Casa de Zelda e Saria: (Quinta-feira)

Já era noite, quando Zelda acordou completamente desorientada. Nos primeiros momentos, não conseguiu entender onde estava pelo motivo de estar muito escuro, mas não demorou muito para as reconhecer a sua própria casa. Zelda sentia um calor de um braço a segurando, e era Link, em sua cama, a envolvendo em seus braços. Ela sentia sua cabeça pesada e enevoada, e tudo ao seu redor parecia irreal. Olhou para a porta e viu que estava fechada, como sempre. A luz da lareira que havia no lugar, cegava os olhinhos azuis-turquesa da garota. Os manteve abertos esperando que um de seus amigos acordassem − embora sendo meio impossível alguém acordar no meio da noite − e começassem a explicar oque aconteceu e responder as várias suas perguntas.
Ouviu uns barulhos de batidas na porta, e começou a tremer fortemente. Passou um certo tempo, e depois as batidas foram nas janelas. Ela queria acordar Link, mas não queria atrapalhar o sono do namorado por uma coisa que talvez fosse impressão dela. O barulho não foi mais repetido, tranquilizando Zelda. Talvez aquilo tivesse sido apenas parte de um sonho.
Lembrou-se de quando desmaiou na câmara dos sábios, e isso que estava acontecendo podia ser apenas um sonho de seu desmaio. Quando viu a trava da porta sendo levantada, percebeu que não era sonho algum.
Sentou-se rapidamente, saindo dos braços de Link. A pessoa lutava para abrir a porta, e fazia um barulho medonho, que podia com certeza ser escutado lá da Vila Kakariko. Segundos mais tarde, depois de fixar seu olhar na porta por milhares de segundos, Zelda coloca sua cabeça no travesseiro frio e macio. Até que estava certa que um homem abriu a porta, e ela voltou a sentar-se em sua cama.
Sentiu lágrimas suas escorrerem , e tentou proteger-se. Olhando direito, ela reconheceu o garoto. Mesmo com um escuro sombrio, ela reconhecia os seus antigos amigos. Era alto, com cabelos castanhos bem escuros, e havia uma pele bem branca. Estava escuro demais na penumbra formada na lareira para determinar a cor de seus olhos. Mas pelo oque ela se lembra, eram verdes bem claros. O garoto encarava Zelda com uma expressão surpresa.
Se Zelda não se engana, era um guarda do castelo que era um grande amigo de Zelda. Ele não era velho, havia quinze anos, um ano mais velho que Zelda. Era tão habilidoso nas batalhas, ele nunca perdeu uma na vida, tornou-se um guarda do castelo com apenas quatro anos de idade. Com essa idade já era um completo profissional, e já usava espadas profissionais. Ele nutria sentimentos por Zelda, e o dia que ela foi embora, ele entrou em uma depressão de duas semanas.
Zelda levantou-se, boquiaberta, com seus olhos cheios de lágrimas. Zelda correu para os seus braços, e ele a recebeu facilmente.

− Bruce! Como me achou?! − Sussurrou Zelda, para não acordar seus amigos.

Bruce respondeu sussurrando:

− Eu ouvi Impa conversando com a rainha. Eu sei que parece mal-educado, mas eu estava com muitas saudades suas, e eu precisava saber onde minha floquinho de neve estava.

− Bruce, eu também sinto saudades! − Disse Zelda, ainda emocionada.

Os dois se fitam, e Bruce se aproxima mais dos lábios rosados de Zelda. A garota deixa-se levar pelos olhos verdes apaixonantes do garoto e também chega mais perto. Bruce realizava um sonho quando sentiu a respiração de Zelda. Zelda lembrou-se de Link, soltou-se dos braços dele e lançou seu olhar para o namorado.

− Esse é meu namorado. − Disse Zelda, dando um tom mais alto em "namorado".

− O herói do tempo?

− Isso.

Bruce iria ter de tirar Link do caminho se quisesse conquistar o coração da melhor amiga.
Ele olha fixamente para a amiga arrumando uma cama que provavelmente seria para ele dormir. Queria ter a sorte de Link de dormir abraçado com Zelda.
Quando menos percebe garota já acabou de arrumar a cama, e já está em sua frente com um sorriso enorme.

