Bad Girl escrita por Cruel


Capítulo 40
Minha pedra de gelo.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Demorei ? Acho que já sei a resposta. Então eu tive uns problemas pessoais, ai e bloqueio criativo por isso demorei tanto. E a série já está perto do final pessoas! Pois é, mais ainda vai demorar, calma jovem.
Então nesse capitulo tem uma surpresa que todo mundo esperava ( acho) e a história da Kit-Kat então se deliciem com esses dois. Bejos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/459184/chapter/40

O sol aquecia suavemente meu corpo, enquanto meus pés tocavam a areia macia, a mão quente de Heath estava entrelaça na minha.

Andávamos pela praia em silencio. Até o Heath quebrar ele.

—Então, você quer contar sua história ? Tô curioso sobre... você! - ''Não! Você quer saber como eu fiquei assim !'' Penso.

Suspiro.

—Você quer saber como eu fiquei assim ?

—Não com essas palavras.

—Tá. Hum, á uns três anos atrás, eu estava estudando em outra escola...

—Foi a época que eu não te via mais... -Murmurou ele consigo mesmo, e eu assenti.

—Sim. Passei só uns seis meses naquele lugar, mamãe insistia que eu precisava me socializar. -Dei uma risadinha. -Desde de pequena, nunca fui boa com essas coisas. -Ele me encarou tristonho.

—Eu lembro. -Assenti.

—Então passou um mês, mais ou menos, e um garoto chegou. O nome dele era Dylan. Nos começamos a conversar do nada, por acaso e descobrimos que nos dávamos muito bem, tinhámos muitas coisas em comum e isso nos deixou mais encatados um com o outro. -Sorri sozinha com a lembrança do sorriso dele, tão cheio de vida, poucas pessoas tinham o privilégio de ver ele sorrir.

—Passou um tempo e começamos a namorar. Ele era, bom, lindo, parecia um anjo. Loiro, olhos pretos, branco como uma folha. Eu o apelidei de branquelo. -Gargalhei e Heath deu um sorriso fraco.

—Ele era gentil comigo e ácido com os outros, menos com o Evans, o melhor amigo dele, nos eramos a turminha dos esquisitos. E o que eu vou contar agora é um pouco clichê, acho que é por isso que eu odeio clichês. Era noite e eu e ele estávamos na minha casa e eu não me lembro o por que, mas, nos brigamos, ele saiu chateado comigo dela, e furioso. Ele entrou no carro e saiu acelerando com tudo pela rua da minha casa, até sumir. Passou uns cinco minutos e começou a chover, depois foi aumentando, até parecer que estava caindo granizo, eu fiquei preocupada com ele e tentei, várias vezes ligar no celular dele mais só dava na caixa postal. Depois eu desisti e de manhã veio a notícia que ele tinha morrido de acidente de carro. -Parei e encarei o horizonte, a brisa úmida batendo no meu rosto. Heath me encarava triste e chocado, sua testa franzida.

—Eu mudei dessa escola, por que, todos diziam que a culpa de ele ter morrido era minha, e realmente eles estava certo. -Dei uma risadinha irônica e Heath me lançou seu olhar repreendedor. -E eu voltei pra cá, os primeiros dias foram um verdadeiro inferno, todos me chamavam de esquisita, fechadona... entre vários apelidos fofinhos. E a vadia da Abigail, era uma das vadias do grupinho da Angel, era quem ''Mandava'' na escola, elas implicavam comigo e me zoavam das piores maneiras. -Minha garganta começou a fechar, lembrando da dor, da tristeza que me seguia, do desespero que me sufocava. Fechei os olhos e continuei, com a voz tremida. - Até que um dia eu dei uma surra nela, e deixei ela quase sem cabelo, com um olho roxo, e ela nunca mais vai transar na vida dela. Fim. -Termino e ele tá paralisado.

—Heath! -O chamo, seus olhos piscam e focam em mim.

Ele fica parado me encarando.

—Nossa!

—É...

