Confissões De Uma Seriadora Ainda Em Crise escrita por Confissões de uma seriadora


Capítulo 10
Capítulo 10 - Eu, eu mesma e a confusão




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Meu nome é Alice Casanova. Sou uma pessoa normal, que gosta de uma boa música, filme e seriado. Meu passatempo favorito é assistir aos seriados. Recentemente, encontrei um mago que disse poder me ajudar a casar com minha nova paixão: Oliver Queen. Acontece que ele sequestrou o meu herói e fez com que eu encontrasse Mary Margareth, sua ex namorada. Até o momento, eu estou sem sorte e preciso confiar em Kevin, um garoto que também está preso no mundo das séries. Ele prometeu me ajudar, por isso, quase encontramos a Mary Margareth, mas uma confusão fez com que os franceses pensassem que éramos ingleses e queríamos matar a Rainha Mary Stuart, a Rainha da Escócia. E aqui estamos nós, fugindo dos franceses, tentando resgatar Oliver Queen e procurando Mary Margareth.

– Você está bem? -perguntou, Kevin.

– Sim. - respondi. - Agora eu estou.

– Tem certeza? Você parece meia estranha?!

– Estou bem. É só uma tontura.

– Tem certeza?

– Eu já disse que estou bem, Kevin. - respondi. - Onde estamos?

– Parece que em algum lugar sem franceses e...

– Isso é um esgoto? - perguntei, assustada.

– Creio que sim.

– Que nojo!

– Pensa pelo lado positivo. - falou. - Pelo menos você não está num esgoto sozinha.

– É, talvez você tenha razão... - falei e de repente, escorreguei nos seus braços.

– Calma, garota. - disse Kevin me segurando para não cair.

– Acho que vou desmaiar. - respondi. - Não estou me sentindo bem.

– Você está segura comigo. Acredite nisso. - falou e pela primeira vez eu pude ter certeza que sim, eu estaria mais segura com ele do que sozinha nesse mundo de seriado de TV. Alguma coisa fazia com que eu confiasse nele, com que eu acreditasse nele. Sei lá, parecia que ele tinha algum efeito colateral em mim. E nesse momento, eu não me importava de estar num esgoto, com tonturas e sendo segurada por ele.

– Kevin?! - chamei enquanto andávamos pelo esgoto.

– O que foi? - retrucou.

– Onde você acha que estamos?

– Num esgoto.

– Ah, isso eu sei. Mas em que seriado.

– Não faço a mínima ideia... opa, você precisa ter cuidado para não desmaiar. - disse ao me ver quase caindo novamente. - Nunca se sabe as doenças que tem por aqui.

– Com certeza não deve ser nada demais. - disse sorrindo. - Veja pelo lado positivo: eu não estou sozinha.

– Não você não está. - eu não sei o que estava acontecendo comigo, se era alguma coisa relacionado a morfina ou aventura que estava vivendo, mas parecia que eu estava anestesiada. E os braços de Kevin até que eram bons, na verdade, eram melhores do que eu imaginava.

– Alice?! Você tem que andar mais depressa.

– Estou tentando. - respondi. - Que barulho foi esse?

– Não sei. - disse. - Não deve ser nada de mais. - continuou e me empurrou na parede. - Você está bem?

– Eu... eu... acho que sim. - falei quase sem folego.

– Você está falando devagar. Quase sem folego. - eu sabia o que ele ia fazer. Já tinha visto um monte de vezes em seriados: ele estava me deixando excitada e estava quase me beijando. Ele vai me beijar, certeza. Todo preocupado comigo, todo carinhoso. Também, quem não resistiria a mim? Sou loira, tenho olhos azuis e sou uma ótima companhia. E eu estava sentindo o cheiro de seu cabelo, de seu suor, o seu corpo pressionando o meu. Ele estava todo atencioso e iria aproveitar esse momento para me beijar.

– Bafo! - gritei.

– O que?

– Nada. Pensei alto. - respondi e acabei com o clima. Parabéns, Alice Casanova.

– Polícia! Parados! - alguém gritou apontando uma lanterna e um revolver para nós.

– Cat?!

– Alice?! - era a detetive Cat Chandler. E sim, agora eu sabia onde estava: em Beauty and The Beast.

Nós saímos do esgoto e Cat nos contou todas as novidades sobre Vicent Keller e Muirfield Ela também disse que Jujuba estava sendo procurada porque não era quem ela dizia ser. Ela era uma tagarela e chega até ser engraçado só de pensar que Kevin vivia me chamando de "papagaio". Cat falava mais que eu.

– Então, essa ruiva apareceu e fez com que Vicent tivesse dúvidas do que ser. - falou Cat.

– Entendo. - respondi.

– Pelo menos você teve sorte. Encontrou o seu Oliver. - falou.

– Não. Esse não é o Oliver. É o Kevin.

– Kevin?

– Sim, um amigo que acabei conhecendo e está me ajudando. - falei.

