Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 45
Capítulo 45: A verdade.


Notas iniciais do capítulo

Então, esse é o incio do capítulo bônus. Devo-lhes uma pequena explicação: Esse bônus é um pouco mais sentimental, onde envolve sentimentos e títulos. Porém, espero que todos gostem. Ontem na madrugada assisti ''The Avengers - Os vingadores'' e tipo, me apaixonei. O filme é muito bom, pena que só peguei o final, mas posso afirmar: Amo Loki e o Hulk. Enfim, obrigada pelos comentários e tenham uma boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458414/chapter/45

Queria poder superar rápido o que aconteceu, mas não é fácil. Eu queria poder falar que sou forte e estou enfrentando esse problema com a cabeça erguida, mas essa não é a verdade. Chorei feito uma garotinha, queria colo e não podia pedir a ninguém.

Mas para afastar os problemas, estou feliz, hoje Daryl volta para casa. Carol decidiu tira-lo do centro de emergência cedo para ele passar mais tempo com a família. Ela já estava toda reunida na sala da minha casa. Todo o conselho estava conosco — ate mesmo Abraham e Rosita, os novos integrantes da nossa família.

Havia muita bebida espalhada pela sala, o que eu achava uma sacanagem com Daryl. Ele não pode beber por uma semana e ver todos bebendo, sem poder beber um pouco, o deixara bravo. Abraham adorará ver isso afinal, é um grandessíssimo filho da puta como Daryl.

Eu estava ao lado de Beth na cozinha brincando com Judith. Nossa garotinha estava linda e comemoraria seu aniversario hoje, não era seu aniversario, mas como teríamos a festa da colheita, comemoraríamos tudo junto.

– Ela está linda! – comento com Beth enquanto Carol e Mich faziam o almoço.

– A cada dia parece mais com Lori. – ela fala. – Tenho dó dela.

– Por não ter uma mãe?

– Não. Por se parecer com Lori. – ela responde rindo. Acabo rindo também.

– Não é um bom futuro, mas ela continua linda. Lori deveria ser bem bonita.

– Ela era, mas não valia nada. – ela me responde pegando Judith no colo. – Vou encontrar com Jess!

– Você vai voltar? – pergunto. Ela assente e sai, me deixando sozinha.

Decido procurar por Mika. Ela está no nosso quintal, ajudando Maggie e Rosita a arrumarem a mesa do almoço. Sento no último degrau e vejo as três arrumarem apressadas a mesa, enchendo-a de copos e pratos. Parece um domingo em família. Eu acho que realmente é. Um almoço em família.

A porta atrás de mim abre. Carl senta ao meu lado. Ele fica em silêncio, o que me deixa confusa. Estou usando um vestido e ele nem notou ou tentou me zombar, como todos os outros fizeram.

– Você está bonita... Nesse vestido. – ele comenta arranco um pequeno sorriso de mim.

– Obrigada. Você foi o único que não me zoou. – falo.

– Eu deveria, mas seria crueldade com alguém de coração partido.

– É... Seria crueldade mesmo. – zombo. – Você vai ao festival essa noite?

– Tenho outra alternativa? – ele abre os braços e me faz rir. – Eu vou mesmo pela comida. As mulheres daqui fazem comidas deliciosas.

– Eu também vou. Estou louca para provar as tortas.

Maggie passa por nós apressada, carregando uma bandeja. Ou ela vai vomitar ou ela foi entregar algo a Carol. Continuo sentada ao lado de Carl, jogando pedras pequenas para frente. Está um dia claro, outra vez, um bom dia para um almoço.

– E como você está? – ele me pergunta depois de um tempo.

– Bem. Na medida do possível. – respondo e voltamos a ficar em silêncio. – Sabe o que mais me irrita? Eu estou sofrendo e acho isso uma merda. Não quero sofrer, mas é quase inevitável. Eu odeio estar sofrendo!

Ele não fala nada e ri. Suas maças do rosto poucos rosadas, deixa-o mais lindo. Sempre achei Carl lindo. Sua tentativa de ser alguém sério, misterioso e frio, faz ele ser alguém bem especial. Eu gosto quando ele é assim, sorridente.

– Tente sorrir mais. Você fica atraente assim. – peço me levantando e indo me juntar aos outros na mesa do almoço.

Rick puxou a oração em agradecimento ao almoço e pudemos finalmente comer. Carl sentou à minha frente. Ele não parava de me olhar, o que me deixava incomodada e feliz. Uma mistura de sensações.

