Como eu adoraria voltar na fase da infância,e nunca ter saído de lá o doce e sempre singelo jardim de infância sempre cheio de crianças a brincar,medo lá não tem não.

Mas,não eu tinha que crescer e sair do meu mundinho colorido,por causa da juventude,do tempo e de uma criancinha de dez meses chamada Clara,minha irmãzinha querida e bem mais nova.

Eu Lucy Katherine Moriarty Swan,tinha que crescer e de repente me levantar e estar com dezesseis anos,isso DEZESSEIS.

Bela manhã de sábado com a família sentada na mesa tomando café da manhã sorrindo como nunca,animada por ser a única que ainda não perdeu a virgindade da boca,minhas melhores amigas eram ótimas,mas de vez enquanto é melhor encarar os pais pois pergunta para elas e é uma resposta sem noção nenhuma!

São malucas em todos os sentidos,ambas eram da mesma idade que eu e assistiam filmes e liam livros com a censura de dezoito,de vez enquanto sou meio que certinha de mais,alertava sobre censuras,e ficava rubra se alguém me perguntasse o que havia de errado que eu ainda não beijei ninguém,pois aí surge uma resposta com palavras certinhas e compridas e insultos nem tão violentos nem tão leves,palavrão,se eu escuto alguém falar seja quem for pulo no pescoço e tampo a boca,ou corro do lugar e finjo que não ouvi.

Sábado de manhã,eu durmo aconchegante em meu quarto,sozinha,nem pensava em abrir os olhos,pálpebras pesadas e sono bem pesadinho,cortinas fechadas e cobertores bem quentinhos,até que eu escuto um grito no meu ouvido.

_ACODA!!!Acoda._Gritou uma voz fininha e infantil no meu precioso ouvido.

_Bendito seja Deus o que eu fiz agora?_Perguntei me sentando na cama.

_Nada ela está tentando te acordar._Respondeu minha mãe.

_Que seja,quero acordar meio-dia se for possível._Respondi de mau humor.

_Sinto muito tenho uma coisinha para te falar,agora Clarita dá licença?_Pediu minha mãe Louise para minha querida irmãzinha moreninha dos olhos castanhos e cabelos castanho escuro, vestida num vestidinho azul bebê.

_Tau!_Disse Clara indo para fora do quarto.

_Tchau,Clarinha._Respondeu minha mãe.

Encarei Louise com os olhos curiosos e travessos,ela respondeu ao meu olhar com uma cara cheia de animação .

_Minha querida filha sabe que sua avó e seus tios do interior estão doidos para te ver não sabe?

_Sei,mas isso não acontece tão cedo.

_De vez enquanto é ótimo ainda ter vestígios daquela antiga esperança que enche o coração e os olhos.

_Mãe o que quer dizer com isso?

_Minha filha,vou ter que ir para uma outra cidade,para trabalhar,seu pai também e Clara tem que ir comigo,então resolvi deixar você na casa da sua avó,com seus tios primos e sua avó.

_Mãe...

_Seu irmãozinho mais velho vai estar lá.

_O Jackson?

_Isso,ele disse que ia morar lá a temporada que fosse passar enquanto estudava na cidade.

_Vou ter que ir?

_Isso mesmo hoje a noite mesmo vou te levar lá e depois vou direto para a cidade.

_Mãe é mesmo cidade?

_É...país.

_Como é que é?

_Eu não disse que ser advogada seria fácil.

_Assim como ser repórter como o papai não é fácil.

_Olha o tom de voz,mocinha.

_Mãe eu queria poder ir com você ou com o papai.

_Seu pai,vai só fazer uma entrevista e depois vai para a casa da sua avó ficar lá com você.

_Que ótimo.

_Que bom que concordou vai arrumar suas malas.

_Sim senhora.

Assim que minha mãe saiu do meu quarto joguei um travesseiro no chão com força,e então desci da cama,olhei para o relógio,até eu arrumar minha cama e minhas malas seria tarde,olhei para a TV,peguei o controle e a liguei estava passando “Instrumentos mortais cidade dos ossos” e continuei assistindo,assim que acabou coloquei o filme “Jogo da vida”e logo depois “Victorious”arrumei minha cama,e para arrumar minhas malas bem no fundo,coloquei meus livros da “Saga Crepúsculo” e alguns da série “The Vampiries Diaries”, enfiei alguns CDs do “Justin Bebier”,da “Selena Gomez”,da “Demi Lovato” e etc.Meu carregador de celular,meus fones minhas roupas,e em cima mesmo enchi de livros.

