O tesouro do Fofo

(narradora)

Quando voltaram à sala comunal esperaram que Rony acordasse para que contassem a ele o que tinha acontecido.

É claro que eles não esperaram por serem ótimos amigos. Aguardaram porque não importava o quanto sacudiam o garoto, ele não acordava!

Percy e Harry decidiram dormir e aguardaram o ruivo despertar sozinho para que pudessem contara a ele o que tinham visto.

Rony ficou realmente surpreso com o que os amigos contaram, imaginou por um tempo o que o espelho mostraria para ele, mas depois esqueceu a história.

Vendo Harry e Percy, percebeu que os dois estavam um pouco diferentes. Enquanto Percy parecia mais alegre, Harry estava mais pensativo, nem de longe estava triste, apenas distante.

Mesmo no almoço, onde todos os alunos que haviam ficado na escola estavam almoçando juntos, ele almoçara rapidamente e sentara em uma mesa vazia olhando para o nada.

Rony e Percy tentaram animá-lo, mas o garoto continuava insistindo que não havia nada de mais.

Os alunos chegaram, eles tiveram mais algum tempo e nada de descobriram sobre Nicolau Flamel. Nada até a manhã da prova de poções.

Harry, Rony, Hermione, Percy, Annabeth, Piper e vários outros estavam no salão principal cada um em sua mesa. Estavam todos estudando para as provas finais, ou melhor, quase todos. Rony estava separando suas figurinhas dos sapos de chocolate das repetidas.

– Fala sério Ronald! – Hermione repreendeu. – As provas finais estão chegando e você está brincando com cartinhas.

– Pois saiba que eu estou totalmente preparado. – ele retrucou.

– Então quais são os três principais ingredientes de uma poção de antídoto? – a garota questionou.

– Eu... não sei. – o ruivo respondeu.

– E o que vai acontecer se isso cair na prova? – ela perguntou.

– Colar de você. – foi a resposta do garoto.

– As penas que nós fazemos as provas tem feitiços anti-cola. – Percy interferiu e olhou para o amigo. – Você acha que eu estaria lendo esse livro se não tivessem.

Rony ignorou o comentário e continuou a arrumar seus “cards”.

– Droga! – ele arremessou a última cartinha longe. – Outro Dumbledore.

A carta foi parar em cima do livro de feitiços de Harry. O garoto leu silenciosamente a cata e achou algo interessante.

– Escutem só, - ele disse. – “Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore* ficou famoso por descobrir os doze usos do sangue de dragão e fazer descobertas em parceria com Nicolau Flamel.

Uma ideia ocorreu a Hermione.

– Venham comigo. – a garota falou.

Percy, Harry e Ronny se levantaram e a seguiram até a biblioteca. Lá ela pegou um livro de uma das prateleiras e abriu-o sobre a mesa.

– Como eu sou idiota! – ela ralhou consigo mesma. – Eu mandei vocês procurarem na sessão errada. Peguei esse livro faz algumas semanas, só para me distrair. – explicou.

– Isso é se distrair. – Rony perguntou horrorizado.

Ela olhou feio para o garoto fazendo-o ficar quieto. Então voltou a olhar para o livro.

– Achei! – ela exclamou. – “Nicolau Flamel é o único que possui a Pedra Filosofal, capaz de transformar qualquer metal em ouro puro, é também a única que produz o elixir da vida, que torna quem o bebe imortal.”

– Imortal? – Rony pareceu surpreso.

– Significa que você não morre. – Hermione explicou.

– Eu sei o que quer dizer! – ele reclamou.

– Não percebem? – a garota questionou ignorando o último comentário. – A Pedra Filosofal, é isso que o Fofo está guardando.

– É isso que o Snape quer. – Harry concluiu.

– E eu que estava preocupado com a minha prova de poções. – Rony engoliu em seco.

Eles já haviam concluído que o Snape era culpado, mesmo com tudo que Hagrid disse.

– Hoje à noite nós vamos falar com Hagrid. – Harry falou, podia ser que ele deixasse escapar mais alguma coisa. – ele olhou para Percy. – será que você podia ficar esperando na sala comunal e abrir a porta por dentro?

O amigo fez que sim. Foi muito complicado para eles entrarem na sala comunal naquela noite. Eles correram um grande risco de serem pegos. Se a porta fosse aberta por dentro não precisariam tirar a capa.

– Eu estava pesando nisso mesmo. Quanto menos forem, melhor. – Percy disse. – Se forem pegos vamos perder menos pontos.

Os outros concordaram. Estar fora da sala comunal à noite já resultaria em no mínimo vinte pontos perdidos por cada. Se estivessem fora do castelo perderiam mais pontos ainda, além de que provavelmente pegariam detenção.