Potter você é a minha escolha escrita por Lily Potter


Capítulo 16
Capítulo 16 - O encontro


Notas iniciais do capítulo

PESSOAS!!! Me desculpem, sério! Eu prometi este capítulo exatamente para o domingo passado e estou entregando ele só hoje! Passei a semana toda enrolada, me compliquei e por fim não consegui postar. Falhas técnicas aqui!! Me desculpem! E antes de finalizar esta nota eu queria agradecer a todos que tem acompanhado a fic desde então e, mais uma vez, pedir desculpas pela demora. Eu não recebi o e-mail falando que já haviam vários comentários e ainda por cima me enrolei essa semana! #Vergonha
Mas espero que gostem desse capítulo! Estou meio que em dívida com vocês e acho que sei como vou pagar ela... Esperem e verão! Boa leitura!



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Eles passariam horas, talvez dias, sentados ali, um de frente para o outro sem dizer nada, pois não havia necessidade disso. Ele sentia uma espécie de liberdade que não era capaz de sentir sob sua própria pele. Era mais uma sexta-feira de novembro, e ele agradecia por ser a última já que aquele mês parecera ter durado mais do que devia. Não tinha muito do que se esperar do jogo de sábado, Sonserina e Corvinal, de um jeito ou de outro não ia assistir, costumava ir aos da Grifinória não só por gostar, mas porque sabia que se não fosse Tiago e Sirius poderiam decidir pendurá-lo em um dos gols enquanto dorme. Mas o que realmente estava provocando as náuseas que reviravam o fundo do seu estômago era o domingo. Hogsmeade nunca lhe parecera tão pequena uma vez que ele sabia que Anne já devia ter circulado por toda a vila, por vez ou outra planejava o que poderiam fazer, talvez ir a Zonko’s e almoçar, mas sempre parecia um plano tão fraco mas aonde mais eles iriam? Conheciam aquele lugar desde os treze anos de idade, e sendo um maroto nenhum centímetro fora deixado para trás.

– E vocês realmente acham que a Lily vai aceitar fazer parte de um encontro sabendo que vocês estariam nele? Não só ela, mas a Kate, a Anne ou até mesmo eu? - Indagou Remo.

– Você é um verdadeiro traidor! - Disse Sirius. - E então vamos supor que todos aceitem, nos encontraríamos “por acaso” lá na taberna do chá... Qual o nome daquele treco?

– Não me faça pergunta difícil, Almofadinhas. - Murmurou Tiago que se encontrava esparramado em sua cama após se empanturrarem no jantar. - Só sei que eu preciso saber o nome daquela sobremesa... - Disse pensativo.

– Petit Gateau? - Disse Remo, com um ar de tédio.

– Se isso for o nome daquele bolinho fofinho e com gosto de pequenas estrelas pipocando no céu da minha boca, é esse mesmo... - Disse fechando os olhos.

– Foca aqui, Pontas! Você quer ou não afastar o Diggory da Evans?

– Estou, e sim eu quero. Mas sabe o que é mais divertido? Ouvi dizer que o Diggory é extremamente competitivo... Só precisamos fazer com que esse lado se sobressaia a qualquer outro que faça com que ele chegue a menos de trinta centímetros da ruivinha. - Concluiu no que os outros prosseguiram como se não tivesse havido interrupção alguma.

– ...Então todos iríamos nos encontrar lá. Agora vislumbre a cena: o Diggory saindo de lá furioso, a Lily gritando e saindo atrás do Tiago que a tal altura poderia sair do local também e seguir caminho pela rua lateral onde teria bastante o que falar ou fazer e...

– Podíamos fazer uma espécie de gincana! - Gritou Tiago para o azar de Rabicho que cochilara naquele meio tempo. - Mals, Pedro... Mas é, uma gincana! Podia ser uma coisa bem de trouxa mesmo, ela ia se familiarizar, ele é um bruxo sangue puro, não sabe das coisas dos trouxas...

