A Verdadeira História escrita por Driih Araujoo


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem..está meio parado mas o proximo é o Baile e promete grandes surpresas.

Quero agradescer á: Lord Mitzogh e a AmandaLima por comentar..Kisses..



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Pov. Branca de Neve.

Estava imersa em pensamentos enquanto observava, por uma minúscula janela gradeada, a neve que caia lá fora. Não devia ser mais do que seis horas da manha. Eu sempre levantava no mesmo horário para poder ver o dia clareando (mesmo que fosse uma coisa difícil já que o céu estava tomado por nuvens escuras devido o inverno).

Acordei do meu transe quando ouvi suaves batidas na porta. Definitivamente não era do circulo intimo de minha madrasta Cruella, pois se fosse eles já teriam derrubado a porta. Eles me odeiam, e olha que eu nem sei o por que. Peguei a chave que estava jogada no chão perto de pequena janela e fui abrir a porta. Eu dormia com a porta trancada por um simples motivo. Morria de medo de ser atacada enquanto dormia. Cruella não era fácil e tenho certeza de que era capaz de me matar, até mesmo por que, ela já matou muitos.

Quando abri a porta, soltei um suspiro aliviado involuntariamente. Era Conceição, trabalhava aqui no castelo desde a época de meu pai e era como uma segunda mãe para mim. A mãe que eu nunca tive. Quando me viu me lançou seu melhor sorriso acolhedor, no qual eu devolvi muito alegre.

– Bom dia Conceição - cumprimentei dando-lhe um beijo na bochecha.

– Bom dia pequena menina - respondeu carinhosamente - está na hora de se arrumar, temos muito trabalho hoje pequenina - disse triste. Ela achava uma afronta eu ser uma princesa e precisar lavar chão, locas, cozinhar entre outras coisas.

Hoje a “rainha” iria dar um banquete e um baile. Não tenho a mínima ideia de o que ela queira comemorar. Se é que quer comemorar algo, já que ela esta sempre inventando desculpas para gastar o dinheiro do povo. Eu á via todos os dias, já que era obrigada a servir seu café da manhã no quarto dela - que um dia foi do meu pai e da minha mãe -, e convenhamos, ela deixou o quarto horrivelmente horrível.

Acenei com a cabeça para Conceição e fui me arrumar. Depois de alguns minutos, eu trajava um vestido marrom, mas com um avental branco de babados pendendo da minha cintura para baixo. Uma pequena bota de couro nos pés e na cabaça havia uma horrível espécie de touca branca, que deixava a cabeça quadrada.

Depois de pronta eu e Conceição saímos de meus “aposentos” e nos dirigíamos até a escada, que como sempre, estava guardada por dois Guardas da Corte Real, que como sempre, seguravam em suas mãos esquerdas, lanças afiadas de prata.

Não sei se entenderam então deixem eu explicar. Meu “quarto” fica no alto de uma torre, eu tenho a chave e posso tranca-lo quando quiser. Mas ai você me pergunta: “Branca, você pode andar em qualquer lugar do castelo?” e a resposta é NÃO, por que tem dois energúmenos que ficam na escada pra me impedir de descer, até que alguém venha me busca. Resumindo: É um Saco. Mas não é como se eu pudesse reclamar. Não que eu não queira reclamar, mas a ultima vez que reclamai de algo, deixaram minhas costas em carne viva e sangrenta.

Entrei na cozinha (seguida pelos energúmenos) e dei um bom dia bem alegre para todos ali. De vez em quando eles ficam confusos com minha alegria. Mas cá entre nós, é fácil demais chorar e eu sempre preferi as coisas difíceis, por isso eu estou sempre com um sorriso nos lábios. Sorrir é difícil, mas sorrir quando quer chorar é muito pior.

– Leve logo o café da manhã da Rainha - ordenou Rayanna me olhando com indiferença. Ela daria a vida pela “Rainha” se a pedissem, ela a idolatra, ou seja, ela me Odeia.

– Já irei levar Ray - respondi docemente, sabendo que ela odiava ser chamada de Ray. E eu estava certa, ela me olhou de um jeito que poderia me matar de medo, se eu não tivesse tanta raiva dela. Até por que, todas as surras que recebi foi ele que aplicou em mim.

Depois de terminar de fazer o café de Cruella, coloquei tudo em uma bandeja de prata pura e fui até seu quarto. Dessa vez nem olhei pra trás para ver se estava sendo seguida por que sabia que os energúmenos não deveriam estar a mais de quatro passos atrás de mim.

