The Youngest Major in Texas escrita por Mrs House


Capítulo 6
Uma nova vida




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Jasper POV

“Jasper, precisamos de vampiros fortes se quisermos manter a cidade.” Maria sussurrou em meu ouvido uma noite, tão baixo que eu mesmo quase não ouvi. “Você sabe o que fazer.”

Alguns vampiros estavam perdendo a força como recém nascidos e deveriam ser eliminados pra que novos possam ser criados. Minhas habilidades como soldado e estrategista me renderam o segundo lugar de comando ao final de meu ano recém nascido. Esse era o preço a ser pago e a maneira dela testar minha lealdade, obrigando-me a matar os homens e mulheres que eu mesmo ajudei a treinar.

“Annette.” Chamei uma vampira morena que estava lutando com Peter, ele era novo em nosso grupo. “Vamos caçar.”

Observei desconfortável enquanto ela se alimentava de um fazendeiro qualquer, tentando dizer a mim mesmo que os sentimentos de pavor não pertenciam a mim. Um rápido flash de memória mostrou meu pai cavalgando comigo em sua garupa, suprimi a memória e a guardei em algum lugar distante em minha mente, ela não iria me ajudar a sobreviver. É por isso que não gosto de caçar com os outros, é mais fácil e menos doloroso matar sozinho.

Aproveitei sua distração para agarrá-la por trás, com meus braços envolvendo sua cintura e pescoço, ela não tinha força o bastante para me afastar. Senti todas suas emoções como se fossem minhas. A confusão, medo, o apego à vida, ódio direcionado a mim, entendimento – ela era apenas um peão no jogo. Rosnei, aquilo era demais.

O braço que segurava sua cintura subiu em um flash para sua cabeça, um único movimento e seu corpo caiu pesadamente no chão, decapitado. Retirei um isqueiro de meu bolso e ateei fogo aos restos.

“Sinto muito.” Sussurrei, mal percebendo que estava de joelhos. Uma explosão de dor em meu peito deixou-me sem fôlego, mesmo que eu não precisasse realmente respirar. A realização me atingiu como uma parede de tijolos, se eu quisesse sobreviver, o homem em mim deveria morrer. Maria não aceitaria um soldado fraco, e eu não seria eliminado.

Levantei-me e corri de volta para os outros, antes do amanhecer já tinha executado outros cinco vampiros.

“Major?” Estava sentado em uma enorme janela no celeiro quando Peter entrou sozinho, todos os outros ainda não tinham voltado da caçada. Suas emoções variavam entre medo e admiração. Virei-me lentamente para encará-lo, ao mesmo tempo em que não queria que ele me temesse, sabia que era a única maneira de sobreviver, ser temido. “Ensina-me a lutar?”

Sorri para ele como se fôssemos cúmplices. O garoto era esperto, sabia o que acontecia com os fracos e se recusava a ser um deles, por isso tinha que aprender a lutar. Olhei-o de cima a baixo, era alto para idade que estimei por volta dos 17, cabelos loiros e musculoso.

Sem dar nenhum aviso, joguei-me contra ele e o tinha preso ao chão e meus dentes a centímetros de distância de seu pescoço em poucos segundos.

“Você pediu ajuda ao vampiro certo.” Levantei-me de cima dele. “Você é um recém nascido.” Afirmei com simplicidade. “Todos irão esperar um ataque direto promovido pela arrogância de sua força. Vamos pegá-los desprevenidos.”

Bella POV

Olhei com arrependimento para o corpo humano em meus braços. Ele parecia ser tão jovem, com toda uma vida pela frente, uma família. Um soluço seco sacudiu meu corpo quando uma imagem de Jasper surgiu em minha mente, foi da manhã em que ele foi embora. A sensação de nossos corpos nus abraçados na cama, a maneira como ele não tirou os olhos dos meus enquanto vestia sua farda, como me beijou antes de Black Jack o levar para longe de mim. Durante meu tempo com Stefan pensei várias vezes em sair para procurá-lo, mas o pensamento de não poder me controlar ao seu redor me aterrorizava. O cordão com sua paquinha de identificação nunca saiu de meu pescoço, a única diferença é que agora também carregava meu anel de noivado.

Suspirei pesadamente e me levantei para descartar o corpo, as florestas em torno de Volterra eram um ótimo lugar para apanhar caminhantes desavisados. Corri de volta para o castelo e encontrei Jane me esperando em meu quarto.

“Bella!” Ela me abraçou, nos tornamos muito próximas ao longo de quase um ano que me juntei aos Volturi, ela era como uma irmã mais nova para mim.

“Oi Jane.” A abracei e joguei meu manto em um canto qualquer antes de me atirar na cama de casal.

“Não, não!” Ela me puxou e atirou a manto de volta para mim. “Aro deseja falar com você na sala do trono.” Suspirei e a segui para fora do quarto.

Aro mostrou-se não ser a pessoa odiosa que eu pensei que ele seria, mas seu interesse pela extensão de meu dom era um pouco irritante.

“Ah, Bella!” Ele sorriu de maneira afetada quando entrei com Jane, os outros não estavam lá, eles também não tinham muita paciência para suas excentricidades.

“Aro.” Curvei-me respeitosamente enquanto revirava os olhos internamente.

“Tenho ótimas notícias!” Ele vaio até mim e segurou minhas mãos e com relutância eu abaixei meu escudo. “Vejo que ainda luta contra seus instintos básicos.” Ele comentou ao ver minhas memórias sobre a caçada.

“Não posso evitar, Aro.” Soltei minhas mãos e andei livremente pelo aposento. “Cada vez que mato penso na vida que destruí. Quantas famílias esperaram em vão pelos filhos que matei? Quantas esposas?” Minha voz falhou na última palavra.

Não há dúvidas de que Jasper foi meu companheiro, ou meu amor e luto já teriam diminuído. Ao invés disso minha ânsia cresce a cada dia. Pedia ajuda a Jane para descobrir o que havia acontecido com ele, mas ela não encontrou nada de útil antes de ficar muito próxima dos covis dos clãs sulistas, um lugar perigoso para qualquer vampiro. Encontramos meu obituário nos jornais da época, fui declarada como desaparecida e depois morta quando encontraram minha égua trotando perto de uma poça de sangue na estrada. Me pergunto quanto tempo minha família e a de Jasper ficaram de luto por nós.

“Felizmente eu tenho uma solução para seu problema.” Estava parada a sua frente assim que ele terminou de pronunciar as palavras que me deram um pouco da esperança a muito perdida.

“Por favor, diga-me.” Implorei e ele descansou uma mão em meu ombro como um pai carinhoso faria.

“Entrei em contato com um velho amigo meu Carlisle Cullen e ele me disse que, apesar de sua dieta hã.. incomum, ele continua com todas suas habilidades físicas e mentais inalteradas.” Ele lançou-me um olhar engraçado, como se me desafiasse a imitar esse tal Carlisle. “Ele se alimenta do sangue de animais.”

“Mas eles fedem.” Torci meu nariz com nojo antes de parar para pensar nas possibilidades. “Mas pode dar certo!” Abracei Aro em um ímpeto e saí correndo do castelo preparada para abraçar essa nova teoria.


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