Passos Decisivos escrita por Desy Faraco


Capítulo 7
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Amores da tia Desy *u*
Quanto tempo, desculpe a demora, mas eu andei enrolado com papelada de faculdade, mas enfim, estou de volta. Bem, já aviso aos mais emotivos que preparem o lencinho, porque a choradeira vai começar! T_T
DIVIRTAM-SE, OU CHOREM, SEI LÁ! (Ù.Ú) HUASHUAHUSHA



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Hayato voltou para a caverna onde encontrou Kagome sentada a beira do penhasco com o olhar perdido e distante. Ficou a analisa-la um tempo ali, sem que esta o percebesse. Parecia estar em profunda agonia, seus olhos apagados, não tinham mais o brilho vívido da luta e do furor que o despertara. Isso lhe doía, por mais que não quisesse admitir, sabia que o comportamento anterior dela não era verdadeiro, que ela fizera o que fizera apenas para manter Inuyasha seguro. Seu ódio pelo meio youkai só fazia aumentar, mas em proporção inversa, seu carinho por aquela mulher também o fazia querer não feri-lo, somente para que ela são se ferisse. Ele respirou fundo, caminhou até ela e tocou seus cabelos, pegou uma mecha entre os dedos e inspirou seu odor. Kagome tremeu com a aproximação inesperada, mas se conteve e não fugiu, não poderia se dar ao luxo. Fez menção de virar-se, mas ele a impediu segurando-a pelos ombros. A lua estava despontando no céu e um brilho prata-azulado substituía por completo as cores alaranjadas do crepúsculo, trazendo a noite clara e estrelada. Era uma bela visão que ela queria estar compartilhando com outro. Hayato deslizou as mãos pelos braços desnudos de Kagome e buscou as pontas dos seus dedos, tocou-os suavemente, mantendo os olhos fechados, queria apenas senti-la e gravar cada pequena sensação em seu corpo, mente e coração. Entrelaçou então seus dedos longos e masculinos nos dela, frágeis, trêmulos. Abriu os olhos lentamente e pela primeira fez admirou a lua e a beleza do céu estrelado. Seu coração se tornava tão cálido quando estava com ela. O frio que sempre o assolara, em pouco tempo se desvanecia, como uma nuvem de poeira que o vento sopra pra longe. Seu interior estava inundado de paz e esperança. Pela primeira vez, desde que podia se lembrar ele sentiu uma lágrima escorrer de seus olhos cruéis de youkai. Estava chorando? Porque estava chorando? Porque sabia que ela não o amava, não era por ele que ela ansiava e nem tão pouco era a sua falta que sentia quando se afastava, não era nela que ela pensava quando ficava com o olhar perdido no horizonte.

*Ele estava chorando? O que estava acontecendo?*

A cabeça de Kagome girava, aquele homem forte e ameaçador, com garras e presas e o ego de um rei megalomaníaco estava agora desabado sobre ela, chorando como um bebê. O coração dela se apertou dentro do peito, não podia evitar de se culpar, estava fazendo-o sofrer, aquela era uma batalha que ninguém venceria e mesmo o bravo inimigo merecia misericórdia naquele momento, pois estava sofrendo por amor, ele realmente a amava, mais do que ela havia imaginado. Kagome desentrelaçou os dedos de ambos e virou-se de frente para o lorde em farrapos, ficou na ponta dos pés e beijou-lhe docemente a testa, depois o abraçou, aconchegando-o em seu peito e dando-lhe tudo o que podia lhe oferecer de coração sincero, seu consolo e compaixão.

Lá em baixo, ao sopé do penhasco Inuyasha olhou para cima, mas não conseguia ver nada além dos raios dançantes da barreira elétrica, era a hora, ele precisava atravessar. Por algum motivo os raios diminuíram a intensidade. Ele puxou o manto de pele de rato de fogo até o auto da cabeça e começou sua incursão, a eletricidade percorria o manto de alto a baixo e projetava pequenas descargas através de seus pés descalços. Depois de andar um certo tempo entre as descargas elétricas, seu corpo começava a dar sinais de que o manto, embora o mantivesse relativamente a salvo, não estava evitando de todo o mal. Sua boca estava ficando seca, pois os raios drenaram-lhe o líquido corporal e seu estômago revirava e espiralava dentro de seu abdome. Tinha que sair dali e rápido, antes que a tempestade se tornasse mais intensa.

– A barreira! – Hayato afastou kagome com um brusco empurrão, que a fez cair no chão. - Então era esse o seu plano desde o começo mulher! Me fazer enfraquecer, para que ele (disse com tom de desprezo essa ultima palavra) pudesse chegar até você e leva-la de mim!

Kagome estava no chão, confusa e assustado, o homem doce e terno, frágil como uma criança precisando de carinho, agora rugia e bramia contra ela, sem piedade alguma. Ela nunca o vira daquele jeito antes.

– Vou fazer com que esse hanyou maldito vire poeira!

Dito isso Hayato olhou de cima do penhasco, sua visão era superior a de qualquer humano e até mesmo de certos youkais. Ele sabia exatamente onde Inuyasha estava. Sempre soubera. Levantando as mãos, minúsculas gotículas azuis saíram da ponta de seu dedos, Kagome observo-as voar e irem se precipitando uma após outra no paredão amarelado de raios da primeira barreira. Cada gota que caia era seguida por um enorme estrondo e estão explosões de raios e mais raios, reverberavam através de toda a montanha, fazendo com que tudo a volta estremecesse violentamente. Minutos se passaram de raios constantes e perturbadores, caindo ininterruptos sobre o mesmo local. Os cabelos de Hayato revoavam selvagens, e seus olhos estavam de um vermelho sangue. Aterrador. Um verdadeiro monstro. Quando por fim se acalmou e o silêncio voltou a imperar, tudo o que se podia ver lá de baixo era uma densa nuvem de poeira. Nenhum som, nenhuma vida. Ninguém resistiria aquilo. Até mesmo as rochas ao redor foram reduzidas a pó.

– O... O que v-vo-cê? – tentou perguntar algo, soluçando de pavor.

Ele levanto-a pelo braço, cravando as garras em sua carne macia e mostrou-lhe a região desolada.

– Está vendo o lugar onde agora só resta poeira? É lá que seu amado Inuyasha estava. E agora ele é o que estava destinado ser desde o maldito dia em que nasceu, apenas pó. Retornou ao estado original dos inferiores, apenas sujeira!

Em choque, Kagome perdeu os sentido. Estava tudo acabado. Sem ele, não existia ela. Seu coração apenas murmurou:

*Adeus Inuyahsa!*


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