The Daughters of Tomorrow escrita por Carter Grace, Claire Mellark


Capítulo 10
10- Carly.




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Parecia que quanto mais eu andava, mais longe os Chalés estavam. Eu não estava muito afim de encarar atividades, então contornei o caminho, indo me sentar na borda de um riacho. Pensei se poderia beber aquela água, mas resolvi não arriscar.

Mergulhei os dedos na água, balançando os mesmos, formando um ondinhas.

– É ruim né? – Uma voz disse atrás de mim.

Me virei rapidamente e vi Nico, em pé, as mãos enfiadas no bolso do casaco por cima da camiseta laranja.

– O quê? – Perguntei, me virando de novo.

Ele se sentou do meu lado e jogou uma pedrinha no riacho.

– Ser novo, não conhecer nada.

– É, talvez – O imitei.

Ele riu pelo nariz.

– É normal – Ele continuou. –, logo você se acostuma.

Olhei para o céu.

– Pode ser.

– E eu achei que eu não era de falar muito – Ele retrucou, tirando o casaco.

Ri.

– O que você tá fazendo aqui? – Perguntei, variando o olhar do riacho para Nico.

Aqueles olhos negros me encararam.

– Você é a meio-sangue nova, eu que pergunto: o que você tá fazendo aqui?

– Perguntei primeiro.

– Não gosto de esgrima – Ele deu de ombros.

– Hum, ia ser esgrima? – Perguntei, o fazendo rir.

– E você?

– Preguiça.

– Bom argumento.

Dei um meio sorriso.

O silêncio invadiu o ambiente, eu me sentia desconfortável, toda vez que eu arriscava olhar Nico ele arriscava olhar para mim, o que deixava as coisas mais difíceis. Quando ele finalmente abriu a boca para falar, sua voz foi substituída por um feminina atrás de nós.

– Nico! – Uma garota aparentando ser mais velha que eu se aproximou, ela usava a camiseta do acampamento e uma calça jeans azul.

– Que foi Bianca? – Nico perguntou entediado.

– Perdeu outra aula? – Ela perguntou autoritária.

Ele assentiu, com tédio.

A tal Bianca me olhou, e de cara feia, voltou a falar com Nico.

Como se a culpa fosse minha, ah, me poupe.

– Melhor irmos, precisamos ir falar com... com Percy.

Nico a olhou desconfiado, mas Bianca bateu o pé impaciente.

– Irmãs – Ele murmurou pra mim, me fazendo prender um riso.

Ele se levantou e se ajeitou. Nico me olhou e sorriu.

– A gente se vê Carly.

Levantei o polegar e dei um sorriso sem mostrar os dentes. Ele e Bianca sairam da minha visão.

Me virei e disse, pra mim e para o lago:

– Droga!

Me levantei e me ajeitei, até que vejo o casaco de Nico ali, largado na borda do riacho, já escorregando. Logo peguei e fiquei remexendo o casaco nas minhas mãos. O que eu ia fazer com aquilo?

Devolver ao dono, dã.

Joguei o casaco no meu braço, como os garçons fazem com um pano branco, ajeitei meu short e andei decidida, mais ou menos, se distanciando do riacho. Fui até os Chalés, onde eu esperava encontrar Sam, Violet ou até mesmo Thalia.

Acabei encontrando Thalia, sentada nos degraus do seu Chalé, o Chalé de Zeus. Ela parecia irritada.

– Oi – Falei, soltando um sorriso e tentando disfarçar.

– Oi – Ela disse seca, quebrando mais um galho de árvore.
– Eita, o que houve? – Me sentei do lado dela.

Thalia abriu a boca para falar, mas me encarou e logo seus olhos foram para o casaco.

– De quem é esse casaco?

Fiquei encarando o casaco, Thalia soltou um sorriso malicioso.

– É do Nico! – Ela gritou.

– Nossa, fala mais alto – Resmunguei.

– Por que você tá com o casaco dele?

– Longa história, você sabe onde é o chalé dele?

– Chalé treze mas eu acho melhor você não entrar lá.

– Por quê?

– Não sei, mas é o Chalé de Hades, nunca se sabe o que tem lá.

– Então o que eu faço com isso? – Balancei o casaco.

– Entregar ao dono pessoalmente.

– Prefiro arriscar no Chalé treze.

– Vai lá – Thalia deu de ombros. – Não se esqueça, almoço, refeitório.

Assenti e fui até o Chalé treze. Pensei em bater na porta, mas aí veio na minha cabeça que ninguém ia abrir, empurrei a porta devagar e a mesma rangeu um pouco, logo apresentando o Chalé por dentro, sem pensar duas vezes fui até a escrivaninha, coloquei o casaco lá em cima. Tinha papel e caneta em cima da escrivaninha, arranquei um papel e escrevi um bilhete à Nico di Angelo.

"Caro Nico di Angelo, Não perde a cabeça porque está presa no pescoço, certo?

Carly C. Chalé 11."

Coloquei o bilhete em cima do casaco e girei os calcanhares, caminhando a passos duros até a porta, saí do Chalé e fechei a porta atrás de mim. Thalia não estava mais nos degraus do Chalé de Zeus.

Pensei em ir no Chalé 11 antes, entrei e não tinha sinal de Sam nem Violet.

Saí do Chalé, esbarrando em alguns filhos de Hermes que estavam entrando, depois de algumas desculpas fui até o refeitório.

Cheguei no mesmo, a grande partes dos campistas estavam lá, fitando o prato vazio e murmurando o que queriam almoçar. Logo avistei Violet e Sam apertadas na mesa do Chalé de Hermes.

Me aproximei delas e logo fui recebida com mil perguntas.

– Onde você se meteu? – Perguntou Violet.

– Num riacho – Falei normalmente.

– Num riacho? – Sam disse irritada. – A gente preocupada com você e você num riacho?

– Relaxa Sam – Falei, me espremendo no canto do banco.

"Relaxa Sam" – Sam disse numa péssima imitação da minha voz.

– Vem cá, você tava no riacho sozinha? – Violet perguntou curiosa.

– Claro que estava sozinha – Menti.

– Certeza?

– Absoluta.

Elas ficaram em silêncio.

– Você perdeu esgrima – Sam murmurou.

– Vou recompensar isso – Afirmei.

Almoçamos. As vezes Violet dava umas olhadinhas para Luke. Sam não tirava os olhos do seu prato e eu estava me arrependendo profundamente de ter deixado aquele bilhete para Nico. Quando terminamos o almoço, nos levantamos e fomos sentar um pouco encostadas numa árvore, se preparando para a próxima atividade que eu ia ser obrigada a participar.


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Notas finais do capítulo

mil desculpas!!!
não me matem.
sinto muito por ter atrasado tanto com o capítulo, mas ele tá ai ♥
então espero que tenham gostado c:



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