Lost In Paradise escrita por Lady


Capítulo 18
18 - He.


Notas iniciais do capítulo

Olá. Quanto tempo?
Desculpe a demora pessoal, eu estive um tanto ocupada antes das férias e tal.
Bom, no capitulo anterior eu havia perguntado se vocês iriam querer um filler (ja que nao sou de fazer fillers) 0027, e todos, ou ao menos grande parte, pediu por, então o proximo capitulo irá demorar um pouco, mas será o filler.
Sem mais delongas, boa leitura.



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Lost In Paradise

18 – He.

Inspirou profundamente logo quando cessara os passos para fitar, um tanto quanto curioso – mesmo que tal curiosidade fosse mantida apenas em sua mente -, a figura pequena de cabelos ruivos bagunçados e coberta de curativos de ataduras.

Enma fitou Hibari, quase intensamente, por alguns segundos antes de desviar o olhar para o chão. Suas mãos tremiam e Kyoya não conseguia deixar de notar isso.

– O que está fazendo herbívoro? O sinal já tocou, vá para sua sala! – ordenou o disciplinador ignorando a aura deprimida que rondou o pequeno Shimon que se encolhia.

– Eu... Estav-va lhe procur-rando Hib-bari-sempai... – sussurrou trôpego. Sutilmente o prefeito ergueu a sobrancelha. Para que o moleque estava atrás de si? – E-Eu q-queria lhe ped-dir um conselho... – choramingou o ruivo nervoso, tremulo e envergonhado; e Kyoya chegou a perguntar-se como uma pessoa só era capaz de sentir tudo aquilo enquanto ele lutava com um único sentimento chamando... Paixão.

– E a respeito de que seria isso? – resmungou o moreno cruzando os braços. O silencio fez-se presente enquanto os olhos vermelhos do menor fitavam, fascinados, a figura imponente e calma um tanto distante de si.

Enma não pode deixar de admirar toda a pose e seriedade que rondavam o mais velho, mesmo que fosse terrível de admitir, ele admirava aquilo em Kyoya e, agora, até podia compreender o que sua Guardiã havia visto na distante Nuvem Vongola.

– Você já sentiu algo tão forte por alguém que... – assim engoliu em seco antes de continuar, procurando não gaguejar um segundo se quer. – Que não conseguiu se controlar e acabou fazendo algo do qual se arrependa...?

O disciplinador franziu a testa por segundos, agradecendo mentalmente que não havia ninguém ali para presenciar, ou ouvir, tudo o que o ruivo dissera – apesar de que Kyoya tinha plena certeza de que o Shimon não lhe faria aquela pergunta frente a uma platéia curiosa e fofoqueira.

– Eu fiz... Algo, antes de ontem e acabei afastando alguém importante demais para mim... – sussurrou de olhos marejados enquanto reprimia fungados. O arrependimento lhe corroia o coração mais do que nunca.

A carranca na face do Guardião apenas se aprofundou enquanto o mesmo recordava-se do que fizera tempo atrás. Afastara Adelheid, negara-a e isso o enlouquecera devido ao que sentia. Ainda não havia pedido perdão, deus sabe o quão duro Hibari luta contra seu orgulho todo dia – e perde – para poder, enfim, pedir perdão a sua Rainha de Gelo e, quem sabe assim, ao menos dar a mulher uma pequena e doce amostra do que tanto o tortura por dentro.

E então um suspiro escapou dos lábios do prefeito, este que apenas fechara os olhos vagando em pensamentos a respeito de Enma, deixando, apenas por um momento, seus pensamentos referentes à Suzuki, de lado. Recordou-se de que, meses atrás na manhã do mesmo dia em que dormira com Adelheid pela primeira vez, o moreno pegara seu futuro Chefe dando uns amassos com o pequeno Shimon. Claro que não pode deixar de ficar surpreso com aquilo e ainda mais surpreso quando não interferira no que a dupla estava a... Fazer.

Quando os vira, Kyoya não pode deixar de sentir algo em seu peito, fosse o que fosse, ele não foi atrás de descobrir o que era aquilo; mas agora ele sabia o que era, ele compreendia que, naquele momento enquanto fitava e ouvia o ruivo gemer o nome de Tsuna, ele estava com inveja do casal.

Estava morrendo de inveja por que as pessoas o temiam demais para se aproximarem, para tentar entenderem ele... Para ao menos tentar amá-lo. Claro que nem sempre fora assim, no passado houve uma menina que se apaixonou por ele, ou assim ele pensou que fosse quando declarara-se para ela. No fim fora tudo uma encenação e aquilo era o motivo obvio do por que Hibari odiava Izune e também o porquê de o moreno ter se tornado tão vicioso, sanguinário e disciplinador.

Fora uma promessa a si mesmo. Ele manteria a ordem e impediria, da sua forma, que o que aconteceu consigo viesse a acontecer com outras pessoas.

E mais uma vez suspirou, reabrindo os olhos para fitar a figura pequena mais a sua frente.

– Tenho certeza de que Tsunayoshi vai lhe entender se explicar direito o porquê disso. – argumentou, por fim, o mais velho.

– Mas e se...

– Então tente de novo e mais uma vez. – replicou. – Faça-o lhe ouvir de alguma forma. Enfie na cabeça dele as palavras que quer dizer, grite se for necessário. – argumentou, sincero. Afinal era aquilo que faria caso estivesse no lugar do ruivo... E não houvesse uma reputação a manter. - Sei tanto você, quanto ele merece isso. – e aquela fora a primeira vez em muito tempo que o disciplinador fazia mais do que dar ordens e também, é claro, falava por demais com alguém que não fosse a Suzuki ou seu canário. – Mas não atrapalhe a paz na minha escola!

Olhando para as orbes scarlets o moreno viu medo, espanto e alegria. E não tardou muito para que o ruivo se curvasse agradecendo pelas palavras e retornasse seu caminho para, assim esperava o disciplinador, sua sala de aula.

Com um novo suspiro, o que o Hibari já fizera bastante apenas naquele dia, Kyoya continuou seu rumo – antes interrompido pelo amante de seu patrão, titulo dado ao onívoro que até agora o prefeito não consegue engolir.

Com a mente trabalhando de forma eficiente como sempre, o rapaz não deixou de notar o silencio que rondava o loca, provavelmente todos – enfim – tomaram consciência de que o prefeito demônio não aceita que os alunos fiquem fora de sala em período de aulas. Assim um sorriso lhe veio aos lábios, um sorriso que, para muitas pessoas, poderia ser considerado o prelúdio do fim do mundo.

De alguma forma saber que tudo estava nos conformes fazia cm que o moreno se excitasse, pois apenas na calmaria ele teria tempo de desfrutar, unicamente, da presença de sua Gelada Rainha.

Cessou os passos logo quando dobrou a esquina do corredor que levava a seu escritório. Franziu a testa ao ver, parado em pé próximo a porta de sua sala, Sawada Tsunayoshi – um tanto tremulo e assustado na verdade, sem contar as contusões que podiam ser vistas junto a algumas ataduras e curativos. Mais não fora apenas a presença do onívoro que o fizera franzir o cenho, mas sim os gritos histéricos que provinham do interior de sua sala. E ao abrir a porta com brusquidão pode ver algo que o fizera, definitivamente, irritado.

– O que diabos está acontecendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Por favor, não deixem de comentar.
Jya'ne.