– Assim como você... - Murmurou Remo.

– Não, espera, assim eu perco o foco! Você nasceu trouxa sabe de muitas brincadeiras, não?

– Sei...

– Então é isso! Ele não vai conseguir, vai ficar bravo, a Lily vai ver o babaca com quem ela está saindo e...

– Você vai aparecer falando que gente desse tipo não merece o tempo dela? - Indagou Sirius. - Se esqueceu de que é isso o que ela pensa de você?

– Bom... Eu também não sei sobre as gincanas dos trouxas, vou ser tão perdedor quanto ele.

– Ainda assim seria melhor fazer alguma gincana que vocês conheçam, vai ser justo para ambos... - Disse Pedro.

– Mas vai ser justo se não sabermos, porque ai não vamos ter a manha do processo todo, entendeu? - Disse Tiago, abismado pela dificuldade de compreensão dos amigos.

– Mas e como você vai criar isso tudo? Ou vai simplesmente chegar lá e sugerir que quer brincar de pular corda? - Indagou Remo.

– A tal altura posso fazer isso depois de a gente ter tido o encontro amável na casinha do chá.

– Ah... Era casinha do chá? - Disse Sirius meio aéreo no qual o amigo fitou-lhe com um olhar de “você realmente é desprovido do pensar”.

– Bom dia, seres que pareceram sumir da face da terra! - Ouviu-se Kate dizer enquanto descia pelos jardins até a árvore sob a qual os garotos se encontravam. - Por que não apareceram ao jogo?

– Por que raios eu ia perder meu tempo vendo aquela amebinha da Sonserina perder para a Corvinal? - Indagou Sirius enquanto Tiago guardava um longo pergaminho na mochila.

– Pra sua informação eles ganharam de 120 a 110. -Disse Kate sentando-se do lado de Tiago. - O que é isso que você guardou? Não me diz que é algum trabalho, pelo amor de Merlim!

– Não... É... Só uma longa, longa carta da minha mãe. Suponhamos que ela pediu para a McGonagall avisá-la a cada vez que eu receber uma detenção. Um dia vou te apresentar a minha mãe, Lily. Ela vai adorar saber que você aplicou as últimas vinte... - Riu passando as mãos pelos cabelos no que a garota sorriu meio desconcertada.

– Então se ganharmos no próximo jogo contra a Lufa-Lufa... - Ia dizendo Sirius como se fizesse cálculos no ar com o dedo.

– O que com toda certeza vamos... - Disse Tiago, deitando-se na grama com as mãos sob a cabeça.

– Tão prepotente... - Disse Lily.

– Não estou mentindo, não é? - Disse Tiago sorrindo, observando-a de esguelha.

– Continua sendo prepotente. - Confirmou Lily.

– Teremos que ganhar da Sonserina com uma diferença de 40 pontos se quisermos a taça. - Concluiu Sirius como se não tivesse sido interrompido. - Baaah! Moleza!

– Outro prepotente. - Riu Lily.

– Ahm? Oi? - Disse atordoado com o comentário alheio.

– Dorme, Sirius, dorme... - Disse Tiago, rindo da cara do amigo.

– Mas vem cá, vocês vão a Hogsmeade amanhã? - Indagou Tiago como se tivesse dito só por dizer.

– Acho que sim... - Disse Anne.

– Você acha...? - Indagou Remo sorridente.

– Isso se você não preferir levar outra pessoa é claro... - Disse sorrindo de volta.

– Bem, eu poderia levar a... Mas, não, acho que ela não merece. - Disse pensativo.

– Ah é questão de merecer? - Indagou a garota fazendo cara de surpresa.

– Talvez seja mais a questão de ser você... - Disse coroando aos poucos, mas sem tirar o olhar da garota.

– OOOOOOWN! - Exclamaram Kate e Lily juntas no qual a amiga olhou-as com um “Vocês não fizeram isso!”

– Quem diria Tiago, tsic tsic, nosso Reminho aqui tem companhia para amanhã já e nós aqui... Que desonra mais milagrosa!

