Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 43
Capítulo 43: Algo a temer.


Notas iniciais do capítulo

Uma novidade, estamos quase chegando aos 300 comentários e com isso, um ou dois capítulos bônus. No caso deste capítulo bônus, ele será o mais revelador da história. Tenho certeza de que todos vão amar, só espero que cooperem hein! Ah, vocês viram no capítulo anterior como Patrick não é alguém legal? Então se surpreenderão neste capítulo rsrs. Obrigada pelos comentários, aos novos favoritos e aos novos leitores. Peço a presença de todos no final do capítulo hein. Chegou a parte que mais amo. Colocar títulos e pessoas da HQ na série... Apesar de achar o desfexo da guerra total brochante, vou tentar fazer algo bem interessante aqui. Boa leitura amores!



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Estamos tão felizes em ver Maggie feliz. Tudo parecia correr muito bem para todos nós. Mesmo Daryl no centro de emergência, ele está se recuperando muito bem e com poucos dias pode voltar para casa. Em tempos difíceis uma única coisa arranca um sorriso de nós, todos nós.

Carol continuou conversando com elas enquanto eu e Mika conversávamos na sala. Tomávamos sucos de laranja.

– E você e o Patrick? – ela perguntou depois de encerrarmos outro assunto.

– Ainda não conversei com ele. E nem quero. Tenho preocupações maiores. – respondo.

– Falando assim ate parece uma pessoa madura. – ela zomba. – Você tem que conversar com ele!

– Você está diferente. Está me mandando conversar com meu namorado? O que foi? Está apaixonada? – brinco.

– Talvez... – ela me olha com ar de mistério.

– Talvez? Trate de me contar agora! Eu conto tudo a você.

Começo a correr atrás dela, por toda casa. Mika tem que dividir seus segredos comigo, eu adoraria ficar horas acordada pela noite ouvindo seus segredos, igualzinho ela. Mika é minha cúmplice.

Depois de corrermos exaustivamente por toda casa, nos jogamos na grama do quintal de Maggie. Estava claro, havia nuvens no céu e ventava bastante. Esse clima é ótimo, parece que o vento traz novas energias ou bons ensinamentos.

– Estive pensando... Podemos fazer uma surpresa para Carol. – Mika comenta.

– Surpresa? O quê? – pergunto interessada.

– Não sei, mas algo especial. Ela faz tanto por nós e pelos outros. Merece algo muito especial.

– Ela é uma boa pessoa, uma boa mãe. – digo pensativa.

– Poderíamos decorar o quarto dela e fazer seu café pela manhã! – ela propôs.

– Isso! Aí nós tentamos fazer algo fácil, não sou boa na cozinha.

Mika começa a rir e eu acabo rindo também. Carol merece mesmo, ela é alguém que aguenta tudo, mesmo não conseguindo, precisa estar forte para todos nós. Aguenta duas garotas e as trata como filha. Ela me dá tanta força e me protege. É uma boa mãe.

Como imaginei, nós fomos a enfermagem esperar por notícias de Daryl. Ele não gostaria de receber tantas visitas, mas ficaria bem comum ate ele voltar para casa, o que aconteceria logo. Molly nos contava sobre a recuperação ótima que ele teve, o ferimento está se fechando. É uma boa notícia.

Carol foi a primeira a ir falar com Daryl, logo depois eu e Mika entramos. Ele estava mais alegre, levar um tiro o fez mudar seu humor.

– Parece que tudo está voltando a ser normal. – Carol comenta num suspiro.

– Não tivemos ataque de Negan? – Daryl pergunta e ela nega com a cabeça. - Aquele filho da puta. Vou mata-lo quando sair daqui.

– Daryl Calma!... Você não está tão forte assim. – Carol fala calma.

Dois enfermeiros chegam para ver como está a situação de Daryl. Carol pede que eu e Mika fossemos para casa, estava ficando tarde e ela iria logo depois, antes precisava contar o que o conselho discutiu.

As ruas ainda estavam movimentadas quando saímos. Os cavalos que Abraham encontrou há três semanas estavam sendo guardados num tipo de estábulo. Muitos guardas perambulavam com armas escondidas na cintura, depois do ataque de Negan, o conselho decidiu que era melhor termos total segurança.

