Era de manhã quando Roger bateu na minha porta, fazia tempos que eu não o via, mas ele continuava o mesmo que eu me lembrava.

– Diogo, você poderia dar um passeio comigo? – perguntou ele.

Eu sabia que tinha algo naquilo, uma longa conversa e possivelmente um sermão também, mas mesmo assim fui.

Fomos até a garagem e pegamos meu carro.

Ele não me disse para onde queria ir, então fui para onde eu queria ir, para o parque.

– O que esta acontecendo com você Diogo? – perguntou ele.

– Nada. – respondi. – Só quero viver minha vida e não ficar preso em algo que talvez nunca aconteça.

– Nós dois sabemos que essa guerra vai acontecer Diogo. – disse ele, o que era verdade. – Você precisa estar ciente de tudo que esta acontecendo.

– Eu sei o que esta acontecendo. – digo. – Zara e os outros me mantém informado.

– Eu sei. – exclamou ele. – mas eu possuo informações que não foram passadas nas reuniões.

Nós já havíamos chegado ao parque, eu havia estacionado e estávamos saindo do carro, íamos nos dirigir para qualquer lugar lá dentro.

– Conte-me então. – peço a ele.

– Toda essa história começou, quando os primeiros lobisomens queriam os líquidos de seus pais, nós não sabíamos por que seus pais os tinham e nem porque os lobos queriam aqueles já que poderiam ter usado qualquer um para quebrar a maldição. Porem nós descobrimos recentemente, que o liquido que seus pais tinham eram ainda mais mágicos que os outros, eles não só permitiriam que você vampiro andasse pelo sol, ele daria dons mais poderosos que o normal, os dons que vocês têm são seus, mas eles foram elevados ao extremo, um poder que nenhum outro vampiro jamais terá, e para um lobo isso o faria ter controle total dos poderes de lobo sem precisar se transformar, acabaria com a maldição, mas ainda teria os poderes, coisa que quando se perde a maldição do lobo você não tem mais. – começou Roger. – depois que você tomaram a poção do sol, ele ficaram furiosos e querem vocês mortos, isso não é novidade, acontece que apenas os lobos querem a morte de vocês, os vampiros os querem como aliados, pelo poder que vocês possuem assim aumentando a força dos seus exércitos.

– Por que eles iriam me querer no exercito deles? – pergunto. – Eu não sou do tipo vilão.

– Mas para eles nós somos os vilões, afinal nos somos os errados. – disse ele.

– Somos errados para eles. – digo.

– E para as 700 testemunhas que eles arrumaram que são muitas pessoas, vampiros e lobisomens, você já parou para pensar que essas pessoas fazem parte da nossa sociedade. – disse Roger sorrindo. – Ouça Diogo, essa não é a primeira vez que isso acontece a anos eles tentaram pela primeira vez, mas falharam eles agem como crianças mimadas querendo atenção, porem desta vez eles não querem apenas chamar atenção para nós tendo em vista o exercito que reuniram contra nós, esta não é a primeira e nem será a ultima, sempre vai ter alguém querendo tomar o poder de Bridgit e Marcus, sempre vai haver alguém para ser classificado como o vilão da história. Hoje eles estão em um exercito de 300, mas sabem-se lá quantos eles não terão até decidirem atacar, essas testemunhas como saberemos se eles não vão mesmo lutar ao lado dos irmãos de Bridgit e de da irmã de Charlote? Não sabemos.

– O que vocês pretender fazer? – pergunto.

– Argumentar, antes de lutar. – disse ele. - se conseguirmos fazer com que eles parem e ouçam, talvez possamos mudar o lado das testemunhas, se conseguirmos numero suficiente do nosso lado, para nos dar apoio, eles terão que repensar, claro que não hesitaremos assim que tivermos chance pegaremos eles, mas se conseguirmos trazer nosso povo para o nosso lado, seria melhor primeiro.

– E contra o que vamos argumentar? – pergunto.

– Contra a invenção que eles criarem, quero dizer, estamos contando que Alexia vera o que eles planejam e assim poderemos planejar uma forma de quebrar essa farsa. – disse ele.

– E se Alexia não ver? – pergunto. – não temos mais o lobo para espionar por nós.

– Então teremos que improvisar. – disse ele. – e assim possivelmente traremos a batalha antes do necessário.

– Qual o plano de ataque? – pergunto.

– Bom isso esta sendo difícil. – diz ele. – poucos querem a linha de frente da batalha. - Anderson foi o primeiro a se prontificar para a linha de frente, Patrick logo em seguida, mas estamos repensando.

Zara não havia se colocado na frente.

– Zara disse que estaria onde você estivesse. – disse ele como se lesse minha mente.

Eu começava a bolar um plano, meu lado estratégico de caçador trabalhava, nós íamos caça-lo quando chegassem a nós.

– eu tenho um plano. – digo.

– Era com isso que eu contava. – disse ele. – Seus pais eram os melhores estrategistas que os caçadores tinham, afinal alguns caçadores conseguem despertar talentos a mais. Talentos que são passados para seus filhos, o que acontece é que você herdou dos dois esse lado. Contamos com você para isso, na verdade contamos com você para muita coisa, mas para isso você precisa voltar a ativa.

Eu sabia que voltaria nisso, eu teria que voltar a prisão, aos treinos idiotas, onde se eu quisesse ninguém me tocaria, eu havia dominado meus poderes, agora eu não precisava manter um olhar fixo nos alvos eu podia apenas pensar na pessoa e ele agiria, mas eu tinha que estar de certo modo próximo da pessoa, não adiantava eu estar aqui e quere incapacitar uma pessoa que estava mais longe do que eu pudesse enxergar.

– Tudo bem. – digo, me dando por vencido. Eles me queriam, eles me teriam, mas teriam que me aguentar, eu voltaria com tudo.