− Durma aqui, tudo bem?

Bruce faz "sim" com sua cabeça, e sorri para a garota também.
Observa a garota deitar-se ao lado de Link, e fechar ao olhos azuis-turquesas enquanto sorria sem mostrar os dentes. Link parecia pensar que estava com Zelda entre seus braços, e claro que sentiria falta do calor da garota ao seu lado.
Olhou em volta, e a floresta Kokiri não era como ele imaginava. Era tão bonita, tão colorida − Se ele a achou colorida a noite, com certeza ia ver a beleza da floresta durante o dia − , e não havia conhecido os Kokiris ainda. Viu dois Kokiris deitados − Uma na cama e outro em um dos sofás − , e percebeu que não eram tão diferentes dos Hylians.
Deitou-se na cama que era completamente diferente das do castelo. As do castelo eram mais macias, mais quentinhas e mais aconchegantes. Demoraria para o chefe dos guardas desacostumar-se com tantas mordomias, mas pela garota que gostava, era o preço que havia de pagar.
Olhou novamente com um olhar mortal para Link, que mais parecia ser um pegador que ficaria com Zelda só por sua beleza e corpo, depois a largaria quando aparecesse uma melhor. Não como Zelda fala sobre ele, um garoto que a ama, que vive a defendendo, que é fiel, um garoto chiclete, ciumento, sincero...e outras coisas que citou em uma carta que ele um dia recebeu dela.
Seu plano começaria, amanhã.

Dia seguinte (Sexta-feira)

Os olhos azuis-escuros de Link finalmente abrem-se. Observa Saria fazer um café da manhã para todos, junto a Mido.
Sentia um frio ao seu lado, procurava o calor de Zelda. Escutava risadas de lá de fora, mesmo o barulho da cachoeira e das risadas dos Kokiris sendo mais fortes, consegue reconhecer a voz da amada. Escuta também a voz de um desconhecido, uma voz masculina rindo com Zelda. Sente suas bochechas e testa arderem de raiva e começa a olhar fixamente para a porta, morrrendo de raiva.
Link desliza seus pés da cama para o chão,coloca seu gorro, e calça suas botas, sem desviar o seu olhar da porta.
Levanta-se sem responder o "Bom dia" de Mido e Saria. Os dois se olham, e lembram que Link é ciumento. Mido e Saria já haviam conhecido Bruce, e parece que Link não gostaria muito dele.
Link apareceu na porta, e viu aquele Hylian − Parecia um Hylian, de acordo com Link. − bonito conversando com Zelda. Link sentiu tristeza, depois raiva, depois pensou em matar aquele garoto para ele "ir embora".
Link respirou fundo, e tossiu.
Os dois olhos claríssimos perceberam a presença de Link, na porta, parado, observando os dois.

− Atrapalho alguma coisa? − Pergunta Link, enquanto cruza os braços.

− Bom dia − Disse Zelda, logo em seguida sorrindo para Link. − Esse é meu amigo de infância, o Bruce.

Link lança um olhar mortal para o garoto de olhos verdes-claros.

− Sou o Link.

− Zelda falou-me muito sobre você! − Disse Bruce, fingindo uma fonte amigável a Link.

− Ela nunca falou de você para mim.

− Falei sim! − Disse Zelda, logo em seguida fazendo um biquinho.

− Eu não me lembro.

− Ah, Link... − Disse Zelda, desviando o olhar − Eu já falei dele.

Bruce fica lá parado, assistindo os dois a discutir.

− Bem...Bryan, não é? − Link errou de propósito − Eu sou o herói do tempo, e oque você é?

− Eu sou o líder dos guardas do castelo, com apenas quinze anos de idade. E é "Bruce" não "Bryan" − Disse Bruce, defendendo-se.

− Ah...que legal. Eu tenho a Master Sword, e você?

− Ah...eu? − Fala Bruce, como se houvesse uma experiência superior. − Eu luto com espadas profissionais desde que eu era pirralho.

Link dá risada.

− Sabe oque você faz com essa sua "espada profissional"? − Perguntou Link, olhando sarcasticamente para o rapaz de olhos verdes claros. − Pegue ela, e enfi...

Zelda grita bem alto, o interrompendo:

− LINK!