—Kat, eu nunca imaginei que... -Ele parou no meio da frase, as palavras se perdendo no ar, ele me abraçou e eu enfiei meu nariz em seu pescoço, respirando seu perfume, me afastando das lembranças do Dylan, enquanto seus braços me apertavam, me ancorando no presente, sem escapatória pro passado.

Quando ele me solta sorrio.

—Calma, eu estou bem. -O tranquilizei e ele me beijou, continuamos andando.

—Ainda sente falta dele ? -Ele me olha de rabo de olho.

—As vezes. -Sejo sincera. -Mais eu te amo, e tenho certeza que se gostaria que eu fosse feliz de novo. -Ele sorri e passo a mão em seu rosto.

—E você ? -Pergunto pra ele.

—Não to muito confortável pra falar disso.

—Tá, sem pressão.

Continuamos caminhando pela praia, até que achamos um coqueiro. Heath insisti em querer tomar aguá de coco, já que aqui não tem nenhuma loja, ele resolveu derrubar o coco.

—Como você vai fazer isso ? -Pergunto de braços cruzados e segurando um riso.

—Balançando o coqueiro. -Disse como se fosse obvio.

—Tá. -Digo e me sento numa sombra esperando ele.

Eu rio até chorar, ele se tacou no coqueiro e o coco quase caiu na cabeça dele, depois fomos procurar algo para abrir ele.

Acho uma pedra, levemente afiada, perto do começo da floresta, e ele bate o coco ali com toda a força, e o coco se abre.

Sua água cai na areia, e ele sorri. Branco, lindo.

O conjunto do pecado, os olhos, o sorriso... Me perco, por um instante, e ele me trás de volta.

—Kat, terra para Kat!

—Oi! -Digo.

—Terra aceita Katerina. -Diz e ri, eu o sigo.

—Onde você tava ?

—Isso não importa! Hã, vamos beber -Digo e ele me entrega o coco, dou uma golada e o devolvo.

Bebemos lentamente, saboreando aquela paz.

—Nosso pequeno paraíso -Murmura ele, baixinho, mais não o suficiente.

—É -Ele me abraça e me dá um beijo no topo da cabeça. Sorrio.

—Nosso refúgio! -Digo rindo.

—Vamos dá um nome ? -Pergunta ele me passando o coco e eu dou um gole.

—Essa ilha não tem nome ? -Murmuro assustada.

—Não. Eu praticamente ganhei ela hoje. -Diz ele simplesmente.

—É, POR QUE GANHAR UMA ILHA É TOTALMENTE NORMAL! EU GANHO UMA TODO DIA! -Digo indignada.

—Katerina, você tem que viver mais no meu mundo! -Diz ele sorrindo, maroto.

 

—Tá... Já sei! Ilha Katerina -Diz ele sonhador.

Sorrio.

—Tá, pode ser.

*

O sol já está se pondo, estamos sentados na toalha xadrez olhando.

Sinceramente ? É a coisa mais linda que eu já vi, e também, é a primeira vez. E está sendo muito especial, numa praia, com a pessoa que eu amo...

—Heath, esse é o meu primeiro por do sol -Anuncio o olhando e ele sorri e me beija.

—Que bom. -Diz ele, coloco minhas mãos em sua nuca, puxando seus cabelos, trazendo ele para mais perto.

—Tem certeza ? -Diz ele se referindo á aquela coisa.

—Absoluta. -Digo com toda a certeza que eu tenho na minha alma. Ele me puxa para o seu colo, fazendo com eu enrole minhas pernas na sua cintura.

Meu corpo acende, como uma fogueira, o desejo era o combustível.

Eu sei que estou pronta! Por que não estaria ? Está perfeito, com a pessoa que eu amo, e tenho certeza que é com ele que eu quero passar a minha vida. E é com ele que eu quero.

Suas mãos a cariciam meu corpo, lentamente, me proporcionando arrepios e sensações quentes por ele. Sua boca se separa da minha e parte para o meu pescoço, o beijando suavemente enquanto eu arranho sua costas, ele ri sarcástico quando solto pequenos gemidos.

Eu solto um gemido sofrido quando sua boca deixa meu pescoço, ele me deita delicadamente na colcha macia e fica por cima de mim.