Ao longe vejo Carl, mesmo querendo me compor, não deixo de sorrir ao vê-lo. Nunca está sem chapéu, à camiseta xadrez desta vez está aberta. Ele parece sério.

– Dixon... – ele fala ao parar à minha frente.

– O que você quer? – pergunto arrogante e vejo Mika se afastar.

– Conversar com você. Sobre o que aconteceu ontem. – ele me responde abrindo um sorriso.

– Eu não sei você, mas já consegui esquecer o que aconteceu e acho que será ótimo você também esquecer. Eu estou namorando.

– Parecia não se importar quando me beijou. – ele ironiza.

– Escute aqui, projeto de xerife, se você pensa que vai estragar meu relacionamento porque o seu não deu certo, está muito enganado. O que aconteceu entre nós foi um momento de fraqueza. – eu não conseguia encara-lo, seu sorriso debochado e seus olhos azuis me deixava desconfortável. – Eu vou embora... – tento sair, mas Carl segura meu braço. Seu rosto está tão próximo do meu. – Carl... – minha voz fraqueja ao tentar me afastar.

Emma! – nos afastamos ao ouvirmos o grito enfurecido de Patrick.

Ele veio pisando fundo, Carl não deveria ter feito isso. Patrick simplesmente dá um soco no rosto de Carl. Os dois começam a rolar pelo chão, trocando socos fortes, eu tentava para-los, mas não conseguia. Eu odiava ver briga, poderia ter brigado com Isabelle, mas foi por um momento de fraqueza no meu espírito.

Patrick estava sangrando e Carl também. Abraham e Glenn conseguiram separar os dois. Abraham era um grande amigo de Daryl, portanto, olhava para mim muito bravo. Glenn parecia rir da situação, ver duas crianças brigando deve ser bem divertido.

– Vá para casa. Os três! — Abraham falou firme.

Estou morrendo de vergonha. Isso pode acabar no ouvido de Daryl ou de Carol, ela pode ser ate legal, entender que gosto de Patrick, mas ela não sabe muita coisa do nosso relacionamento. Tenho medo de ser impedida por eles de namorar, gosto tanto disso.

Encontro Mika fazendo um lanche em casa, sento ao lado dela e também faço um, conto tudo o que aconteceu e ela me dá alguns conselhos básico, mas manda que eu conte logo o que aconteceu a Carol.

– Não sei se é uma boa ideia. – digo com o pé atrás.

– Você não sabe se você não contar. Guarda esse medo e conta. – ela fala.

– Quando foi mesmo que você cresceu? Esta me dando conselhos maduros demais. – brinco.

– Livros nos fazem crescer. – ela me responde toda metida.

Não demorou à Carol chegar, mas no momento em que ela chegou, começamos a ouvir tiros. Eram tiros atrás de tiros. Carol pegou sua arma — que guarda secretamente na cozinha — e saiu correndo. Eu e Mika ficamos apavoradas no sofá, ouvindo os tiros aumentaram ainda mais. É Negan.

– Vamos conhecer Negan! – falo baixinho no meio da confusão.

– Você está louca? Ele deve ser perigoso demais. – ela me fala assustada.

– Não sabemos se não o conhecemos. Eu conheço um caminho.

No mesmo momento a puxo pelo braço. Está uma confusão, metade dos guardas tentam levar a população para um lugar seguro, outra metade está trocando tiros com o grupo de Negan.

Vamos ate a última rua, ela está vazia, não há tiros por lá. Mika ainda está com o pé atrás, mas não deixa de me seguir. Eu preciso conhecer o cara que atirou em meu pai, preciso ver seu rosto. Saímos do acampamento no mesmo lugar ‘secreto’.

Foi um susto. Estamos escondidas atrás de algumas árvores e armadilhas para zumbis, tem muito homens e carros trocando tiros conosco. Os zumbis começam a aparecer, alguns homens os matam e isso nos faz escolhermos ainda mais atrás das armas.

Vejo um homem alto, numa blusa de couro preto sair com um taco em suas mãos. Parecia o mesmo taco que esqueci na floresta, mas não me importo. Queria ver seu rosto. Ele está tão calmo com as trocas de tiros. Para diante do portão de ferro e todos os tiros param.

– Rick... Onde está Rick? Quero fazer uma proposta a ele. Uma proposta irrecusável. – ele diz.