Bruce localiza uma expressão de ira no fundo dos olhos do Link. Zelda não aguenta duas pessoas que amava tanto, provocando desavença. Os dois olham-se como quisessem se matar, e Zelda fica muito assustada. Bem, todos sabem oque acontece quando Zelda está assustada. A garota dos olhos azuis desmaia de susto ao ver os dois se olhando daquele jeito. Os dois fitavam-se com uma cara assustadora, como se estivessem trocando xingamentos bem feios pela mente.

Depois....

Os olhos de Zelda abrem-se, e ela não vê Link e Bruce. Tudo passa pela cabeça da garota, quando os dois não estão por perto. Pensa que estão se matando, brigando, trocando xingamentos horrorosos ou algo do tipo.
Bruce seria capaz de fazer Link chorar, xingava e defendia-se como ninguém. A lista de qualidades de Bruce era longa. Uma delas também era a rapidez no ataque, assim como Zelda. A primeira espada que Zelda tocou foi feita por Bruce, que logo depois ensinou a amiga a treinar.
Zelda sente as cócegas da grama por todo o corpo. Parece que Link não a carregou para lugar algum, e sim deixou a amada jogada no chão. Então que Zelda assustou-se mesmo, agora estaria bem provável que estava com Bruce.
Levantou-se e limpou a grama de suas roupas, e tentou tirar uns pedacinhos de grama do cabelo. Andou mais para a frente tonta, acabando de recuperar-se de um desmaio, procurando pelos dois brigões.
Os viu na sacada da casa de Link, conversando, rindo, e empurrando um ao outro. Pareciam ser grandes amigos, e Zelda estranhou o fato. Por quanto tempo ela havia dormido para acordar com dois garotos que haviam se odiado, agora contando piadinhas um para o outro e se empurrando amigavelmente?
Ao invés de sentir alegria, sentiu tristeza. Os dois não davam atenção para ela, nenhum deles teve a coragem de carregá-la até uma cama macia para descansar, para não acordar tonta depois de um longo desmaio.
Cabisbaixa, andou até a casa do namorado. Subiu as escadas que levavam até a sacada, onde Bruce e Link estavam. Os dois perceberam a presença da garota, e sorriram. Lembraram-se de que a garota estava desmaiada, e agora havia acordado sem um sorriso no rosto.

− Finalmente acordou! − Disse Link, nem percebendo a raiva da garota.

Bruce começa a sorrir e coçar a nuca, para Link perceber a cara de raiva de Zelda.

− POR QUE EU FIQUEI NO CHÃO?! − Gritou Zelda, enquanto colocava as mãos na cintura.

− Eu esqueci... − Disse Link, entre risos nervosos.

Bruce começa a rir bem baixinho, ele percebe que os dois andam brigando muito.

O olhar raivoso e assustador de Zelda vai para os olhos verdes-claros do garoto.

− E você? Qual é a sua desculpa?!

− É...bem...está quente hoje, não é? − Disse Bruce, tentando mudar o assunto.

Zelda não podia acreditar que os dois esqueceram dela mesmo. Pode ter sido apenas uma besteira, mas quando ela estiver em perigo de verdade, ninguém salvará ela. Era impossível que um garoto que não tirava o olhar um segundo de Zelda, havia a deixado no chão para ficar com seu novo amigo.
Link percebeu a tristeza da namorada, e sentiu uma culpa enorme dentro de si mesmo. Bruce também sentiu-se culpado por ter deixado a garota que gostava no chão.

− Escute, eu te amo. Eu peço mil desculpas pelo oque fiz, não vai voltar a acontecer. − Disse Link, desviando o olhar. Era muito raro Link assumir a culpa de algo que fez, mas era a garota que amava, então havia de pedir desculpas.

Zelda num estante levantou a sua cabeça e sorriu, perdoando seu amado.

− Tudo bem, eu te perdoo.

Bruce revirou os olhos secretamente.

− E então, vamos ajudar os irmãos-sabe-tudo? − Perguntou Zelda, lembrando-se de que havia esse compromisso com o namorado.