Ele me olha, de cima a baixo, como se tudo aquilo fosse um sonho, seu olhar queimando, ardendo em minha pele cheia de desejo.

Sorrio pra ele, que umedece os lábios, rosados e macios, segura meu rosto com uma das mãos e me beija gentilmente.

Ele vai intensificando o beijo e vai levantando a camisa dele, já que ele me emprestou e ficou só de bermuda, vai descendo, ele beija o vale entre meus seios, ofego, e desce pra minha barriga, solto um gemido, de tão boa que é a sensação.

Quente e molhada.

Puxo seus cabelos negros, querendo mais, e sinto seu sorriso contra minha barriga, o que me faz arrepiar e soltar um gemido baixo.

Ele acaricia a parte de trás das minhas coxas as levantando e ficando no meio das minhas pernas, ele beija elas, quando chega no meio da minha coxa direita, ele dá uma mordida e lambe em seguida. Solto um gemido alto. E ele volta pra minha boca.

Eu mordo seu lábio superior e ele geme, tomando minha boca rapidamente, ele tira minha blusa a jogando em algum lugar na areia.

Ele lambe o lóbulo da minha orelha e me encara com suas esmeraldas.

—Tem certeza ? -Pergunta ele.

—Sim -Digo simplesmente. E relaxo.

Nunca senti tanta certeza na minha vida. Eu queira e isso foi correspondido, carinhosamente do jeito do Trevisan, mais foi.

Eu me lembrei de uma aula de química ou física, sei lá, onde dizia que dois corpo não podiam ocupar o mesmo espaço. É mentira, nada disso existe, números, leis matemáticas, rótulos, tudo foi adaptado.

Mais por que eu to falando disso ? Não sei, é um exemplo. Do que, eu não to me lembrando, pelas sensações que eu estou sentindo. Que passeiam pelo meu corpo e no meu cérebro, atrapalhando meu sistema nervoso me deixando entregue a ele. Completamente.

Nossos corpos são imãs, diferentes e iguais ao mesmo tempo.

Leis e aulas de física e química voltam na minha cabeça, mais chego a conclusão que nada pode explicar isso que nos sentimos. Nada pode explicar meu amor pelo Trevisan, que antes era meu vizinho chato e playboy que eu tentava ao máximo evitar, e que hoje, é o amor da minha vida. Raiva é o amor em forma de negação, bom, pelo menos o nosso.

Eu nunca senti isso! Essa coisa explodindo dentro de mim, é novo, desconhecido, bom...

*

Acordo com o sol, abro os olhos meio desorientada e imagens e sentimentos explodem na minha memória. Sorrio e rolo pro lado e encontro o rosto mais tranquilo que já vi.

O sol suave da manhã claria seu rosto, os olhos fechados, um sorriso discreto no rosto, os cabelos negros bagunçados, o abdômen perfeito de fora, a pele clara.

Sorrio e olho a redor e estamos num quarto branco, não me lembro como vim para aqui, mais é lindo tudo claro, o sol entra envergonhado pela janela a minha direita, a cama é larga e confortável, o quarto é bem decorado e bonito.

Me viro de novo e observo o Trevisan dormir e ele parece um anjinho, quando eu levo um puto de um susto.

—Bom dia. -Diz ele do nada e eu quase caio da cama.

—Caramba homem! Que me matar do coração ?

—Desculpa. -Diz ele rindo e me olhando.

Ele para e me encara, com um sorriso bobo no rosto, tão radiante.

—Que foi ? -Pergunto rindo também.

—Nada. -Diz ele e me dá um selinho, sorrio.

Ele me puxa e eu deito no seu peito e ficamos ali calmos, escutando o som das ondas e das nossas respirações. Ficamos assim, trocando carícias e beijos.

—Quem quer comer ? -Grita ele.

—Eu! -Grito em resposta e ele ri ,se levanta e contorna a cama, me pega no colo e me coloca no chão eu caço uma blusa dele pra eu vestir, e a acho jogada num canto do quarto e visto e ele coloca uma calça de moletom.

