A Boys House escrita por Krystal
Notas iniciais do capítulo
Oi oi!
Espero que gostem!
Bjoes
Acordo com o barulho da porta de meu quarto se abrindo. Senti em minha pele que era muito cedo, coloquei os cobertores acima da cabeça e me encolhi.
–Bom dia Senhorita Annabeth, está na hora de acordar. - eu reconhecia essa voz de qualquer lugar. Era Judith, minha governanta.
Eu não respondi. - ela abriu as janelas altas de meu quarto, o suficiente para eu reclamar.
–Sai daqui. - falei sem nem abrir os meus olhos. A minha cama estava num conforto aceitável, e eu teria de sair apenas para ir a escola. - Judith obedece, e saí do meu quarto, com a sua prancheta, e o salto barulhento.
–Que jeito mais agradável de acordar uma pessoa. - murmurei a mim mesma - enquanto eu saía de minha cama de seda, indo procurar alguma coisa pra vestir em meu closet.
Escolhi um vestido rosa-choque curto e coladinho, com um salto 7 anabela preto. A bolsa como sempre preta, e eu NUNCA fico com menos de quatro pulseiras finas no braço esquerdo. É a minha marca. Batom rosa, e sombra branca também, sempre presentes.
O meu cabelo grande e volumoso, agora estava liso, eu faço progressiva toda semana. Comi um chiclete de morango, e coloquei uma tiara rosa fina sobre minha cabeleira.
Saí de meu quarto e desci as escadas da mansão Chase, e conseguia ver de baixo, vários funcionários correndo de um lado pro outro, se preocupando com um bem estar da casa, patético.
– A senhorita não vai querer tomar café da manhã? - pergunta uma criada que eu nunca vi na vida, deve ser nova.
A minha resposta foi uma virada de cabelo, e após descer as escadas, entro pela porta da garagem, e lá estava a minha Porsche boxster preta. Ligo o carro, e a porta da garagem abri sozinha.
Antes de ir a escola, tenho que pegar a Drew na casa dela. Seu carro quebrou , e é claro que sempre sobra pra mim.
Felizmente, Drew mora perto da minha casa, então cheguei lá em poucos minutos.
A morena já estava me esperando, com os braços cruzados. Seu salto azul fino estava me dando aflição, ele rangia quando tocava no chão. E o pior, o barulho ficava cada vez mais alto, pois ela estava se aproximando.
–Oi loira. - diz Drew enquanto ela abria a porta do carro.
–Oi morena - respondo. - Salto novo?
–Sim, o que você achou? - ela dizia enquanto mascávamos chicletes de morango.
–O barulho é irritante, mas ele é divo.
Em resposta ela dá um sorriso falso.
Já consegui avistar Half-Blood quando vi um lindo prédio de vidro, com vários alunos bem vestidos e arrumados. Eu estudava na melhor e mais cara escola de São Francisco.
Já que eu sou a melhor aluna da escola, (poucos sabem disso, acho que só a Drew) eu ganhei uma bolsa de estudos integral, apesar de não precisar. Então, minha mãe deixa eu gastar o valor da escola no shopping. Não é divo?
Estaciono na primeira vaga na frente da entrada, por que eu sou a chefe das líderes de torcida, ou seja, tenho a melhor vaga da escola.
Alguns babacas acenam, e fingem que são nossos amigos, e nós devolvemos sorrisos apertados e falsos.
Descemos devagar do carro, e logo, nós já estamos em Half-Blood. Não parece um sonho?
Ah não. Na-não. Dou um suspiro. Quem esta em minha frente? Clarisse La Rue.
Mereço. Ela é uma rebelde maluca preconceituosa contra meninas bonitas. (E quando eu digo meninas bonitas, eu digo Annabeth Chase)
–Com licença querida, você pode sair da minha frente? – digo virando o meu rosto para a esquerda, e ela fez uma cara de nojo.
–Quem é você pra me chamar de querida? – ela diz com aquela voz que eu considero de menino.
–Eu? Eu sou Annabeth Chase. E Annabeth Chase está pedindo pra certas cadelas pararem de atrapalhar o meu caminho. – eu não mudo o tom.
Ela arqueia a sobrancelha, e revira os olhos. Parece que ela iria falar alguma coisa, mas ela desiste, e finalmente ela sai da minha frente.
–Alerta de trouxa. – murmurei pra Drew, e felizmente, Clarisse ouviu.
Tanto que a rebelde voltou em minha direção, e ainda ameaçou.
–Ah não! Olha como você fala sua loira oxigenada de quinta!
Ui. Que meda.
–Pode vim. – provoquei. Ela era mais forte, mas eu sei que ela não teria coragem.
