Lisbon e Jane voltaram para o hotel e informaram Walter da volta para Sacramento. Eles embarcaram rapidamente e em poucos minutos estavam no ar.

– Dia animado não é?! – disse Walter a Jane, enquanto Lisbon preenchia a papelada do outro lado do avião.

– E só estamos na metade. – concordou Jane.

– Sabe Jane... Era disso que eu estava falando. – comentou Walter, chamando a atenção de Jane – Lisbon não precisa dessa vida cheia de perigos. Ao seu lado ela nunca vai estar totalmente segura.

– Faz parte da profissão que ela escolheu. Ela nunca vai estar totalmente segura sendo uma agente do CBI. – respondeu Jane.

– Mas se ela casasse com um homem rico não precisará mais trabalhar. – argumentou Walter.

– Quero ver você convencê-la de deixar a profissão. – desafiou Jane.

– Eu estava analisando algumas coisas e faz todo o sentido. – Lisbon aproximou comentando, atraindo a atenção dos dois – Stiles tem acesso às digitais do Haffner, pode ter pegado na Visualize e colocado na arma ou até ter pegado a própria arma do Haffner.

– Se ele for o Red John não teria dificuldades em sumir com a arma. – comentou Jane.

– Você acha que é ele? – perguntou Walter.

– Temos quatro suspeitos. Não há como ter certeza. – explicou Jane – Emma fez contato?

– O Cho não disse nada. – respondeu Lisbon – Vamos descobrir quando chegar.

O avião pousou duas horas depois em Sacramento. Já eram quase três da tarde quando Lisbon e Jane se aproximavam do prédio do CBI. Ele já estava ficando impaciente até que Lisbon parou o carro no estacionamento e Jane pulou para fora do carro e foi até o elevador como um foguete.

– Já sabe o que perguntar ao Stiles? – questionou Lisbon.

– Tudo vai se acertar quando eu ver ele. – respondeu ele, seriamente.

– Você está bem? – perguntou Lisbon, estranhando o jeito de Jane.

– Estou. Só estou meio impaciente. – respondeu ele da mesma maneira da última resposta.

Ela continuou achando estranho, mas preferiu não questioná-lo mais. Quando a porta do elevador se abriu Jane praticamente correu para a mesa de Cho. Ele estava sentado fazendo algo em seu computador quando notou a presença dos dois.

– Stiles sumiu. – informou o agente.

– Como assim sumiu?! – questionou Lisbon.

– Ninguém sabe onde está e não encontro registro nenhum dele. Aeroportos, pedágios, mercado, nada. – explicou Cho.

– Droga! – exclamou Jane, nervoso.

– Emma mandou uma mensagem para o Jane e outras quarenta e duas mulheres estiveram aqui hoje. – comentou Cho.

– O que ela disse? – perguntou Jane, esperançoso.

– Quer ver? Aproveite para responder. – disse Cho, oferecendo sua cadeira para Jane.

– “Olá Patrick, estou com saudade de você. Não sabia que frequentava esse tipo de site. Queria saber se poderia me encontrar em algum lugar, estou tão carente e sozinha. Beijo Emma” – leu Jane.

– O que vai responder? – perguntou Lisbon.

– Vou marcar um jantar com ela hoje mesmo. – disse Jane – Ela sabe onde o Stiles está.

– Como pode ter certeza? – questionou ela.

– Se Stiles é um discípulo de Red John, se não for o próprio, e não matou Emma. Significa que gosta dela de alguma maneira, pois arriscou sua identidade para protegê-la. – explicou Jane enquanto digitava sua mensagem para Emma.

– “Eu também estou me sentindo sozinho ultimamente. O que acha de jantarmos hoje?” – leu Lisbon, fazendo uma suave careta.

– Cho me avise se ela responder. – pediu Jane, levantando-se.

– Aonde vai? – perguntou Lisbon quando Jane ameaçou sair.

– Para o sótão. Qualquer coisa me chame. – respondeu ele, antes de deixar o escritório.

– O que deu nele? – perguntou Cho.

– Não sei. – respondeu Lisbon – Sabe como ele fica quando se trata do Red John. – respondeu antes de ir para sua sala.

Uma hora se passou quando uma janela piscou no computador de Cho. Emma havia confirmado o jantar e enviado o endereço e o horário. Cho anotou as informações e levou até Lisbon. Ela pegou o papel, agradeceu o agente e subiu até o sótão para informar Jane.

– Emma confirmou o jantar. – entrou anunciando.

– Ótimo. – comentou ele, sentado na cama.

– Você está realmente bem? – disse ela, enquanto fechava a porta.

– Não. – respondeu, encarando-a.

– O que foi? – perguntou preocupada.

– Precisamos conversar... – revelou ele.