Memórias conturbadas escrita por Gustavo Soares
Notas iniciais do capítulo
Este capítulo é bem similar ao capitulo 6 da história da Bruna. Espero que gostem!
Ituiutaba, 2 de abril de 2012
Mais uma segunda feira daquelas. O fim de semana não foi o suficiente para q eu conseguisse descansar. Como de costume, fiquei acordado até tarde navegando na internet, e agi como se nada tivesse acontecido. E eu estava muito bem! Decepções passadas me ensinaram a ser frio, uma característica que em situações como essas ajuda bastante. Outras duas características minhas: se apegar rápido e também se desapegar rápido; entretanto, toda regra tem sua exceção, e a minha, até pouco tempo, se chamava Jasmine. Ela já não é mais problema.
Como de costume, nesta segunda feira eu não estava afim de conversar muito, estava mais quieto. Até que me encontrei com a Bruna na entrada da escola, ela talvez poderia mudar meu humor naquele dia:
– E aí?
– E aí! Tudo bem Gustavo?
– Eu to bem, e você?
– A eu to bem. E o fim de semana?
– Uai, o meu foi normal. Ajudei minha mãe a limpar a casa sábado e no domingo fiquei a toa. - Eu não queria falar sobre termino de namoro, é muito chato.
– Menino eficiente, mas que bom que você ajuda ela.
– Tem que ajudar. Ela faz muito por mim. E o seu fim de semana, como foi?
– Bem, de bom, só um passeio com um amigo meu. E o resto só em casa mesmo.
– Ei, depois você pode me ajudar?
– Uai, posso. Com o que?
– Preciso de ajuda pra seletiva de xadrez. Aí se você conhecer alguém que jogue, fale para me procurar. - Agora eu me lembrei de perguntar.
– Conheço sim. Vou te ajudar. Pode deixar.
– Ótimo! Obrigado! Então depois falamos, boa aula. - Abracei-a e fui para minha sala.
Para variar, dormi na aula de química(eu durmo e acordo várias vezes durante um mesmo horário, isso me ajuda a pegar um pouco do conteúdo). Depois de uma dessas acordadas, vi que o intervalo estava próximo e não dormi mais por um único motivo: fome. Para minha surpresa, Bruna estava na porta da sala e eu logo fui até lá falar com ela:
– Tenho boas notícias pra você - disse ela.
– Então diga.
– Tenho uma colega que se chama Gabriela. Eu mesma a ensinei a jogar xadrez, e hoje ela é melhor que eu. Ela quer entrar.
– Que bom!! E você sabe jogar?? Porque não entra?
– A Gustavo, eu sei jogar, mas não curto tanto. Não sei táticas, nem nada. Sei o básico do básico.
– Mas serve!! Se quiser eu te ajudo ora.
– Não, deixa pra lá.
– Sério mesmo?
– Sim, desculpa
– Ok né. Então, vamos lá comigo na lanchonete? To com fome.
– Vamos.
Fui comprar o lanche e Bruna ficou em uma das mesas. Do jeito que ela se sentou, ela ficou até eu voltar. Ela estava mergulhada em profundos pensamentos, e essa atitude me fez lembrar do dia anterior. Logo tratei de me focar nela, pois eu não sabia se a dor dela era maior que a minha, e precisava saber para ajudá-la.
– Ei, Terra chamando Bruna...- acabei assustando-a.
– Desculpa.
– Tem alguma coisa te afligindo?
– Não é nada não.
– É algo sim! Ninguém costuma "voar" assim por pouca coisa- nós rimos.
– Liga não.
– Olha, só to querendo ser seu amigo.
– Sério? Desculpa... eu...
– Sério. Mas fica de boa. Só saiba que quando precisar to aqui. - ela sorriu.
– Obrigada.
O próximo horário era de português, e a professora era minha orientadora. Eu gostava das aulas dela e não podia dormir, já que português também me da sono. O fato de eu ter perdido o livro dessa matéria me forçava a sentar do lado de alguém, e para ela não descobrir, eu deveria ser bem participativo nas aulas.
No fim da aula, fui para a fila do almoço. Bem na minha frente está Débora, uma garota muito legal que fiz amizade no inglês (o apelido dela é coach potato) e ainda por cima ela estava acompanhada por Bruna. Rimos muito durante o almoço, realmente eu me descontrai; há tempos eu não ria daquele jeito. A amizade que eu e Bruna construímos em poucos dias já era mais forte que "amizades" de anos.
Segunda era dia de horário vago, e durante ele eu me encontrei com a Bruna, que disse:
– Gustavo, posso jurar que você está me seguindo.
– Não estou não. A escola é grande, mas foi coincidência ta bom?
– Tá bom- começamos a rir...
– Tá indo pra sala?- perguntei a ela
– Eu tô. Você não vai não?
– Não. Eu estou de horário vago.
– Então seja um bom amigo e me acompanhe até minha sala.
– Está bem.
Toda segunda feira eu chegava na escola 7:30 e saia 22:40 por causa do meu projeto de pesquisa. Cheguei em casa exausto e nem me lembrei que existia computador. Tomei banho, jantei e fui dormir.
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Não deixem de comentar! Os comentários de vocês me motiva a escrever cada vez mais. Então, como está indo o paralelo com a história da Bruna?