A porta do quarto de minha MAdrasta era branca toda ornamentada. Bati de leve torcendo para que ela estivesse acordada e dei um longo suspiro aliviado quando ouvi um sonoro “entre”. Abri as portas e quando iria entrar percebi que um dos energúmenos começou a andar. Lancei-lhe um olhar ameaçador e ele ficou do lado de fora do quarto.

Andei em direção a cama de Cruella, que estava sentada me olhando com nojo e coloquei a bandeja ao lado da cama. Ela olhou para o que eu trouxe e fez cara de nojo.

– O que é isso? - me perguntou com sua voz nojenta e irritante de taquara rachada enquanto apontava para a bandeja.

– Seu café da manha My Lady - respondi, e depois completei - Torradas com geleia de uva e chá, como todas as manhas.

Arrisquei um olhar em sua direção somente a tempo de vê-la empurrar a bandeja com tudo no chão. Rapidamente me abaixei para pegar os cacos de vidro da xícara de chá, mas senti um pé me prensando contra o chão e ela rosnou:

– Está tentando me engordar?

– O que? Não - respondi ofegando de medo - eu sempre te trago isso..toda manha.

Ela pareceu pensar um pouco e depois tirou seu pé de cima de mim. Olhei para minha mão e nela tinha um corte profundo que fez meus olhos marejarem. Ardia de mais, mas mesmo assim eu pequei todos os cacos e sai, graças a Deus Cruella não me impediu.

Quando cheguei na cozinha coloquei a bandeja encima da mesa.

– Livia - chamei outra empregada - você poderia levar outra bandeja para a “Rainha”?

–Claro - respondeu e foi fazer outra bandeja

Conceição chegou e olhou rapidamente para a minha bandeja com os cacos e depois para a minha mão.

– Como você faz isso? - perguntou e depois analisou meu corte - vai precisar de pontos.

– Cortei pegando os cacos - falei estridente enquanto ela passava a linha com agulha no meu ferimento. Mordi os lábios para segurar um grito que esta querendo sair.

– Obrigada - falei quando terminou.

Passamos a tarde toda arrumando tudo para o Baile. Estava uma correria enorme no Castelo. Enfeites pra lá e pra cá, comidas e bebidas sendo preparados. Um grande Mucuvucu. Comecei a fazer a massa de uma torta. Estava sozinha na cozinha por que os outros estavam ou limpando o castelo ou ajudando a fazer a decoração.

Enquanto colocava a massa na forma Algum ser tocou meu ombro me dando um susto.

– Meu Deus - gritei colocando a mão no peito e arfando de susto - se pretende me matar é só enfiar uma faca no meu coração que é mais rápido. - completei..eu sei que posso ser castigada por falar assim, mas eu estava assustada. Mas ele apenas riu de mim.

– Te matar não é minha intenção - ele falou com uma voz calma - só queria saber onde encontro algo para beber.

Parei o que estava fazendo e andei até o armário, pegando uma garrafa de cerveja. Depois peguei um copo e despejei a cerveja dentro, entregando-o o copo, mas sem fazer contato visual.

– Obrigada - ele disse me surpreendendo. Poucas pessoas consideradas da “Alta Sociedade” agradecia a algum servo. Apenas assenti com a cabeça e voltei a prestar atenção na minha torta.

– Qual é o seu nome? - ele perguntou. Fiquei um tempo sem responder, ponderando se deveria ou não dizer. Eu corria o risco de ele já ter ouvido falar do meu nome e acabaria levando outra surra de chicote.

– Branca - respondi simplesmente - e o seu? - perguntei mas me arrependi rapidamente. Uma serva não deveria fazer perguntas, apenas obedecer - q-quer di-z-er, m-me desculpa.

– Sem problemas - ele respondeu rindo da minha cara assustada - sou Principe Henry, da Corte dos Quedras - eu tinha certeza que minha boca tinha formado um perfeito O. Acho que ele se incomodou com o jeito em que eu o olhava. Ele era realmente muito bonito. Tinha pele clara, corpo forte e bonito, cabelos castanhos e olhos azuis. Desviei o olhar e continuei fazendo meu trabalho. - eu tenho que ir, mas foi um prazer te conhecer.

Depois de me despedir dele com um rápido “Tchau” fiquei pensando naqueles olhos incrivelmente azuis. Veria ele novamente no baile - que por sorte era de mascaras - mas não estarei servindo os convidados. Estarei dançando entre eles.


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Notas finais do capítulo

e ai..comentem..



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