Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 1
Capítulo 1: Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu já tenho outras fanfict sobre twd, mas eu gosto um pouco do Carl e decidi escrever sobre ele. Eu realmente adoro comentários e não seria nada demorado se vocês comentarem no final de cada capítulo. Sou uma pessoa meio fechada, mas me abrirei com vocês. Adoro ideias e vocês podem dar as suas. Enfim, boa leitura.



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Eu vi o mundo ser destruído. Eu vi pessoas comerem pessoas. Eu vi a maior potência do mundo se destruir em pedaços. É horrível. Eu vi minha mãe sofrer diante disso tudo e chorei. Chorei pois sabia que ela era minha única companhia, a minha adorável companhia. Então eu mudei para a fazenda dos meus avôs, aqui eu sei que é tudo mais seguro. Literalmente é seguro. Poucos zumbis conseguem chegar ate o nosso perímetro e quando chega eu e meu avô acabamos com a festa dele. Eu devo minha vida aos meus avôs, tudo que sei hoje foram eles que me ensinaram. A atirar, a dirigir, a preparar enlatados e a ser forte. Eu tenho uma sobrevivência ate que boa, mas tenho uma coisa em mente.... encontrar meu pai, Daryl Dixon.

Acordei sonolenta com o galo cantando. Vida de fazenda era assim, você acorda quando o galo decide cantar. Eu vivia no antigo quarto da minha mãe com papeis de parede rosa bebê e com rosas. Uma cama nada confortável, um guarda-roupa antigo que quando abra-se a porta faz um barulho aterrorizante. Uma penteadeira empoeirada já que eu nunca à usava. Nunca fui uma garota de passar tempos em frente ao espelho, sempre fui despojada como meu pai. Entrei no banheiro e tomei meu banho. Peguei minhas roupas, uma calça marrom e minha camiseta xadrez e minha bota preta.

Desci a escada e encontrei minha vó na cozinha. A saúde dela não estava boa, mas ela continuava ali, preparando o café da manhã e o almoço, não comíamos no jantar para economizar enlatados.

– Como está meu café da manhã ?. - Perguntei estridente me sentando na cadeira.

– Obrigada. - Respondi sorrindo. - O que temos para hoje ?.

– Seu avô está no celeiro cuidando das coisas. Você pode fazer o que quiser, mas não saia do nosso perímetro.

Assenti minha cabeça e fiquei devorando meus ovos mexidos. Sempre quando acordo de manhã lembro de minha vó preparando meus ovos mexidos quando eu era criança. Ela sabia cozinhar de tudo, só não enlatados. Ela teve que aprender na marra.

Terminei meu enlatado e procurei meu avô. Ele já não estava mais no celeiro e sim sentado em uma cadeira de praia perto do lago. Sentei no chão ao lado dele e fiquei encarando aquele imenso lago - que devia estar frio.

– Pequena girassol ?. - Meu avô sempre me chamava assim e eu adorava ver ele falar isso. - Está tudo bem ?.

– Sim está. - Respondi.- E como estamos hoje ?.

– Só alguns vizinhos veio fazer uma visitinha. - Ele brincou.

– Vizinhos. - Murmurei brincando.

Voltamos a ficar em silêncio. Conseguíamos ouvir de tudo, os passarinhos, os peixes no lago e o som do vento. Eu sentia a briza passear pelos meus cabelos e aquela era outra sensação adorável.

– Emma ?. - Meu vô novamente me chamava.- Um dia... tudo isso aqui, você terá que deixar para trás, tudo. Um dia eu e sua avó iremos morrer, um dia você terá que ser forte... muito forte. E nesse dia eu vou me orgulha muito de você.

– Eu serei, por vocês.- Segurei firme sua mão e suspirei.

Eu sei que eles vão me deixar, algum dia vão me deixar. Espero que seja bem longe, literalmente longe. Conversei com meu avô por muito tempo ate ouvir minha vó gritar. Era hora do almoço.

– Você não vem John ?. - Perguntei.

– Não. - Ele respondeu. - Eu quero ficar aqui observando isso por um longo tempo.

– Marrie irá lhe matar se você não for.

– Diga à ela que ficarei... só por hoje.

Assenti com a cabeça e segui meu caminho. Era um caminho cheio de intervenções já que qualquer coisa me chamava atenção. Deixei minhas botas sujas perto da porta e sentei na última cadeira da mesa. A sala de jantar ficava bem em frente a cozinha. Uma mesa meio velha - como tudo naquela casa - e cadeiras novas. O enlatado estava horrível, mas eu comia pelo grande esforço que minha vó fez.

–... E então ela ficou gravida. - Marrie terminava de contar a história de minha mãe.

– Vovô John ficou louco, certo ?. - Perguntei.

– Sim. Ele queria matar seu pai, mas sua mãe defendeu ele com unhas e carnes.

– Daryl e minha mãe eram bastantes grudados, né ?.

– Sim. - Ela respondeu. - Eles eram completamente grudados. - Ela sorriu por lembrar. - Eles viviam juntos, seu avô não gostava, mas eles só se desgrudavam quando iam dormi, mas mesmo assim demoravam horas no telefone.

Ela continuou a contar, mas eu já não ouvia. Fiquei imaginando minha mãe discutindo com meu avô. Logo ele que era cheio de nove-horas e ela cheia de atitude. Imaginando os dois conversando pelo telefone e exclamando sempre ''eu te amo''. Será que Daryl Dixon era assim ? amoroso ?. Eu conheci pouco ele, na verdade ele conviveu comigo ate os 4 anos. Depois disso Merle - irmão de meu pai - foi pego e meu pai sumiu.

Terminei meu enlatado e corri para o meu quarto. Estava vasculhando as coisas da minha mãe. Fotos antigas e coisas antigas. Tinha uma foto lá, a foto mais bonita da minha vida. Daryl Dixon e minha mãe, de mão dadas perto do lago. April 1995. Segurei aquela foto contra meu peito e respirei fundo. Coloquei ela junto as coisas que eu havia guardado na minha mochila. O óculos quebrado de vovó, o charuto italiano de vovó e meus pais.

Nem percebi que o Sol já tinha ido embora e o céu estava tomado pelo roxeado. Corri para o banheiro e tomei novamente meu banho. Vesti o antigo pijama da minha mãe e preparei minha cama. Sempre antes de dormir eu ia visitar meus avôs e desejar 'boa noite'.

– Boa noite Vó. - Beijei sua bochecha. - Boa noite vô. - Beijei a bochecha dele.

– Boa noite pequeno girassol. - Meu vô resmungou meio sonolento.

– Precisa dos seus remédios para dor hoje, vó ?.

– Não; não. - Ela respondeu. - Está bom assim mesmo. Irei dormi.

Vovó Marrie nunca mais acordou.


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Notas finais do capítulo

Comentem.
Ate o próximo.



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