É. Eu tava enganada. A maluca veio pra cima de mim, e eu caí no chão, com ela por cima. Quando eu penso que tudo já esta perdido, as pessoas que estavam nos corredores nos cercam com uma rodinha, e começam a gritar por briga. Ótimo.
Fechei os olhos, enquanto o punho de Clarisse estava a 5 centímetros de meu rosto, achando que assim doeria menos, mas aí eu fui salva.
–Pode parar com o barraco! O que esta acontecendo? – diz a Orientadora Hécate. Obrigada! Ainda bem que ela chegou, o punho de Clarisse iria acertar o meu nariz, e eu acabei de fazer uma plástica, isso ia acabar com tudo.
–As duas pra minha sala agora. – ela chamou calmamente.
Essa eu já ganhei. Fácil. A Hécate me adora, e odeia a Clarisse. A sapatona saiu de cima de mim, e acompanhamos nossa Orientadora até a sua respectiva sala.
(Krystal: Ui, falei respectiva.) (Annabeth: Cala a boca!) (Krystal: Não Annabeth. Você tem que ficar quieta. Eu posso fazer a empresa da sua mãe falir.) (Annabeth: Sim senhora.)
Sentamos nas cadeiras vermelhas de couro, e Hécate se sentou em sua grande cadeira preta do outro lado da mesa.
–Me expliquem o que aconteceu em poucos detalhes. - ela continuou séria.
Hora de jogar o meu charme.
–Então Orientadora Hécate - falo com voz de inocente - Eu estava passando no corredor, e então ela me ameaçou que iria me bater, e me jogou no chão. - fingi que ia começar a chorar.
–Bom, nesse caso, não existe nenhuma razão de eu não suspende-la, Senhorita La Rue.
–Professora, eu posso jurar! Não foi isso que aconteceu, na verdade... - começou Clarisse.
Porém Hécate a interrompeu.
–Acho que a Senhorita Chase já esclareceu tudo. Podem ir. - ela dizia enquanto escrevia uma carta de detenção a delinquente.
–Biblioteca, as 4 horas. - Hécate entregou a carta a Clarisse.
Saímos da sala, e Clarisse não falou comigo, apenas saiu furiosa. Drew e Hazel estavam me esperando atrás da porta.
–E aí? - perguntou Hazel.
–Consegui. - Nós demos sorrisos maldosos, e depois fomos para a aula de inglês.
Nós não fazíamos todas as aulas juntas, porém, eu enrolei o Diretor Jano, e agora o nosso horário de aula é igual uma das outras.
Fomos para o ginásio, hora do treino. Enquanto as outras pessoas jogavam queimada, eu as meninas, e as outras líderes de torcida treinavam. Já que eu era a capitã, eu coordenava os movimentos, e etc. As vezes dávamos tchauzinhos para os meninos, enquanto eles jogavam basquete.
O dia passou voando, e eu nem percebi que a ultima aula era Matemática. A nossa professora, Circe também me adorava muito, por eu ser a melhor aluna de sua matéria na escola.
–Annabeth querida! - ela me cumprimentou com beijos.
–Oi Circe! - sim, eu posso chama-la pelo nome, o resto da classe tem que chama-la de professora. - Eu trouxe pra você. - eu a entreguei um livro sobre arquitetura.
Ela sabia que eu queria manter a minha imagem de nerd reservada, então sussurrou um "obrigada" no meu ouvido. Eu contribuí com um sorriso, e fui me sentar.
Na saída, Chris estava me esperando, e derrepente, Drew e Hazel somem.
–Oi gata. - ele me deu um beijo.
–Oi lindo! - continuamos a andar pelo corredor.
–Ta afim de ir lá em casa hoje a tarde? - ele pergunta.
Eu já sei o que ele quer. E a minha resposta é não.
–Chris, não. Eu já falei que a primeira vez tem que ser especial! - reclamei.
Ele bufou.
–Mas Annabeth! Vai ser especial, eu prometo.
–Não.
–Por favor, Annie. A gente...
–Não.
–Ah quer saber? Eu cansei. Toda a vez que eu tento me aproximar de você a resposta é sempre não. Tchau Annabeth. - ele partiu andando pelo corredor.
–Espera aí, você está terminando comigo?
Ele me respondeu dando as costas.
Fiquei emburrada, bati o pé no chão. Como ele podia me tratar assim?
–Ninguém termina com Annabeth Chase! Annabeth Chase termina com você!
–Ótimo então! - ele gritou, eu não conseguia mais o ve-lô.
Caminhei até o estacionamento, e achei as minhas amigas me esperando na frente do meu carro. Joguei as chaves para Drew.
