The Daughters of Tomorrow escrita por Carter Grace, Claire Mellark


Capítulo 1
1- Violet.




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Estávamos chegando ao Aeroporto de Guarulhos, a mãe da Carly não parou de falar um segundo. Agora entendo o porquê dela sempre está fugindo da mamãezinha querida. Mas mesmo assim eu não aguentava de ansiedade, estávamos indo para New York para fazer um intercambio de seis meses. Depois de muitas lágrimas e sermões dos pais de Carly conseguimos sair do carro. Entramos no Aeroporto, e eu tirei meu celular para avisar meu pai que tínhamos acabado de chegar ao aeroporto. Ele é um homem muito ocupado e viajava muito, está semana ele voou para a Espanha. E minha mãe... Bom, não quero comentar. Quando fui discar o numero do celular do meu pai, do nada apareceu um menino esbarrando em mim. Indo eu ele para o chão.

— Desculpe não te vi. — disse ele.

— Não foi nada. — respondi.

Ele se levantou rapidamente e saiu correndo.Levantei-me sem entender nada, mas então eu percebi que faltava alguma coisa. Aquele filho de uma égua roubou meu celular.

— AAAAAH! Seu filho de uma quenga volta aqui! — gritei tentado correr atrás dele

— AH, não. Agora já foi, sua idiota — disse Carly irritada.

— Peraí, eu que acabei de ser roupada. EU que devia estar irritada! E idiota é sua mãe! — retruquei.

Carly me ignorou e seguiu em frente. Subimos um andar para resolver o resto das coisas, papeladas, vistos e não sei mais o que, que precisávamos para a viagem e ver algumas lojas até dar a hora do vôo. Fomos direto para uma livraria. Mas, logo Carly cansou de ver livros e saiu em busca de uma loja de Rock. Eu fiquei lá vendo vários livros de meus autores favoritos, mas acabei comprando um livro em inglês, aproveitar para treinar um pouquinho. Eu sempre quis ler esse livro, mas nunca foi publicado em português no Brasil. Sai da livraria com o livro na frente do corpo. Bom, acho que não vai ser tão difícil ficar sem celular até eu conseguir dinheiro para comprar outro. Carly estava me esperando do lado de fora com uma blusa do Paramore e dois corpos de Starbucks nas mãos. “Caramba! Será que fiquei tanto tempo na livraria, assim?” pensei.

— Obrigada — disse eu estendendo a mão para pegar o copo.

— E quem disse que é pra você— respondeu rindo.

Entramos no avião, “Serão longas 7 horas de viagem. Pensando bem, seriam sete deliciosas horas de sono” pensei. Eu estava completamente errada, a viagem inteira foi turbulenta. Parava por alguns minutos, e quando eu estava prestes a dormir começava de novo. Eu rezei por avião não cair. Carly parecia menos assustada do que eu, mas não parava de mexer na sua pulseira de pingentes dourados. Ela era linda, era uma fina corrente dourada com minúsculas estrelas ao seu redor e presa em três pingentes: um cavalo-marinho, uma espécie de escudo com imagens do fundo do mar e um tridente. Não sei por que, mas isso a acalmava. Depois de sete horas angustiantes, pousamos em Toronto, no Canadá, para a troca de avião. Teríamos que esperar 2 horas até o próximo voo. Aproveitando o tempo que tínhamos fomos comer em uma lanchonete do aeroporto. Uma garota que aparentava ter uns 18 anos nos atendeu com um sorrio de orelha a orelha.

— O que vão querer? — perguntou a garçonete amigavelmente.

— Dois hambúrgueres, fritas e dois sucos de morango— pediu Carly.

A garçonete se foi e voltou com uma bandeja com nosso pedido. Colocou a comida na mesa e sorriu de novo.

— Vocês são do Brasil, não são? — perguntou a moça

— Somos, mas como você...

Não pude nem terminar a frase, a garota se transformou em espécie de metade mulher metade serpente demoníaca. A parte inferior de seu corpo era dois troncos de serpentes no lugar de pernas, com olhos felinos. Não pensamos duas vezes, saímos correndo. O que poderíamos fazer? Entramos no banheiro, o primeiro lugar que vimos que parecia um bom esconderijo, e trancamos a porta.

— Ufa!— disse Carly ofegante.— O que era aquilo?

— Não faço à menor...

Não pude nem terminar a frase, de novo, dois monstros iguais ao o do lado de fora tentaram nos atacar. “Mas como eles conseguiram entrar?” pensei. Mas de repente, não sei como, a privada e as torneiras das pias começaram a tremer e explodiram. As águas atingiram os dois monstros, que foram parar no final do banheiro. Isso nos deu alguns segundos de vantagem. Quando saímos do banheiro, virei o rosto para ver se os monstros já estavam correndo atrás de nós. Eles estavam ainda mais furiosos, acelerei o passo e quando virei à cabeça para frente.

Bum.

Esbarrei em alguém, eu estava tão desesperada que me levantei e sai correndo. Mas pude ver o rosto horrorizado da criança que eu trombei, ela devia ter uns oito anos. Ainda correndo olhei para trás, a criança continuava no chão, em estado de choque, e os monstros estavam cada vez mais perto dela. Não pensei, dei meia volta e fui correndo até a menina, Carly foi comigo. Peguei a menina no colo e corremos para o esconderijo mais próximo. Enquanto varias pessoas passavam por nos tranquilamente, e umas olhavam para nos com ar de reprovação dizendo: “crianças”. Queria responder, “Desculpa ai, só to tentando salvar minha vida de monstros sanguinários, nada de mais”. Mas apenas me escondi em um balcão de outra lanchonete que tinha próxima. Agora que estávamos ‘seguras’ eu poderia pedir desculpa para a menininha, que estava agarrada a o meu pescoço apavorada.

— Oi, desculpe por ter te derrubado— disse eu tentando falar calmamente, enquanto passava a mão no seu cabelo loirinho, tipo “queimado de sol”, bem encaracolado para que a menina relaxa-se um pouco. — Meu nome é Violet e essa é a Carly. Qual é seu nome, gatinha?

A menina pareceu relaxar e soltou meu pescoço, deu um sorriso e disse:

— Oi, meu nome é...

— Sam! Sam!— gritou um menino que devia ser uns dois ou três anos mais velho que eu, usava uma blusa laranja, calça jeans e uma toca que escondia seu cabelo rastafári.

Os monstros tentaram atacá-lo, mas ele foi mais rápido e sacou um arco e flecha, atirando três flechas que acertaram os três monstros que viraram pó. Nisso ele guardou seu arco e começou a andar de um lado para o outro.

— Como eu consegui perder mais um meio sangue? — disse ele comendo um guia de viagem. - Sou o pior sátiro de todos!

A menininha, que devia ser a tal Sam, começou a rir e se levantou indo em sua direção.

Calma Grover, eu to aqui! – disse Sam rindo e balançando as mãos.

— Ai, graça aos deuses você está bem. — disse ele aliviado levando a menina embora.

Depois que eles já estavam fora do nosso campo de visão, Carly olhou para mim completamente confusa:

— O que aconteceu aqui? Você entendeu alguma coisa?

— Não sei não — respondi. — Eu sempre soube que os canadenses são meio loucos, mas isso foi demais.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)



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