Todos conversam alto, perguntavam a Daryl como é ter uma bala dentro de você, como é ficar duas semanas sem beber um gole de cerveja. Vendo-nos assim, eu adoro minha família. Pode não ser de sangue e até grande, mas é a melhor família do apocalipse zumbi. Eu poderia estar sozinha naquela fazenda, mas agora estou aqui, com um bando de loucos.

O almoço passou e chegou à sobremesa. As meninas tinham preparados vários pudins. Todos pareciam satisfeitos com esse almoço, comentavam sobre a festa e como queriam chegar. Era como uma pausa em tudo que está acontecendo, um suspiro na vida. Uma volta ao passado onde não existiam zumbis.

– Um brinde! – Rick ergue usa taça e pronunciou. – Um brinde à volta de Daryl, à nossa família, à nossa sobrevivência, e claro, ao novo integrante dessa família.

Todos nos brindamos. Carl não parava de me encarar, isso me deixava constrangida, ainda mais com os sorrisos maliciosos de Mika, sentada ao meu lado.

...

Era noite. Eu me preparava para uma noite fria lá fora. Peguei um casaco no guarda roupa de Mika e desci. Ela já estava preparada e conversa com Daryl. Carol sempre demora pra se arrumar, parece com minha mãe quando saia para alguns encontros.

Quando ela finalmente desceu podemos sair. Toda a cidade foi para esse festival. Encontramos com algumas pessoas a caminho que perguntavam pela saúde dele. A noite era fria como no primeiro festival que tivemos aqui em WE. Eu torcia para não me encontrar com Patrick.

O que pensei pela tarde fui que nunca o conheci direito. Nunca fui onde ele morava, conheci ou conversei com quem ele dividia sua casa. Ele nunca me contou sobre isso aliás. Preferia não encontra-lo e muito menos Isabelle.

Durante boa parte da festa, não sai de perto de Mika. Eu notei como ela parecia estar procurando por alguém, o que me fez ficar ainda mais ao seu lado. Ela não me contava sua vida amorosa, e eu, como uma boa irmã, adoraria descobri quem é. Eu tenho minhas suspeitas, mas prefiro ter a maldita confirmação.

– Emma! – levo um susto quando Carl me chama. – O que está fazendo?

– Estou querendo descobri quem é o novo namoradinho da minha irmã. E você? – pergunto.

– Nada. Eu quero te mostrar um lugar... Vem comigo? – ele propôs.

– Não. – respondo rápido.

– Vamos! Por favor! – ele insiste. Suspiro irritada e vejo minha irmã ir conversar com Maggie.

– Tudo bem, mas que seja rápido.

Andamos no meio de várias pessoas, desviando quando era preciso. Antes que eu saísse da rua em que acontecia o festival, pude ver Patrick e Isabelle aos beijos. Não foi uma visão maravilhosa, isso definitivamente quer dizer que Patrick nunca me amou. Eu sou uma completa idiota de 14 anos iludida.

Eu o seguia pelas ruas vazias. Achei estranho o projeto de xerife sair de WE, sem fazer seu discurso de como é perigoso. Entramos na floresta. Estar no meio da floresta, no frio, com o projeto de xerife não era bem minha vontade. Mas ele pediu com delicadeza e sorrindo.

Isso me fez relembrar as vezes que fugíamos da fazenda para fazer alguma coisa. Ele me levava a lugares completamente distantes que me faziam cansar para caramba. Agora é a mesma coisa, desta vez, eu posso mata-lo porque já fiz uma vez com uma pessoa.

– É muito longe? – pergunto tentando ser tranquila.

– Não. É aqui! – ele me responde virando-se para mim.

Olho em volta. Estamos à margem de um lago, certamente o lago que abastasse WE. Ele me arranca dum festival cheio de comidas para isso?

– Eu vou embora! – falo indo embora, mas Carl segura meu braço. – Hei, o que é iss... – antes que eu terminasse a frase, Carl me beija.

Me vejo beijando-o sob total perigo. Um zumbi pode nos pegar e eu não quero ter um fim beijando um garoto. O beijo dele sempre foi bom. Ele segura minha cintura enquanto eu retiro seu chapéu, deixo-o no chão e abraço Carl.

– Eu amo você Emma. Eu quero que você de volta. – ele fala afobado depois do beijo. Eu não procedia direito, estava me recuperando do beijo. – Eu sei que fiz escolhas erradas, mas eu quero estar com você agora! Para sempre!

– Para sempre é muita coisa. – mas isso é jeito de retrucar alguém se declarando para você?