– Temos que agir se não agora mesmo, caro Black!

– Que tal se a senhorita, minha cara Kate, aceitasse...

– Nem vem, já tenho companhia... - Disse cortando o garoto no meio que ficou parado no meio de seu gesto formal.

– Já...?

– Já e não adianta fazer essa cara de cachorrinho indefeso não.

– Até você Lily? - Indagou Sirius.

– Ow! Eu que devia perguntar isso seu pulguento! - Exclamou Tiago.

– Para minha eterna felicidade sim. - A garota sorria de um jeito vitorioso enquanto fazia uma longa trança nos cabelos loiros de Anne.

– Você não devia ter ido procurar ela depois do jantar Pontas... - Disse Remo, sentado em uma das poltronas da sala comunal.

– Pensei que o plano era fazer o encontro na casa do chá e depois fazer a gincana, não? - Indagou Pedro.

– E era, mas essa anta decidiu que devia provocar mais um pouquinho.

– O que mais você queria que eu fizesse? A oportunidade estava ali, acenando pra mim, eu não podia perdê-la.

– Não só podia como devia. Agora me diz como ela vai querer se quer sentar à mesma mesa que você e para piorar a situação com a Jenne?

– Olha, eu não fiz nada demais. Só cheguei nela enquanto ela estava procurando algum livro nas estantes, perguntei o que ela estava fazendo só por perguntar mesmo e como ela já estava começando a ficar vermelha eu dei um beijo nela. Calma, foi na bochecha.

– Como se isso aliviasse as coisas, não? - Remo riu cinicamente.

– Pontas. - Chamou-o Sirius.

– Fala...

– Você é um idiota, sabia?

– E você é um...

– Xio!

– Não me inte...

– Xio! Você perdeu o direito de falar alguma coisa aqui.

– Lily...? Tá tudo bem? - Indagou Kate deitada de bruços sobre sua cama enquanto rabiscava alguma coisa no seu trabalho de Transfiguração e Lily entrara furiosa, batendo a porta do quarto e começara a remexer em sua cômoda a procura de alguma coisa.

– Por que as coisas decidem se perder de repente quando você precisa delas? - Disse falando mais para si mesma do que tudo.

– Lily? - Repetiu a amiga.

– Que foi?! - Disse virando-se para encarar Kate.

– Você entrou do nada meio... Tá tudo bem?

– Estou, não está vendo?

– Pra falar a verdade não, não estou.

– Então você precisa usar óculos, peça para o Potter talvez ele te diga onde comprou os dele!

– Perae, quem falou em Potter aqui? Calma Lily.

– Não é necessário falar dele, a mera presença ou ausência dele é sentida!

– Vou perguntar mais uma vez, mas, por favor, não queria me dar um Avada por isso. O quê que foi? - Disse e então se dirigiu cautelosamente para a cama da amiga.

– Eu estava na biblioteca procurando um livro depois que o Ammos disse que tinha que falar com uns amigos dele ou sei lá, e ele mal saiu e apareceu o Potter! Pra quê exatamente?! Na-da, nadinha! Só para me estressar pelo visto, ele não muda mesmo, sempre infantil! E, é claro, ele tem o louco impulso de me beijar, dessa vez foi na bochecha.

– Vocês são tão amáveis...

– Amáveis??

– Amáveis?? Quem falou “amáveis” aqui?? Vou dar um Crucio no ser que disse isso! - Disse Kate o que fez com que a amiga revirasse os olhos.

– Você devia estar no terceiro ano, sabia?

– Sabia não... Hahahahahahahahahaha!

– Vamos Lily!! O Rosier está me esperando lá no saguão! - Ouvia-se Kate gritar antes mesmo de dar dez horas da manhã.

– Estou indo! Só me deixa arrumar meu cabelo, não sei como fez esse nó...

– Talvez tenha sido o coque perfeitamente lindo que você fez ontem em todo o seu espírito raivoso, não?

