A História de Rosalie Hale escrita por Bea_Hale


Capítulo 16
O melhor dia da minha existencia




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Já estava escurecendo quando eu e o Edward demos conta do tempo em que passamos em silencio. Um do lado do outro, isso trazia algumas recordações, não claras, mas eu sentia que ele estava perto de mim nessas lembranças.

— Há muita coisa que não se lembra não é? — disse o garoto sério, com a voz fraca — E se eu te dissesse que você não era uma pessoa boa, você vivia fazendo de tudo para que todos se sentissem tristes e com inveja de você? Acreditaria em mim?

Arregalei os olhos para o Edward.

— Eu me lembro dessa parte! — exclamei desconcentrada — Não precisa esfregar nada em minha cara.  Acha que me orgulho de ter sido dessa forma? Acha que estou feliz por ser esse monstro? Culpo-me todas as noites Edward, só aconteceram essas coisas comigo por culpa de mim mesma. Eu sou e sempre serei a eterna culpada de todos os maus que me aconteceram.

— Desculpa Rose, não quis machucá-la. — ele abraçou-me e eu realmente senti sinceridade naquele abraço — Não foi minha intenção deixa-la triste. Eu juro.

— Tudo bem. Acho que falou por impulso pela primeira vez na sua vida. — isso não significa que seremos amiguinhos — Estou orgulhosa de você.

— E pela primeira vez você foi autêntica, ao em vez de brigar.  — ele parecia examinar as linhas do meu rosto — Prometo que nunca seremos amiguinhos.

— Queria ir até Paris — Edward olhou-me com reprovação — Para pegar um vestido de noiva. Essa noite promete.

— Rose, porque ir tão longe se tem as ferramentas tão próximas? — contrapôs Edward, chocado— Você pode assaltar uma loja das boas e pegar o vestido que preferir. Temos o dia inteiro, quero dizer, temos algumas horas.

Sorri constrangida. Edward tinha razão, se eu tentasse ao menos contrapor iríamos brigar e eu não queria isso. Nossa relação vai tão bem que é muito estranho para ser verdade. E sinceramente, o Royce não merece que eu arranje um vestido tão bom só para matá-lo, é perda de tempo.

— Rose, — Edward olhou para o céu e conferiu no relógio — já estamos atrasados. Vamos logo.

— Temos que roubar um vestido de noiva antes. — dirige-me rapidamente para a loja mais próxima.

Estávamos na L’qua die Bioler’a  e não havia nenhum vestido que me agradasse. “Voamos” para Ionla Viest’s e eu me deparei com o vestido mais bonito que eu já havia visto em toda minha vida. Ele era longo e possuía pedras brilhantes por todo seu comprimento; decotado e sem alças, acompanhado de um véu transparente com uma coroa como acessório. Era simplesmente perfeito.

Coloquei-o eufórica, entusiasmada para fazer o Royce babar enquanto morre. A morte dele me deixava com água na boca, espero por esse momento há algum tempo e vou fazer de tudo para que seja perfeito. Ele vai ter o que merece.

Faltavam apenas alguns minutos para que minha relação perfeitamente pacífica com o Edward desmoronasse. Não sou uma vampira tudo de bom, mais tenho minhas qualidades, um dia ele vai ter que acordar e ver que eu sou membro permanente para sempre da família Cullen. 

— Rose. Vamos logo. — ele franziu o cenho — Eu não te odeio muito. Só te detesto um pouquinho.

— Bom saber. — encarei seus olhos — Porque seus olhos são perfeitamente dourados e os meus são escuros?

— Vamos logo. Depois explico. — ele bufou.

— Vamos rastrear seu cheiro. Tenho uma camiseta dele aqui. — fiz gesto na mão direita para que ele me seguisse.

 

 

Segundo o meu faro o Royce estava num quarto localizado em uma choupana que não combinava nada com seu modo de vida. Ele é rico, o que estaria fazendo nesse inferno?

O local era cheio de ratos e baratas por todos os lados, cheiro era insuportável e os homens me olhavam como um leão olharia para um cabrito depois de vários dias sem comer. Isso me incomoda agora, são todos bêbados.

O Edward me segurava com tanta força que meu pulso esta doendo muito. Ele fazia isso para segurança, não a minha, e sim a dos outros. O cheiro de sangue era insuportável, tinham muitas pessoas e já não estava mais conseguindo me controlar.

Demos um jeito de burlar a recepção e arrombamos a porta do quarto do Royce. Fica ai na porta e eu vou fazer o resto, quando precisar de você, eu falo tudo bem? Faça sinal positivo com a cabeça para eu saber que entendeu. Edward fez sinal positivo com a cabeça, como eu pedi.

Bati com força na porta do quarto — era estranho, estava “pesada”— e me deparei com o Royce, para minha surpresa, sentado no cantinho, seus olhos vermelhos combinando perfeitamente com sua pele suada de medo, talvez pelo medo que lhe causei. Era fato, ele estava soando frio depois de saber das mortes dolorosas — que por pura coincidência — sofreram os amigos que me causaram dor.

— Boa Noite noivo. — apareci de repente ao seu lado, fazendo-lhe gemer ao escutar minha voz doce e musical em seus ouvidos.

— O que faz por aqui? Foi você não foi? Voltou para nos matar! — ele exclamou, tremulo. — Você é uma assassina. Saia daqui.

— Não bobinho. — eu encostei meus lábios em seu pescoço, controlando minha sede o máximo que pude — Não vai falar que estou linda nesse vestido de noiva.

— Você estaria se não tivesse a pele de uma matadora. — ele gaguejava ainda tremulo — Saia daqui! Não tenho medo de você.

— Peguei esse vestido só para te fazer essa surpresinha. — ele tremeu ao sentir minha pele gelada em contato com a superfície quente da sua pele. — Ainda bem que gostou, ficaria muito desapontada sabia? — pisei em sua perna, fiz o possível para que não sangrasse.

Ele gritou de dor. A superfície estava ficando avermelhada, estava criando um coágulo que o fazia tremer e gritar feito um recém-nascido tirado do peito da mãe. Coitado, não sabe o que lhe espera!

— Não quer pedir desculpa pelo que fez comigo?— eu mostrei meus dentes para ele — Posso fazer essa dor acabar rapidinho.

— Rosalie! — Edward alarmou-me. Está tudo sem controle, pode relaxar. Lancei um olhar misterioso para o Edward.

— DESCULPA! NÃO ME MATE. — ele tentou levantar, mais o ferimento na perna não foi de grande ajuda — Rose, eu me caso com você se me deixar vivo.

Pisei em seu braço direito, ele me deixou enfurecida.

— Acha que vai se safar dessa se casando comigo? — ele ficou calado, chorando pela dor — Responda! — pisei em seu outro braço.

— Me... Me... Me... Deixe-me viver! — ele gaguejou novamente.

— Desculpe, mais não posso fazer isso. Perderia todo meu tempo por ter vindo aqui. — coloquei a mão em seu pescoço e desloquei seu osso. Teve morte na hora.

Edward escondeu o riso.

— Parabéns irmãzinha. Nem precisou da minha ajuda.

— Vai ver se estou na esquina! — corri, o mais rápido que pudi para casa, teríamos que enfrentar a fúria de Carlisle.


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