– Você me entendeu. – ele revirou os olhos.

Não sei se é rapdio demais, mas a verdade é que nunca deixei de ama-lo. Essa é a verdade. Tentava colocar Patrick em seu lugar, mas ninguém nunca mudou minha vida como esse projeto de xerife. Dizer que não o amo é como querer mentir para mim mesma.

– Eu quero morrer. – falei. – Mas eu não vou. Não posso morrer porque tem uma idiota querendo pegar meu lugar. Vou viver eternamente só por maldade!

Carl me beija mais uma vez. Parecia um príncipe feliz ao saber que estou de volta com ele. Me pergunto se estou indo rápido demais, pulando de um relacionamento para o outro, mas a verdade é que o que eu tive com Patrick chegou a ser amor, mas eu não posso me enganar, sou apaixonada por ele.

– Eu tenho um presente a você. – ele me fala depois que nos beijamos. Coloca a mão em seu bolso e retira de lá um colar com um pingente de Fenix. – Esse colar é para demonstrar nosso amor. Que morreu e sobreviveu como a Fenix!

– Eu não sabia que você era tão romântico assim. – brinco enquanto ele coloca o colar em mim e me beija novamente.

– Você está namorando novamente comigo?

– Não estamos namorando... Só estou considerando você!

...

Daryl conversava com Rick na cozinha. Carol saiu com Mika para conversar com Maggie. Eu fiquei porque alguém precisava cuidar de Daryl. Ele me deu uma folga pela tarde porque está conversando com Rick.

Fico no meu quarto observando meu novo presente. Ele está seguro no meu pescoço, escondido entre minha camiseta. Daryl quase me pegou com ele, mas consegui contorna-lo. Mika soube ontem pela noite, quando veio ao meu quarto fazer-me uma visita.

Decido descer para beber água, mas paro no meio da escada ao ouvir Rick perguntar à Daryl porque nunca o chamo de Pai. Eu gostaria de ouvir sua resposta.

Acho que Valentine nunca lhe ensinou. – ele responde. – Mas a verdade é que me sinto culpado por isso. Eu a abandonei quando pequena.

– Não cara, você foi preso não foi? – Rick pergunta.

– Não. Eu inventei essa história. Eu não queria cuidar de uma criança, não era a barra certa para mim. Eu não queria uma criança na minha cola naquele momento e decidi deixa-la para trás. Ficar com a mãe dela ou sei lá. Só não queria ela na minha cola, atrasando minha vida.

Daryl me olha paralisado e Rick também. O copo d’água fica parado no ar enquanto ele me vê chorando.

– Você é um cretino. – falo e saiu correndo.

Ele corre atrás de mim desesperado, gritando pelo meu nome. Daryl é tão cruel, tão idiota. Eu o odeio. Não quero mais vê-lo, desta vez o odeio de verdade. Como ele pode fazer isso comigo? Como minha mãe podia ter feito isso comigo? Eles me enganaram.

– Emma espere! – ele grita e desta vez, resolvo parar. Ele precisa ouvir tudo o que tenho a dizer.

– Esperar para quê? Ouvir suas mentiras? – grito e ele abaixa a cabeça. – Você não sabe o quanto foi duro não fazer presentes na escola para os dias dos pais. Não sabe como minha mãe teve dificuldade sendo mãe solteira. Eu sei, o vovô Dixon não era um belo pai, mas você? Você poderia ser melhor e decidiu ser o mesmo.

– Mas...

– Mas nada Daryl Dixon! Eu não tive um pai, só o descobri depois do apocalipse e você ainda me faz essa? Minha mãe passou dificuldade por sua causa, eu não pude entregar presentes de dias dos pais por sua causa. Eu odeio você! Você é culpado por tudo! Tudo!

Ele não me retruca, não fala nada, continua com sua cabeça baixa. Pior do que ser humilhada por seu ex-namorado, pior que brigar com uma menina, pior do que ver seu pai ser baleado e conviver sobre ameaça de guerra, é descobri que você foi um atrasado na vida de seu pai. Eu odeio Daryl!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O quê acharam do capítulo? Exagerei, deixei meloso demais? Quer que eu continue ou não? Deixe um comentário respondendo tudo isso. Enfim, Surviving está acabando, uma nova história sobre twd, mas enquanto ainda escrevo-a, deixe aqui sua história para que eu leia e a comente!!!Até o próximo (onde teremos gifs e tudo). Favorite-a, comente e até logo!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Surviving the love." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.