Ele me pega no colo de novo e me leva pra cozinha, me senta gentilmente na cadeira e vai pro fogão.

—Então, como eu cheguei aqui ? -Pergunto curiosa.

—Eu te carreguei até aqui depois que eu acordei, já estava amanhecendo e te coloquei na cama.

Ele põe a mesa e eu devoro tudo, faminta.

Lambo os dedos quando termino e ele ri.

—Tava com fome, ein ?

—Muita -Digo rindo.

—Então, quer fazer o que hoje ? -Pergunta ele e eu sorrio caminhando pro seu lugar da mesa, sento em seu colo e ele me olha perverso, nos beijamos e vocês sabem o que aconteceu!

O vento bate no meu cabelo, pela janela aberta, ele pega na minha mão e sorrio. Estamos no carro de volto pro campus, por que amanhã é segunda e temos aula. Não posso faltar, de jeito maneira.

E ele, bom, é seu primeiro dia e sabe como é.

A viajem eu passei dormindo e enchendo o saco do Trevisan, contando piada, beijando, trocando carícias, etc. Coisas de casal, pensei que nunca ia dizer isso.

—É estranho sabe.

—O que ? -Pergunta ele

—A gente ser denominado de casal. Pensei que isso nunca aconteceria. -Digo rindo.

—Por que ?

—Ah! Tú sabe, rainha do gelo, pedra de gelo, insensível etc.

—Ah! sim. Minha pedra de gelo -Diz ele me dando um selinho rápido.

E assim passamos a viajem. Tempo vai, tempo vem. E finalmente chegamos.

O campus tá silencioso então entramos, no dichavo memo, memo.

Então Abro a porta do meu dormitório e encontro...

—Caramba, Zaine! Tá ficando doida peste ? Anda vendo gnomo, é ? -Pergunto com a mão no coração, dando um pulo lá em Marte e voltando.

Ela ri e se levanta da minha cama andando na direção do Trevisan e virando ele de costas pra ela e empurrando ele pra porta.

—Desculpa fofinho, sei que você ama ela e quer passar o resto do dia com ela e tals mais eu continuo sendo a melhor amiga dela então, bye. -Diz ela batendo a porta na cara dele, e vindo pra cima de mim e me sentando na cama.

—CONTA TUDOOOO! -Exclama ela sorrindo e pulando na cama.

Eu me deito na cama, com um sorriso bobo.

—Contar o que ?

—UÉ, a noite de ontem! -Exclama ela batendo palmas e eu reviro os olhos.

—Não vou te contar nada! Isso é coisa minha! -Indago curta e grossa, seu sorriso aumenta.

—Então rolou algo!! -Me acusa e solta um gritinho, reviro os olhos e levanto, pego uma mala preta com vários bottons e selos de lugares e bandas debaixo da minha cama e organizo algumas mudas de roupas e calcinha na minha mala com perfumes, desodorantes... Quando vem um clik na minha cabeça.

—Cassete.

—Que foi ? -Pergunta a Zaine.

—Amanhã tem aula!

—Só que não! Amanhã é feriado,

—Do que ? -Pergunto ela dá de ombros.

—Sei lá. Só sei que é feriado. -Diz ela me olhando, suspiro aliviada por poder ver minha mãe.

Sorrio e continuo arrumando minha mala, a Zaine faz a mesma coisa sempre viajamos juntas pra ver nossos pais. Vai eu, a Zaine e o Heath. Sorrio ao lembrar de seu nome e pego meu celular disco seu numero e ele atende no segundo toque.

—Oi, minha rainha do gelo. -Sorrio.

Olha a viadagem! —Escuto sua risada do outro lado da linha e isso me arrepia.

—Então, sabia que amanhã é feriado ?

—Não, de que ?

—Não sei. Mais bora ver nossos pais ?

—Sempre, já vou arrumar a minha mala e a gente parte hoje tá ?

—Sempre.

—Então tá, a gente se vê daqui a uns... Trinta minutos, Tchau minha rainha.

—Tchau -Digo desligando pegando minha toalha e indo pro banheiro e tomando um banho rápido e lavando meu cabelo.

XXX


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bad Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.