Chegamos ao bar dos magos. Havia vários velhos tarados, bebendo e jogando o papo fora, até neste Mundo havia gente despreocupada assim, acho que era uma vergonha. Após alguns minutos comigo, Aria e Mackenzie conversando, pela porta, entraram duas pessoas.

Era Victória, com os seus cabelos claros, que pareciam brancos, era muito bonito, eu admito. Sua pele era muito clara, ela usava uma roupa casual. Junto dela, estava Dylan, que usava o seu óculos, que era pequeno e não chamava muito atenção e também uma capa verde, que deixava ele bem... Digamos... Diferente.

– O que ele está fazendo aqui? - Aria perguntou, apontando para Dylan, ela falou isso cochichando para mim. A relação dos dois não eram a das melhores relações.

– Eu não sei, mas... Vamos tentar evitar brigas, ela pode ter informações úteis.

– Certo. - Aria respondeu, suspirando de leve.

Victória e Dylan se sentaram na mesa em que estava reservada para nós.

– Você realmente ainda existe. - Victória começou a rir de mim. - É bom saber que está bem. Enfim, o que queria saber?

– Sabe da localidade das pequenas tribos dos cavaleiros obscuros? - Perguntei, ela ficou um pouco chocada.

– O que vai fazer com essa informação? - Victória me perguntou, acho que não seria fácil descobrir algo.

– Eu só quero os meus pais. - Respondi.

– Nem todos os cavaleiros são malignos, eu acho que esse seu preconceito com todos os cavaleiros é desnecessário. Muitos cavaleiros não gostariam de ser cavaleiros, gostariam de ser magos. Você gostaria de ser cavaleiro? - Victória havia feito uma pergunta que havia me pegado, era óbvio a resposta que não.

– Não... Eu não consigo me imaginar sendo um. - Respondi, um pouco triste, talvez pelo fato de Victória estar certo.

– Victória, você sempre é tão realista, é por isso que eu te admiro. - Dylan comentou, acho bem nojento a '' admiração '' dele às vezes, por parecer que ele quer mais do que ser sábio como Victória, sei lá, deve ser só intuição de um mago.

– Há vestígios de uma tribo de Cavaleiros Obscuros seqüestrando magos pela cidade, parece que querem usar para matar todos juntos. 3 cavaleiros já foram identificados, os outros 2 ainda não. Não se sabe quem é o líder de tudo. - Victória comentou. - Quer saber os cavaleiros?

– Sim. - Respondi, com um sorriso no rosto.

– Na verdade, são 2 cavaleiros e 1 cavaleira. - Victória comentou comigo. - Não tenho ficha de todos. Um dos cavaleiros, tenho apenas o nome, tudo sobre ele ninguém conhece, dizem que ele já fez parte de massacres de magos, seu nome é Lukas.

– Você sabe como é a aparência dele? - Perguntei, ela ficou irritada de repente.

– Você acha que eu sei de tudo? Se fosse assim, a vida seria fácil. - Do nada, ela soltou uma risada, acho que pra descontrair e voltou a falar dos cavaleiros. - Temos SophiaNilph. Ela parece ser nova entre os Cavaleiros Obscuros. Não tenho informações se ela já assassinou algum mago. E... Acredito que Will esteja envolvido nisso.

– Will? - Perguntei, querendo saber se eu havia ouvido direito. Will era um cavaleiro que chegou a se líder de vários grupos de cavaleiros, ele sempre foi conhecido. Como os cavaleiros são conhecidos?

O '' reconhecimento '' que os cavaleiros tem, é após matarem magos. Eles ficam famosos por serem assassinos perigosos e começam a ser fugitivos. Will sempre foi famoso por ter participado de vários grupos de cavaleiros, ele era perigoso. Afinal, todos eram perigosos.

– Ele mesmo. - Victória começou a rir. - Não tente fazer nada desnecessário.

– Você não quer nos ajudar? - Perguntei, Victória negou.

– Não por enquanto. Eu tenho uma próxima missão em 2 dias, voltarei em 1 semana mais ou menos e então nos veremos de novo e talvez eu vá. Tudo bem? - Victória se levantou, Dylan se levantou em seguida.

– Certo. - Me levantei e acenei. - Muito obrigado pela ajuda, Victória.

– Eu não gosto desse Dylan... - Aria comentou, após Victória e Dylan irem embora.

– Nem eu. - Mackenzie concordou com Aria, apenas eu achava ele um cara legal, apesar de estranho.

Após sairmos do bar, a rua estava tendo um tumulto. Vários magos estavam em um círculo, dando risadas, entrei para ver o que era. Um homem, com longos cabelos loiros, segurava seu livro, ele usava magias contra um outro homem que estava no chão, ele parecia ser um cavaleiro. Os magos riam da desgraça de um cavaleiro, o mago estava prestes a usar mais uma magia, mas um tiro é ouvido. O mago caiu no chão, um pouco depois, ele explodiu.

– Assassino! - Gritou um mago.

– Assassino? Vocês torturando um cavaleiro e nós somos errados? Um dia, tudo se voltará com vocês. - O menino que disparou, levantou o homem que estava sendo torturado. - Qual é o seu nome?

– Eu não tenho nome. A sociedade nunca me aceitou como pessoa. - O homem respondeu, os magos olhavam para ambos com preconceito, o que era desnecessário.

– Quer ser aceito pela sociedade? Lute. Mostre sua força, venha com nós. Chame-me de Lukas. - Fiquei chocado. Ele era um dos três cavaleiros, provavelmente. Ambos os cavaleiros foram embora, Mackenzie e Aria me olhavam, elas sabiam que eu havia entendido que ele era um cavaleiro obscuro.

Naquele dia, tentei seguir Lukas e o outro, mas chegou uma hora em que perdi-os de vista, entrando em um corredor sem saída. Ali devia ter a chave para algo relacionado aos meus pais, eu tinha certeza.

Decidimos descansar um pouco, Aria não foi para a sua casa, o pai dela deveria estar muito brava com ela, então ela passou a noite na minha casa, para o pai dela não descobrir que ela já havia voltado. Mackenzie decidiu voltar para a casa dela, ver a senhora que cuidou dela. Acho que não cheguei a contar, mas Mackenzie foi abandonada pelos seus pais, acho que esse é o motivo principal de ela querer me ajudar.

Tudo estava se encaixando pouco a pouco, mas ainda me sentia distante dos meus pais.