–Dirige. - disse enquanto entrava no banco de carona.
Ela apenas assentiu, e Hazel foi no banco de trás.
–O que aconteceu? - perguntou Drew.
–Terminei com o Chris. - digo, enquanto mudo meus status nas redes sociais.
A boca de Hazel formou um O perfeito, mas Drew não pareceu se importar muito.
–Mas vocês eram o casal do ano! - diz Hazel.
–Não mais.
Depois de deixar Drew e Hazel em suas casas, fechei a porta do meu carro, puxei de minha bolsa as chaves de casa. Mas... O que esta acontecendo? A minha casa não está mais a mesma. Tem pessoas de um lado pro outro revirando caixas, e dentro parecia haver uma festa.
Quando abri a porta, a minha sala, e o resto da casa, estava todo enfeitado de purpurina, pluma e chapéus de festa verde, amarelo e azul.
Todos os funcionários estavam pulando gritando, festejando e bebendo champanhe barato.
Procuro Atena pelo salão, e depois de um tempo, eu a acho. Ela estava vestida de mulher havaiana, dançando numa fila da konga com os outros funcionários.
–Mãe, o que esta acontecendo?
–Oi querida! Nós iremos nos mudar pro Brasil!
–Oi? - perguntei. - Como assim? O Brasil só tem índio.
–Annie, você vai se acostumar, lá eles falam espanhol!
–Não mãe. Eles falam português.
–Ah é? Mas é quase igual. - ela diz enquanto a fila a levava para a cozinha.
A minha mãe vivia fazendo essas brincadeiras comigo, mas dessa vez ela foi longe demais. Com certeza, nós não iremos nos mudar para o Brasil. Afinal, a empresa dela aqui é uma máquina de dinheiro, isso não faria sentido.
Subi as escadas para o meu quarto, e a cena a qual eu me deparo, me faz soltar um grito.
–O que foi? - perguntou Judith, enquanto arrumava as caixas.
–POR QUE VOCÊ ESTÁ GUARDANDO AS MINHAS COISAS? - gritei. Ela fez uma cara confusa.
–A sua mãe não te contou? Nós vamos morar no Brasil.
Senti o meu corpo gelar, e depois de um tempo ele cair no chão.
3 MINUTOS DEPOIS...
Quando acordei, minha mãe, Judith, e mais alguns criados me cercavam.
–Annabeth! Graças a deus, ela esta viva. Você ficou desmaiada por alguns minutos. - diz Atena.
–Nossa mãe! Você não sabe o sonho horrível que eu tive. Todos estavam dançando samba na sala, aí você estava numa fila da konga. O meu quarto só tinha caixas de papelão, e todo mundo estava bebendo champanhe ruim!
A minha mãe gargalhou, e mostrou a taça de Lambrusque. Não era um sonho.
–Annie, a gente vai morar no Brasil! - ela gritou animada.
–Não mãe! Você não pode fazer isso comigo. - sentei no chão. - E por que a gente vai ter que se mudar se a gente já tem uma vida muito boa aqui?
Agora ela não estava mais tão animada quanto antes. Ela se sentou no chão, e pediu para que os funcionários saíssem do meu quarto.
–Filha, aqui em São Francisco, existe muita concorrência, já no Brasil, são só várias pequenas lojas de arquitetura. - A marca dos Chase, já esta caindo, então precisamos nos mudar para o Brasil o quanto antes. Nós ganharemos muito dinheiro, por causa da Copa do Mundo.
(Annabeth: Krystal vagabunda! Foi você né, sua kenga!) (Krystal: Pobre Annabeth, você ainda vai me agradecer.) (Annabeth: O que?) (Krystal: humpf... Nada.)
–Mãe, você pode chamar o Papa, mas ninguém me convence a mudar de país.
Depois de 10 minutos que a minha mãe tentava me convencer que o Brasil era maravilhoso, ela desistiu.
–Certo Annabeth. Você conseguiu o que queria. Você vai ficar nos Estados Unidos. - ela continuou, e meus olhos brilharam. - mas não do jeito que você quer.
Eu apenas assenti.
–Sabe quando eu falei que a gente não tem nenhum parente? Então, eu menti.
Tinha um ponto de interrogação na minha testa, mas eu a deixei prosseguir.
–Eu tenho um tio que mora em Nova York, Poseidon. Ele é um velho sozinho, e me odeia. Mas provavelmente ele goste de você.
–Mãe, não era exatamente isso o que eu queria. Eu queria ficar a...
–Mas é o que você vai ter. Pode escolher. Brasil ou Nova York? - ela falou séria.
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Ai mds! Final trágico aki!
Bjoes