está realmente... agindo do jeito que ela disse que está agindo, pensou.

– Porque é você. - Dessa vez foi Anne quem interveio. - E isso não é um insulto, por Merlim!

– Ok então, eu, Lily Evans, ouçam bem, não estou apaixonada.

– Você disse que não está apaixonada, mas isso não quer dizer que não esteja apaixonada pelo Tiago. - Afirmou Alice no que as outras duas apoiaram.

– Arrrg! Merlim o que quê eu fiz para merecer esses três grindylows na minha vida?

– Bem... Você nasceu, não? - Brincou Anne.

***

– SÁBADO!! - Gritou Sirius, fazendo a maior balbúrdia. - Levantem seus preguiçosos imundos! - Disse alegremente. - Não vão levantar? - Murmurou procurando pela varinha.

– Nem ouse, Black... - Murmurou Tiago por trás do cortinado.

– Ué! Eu não ia fazer nada! Julgar as pessoas é feio, Tiaguinho. - Disse se levantando mais silenciosamente que podia e se aproximando do cortinado do amigo, puxando-o. - Levi...– Tiago apareceu de trás do amigo que teve suas pernas e braços colados ao corpo, tombando de lado, movendo somente os olhos que eram capazes de traduzir cada xingamento que Sirius estava dirigindo ao amigo mentalmente.

– Feitiços não verbais e mais uma coisinha chamada despertador. - Riu, saltando por cima de um Sirius duro feito pedra no chão e se sentando em sua cama. - Entendo sua felicidade por ser sábado, mas guarde-a pra você.

– Podíamos usar o legilimens nele... - Murmurou Remo se espreguiçando. - Acordar pessoas... Ele já devia saber que todo mundo já está acordado quando ele decide acordar.

– Você tem uma mente perversa, Aluado. Que lobinho mal.

– Você também está precisando de um. Sabe, sou bom nesse feitiço...

– Não está aqui mais quem falou. - Riu o garoto, se levantando.

– É bom você rir... - Ouviu Sirius murmurar com dificuldade.

– ... Enquanto posso? - Continuou. - Não se preocupe pulguento, não estarei aqui quando você conseguir se mexer por conta própria.

***

– É BOM VOCÊ CORRER! - Ouviram Sirius gritar enquanto corria atrás de Tiago que disparava pelo buraco do retrato.

– Bom dia, meninas. - Remo as saudou no que todas assentiram com um sorriso enquanto Anne se aproximava dele e a deixava ser envolvida pelos ombros por ele.

– É oficial, então? - Perguntou Kate levando uma cotovelada de Lily na barriga. - Ai! Que foi...? - Reclamou encarando a ruiva. - Baah, bobagem. E ai, é sério então? - Repetiu olhando de um para o outro.

–Não precisam responder. - Disse Lily notando que ambos coraram. - O que o Tiago fez para ter que fugir do Sirius?

– Caramba. - Disse Remo, surpreso.

– O que? - indagou a garota.

– Você chamou o Tiago pelo nome, não que isso faça diferença, é só que...

Faz toda diferença. - Disse Kate percebendo o que havia acontecido com atraso, fazendo Lily revirar os olhos.

– Grande coisa. É o nome dele, certo? Não vejo mal nisso...

– Não vê mal nisso?? Você praticamente passou sua vida inteira o chamando de Potter, realmente faz toda diferença. - Concluiu Anne.

– Não, não faz. Porque ele continua sendo um cafajeste, tirano e arrogante independentemente da forma que eu o chame. - Concluiu se direcionando para o buraco do retrato, sem notar a troca de olhares que se seguia atrás dela ou até mesmo o breve sussurro de Kate dizendo “Ainda assim faz toda a diferença”.

***

Neve?, pensou Tiago, enquanto saia em disparada para os jardins, percebendo tarde demais e afundando o pé em um monte da substância.

– Eu podia me vingar de você, mas parece que a mãe natureza já fez isso por mim. - Disse Sirius logo atrás, respirando lentamente o ar gélido de Dezembro, e ainda assim rindo do outro que caíra no gramado semi coberto de neve.

