Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 5
Floresta dos Salvos




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“Como você disse, tem cinco pessoas vivas na sala.” Ele disse sussurrando para ela.

“Sim, então?”

“Então, por que tem seis?”

Seus olhos se arregalaram, e ela se virou.

“Hey, quem apagou as luzes?”

“Corra!” O Doutor ordenou.

“Hey, quem apagou as luzes?”

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Donna levou as crianças para o parquinho, onde encontrou uma mulher vestida de preto e com um véu preto cobrindo seu rosto, sentada em um banquinho. Como Donna tinha recebido um bilhete na noite anterior, ela foi direto ao seu encontro. Iriam ter uma longa conversa.

...

O Doutor parou no meio do corredor. “Professora, vá em frente. Ache um local seguro!”

“É um bando de carnívoros em uma roupa! Não pode argumentar com isso!” River protestou.

“Cinco minutos.”

“Outro Dave, fique com ele! Tire-o daqui quando fizer alguma estupidez. Dois minutos, Doutor!” Ela disse por fim.

“Hey, quem apagou as luzes?”

“Escutou isso, essas palavras?” O Doutor comeou a falar com o enxame-na-roupa. “São os últimos pensamentos do homem que usava essa roupa. Antes de vocês entrarem e limparem a carne! Isso é a alma de um homem preso dentro de um relê neural. Se repetindo para sempre!” O Doutor deu passos para trás enquanto que a roupa tentava se aproximar. “Agora, se você não tem a decência de deixá-lo ir, que tal isso? Use-o, fale comigo. É fácil, relê neural. Só pare e pense.”

“Hey, quem apagou as luzes?”

“O Vashta Nerada vive em todos os mundos desse sistema, mas só caçam em florestas! O que estão fazendo na biblioteca?”

“Temos que ir, Doutor!” Outro Dave interrompeu.

“Em um minuto!” O Doutor não quis saber, apenas continuou a conversa. “Vieram à biblioteca para caçar. Por quê? Só digam o por quê.”

“Nós... não fizemos!” Vashta Nerada tentou falar.

“Oh, olá!”

“Nós não fizemos!”

“Com calma, vocês conseguem. Não fizeram o quê?”

“Nós... não... viemos... aqui.”

“Bem, é claro que vieram aqui.”

“Nós... viemos... daqui.”

“Daqui?”

“Nós nascemos aqui.”

“Mas vocês nascem em árvores, de esporos nas árvores.”

“Essas... são... nossas... florestas.” Vashta Nerada declarou.

“Não está nada próximo de uma floresta, olhe em volta.”

“Essas... são... nossas... florestas.”

“Você não está em uma floresta, está em uma biblioteca. Não tem árvores em uma...” Então ele parou e entendeu.

“Temos que ir, Doutor!” Outro Dave gritou seus últimos pensamentos.

“Livros. Você veio nos livros.” O Doutor continuou. “Microesporos em milhões e milhões de livros.”

“Temos que ir, Doutor!”

“Oh, olhe para isso! A floresta dos Vashta Nerada, transformados em pasta, impressos e enviados. Trilhões de livros incubando sombras.”

“Temos que ir, Doutor!”

De repente, algo passou pela sua mente e se virou. “Oh, Dave. Eu sinto muito!”

“Hey, quem apagou as luzes?”

“Temos que ir, Doutor!”

“Sou estúpido e falo muito também, mas esse bocudo não para por nada!” O Doutor disse pegando sua chave de fenda sônica. “Quer saber a única razão pela qual ainda estou vivo?... Sempre fico perto de uma porta.” Apontou a chave de fenda para baixo e ativou. Uma pequena porta se abriu e ele caiu completamente.

Em outra sala também circular, Professora Song estava digitalizando as bordas de um ‘alçapão’ em formato de círculo, enquanto Anita observava.

“Você sabe...” River começou a falar. “É engraçado, continuo acreditando que o Doutor está aqui.”

“O Doutor está aqui, não está?” Anita respondeu. “Ele está voltando, certo?”

“Sabe quando você vê uma foto de algumas pessoas que você conhece, mas é de anos antes de conhecê-los? É como se não tivessem terminado o que eles ainda não fizeram. Bem,” ela continuou, “sim, o Doutor está aqui. Ele veio quando eu o chamei, como ele sempre faz. Mas não o meu Doutor.” Ela sorriu. “Agora o meu Doutor e sua esposa... eu vi exércitos inteiros fugirem de medo e eles voltando para a TARDIS abrindo as portas somente estalando os dedos! Próxima parada: todos os lugares!”

“Spoilers!” Ouviu-se a voz do Doutor. Ele estava lá, no andar de cima descendo as escadas. “Ninguém consegue abrir uma TARDIS estalando os dedos. Não funciona desse jeito.”

“Funciona para o Doutor.”

“Eu sou o Doutor.”