– Somos apenas amigos. - confirmou.

Ficamos calados por uns minutos até que chegamos na delegacia e Cat foi pesquisar algumas coisas sobre Mary Margareth. Claro que eu tinha que contar tudo o que havia acontecido comigo para ela, afinal, nós éramos quase BFF. E eu sabia que Cat poderia me ajudar. Mas não entendi por que diabos Kevin estava tão diferente. Ele mal falava comigo desde que fomos "resgatados" do esgoto. Parecia um outro Kevin: muito mau humorado.

– Kevin, pelo menos estamos bem e sei que a Cat vai nos ajudar.

– Te ajudar. - retrucou.

– Pensei que estávamos nisso juntos.

– Não estamos não.

– Que bicho te mordeu? - perguntei, irritada.

– Vou ao banheiro. - falou. E ele foi, me deixando sozinha por lá. Dizem que mulher é um bicho complicado, que temos TPM, dias de cão, mas os homens não ficam atrás não.

– Pronto. - interrompeu Cat. - Achei algumas coisas que poderá te ajudar.

– Ótimo. - falei, meio desanimada.

– O que houve, Alice? - perguntou.

– Não sei. O Kevin está estranho. - disse.

– Eu percebi. - falou. - Vai ver ele está cansado.

– Pode ser.

– E então? - interrompeu, Kevin.

– Cat achou algumas coisas interessantes e que poderão nos ajudar. - falei entusiasmada.

– Te ajudar. - completou, Kevin.

– É, que seja.

– One Tree Hill? - perguntou.

– Sim. Parece que existe uma Mary M. por lá. Talvez seja a Mary Margareth que vocês estão procurando. - falou Cat.

– Pode ser. - disse Kevin.

– Obrigada, Cat. Kevin, precisamos ir até lá. - falei feliz.

– Ou podemos esperar um pouco. Estou cansado.

– Cansado? - perguntei, indignada. - Tenho poucas horas para achá-la e salvar meu Oliver e você está cansado?

– Com licença. - falou, Cat e saiu de fininho da delegacia.

– Sim, eu estou cansado. - respondeu. - Estou cansado de te seguir, de ouvir você falando "meu Oliver", "Mary Margareth" e "eu sou Alice Casanova". - continuou, como se estivesse debochando.

– Quer saber? - retruquei. - Eu não preciso de você. Estava bem até te conhecer.

– Ótimo. Por que você não termina essa viagem sozinha? - gritou.

– É o que vou fazer. - retruquei. - E para a sua informação, vou avisar todos que Kevin é um idiota! - gritei.

– Só porque não sou seu cachorrinho? - disse, rindo. - Me poupe Alice. Tudo o que fizemos até agora só ir atrás dessa Mary Margareth que parece não existir.

– Ninguém te obrigou a ir nessa aventura comigo. - retruquei.

– Por favor. - disse. - Você quase implorou.

– Implorei?! - falei mais alto ainda. - Você que decidiu me acompanhar.

– Decidi. Mas foi a ideia mais estúpida que eu já fiz.

– Então eu sou estúpida? - perguntei.

– Não coloque palavras na minha boca, Alice Casanova. - gritou.

– E você não aponte o dedo para mim, Kevin Metido a Agente da CIA. - retruquei.

– Eu faço o que eu quero. - disse.

– Você vai se arrepender. - e sim, quando eu menos percebi, estava lá brigando com Kevin sem ao menos saber o motivo.

– Eu não tenho medo de você, Alice. - falou e foi indo embora.

– Mas deveria ter. - disse, seguindo-o. - Você não me conhece. Eu bem que poderia ser uma feiticeira do mal.

– Se você fosse uma bruxa, eu já teria notado. - falou.

– Kevin, você é um escroto. Eu te odeio... - e de repente ele calou a minha boca. Não com a mão, mas com um beijo seco e suave. Um beijo forte, capaz de derrubar qualquer pessoa na rua. Foi um ao estilo de Hollywood: pouca saliva, muita pressão e muita tensão. Meu Deus, Kevin poderia ser muitas coisas, mas ele sabia beijar. E muito. Eu não sou a típica beijoqueira, na verdade dei meu primeiro beijo quando tinha 13 anos na festa da Carol. Foi uma brincadeira que acabou se tornando em "5 minutos no armário". Logo depois, comecei a sair com um garoto chamado Bob e nós namoramos por 3 anos. Ele beijava bem, mas nunca chegou aos pés do beijo que Lucas Griffe me deu no baile da formatura: fora um beijo totalmente selvagem, com direito a garrafas de champanhe e muita música boa. Lucas tinha sido o meu melhor beijo até o momento. Acho que Kevin poderia muito bem ter ultrapassado Lucas. E foi isso o que senti.

– Desculpa. - falou, alguns minutos depois e foi embora.

– Ok. - disse, quase sem folego. O que Kevin Barden fez comigo?!

[CONTINUA]


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