Nico ficou apenas observando a perola por um instante.

– Sim, com certeza é ela. – Ele falou, suspirando.

– E agora? Alguma ideia de como vamos pegar? – Sussurrei.

– Simplesmente pegar. – Ele também sussurrou.

Ao falar isso, ele pegou no vidro que estava envolta do escudo, tirando esse vidro, era só puxar a perola, e se ela saísse fácil tudo bem. Iria dar tudo certo, porem, quando ele puxou o vidro para cima, o alarme disparou.

As coisas que aconteceram em seguida foram rápidas demais. Nico olhou para o guarda que estava de costas para nos, conversando com alguém, fazendo menção de se virar, e então olhou para mim. Ele meio que me abraçou e me beijou, me empurrando para cima do vidro que protegia o escudo, fazendo o pilar baixo em que o escudo estava balançar, fazendo o vidro cair e o escudo cair no chão. Eu acho que nem preciso contar oque aconteceu. O vidro se quebrou em vários mini pedaços e as pedras e perola que estavam no escudo se soltaram. Fiz eu e Nico cairmos chão, e sem ninguém perceber peguei a perola, e guardei no bolso de dentro da jaqueta.

Quando olhei para cima, o guarda nos encarando. Eu e Nico levantamos rapidamente. O guarda não estava com uma cara muito amigável, a nossa conversa com ele não seria amigável.

– Oque vocês pensam que estão fazendo? – O guarda disse. Ele com certeza não iria nos convidar para conversar e tomar pelo menos uma água.

– Nada, senhor. – Nico respondeu.

– Então vão fazer ‘’nada’’ em outro lugar. Aqui não é lugar de namorar, e logo em cima das peças do museu. Agora, como vão pagar isso? – Quando o guarda falou certa parte, eu fiquei vermelha, ou quase.

– Aceitaria cartão de credito? – Nico disse num tom irônico, que o guarda obviamente não gostou.

– Vão embora daqui, anda!

– Vamos Nico. – Eu disse saindo do museu com ele.

Nos estávamos voltando para o hotel, e nossa! Já eram 22h07min.

– Ate que não foi tão difícil. – Nico falou.

Não respondi.

– Olha, aquilo... Não leva pro lado pessoal...

Demorei um pouco para responder.

– Não estou levando.

Ele não disse mais nada.

Nico foi andando na frente, não sei qual o motivo, mas isso me deixou irritada.

– Olá meu bem. – Ouvi alguém dizer perto de mim.

Me virei. Vi uma mulher velha, com uma roupa estranha pra idade dela, segurando uma bolsa, me olhando.

A mulher começou a se aproximar de mim. Coloquei a mão no bolso do lado de dentro da minha jaqueta para pegar a espada, não sei por que estava pegando a espada, mas o meu censo de sobrevivência apitou.

– CUIDADO! – Nico gritou.

Quando fez isso a senhora velhinha de roupa estranha e bolsa, se transformou em uma benevolente. Nico me empurrou pro lado com a espada em punho e começou ataca-la antes que eu conseguisse pegar a minha.

Mas que idiota. Acha que eu não posso me defender sozinha.

Levantei e peguei logo minha espada. Enquanto ela estava distraída com ele, ataquei pelas costas, nada que a ferisse muito. E quando ela se virou para me devolver o ataque, Nico atravessou a espada nela, que se desintegrou.

– Até que não foi tão difícil. – Nico disse.

– Você precisa parar de dizer isso. Serio.

Ele riu.

Nos fomos para o hotel.

Quando chegamos no quarto a primeira coisa que fiz foi tomar um banho. Nico abriu minha bolsa e pegou algo para comer. Ele não tinha o direito de fazer isso depois de não querer me deixar trazer comida.

– Ei! – Ele me chamou,

– Hm, oi.

– Qual é o próximo lugar?

– Phoenix, no Arizona. Vamos amanha logo quando acordarmos.

– Ta. Vamos viajar pelas sombras de novo. Assim é mais rápido.

– Acho melhor nós irmos de ...

– Não. Vamos do jeito que eu falei.

– Hm. – Eu não quero ir desse jeito.

Fui para o meu quarto e fiquei ouvindo musica e li um livro ate que peguei no sono.

Acordei varias vezes durante a noite, e a madrugada também. Em uma dessas vezes, fui olhar Nico no outro quarto. Parecia que ele dormia bem e não tinha pesadelos... Achei que ele talvez não tivesse, pois é um filho do Deus do Submundo.