Troquei-me e ao invés de continuar com o pijama de seda preto com o desenho de um laço na cabeça de uma caveirinha, vesti uma blusa azul escura com o desenho de uma garotinha pendurada em balõezinhos, uma calça jeans descolorida e um “Snaker”.Prendi meu longo cabelo castanho numa trança invertida,passei uma sombra perola no meu olho,e um gloss de morango,na boca.

Desci as escadas correndo e me deparei com minha mãe e meu pai se despedindo, Clara corria pela sala como se estivesse brincando de pega-pega com alguém, revirei os olhos e fui em direção ao meu pai Cláudio. Cheguei lá ele me olhou, me deu um abraço e depois do abraço fiz meu melhor olhar pidão, pois ninguém conseguia resistir ao meu olhar pidão.

_Louise ela não quer ir, deixe a menina sozinha aqui em casa._Disse meu pai olhando para minha mãe agora.

_De jeito nenhum, a avó dela quer vê-la e a última vez que eu confiei nela ela deu uma festa e tinha um bando de garotos lá fora conversando sobre sei lá o que._Falou se aproximando de nós.

_Mas,você não disse a ela que eu vou ou disse?_Perguntou meu pai.

_Eu falei,senão ela não iria nem a pau._Respondeu minha mãe cruzando os braços.

_Como assim? _Perguntei me afastando.

_Eu tive um imprevisto,e o vôo vai ser bem mais cedo e o vôo de volta só vai ser segunda-feira._Respondeu meu pai.

_Mas quanto tempo vou passar na casa da vovó?_Perguntei.

_Bem,mais ou menos um mês.

_Como?

_Ele não te contou o último detalhe,o vôo dele depois da entrevista vai ser para o mesmo lugar que eu vou estar e as passagens só tem vôo de volta no final do mês,quer dizer os outros de volta estavam esgotados.

_Mãe,a casa da vovó é lá no interior!

_Você vai para lá mesmo assim.

_Já arrumou suas malas?

_Já,pai porque?

_A gente vai para o aeroporto agora.

_Posso ir pegar minhas malas?

Subi as escadas e fui para meu quarto assim que eu entrei lá bati a porta me deitei na cama e comecei a chorar como eu vou me virar no campo?Civilização era o que eu mais gostava desde a ultima vez que eu estive lá quando eu tinha doze anos, nunca mais quis aparecer de novo.

“Flashback:on

Eu andava alegremente a cavalo perto de uma macieira,até chegar perto e colher maçãs uma dei para meu cavalo e depois corri com o cavalo para perto do sitio da vovó,cheguei perto do laguinho e molhei minhas mãos até ser empurrada por alguém,caí no lago e não sabia o que fazer,olhei para um casal que cavalgava a alguns metros de distancia e comecei a gritar.

_SOCORRO!!!ALGUÉM ME AJUDE!

O casal veio as pressas até mim,a correnteza estava começando a me levar,me agarrei a um galho e fui salva,quando cheguei na fazenda da vovó vi que estava acontecendo uma festa,e acabei aparecendo lá molhada,e quando minha avó viu não houve mais quem não notasse que eu quase havia morrido no lago,o casal estava perto de mim,minha avó pegou minha mão e olhou profundamente nos meus olhos castanhos e então me levou para o quarto para que eu pudesse me secar e me trocar,eu havia arruinado a festa da vovó,e prometi a mim mesma nunca mais me perdoar por isso.

Flashback:off”

Me levantei me olhei no espelho e passei um pouco de delineador nos cílios,peguei minhas malas e corri para a sala,minha mãe fechava as cortinas e deixava recados pela casa,trancava cômodos,e Clara estava no colo do papai acenando tristemente para o nada,corri para a porta.

_Lucy você vai levar Clara no colo.

_Mas porque eu?

_A cadeirinha dela foi para o conserto.

_Entra no carro.

_Preciso da chave.

_Por falar em chave você está com a sua chave da casa?

_Sim,estou.

_Toma._Falou meu pai me entregando a chave peguei a chave e abri a porta de trás do carro e me sentei no banco de trás recebendo assim Clara no colo, ela me olhava sorrindo mostrando os dois dentes da parte de cima e os dois dentes da parte de baixo