– Quando eu terminar aqui, vou fazer um coque desses em você Katherine! - No que a amiga que esperava sentada em sua cama rio. - Pronto! Tá rindo do que sua mandrágora?? - Brincou.

– Lily está tão radiante hoje, não Anne?

– Isso é porque eu brilho mais do que o sol.

– Acho que o...

– Não diga o nome do santo cujo, por favor! - Disse fechando os olhos em tom de impaciência. - Ah, bem melhor. Vamos brincar de não falar esse nome, ele parece trazer mal agouro...

– Ai credo, coitado!

– Você diz isso porque vocês são quase irmãos, Anne...

– O papo está bom, mas vamos apertando o passo? Vamos, ô si vamos! O mundo bruxo agradece a sua compreensão.

– Lily, você quer que a gente espere com você? - Disse Anne quando chegaram à rua principal de Hogsmeade.

– Não precisa, obrigado, não quero atrapalhar o encontro de vocês dois. - Disse sorrindo para a amiga e Remo. - Só não entendo porque ele não apareceu no pátio, íamos nos encontrar lá e vir juntos pra cá...

– Vai ver ele se atrasou... - Disse Remo.

– Exatamente! Ele deve ter perdido a hora, Lily. Vocês viriam exatamente pra cá depois que se encontrassem?

– Sim.

– Então só te resta esperar, mas um pouco, daqui a pouco ele chega. Não quer mesmo que a gente te faça companhia?

– Não, Anne, vão aproveitar o dia, e vão logo antes que a casinha do chá lote, viu! - Disse para amiga em um tom falsamente animado.

– Okay, qualquer coisa sabe onde nos procurar. - E nisso a deixaram ali, esperando próximo ao boticário. Os minutos se arrastaram até se transformarem em horas e sentia que devia ter previsto aquilo. Sentindo o peso da derrota em seu estômago ela se dirigiu ao Três Vassouras, iria comer alguma coisa e vazar dali, não adiantava procurar Anne ou Kate, elas estariam em companhia melhor. E foi quando entrou no lugar, quando sentira o calor aconchegante de muitas risadas e vozes alheias que o viu. Ele estava sentado em uma das mesas mais ao fundo e devia ter visto entrando porque estava com o fantasma de um sorriso brincando em seus lábios. Sem realmente saber se devia ela se dirigiu para a mesa em que ele estava sentado com diversos amigos:

– Ammos... Hm... A gente pode conversar um pouquinho... A sós? - Disse a garota timidamente no que o garoto balançou os ombros em total desdém e seguiu a garota para fora do bar. - Eu pensei que a gente fosse se encontrar lá no pátio...

– Eu também pensei só que achei que, bem, você preferisse ir com outra pessoa.

– Outra pessoa? Tipo quem?

– Tipo o Potter?

– O Potter? Por que raios você achou que eu viria com o Potter?!

– Porque pelo visto não basta se encontrar comigo, tem que esperar eu ir embora pra ele te encontrar também.

– Do quê que você está falando Ammos?!

– Você sabe muito bem. Eu tinha acabado de dizer que ia voltar pra minha sala comunal e quando eu volto para dizer para você que te esperaria ansiosamente lá está você com o Potter, provavelmente não estavam se atracando por estarem numa biblioteca não é mesmo?

– O quê?! Eu NÃO chamei o Potter, eu NÃO estou saindo com ele e eu NÃO seria capaz de fazer isso com você!

– Olha Lily, está tudo bem se você e ele têm alguma coisa. Está tudo bem, é sério. Só não me põe no meio de vocês, não é legal ser tachado de corno. - E nisso o garoto se virou e entrou no estabelecimento. Ela não sabia mais o que fazer, enlouqueceria se continuasse parada. Lily rumou para onde sabia que o encontraria.


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Notas finais do capítulo

Música para esse capítulo: "Depois da meia-noite - Capital Inicial" porque me lembrou muito o Remo e a Anne :3