– Não faremos acordo algum com você! – Rick retruca. Não consigo ver seu rosto, as árvores estão tampando, mas sei que ele deve estar irritado.

– Você deveria. Um filha da puta sabe quando está na corda bamba.

– Nossas coisas são nossas. Nós plantamos, nós colhemos, nós ficaremos com elas!

– Você deveria aceitar! – um cara com metade de seu rosto queimado dispara, saindo da multidão de homens. – Negan não é um cara que goste de fazer propostas... Ele é bem... assim... Cruel!

– Não compartilharemos nada com vocês. Isso é uma decisão. – Rick diz firme.

– Eu vou voltar, seus filhos da puta. Pensem nessa proposta ou... morram!

Aos poucos os carros foram saindo, escondo cada vez mais atrás das árvores e finalmente vejo o rosto de Negan. É um pouco quadrado, seu cabelo é bem cortado e não tem barba, parece duro consigo e com os outros além de passar um péssimo ar de nojo.

Entramos novamente e fomos direto para casa. Carol não precisava saber que conhecemos o maldito que irá nos atormentar daqui em diante. Carol entra em casa depois de um tempo, estava preocupada, mas ao nos ver, abriu um sorriso e nos abraçou.

– As perdas... São enormes. Mais de 15 mortes. – ela diz num suspiro pesado.

Entrego o chá que preparei a ela e sento ao seu lado, na cozinha. Mika está segurando sua mão, também sentada ao seu lado.

– Vai ficar tudo bem. Sempre fica. – sussurro em seu ouvido.

– Queria ter essa fé que você tem, minha querida. Mas as coisas com Negan não é fácil. Ele provou que pode fazer tudo para dominar as pessoas.

– Mas o conselho fará alguma coisa. – Mika fala. – Vocês sempre fazem.

– Temos algo a temer. Algo muito perigoso.

– Estaremos ao seu lado, tentando te levantar. É difícil ver o marido no hospital e ter que cuidar de muitas coisas, mas estaremos com você. Sempre com você!

Ficamos abraçadas por um tempo ate que Carol falou que iria preparar o jantar. Eu sei que ela iria chorar sozinha porque mando eu e Mika tomarmos banhos. Não me importo de deixa-la chorar, como ela um dia me falou, chorar alivia a dor e toda preocupação, mesmo que pro um momento.

Já era noite, Carol foi dormir e Mika estava em seu quarto. Eu estava sozinha pela primeira vez no dia e podia pensar em tudo que vai acontecer. Deixei a janela do meu quarto aberta, acreditava que ninguém chegaria, mas Patrick chegou.

– Queria me desculpar com você. – ele começa tímido. – Eu não deveria ter brigado com Carl. Sei que você não sente mais nada por ele. Foi ciúmes sabe.

– Tudo bem. Eu desculpo você, mas peço que não faça mais isso. Não gosto de brigas. – acho bastante honesto ver Patrick pedir desculpas.

– Tudo bem. Mas vamos fazer algo mais interessante.

Patrick me beija com vontade e gruda nossos corpos. Tento me afastar, mas sua atitude é nos grudar cada vez mais ate me deitar na cama. Não consigo continuar, é como ver Jaimes em seu rosto, é como ter Jaimes por cima de mim. Eu preciso de um tempo para me acostumar com isso.

– Patrick... Para! – peço, mas é em vão. Ele continua a me beijar.

Meu quadril está doendo com seu corpo, tento me esquivar, mas seu corpo não me permite isso. Eu preciso me afastar. Tenho que me afastar. Patrick coloca sua mão em minha coxa. Tento me afastar e desta vez consigo.

– Eu não quero! – falo recuperando meu fôlego.

– Você é minha namorada e seu pai nem está aqui. – ele me puxa novamente para ela, mas me afastado.

– Não é isso. Você não entende. – digo tentando ser cautelosa.

– Não entendo merda nenhuma! Você deve estar pensando naquele filho do xerife.

Patrick sai bufando pela janela. Ele não ver ser compreensivo quando eu contar a ele, nunca vai entender meus motivos. Tento me manter firme, mas a única coisa que consigo fazer é chorar feito uma garotinha sentada no chão do quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram da briga do Patrick e do Carl?
Gostaram da fraquejada da Emma?
Gostaram da atitude de Patrick? Se sim ou não, comentem para podemos discutir sobre tudo isso amores. Até a próxima!!