O meu orgulho havia falado mais alto, isso é porque eu estava certa e Kevin errado,mas porque eu sentia uma angustia dentro de mim? Desde o dia no refeitório a cena de Kevin em minha frente não saia da minha cabeça. Eu estava realmente pra baixo. Tentei afastar aquele pensamento.

Peguei meu lap top e me joguei em minha cama,talves um puco de sorvete de chocolate e dever de casa me fizessem esquecer Kevin por alguns minutos. Literatura é por onde eu ia começar.Rei Arthur e um pouco de sorvete.

Eu estava prestes a começar, dai a campainha tocou, e desci pra atender.

– Surpresa, Mi!- Eram Helena e Kate bem produzidas ao contrário de mim que estava trash, já de pijamas.

– Entrem, meninas - Falei

– Emilly - Helena me olhando dos pés a cabeça - porque você já esta de pijamas tão cedo?

Eu fiz cara de derrotada, pois era como eu estava me sentindo. Sempre ouvi dizer que a gente é o que veste, então naquele momento eu era aquilo, uma garota de pijamas, meias e cabelo bagunçado. Espera um pouco, eu já tinha visto aquela cena! Será que eu estava virando a minha mãe?!

– Vem, vamos subir - Chamei Kate e Helena pro meu quarto. Então subimos.

– Agora me diz, Mi - Helena sentando em minha cama - porque você tá de pijamas às 5 horas da tarde, hêin?

– É que eu tô muito pra baixo e...- Eu exitei - e muito confusa também, sabe?

– Dá pra ver que você tá bem pra baixo mesmo - Kate segurando o pote de sorvete que estava sobre a minha cama - mas se for sobre aquele idiota...você não tem que ficar confusa. Acabou, amiga! Ele foi um cafajeste.

Respirei fundo enquanto sentava no pufe.

– Eu tô tentando, meninas,mas a imagem dele no refeitório vendo em minha direção...Não sai da minha cabeça. Eu sinto raiva ,mas sabem? Ao mesmo tempo uma angustia dentro de mim...tipo daquele jeito quando ainda se gosta.

– Não, não - Helena arregalou os olhos - nada disso essa palavra "ainda" é muito perigosa - me jogou uma almofada na cara - Não quero que pense coisas ruins,vai! Eu tô vendo que o caso aqui tá sério! Então levanta o traseiro desse pufe...

– Eu me sinto estranha em dizer isso, mas Helena tá totalmente certa. Deixa o Rei Arthur pra depois... - Kate fechando meu lap top - e este sorvete engorda vai tudo pro quadril.

– Eu não ligo - Arqueei a sobrancelha. Dai as duas começaram a me acertar com travesseiradas.

– Guerra de travesseiros! - gritaram.

Depois de 10 segundos de travesseiradas elas pararam.

– Ok, já chega. Nossa! Eu até transpirei - Helena arrumando o cabelo todo bagunçado.

E logo em seguida Kate desabou no chão.

– Tô morta, mas agora chega de papo furado - se levantando arrumava a saia que agora tava toda amassada.

– Emilly, agora falando sério. Helena e eu viemos aqui porque queremos que vá em um lugar com a gente. Então levanta dai veste uma roupa bem legal. Que hoje é dia de curtir.

As duas cruzaram os braços e me olharam estreito. Aquilo só podia significar uma coisa que não era um simples convite e sim uma intimação.

***

As meninas só podiam tá malucas mesmo. Me enfiaram no carro vendada e quando chegamos no tal lugar que tiraram minha venda vi que tinha uma fila enorme. Estavamos em uma casa de shows?

– TENTA SE DIVERTIR UM POUCO! OS GAROTOS SÃO NOVOS, MAS ARRASAM- Kate gritando já que era difícil ser ouvida com um monte de garotas estéricas gritando o nome da tal banda. 4Ever esse era o nome. Helena já tinha me falado sobre eles, mas só conhecia de nome. Claro! Ela era uma enciclopédia de bandas ambulante. O que lhe rendeu lucro já que conheceu luke em um show no Canadá.

– Vamos o show vai começar! - Entramos e as meninas me puxaram pra perto do palco.

Dai os 5 garotos entraram no palco eram gritos e mais gritos, até um pisão no pé acabei levando. Kate e Helena só sabiam pular e gritar na minha frente - Ri de mim mesma. Acho que eu era a unica anormal ali. Kate ainda olhou pra trás e me balançando pedia que eu pulasse junto eu não tava com vontade, mas acho que deveria, pois seria um modo de eu não ser esmagada por toda aquela gente alucinada.

Eu não tava no pic,mas não podia dizer que não tava curtindo já que as meninas queriam me ajudar.

– EU TÔ DE BOA! - Ainda gritei, enquanto era esmagada no meio daquele monte de garotas estéricas. Dai meu celular vibrou no bolso da calça. Eu tentava tirar, mas tava um puco difícil devido ao espaço limitado ao meu redor. Então quando eu finalmente consegui, ele caiu no chão.

– Que droga! - Resmunguei.

Me abaixei no chão pra procurar. Eu acabei encontrando,mas antes não escapei de levar uma joelhada na cara. Tudo bem não tinha doído tanto.

Quando sai daquele tumulto tinham duas chamadas perdidas. Era minha mãe. Não contei pra ela pra onde ia. Tentei ligar de volta ,mas o sinal tava péssimo. Sair dali então...Tinha de esperar até o fim do show.