– Já? - Disse se levantando e jogando uma bolinha de neve na cara do amigo. -Agora sim a mãe natureza está em equilíbrio. - Concluiu rindo.

– Essa será sua última risada Potter! - Disse Sirius juntando neve com as duas mãos.

***

– O que raios aconteceu com vocês dois? Andaram brincando de rolar na neve? - Ouviram McGonagall dizer quando entraram para o Salão Principal, felizes por ainda servirem o café da manhã.

– Nós... Caímos. - Respondeu Tiago com um meio sorriso.

– Você pelo menos sim. - Disse Sirius baixinho, rindo.

– Não sei do que seria essa escola, ou melhor, do que seria vocês se Madame Pomfrey tirasse férias. - Comentou medindo os dois de cima abaixo, quase encharcados da neve que começava a derreter. - Espero que troquem essas roupas antes que peguem um baita de um resfriado. Preciso dizer para terem uma boa tarde? - Concluiu encarando-os.

– Aceitamos e desejamos o mesmo para a senhora, professora.

– Se não o conhecesse pensaria que realmente é uma pessoa decente, Black. - Afirmou, fazendo Tiago rir. - Não ria Potter, sabe que digo o mesmo do senhor.

– Vai seu trasgo, ri agora! - Disse Sirius rindo da careta do amigo.

– Me deem licença, por favor. - Disse indo na direção do Saguão de Entrada. - Os aconselharia a tomarem seu café logo.

– Ahm... Obrigado, professora.

– Adoro essa mulher.

– Você tem problemas, Pontas.

– Qual é, ela é boa no que faz. Se bem que o fato de eu ser bom facilita as coisas.

– Até que enfim! - Disse Remo quando os dois se sentaram.

– Olá para você também, Reminho. - Respondeu Sirius mandando um beijo para o outro.

– Corta essa. O Apolo estava injuriado, Pontas. - Disse se dirigindo ao outro.

– Eu prometi que daria alguma coisa para ele quando voltasse.

– Agora está explicado porque ele comeu seu cereal. - Ouviu Lily alguns lugares do outro lado da mesa, se dirigindo a Remo. Procurou por ela e percebeu que ela já estava olhando para ele, sentiu suas bochechas enrubescerem levemente e desviou o olhar, ciente de que a garota percebera e engasgando com o suco.

– Ele... Ele deixou alguma correspondência? - Perguntou ainda tossindo, sentindo que estava corando mais ainda.

– Calma ae, Pontas. - Disse Rabicho, dando-lhe tapas excessivamente fortes nas costas.

– Valeu Pedro, valeu mesmo. - Disse, sentindo suas costas doerem onde o amigo batera.

– Uma carta de Dórea. - Disse Anne entregando-lhe a correspondência que estava sobre a mesa.

– Que droga... Ela quer que a gente passe o Natal aqui. Qual é! - Comentou para Sirius.

– Mas por quê??

– Tom Riddle.

– Quem? - Indagou Lily.

– Voldemort ou você-sabe-quem. - Respondeu Sirius amargamente. - Deve estar procurando mais aliados, os tais dos Comensais da Morte.

– Acho que nossos amigos sonserinos não bastam para ele. - Comentou Tiago.

– Acham que alguém de Hogwarts se aliaria a ele? - Indagou Kate.

– Não só acho como tenho certeza.

– Quem? - Disse Anne.

– Tenham em mente que metade da minha família é. - No que todas olharam para Sirius.

– Sei em quem está pensando. - Disse Tiago olhando para Lily. - Se ele é ou não. Realmente ainda duvida disso?

– Deixei de duvidar há muito tempo. - Respondeu, mantendo o olhar no dele. - Acho que deixei de duvidar de muitas coisas para falar a verdade.


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Notas finais do capítulo

Olha eu aqui de novo, a música dessa vez é "Mi vida eres tu" da Vanguart
Espero que tenham gostado do cap.
As estrelinhas ou o nome delas que eu esqueci são porque o site não aceita os espaços que eu dou quando mudo o ambiente ou rumo do capítulo, espero que fica mais fácil de compreender.
Adiooos