A janela vizinha escrita por Merida


Capítulo 6
Hermione


Notas iniciais do capítulo

Esse vai pra Aila, que fez cara de cachorro que caiu da mudança quando disse que estava pensando em desistir da fic. Eu sei que você não percebeu na hora, mas você fez. Aila, acho que eu sou muito mole com você.



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Hermione ficou matutando as palavras de Draco por horas e horas, sentada silenciosamente na estufa. O remorso parecia um bicho com febre dando voltas e voltas em sua barriga.

Você reclama por que Draco é um estúpido e grosso, mas você não é tããão diferente não, querida...

Então uma única lágrima correu pelo seu rosto e pingou em seu braço.

Sua irritante voz interior continuava a falar. E no meio da verborreia de sua consciência, ela percebeu uma coisa. Draco definitivamente queria alguma coisa a mais com Hermione, e ela queria também. Sempre tivera uma quedinha pelo rapaz. Mas ultimamente, ela tinha aumentado, e virado uma réplica em tamanho real do Grand Canyon, e ela só percebera agora.

– Estúpida, estúpida, estúpida! - Ela disse batendo repetidas vezes na cabeça - É claro que ele estava te dando indiretas, pra uma menina inteligente você é bem burra, Hermione.

Ela dizia para si mesma. A lua já brilhava no céu escuro quando respirou fundo para bater na porta da casa do louro... mas não bateu. Subiu até seu quarto e ligou para Ronald.

– Hermione..!

– Me deixa falar.

– Uau, tudo bem...

– Escute, Ronald, se você pensa que eu sou idiota ou alguma coisa assim...

– Não é o que você pensa!

Palmas para Hermione. Boa! Arrancou alguma coisa!

– O quê não é o que eu penso?! - Ela disse com raiva.

– Eu não estou te traindo com a Lilá, eu só...

– Ah, muito obrigada, Ronald. Eu não sabia que você estava com ela também.

– E-e-e-eu... Não est-tou...

– Eu não sou idiota, Ronald.

– Me desculpe, Hermione. Eu juro que nem falarei mais com ela!

– Faça o que você quiser com ela, Weasley. Eu não quero saber mais de você. - Ela dizia com uma calma cruel.

– Hermi...

– Cale a boca. E não me procure mais.

E simplesmente desligou. Se sentia culpada e aliviada ao mesmo tempo. Seu sorriso ofegava, e ela desceu correndo pelas escadas.

– Hermione! Onde vai? - Sua mãe perguntou.

Não respondeu, e aos tropeços foi saindo porta à fora.

Bateu com força na porta e esperou ofegante.

Draco apareceu depois de uns dois minutos. Em um segundo, Hermione registrou olhos vermelhos e cansados, cabelo bagunçado, sem camisa, rosto vermelho e arranhado. E sem pensar em mais nada, pulou em seu pescoço e lhe lascou um beijo.

Não, idiota! E se ele não quiser te beijar?! Você erra os cálculos de vez em quando, sabia?!

Ela sabia, mas pouco lhe importava. Draco ficou paralisado por um momento, mas logo a abraçou pela cintura e aumentou o ritmo do beijo. Hermione se afastou sorrindo. Draco revesava entre rir e ofegar. O rapaz deu um beijo curto na garota e sorriu novamente.

– O que diabos deu em você? - Ele perguntou sorrindo e fechando a porta atrás dela.

– Eu sou um pouco devagar para algumas coisas... - Ela riu, mas seu rosto se fechou, e mordeu o lábio inferior - Eu acho que eu te amo, Draco.

O rapaz arfou, fechou os olhos e sorriu.

– Eu tenho certeza de que te amo, Granger.

Ela sorriu de canto e desviou o olhar.

Ele a pegou pela cintura e a prensou contra a parede.

– Tem algum ruivo no caminho? - Ele perguntou, erguendo a sobrancelha.

Ela sorriu e fez que não com a cabeça.

– Ótimo, estava querendo fazer isso já faz um bom tempo...

Ele a beijou, dessa vez deslisando as mãos pelo corpo da garota.

– Draco..?

Os dois olharam para o lado e viram os pais de Draco.

– Vocês não estavam viajando? - Draco perguntou confuso.

– Estávamos... - Os dois disseram juntos.

– Ah... Sei.

– Vocês dois não se odiavam? - O pai de Draco perguntou.

– Não mais... - Draco respondeu, comprimindo os lábios e erguendo os ombros.

– Estou vendo... - A mãe disse rindo - Bem, se divirtam, estamos lá em cima.

– Hermione riu e eles se afastaram um pouco.

– Eu vou...

– Fica. - Draco a cortou.

– Não posso... Desculpa. - Ela sorriu, os dois se beijaram pela última vez na noite e ela saiu.

Com a mão sobre a boca, ela riu. Não podia acreditar naquilo.

– Onde esteve? - Seus pais perguntaram ao entrar.

– Fui falar com Draco... - Ela disse indo para seu quarto.

E bateu a porta, se trancando lá dentro. Ficou olhando a janela ao lado, e se imaginando criança novamente, olhando para o rosto pálido de um menino sem nome e com olhos cor de metal, quando esse rosto apareceu por entre as cortinas e lhe sorriu, apaixonado.


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Notas finais do capítulo

Entããão?