“É, algum dia.” River não olhou nos olhos dele quando respondeu. Na verdade, ela não gostava de respondê-lo, devido ao respeito que tem por ele. Mas naquele momento, ela não sabia se ele ouviu toda a conversa ou não. O que ela sabia é que ele parecia mais irritado, talvez pelo fato de ela evitar contar-lhe tudo do futuro, ou talvez pela confusão que se formou em sua cabeça após ela mencionar que ele teria uma esposa que não fosse River, já que foi ela quem sussurrou seu verdadeiro nome no ouvido. Confusão de ideias. Muitos spoilers.

“Como você está?” O Senhor do Tempo perguntou a Anita.

“Onde está o ‘outro Dave’?” River quis saber, pois o Doutor não estava acompanhado.

“Ele não vem. Desculpe.” Respondeu.

“Bem, se eles o levaram, por que não me pegaram?” Anita argumentou.

“Eu não sei! Talvez tingir seu visor esteja fazendo a diferença.”

“Está fazendo mesmo diferença, não está? Ninguém nunca vai ver meu rosto.” Anita disse calmamente, mesmo sabemos que estava com duas sombras.

“Posso fazer algo?” Ele arriscou.

“Envelhecer seria bom.” Anita brincou. “Você pode fazer algo?”

“Estou trabalhando nisso.” Ele se virou para sair, mas ela o chamou de volta.

“Doutor! Quando encontramos você pela primeira vez não confiou na Professora Song. E então ela sussurrou uma palavra em seu ouvido e você confiou.” Ela fez uma pausa e arriscou. “Em minha vida tão distante eu poderia usar uma palavra como aquela. O que ela disse?”

Ele ficou em silêncio.

“Dê uma chance para uma garota morta.” Anita pediu no mesmo tom de brincadeira. “Seus segredos estão seguros comigo.”

“Seguros.” A expressão do Doutor mudou.

“O quê?” Anita perguntou em confusão.

“Seguro... Você não diz ‘salvo’, ninguém diz ‘salvo’. Você diz ‘seguro’!” O Doutor se virou para Sr. Lux. “O fragmento de dados, o que ele diz?”

“4022 pessoas salvas. Sem sobreviventes.” Sr. Lux respondeu.

“Doutor!” River chamou, ela conhecia aquele olhar de quando ele tinha uma ideia.

“Ninguém diz ‘salvo’, quem diz ‘salvo’? Você diz ‘seguro’. Mas ele não quis dizer ‘seguro’, ele literalmente quis dizer ‘salvo’!” Ele correu para o computador da sala. “Veja, lá está! Bem ali.” Ele apontou para a tela. “Cem anos atrás, um fluxo imenso de energia fez funcionar todos os teletransportes de uma vez. O Vashta Nerada entrou no ciclo de procriação e atacou. Alguém toca o alarme e o computador tentou teletransportar todo mundo para fora!”

“Tentou teletransportar 4022 pessoas?” River indagou.

“Ele teve sucesso e teletransportou todos! Mas para onde mandá-los se não havia lugar seguro na biblioteca?” O Dourtor explicou. “O Vashta Nerada estava crescendo em cada sombra, 4022 pessoas teletransportadas e sem lugar para ir! Eles estão presos no sistema, esperando serem enviados, como e-mails!... Então, o que um computador faz?”

“Ele salva os arquivos.” River respondeu.

Eles correram até uma mesa, onde o Doutor pegou uma caneta para riscá-la. “A biblioteca, um mundo inteiro de livros e bem no seu centro, o maior HD da história! Um índice com tudo que já foi escrito e back-ups de cada livro. O computador salvou 4022 pessoas do único jeito que podia. Salvou eles no HD.”

De repente um alarme soou e luzes vermelhas brilharam. “O que é isso?” Sr. Luz exigia. “O que está errado?”

Autodestruição ativada em 20 minutos.

“O que é ‘apagar ao máximo’?” River lia no painel.

“Em 20 minutos este planeta se quebrará como um ovo.”

“Não! Não, está tudo bem, o Dr. Moon irá parar isso.” Sr. Lux explicou. “É programado para proteger CAL.”

A tela do computador se apagou. “Não, não, não, não, não, não, não!” O Doutor bateu na lateral da tela, mas nada aconteceu.

“Todos os sistemas da biblioteca estão permanentemente off-line. Desculpe por alguma inconveniência.” Uma voz automática anunciou.

“Precisamos parar com isso! Precisamos salvar CAL.” Disse Sr. Lux.

“Sr. Lux, o que é CAL?”

“Precisamos chegar ao computador principal. Eu vou te mostrar.” Foi só o que Sr. Lux respondeu.

O Doutor fez uma careta. “É o centro do planeta.”

“Bem, então... Vamos lá!” River disse alegremente. Mudando-se para o centro da sala, River ativou um alçapão circular com sua chave de fenda sônica. Um pilar de luz azulada esticou até o teto e uma plataforma de metal apareceu. “Plataforma Gravidade.” Ela explicou.

“Eu aposto que gosto de você!” O Doutor disse se aproximando.

“Oh, você gosta!”

Os quatro subiram na plataforma e ela desceu até o núcleo do planeta.

“Autodestruição em 15 minutos.”


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