Link percebeu que ferrou para ele. Bruce já havia feito o trabalho para Zelda, e a garota ia achar que foi substituída. Zelda permanecia parada com aquele seu sorriso enorme, esperando a resposta de Link, que ainda estava desviando o olhar.
Olhou fundo para os olhos azuis da namorada, e não conseguiu mentir. Era como se os olhos dela falassem: “Eu te amo! Você me ama?” E mentir para a garota fosse como dizer: “Não, eu te odeio.”


− É que...Bruce já fez o trabalho para você.

Zelda mais uma vez sente que Link não está dando atenção para ela. Vira-se de costas, senta nas escadas e pula da sacada do namorado, tudo isso com uma cara de raiva. Link sabia que a garota estava com raiva dele.
Link suspira e bate sua cabeça na madeira milhares de vezes, pensando: “Eu sou um idiota!” enquanto Bruce ri secretamente da situação do “amigo”.
Bruce bate amigavelmente nas costas de Link, pedindo para ele parar de bater sua cabeça contra a parede tão forte.

− Eu sou um verdadeiro idiota. − Disse Link, com um olhar triste.

Bruce tenta acudi-lo:

− Esqueça isso. Daqui a pouco ela esquece.

Bruce estava errado, e sabia disso. Zelda nunca esquecia de uma coisa tão fácil, mas não queria que os dois se perdoassem. Link também sabia disso, mas pareceu nem ligar para o conselho do amigo.
Link respirou fundo, esqueceu o assunto, e decidiu parar de pensar em Zelda um segundo. Mesmo parecendo impossível, ele havia de tentar esquecer a namorada por uns minutos. Era muito viciado nela, e esses minutos que passou com Bruce foi o máximo que conseguiu ficar longe da amada desde que começaram a namorar.
Bruce parecia ser um bom amigo para Link, era isso que ele precisava esse tempo todo. Mas Link não sabia que Bruce escondia um sorriso maléfico atrás daquele sorriso amigável.

Depois, na casa de Zelda e Saria:

Zelda permaneceu deitada em sua cama abraçada com seus bichinhos de pelúcia. Lembrava de quando Bruce e Link estavam brigando por ela, e ela havia de admitir que preferia daquele jeito. Saria a estranhou tão desanimada, e lançou um olhar de pena para a melhor amiga.
Saria aproximou-se da amiga, pegou uma cadeira e sentou do lado de sua cama. Acariciou os cabelos loiros da amiga, sem tirar o olhar triste do rosto. A garota dos olhos azuis, percebendo uma mão amiga e quente nos seus cabelos, virou-se e se deparou com o olhar triste de Saria.
Com toda a certeza Saria iria ajudá-la, Zelda não conhecia ninguém que fosse tão especialista em felicidade do que Saria.

− Oque foi, Zelda?

− Aquele idiota do Link roubou Bruce de mim! − Disse Zelda, com os olhos cheios de lágrimas.

Saria ajuda Zelda a sentar-se em sua cama, e lhe dá um abraço. Saria não consegue imaginar oque Zelda quis dizer com isso, mas se lembra das palavras de Impa: “Cuidem bem dela, ela sofrerá muito por causa de vocês”
Saria olha bem fundo nos olhos de Zelda, e pensa:

Como assim?! Link é o ser mais protetor da Zelda! Como Zelda estaria falando mal dele agora?! Preciso parar com essa briguinha boba deles...

− Bem, antes da luta de espadas de Link e Bruce, Link vai estar tão nervoso que irá pedir tantos abraços que você vai até se cansar e...

− LUTA?! QUE HISTÓRIA É ESSA? EU NÃO FIQUEI SABENDO DE NADA DISSO!

Saria arregala os olhos e abre a boca, surpresa.

− Eles lutarão amanhã de manhã! Não contaram nada para você?

Zelda faz “não” com a cabeça.

− P-porquê?! − Perguntou Zelda, já pensando que era por ela.

− Não se preocupe, será uma luta amigável.

Zelda sente um pouquinho de tristeza.

− Durma Zelda, você precisa descansar.

Dia seguinte (Sábado-feira) (Ops, quis dizer Sábado)

Zelda levanta-se, arruma o seu cabelo e anda cabisbaixa até a porta. Precisava conversar com Link sobre Bruce, que havia uma força muito superior.
Zelda sabia que o namorado era teimoso e ia lutar com Bruce, mesmo Zelda avisando sobre a força de seu adversário. Zelda pensou em um plano totalmente louco, ela não queria que seu amado se machucasse com a força de Bruce.
O seu plano poderia acabar com os planos de Bruce...

