Marley caminhou até o centro da sala do coral, observou todos que estavam ali mas parou seus olhos na minha direção. Eu não conseguia prestar atenção em mais nada, apenas naqueles lindos olhos azuis me olhando, ela então começou a cantar as primeiras notas da música.

Não me lembro ao certo qual era a música que ela estava cantando, até porque tudo o que eu conseguia fazer era olhar os lábios da garota se mexendo, naquele momento algo estranho havia acontecido comigo, eu tinha perdido todos os meus sentidos menos a visão, mas tenho certeza que esse sentido se foi quando eu comecei a imaginar a guria no meu quarto.

Despertei de meus pensamentos maliciosos com Marley quando ouvi todos do coral a aplaudirem, quando olhei em volta vi que todos estavam de pé, então me levantei também e comecei a aplaudir mesmo não me lembrando de nada, mesmo sem saber se ela era boa. Mas para todos aplaudirem, até Quinn, Marley era realmente muito boa. Será que ela era tão boa assim na cama? –Dei meio sorriso e permaneci parado como uma estátua pensando em todas as coisas que podia fazer com ela.

Lembrei que fazia tempo que não abraçava a Quinn, então fui me aproximando logo dela, abracei-a por trás, deixei um beijo de despedida bem demorado em sua bochecha, a soltei e logo caminhei até a porta da sala do coral. Mas é claro que eu não podia ir embora sem me despedir da minha baixinha irritante, me despedi até de Quinn e não ia me despedir da guria que sempre está comigo? Foi então que virei para trás para procurar a Els no meio de todo aquele povo.

Olhei em direção a Els e me despedi bem rápido dela. –Tchau baixinha. –Gritei acenando em direção a ela.

–Tchau bobão, mais tarde eu passo na sua casa pra gente conversar. –Eleanor gritou acenando de volta pra mim.

Confesso que meu coração gelou quando ela disse que queria conversar comigo. Odeio quando me falam isso, porque nunca sei se é bom ou ruim o que a pessoa quer falar. Comecei a andar por toda a escola a procura de Bree, entrei em todas as salas possíveis daquela maldita escola, finalmente após um bom tempo de procura, achei Bree em uma sala de dança.

Entrei na sala, caminhei até Bree, olhei-a por um tempo e quando ela veio pra perto para me agarrar eu me afastei.

–Bree não. Não vim aqui pra isso. –Disse em um tom sério olhando a garota.

–Ah.. Sem beijos dessa vez, só uma rapidinha como sei que você gosta.. –Bree falou sussurrando colocando suas mãos na gola da minha camiseta me levando assim pra mais perto dela.

–Não, Bree, já chega ok? Acabou, fim, segue sua vida, eu cansei disso. –Disse mais sério ainda, agarrei as mãos de Bree com força e as tirei de minha camiseta.

–Você está terminando comigo por causa daquela branquela nova não é? Sabe que vai se arrepender disso não é Puckerman? E quando ela te meter o pé na bunda, você vai vir correndo pra mim, e sabe o que eu vou fazer? Eu vou rir na tua cara, falar bem feito, e deixar você morrendo de vontade de mim. Mas tudo bem, eu já estava me cansando de você mesmo, quero carne fresca e você, já está muito velho. –Bree disse virando as costas para mim, deu alguns passos para frente tomando uma certa distância. –O que ainda faz aqui? Vai embora!! –Ela gritou batendo suas mãos com força na parede.

–Já que perguntou Bree, sim, é por ela que eu estou terminando contigo, mas enfim, não te devo explicações da minha vida. –Dei um sorriso falso, me virando para sair da sala, me encostei por um instante na parede. –Tchau, Bree. –Segui andando pra fora da sala.

Peguei meu patinete dentro de meu armário, segui patinando dos corredores da escola que nesse momento estavam mais desertos que o deserto do Saara, e fui para casa com um sorriso enorme no rosto, tinha que chegar em casa logo para contar as novidades para minhas mães. Sim, eu disse mães, Brittany e Santana, as mães mais lindas, fofas e fodas que alguém poderia ter.

Ao chegar em casa notei que havia um carro estranho na garagem, um carro que não estava lá quando eu sai mais cedo.

–Não, não é possível.. –Falei comigo mesmo deixando meu patinete no chão atrás do carro, corri até a porta da frente, e quando fui abri-la, ela se abriu sozinha, não totalmente sozinha, minha irmã adotiva Barbra, havia aberto a porta.

–Gêeeemeo! –Ela gritou pulando em cima de mim.

–Gêemaa!! –Gritei pegando ela em meus braços, logo a giro bem rápido. –Que saudade! –Dei um beijinho de leve em sua bochecha enquanto a colocava no chão.

–Vamos entrar gêmo, nossas mães estão chamando. –Barbra disse me puxando pelas mãos pra dentro de casa.

Entro praticamente arrastado em casa, dei uma boa olhada para ver se não tinha mais nenhuma surpresa. Não, não havia, graças a deus. Quando fui pra cozinha, tinha uma mesa enorme cheia de coisas que eu e a mãe Britt gostávamos. Parei um pouco e pensei comigo -Espera.. hoje só a mãe Sant estava em casa quando eu sai, será que.. –Ao me virar, dei de cara com a mãe Britt que rapidamente me agarrou em seus braços e me deu um abraço bem apertado, daqueles que só ela sabia me dar.

Mãe Sant veio pra cozinha com um sorriso enorme no rosto, aposto que tinha novidades. Espera.. Para todos estarem reunidos no almoço, é claro que tinha novidades, só faltava meu irmão Noah ali para a família estar completa, mas ele estava em L.A. trabalhando, ou coisa do tipo.