Casa de Link:

− Soube da tal luta. − Uma voz doce e feminina chegou aos ouvidos de Link, que logo em seguida virou-se.

Zelda estava na porta, com os braços cruzados. Link parecia nervoso, a garota conseguia ver as mãos de Link tremendo.
Ela andou até o namorado, e segurou as mãos dele. Sentiu as suas palmas suadas, o jeito que tremia assustado. Ele olhava fundo nos olhos de Zelda, querendo abraçá-la, mas o nervosismo não deixava nem o garoto se mexer.

− O herói do tempo está nervoso?

Link faz “sim” com a cabeça.

− Ele é o líder dos guardas do castelo...e eu assinei um contrato que caso eu morra ele não será responsável... − Disse Link, tartamudeando.

Link com certeza ia morrer. Zelda sentia a certeza dentro de si. Caramba, Link é o herói do tempo porque era o seu destino. Mas existe pessoas bem mais fortes que ele, e Bruce era uma dessas pessoas. Link também não é fraco, mas que há pessoas melhores que ele há; e Zelda sabe disso.
O plano de Zelda, iria começar:

− Entre no guarda-roupas.

Link cora.

− P-porquê?

− Você descobrirá.

Link a obedece, mesmo pensando milhares de besteiras.
Zelda aproxima-se de Link para beijá-lo, mas rapidamente sai do guarda-roupas e o tranca com uma chave que sempre guarda.
Link percebe que foi enganado, começa a esmurrar a porta e gritar. Tenta arrombar a porta milhares de vezes, mas sem sucesso.
Preocupado com Zelda, grita com uma voz rouca:

− ABRA ESSA PORTA! OQUE VOCÊ VAI FAZER?

− Fazer de conta que sou você e lutar. Afinal, somos bem parecidos. Não é?

A única coisa que Link e Zelda haviam de parecido eram os cabelos loiros. Os olhos de Zelda eram azuis bem claros, e os de Link eram um pouco mais escurecidos. Zelda também era muito baixinha perto de Link, mas era um pouco maior que os Kokiris.
Zelda observa uma caixa cheia de equipamentos de Link, e também com umas roupas.

− Como você vestirá minhas roupas se não temos o mesmo corpo? − Perguntou Link, mais tranquilo.

− Ninguém vai notar. − Disse Zelda, colocando as roupas de Link.

− E a Altura?

− Ei, um dia eu vou crescer, tá?!

Link dá risada.

− Vai ficar até maior que eu! − Brincou Link.

Zelda ignora as coisas que Link diz e continua vestindo-se. Coloca todas as proteções que Link usa, joelheira, cotoveleira, e outros...
Ela prende seus cabelos dourados em um rabo de cavalo e coloca o gorro de Link, que cobre o rabo de cavalo parecendo que Zelda tem os cabelos curtos. Ela olhou-se no espelho e percebeu que seu rosto ainda parecia feminino.
Puxou sua franja que caiu em seus olhos, que ficou bastante parecida com a franja de Link.
Equipou-se com escudo e espada, depois colocou as botas de Link.

− Acho que estou pronta para perder!

Link assusta-se, e seu coração começa a bater mais rápido. Ficou muito nervoso para voltar a esmurrar a porta.

− Estou pronto para ser herói! − Disse Zelda, tentando disfarçar a sua voz para uma voz masculina.

Floresta Kokiri:

Zelda fecha a porta com força, deixando Link preso no guarda-roupas. Vê que todos os Kokiris já estão lá, e Bruce também. Respira fundo e lembra-se que está fazendo isso para a segurança de Link.


− O Link chegou! − Gritou Saria, vendo Zelda descendo as escadas. Pareceu nem notar a diferença.


Casa de Link:

− OH MEU DEUS, ELA VAI! EU ACHAVA QUE ERA UMA BRINCADEIRA!− Disse Link, quando ouviu o som da porta sendo fechada. − ZELDA, VOLTE AQUI AGORA! VOCÊ VAI SE MACHUCAR! − Gritava Link, esmurrando a porta.