A Estagiária escrita por Shelly Stewart


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!
Curiosos sobre o que vai acontecer? Já mato sua curiosidade aqui está mais um capitulo.
Espero que gostem!

Boa leitura.

XOXO

Shelly Stewart.



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Deixa eu te contar uma coisa... Nunca jamais afronte um marginal, seria a pior ideia que você já teve na vida. Se você for uma repórter, assim como eu... Corre e salva sua vida porque essa profissão misturada com curiosidade, persistência e amor pelo perigo faz com que você veja a morte passar diante de você diversas vezes.
Sam, por exemplo, estava me olhando com aquele olhar de “vou matar você e vai doer”. É o tipo de olhar que você tem que fugir sem pensar duas vezes, mas não é o meu caso.

Vocês sabem que mesmo que eu esteja prestes a morrer não vou fugir.

– O grande problema de repórter como você é que vocês não sabem quando parar... - Sam disse calmamente. - Eu pedi para tomar cuidado.

Continuo firme, na verdade eu tenho que continuar.

– E eu pedi uma informação... Você não me deu então tive que investigar. - ergui o dossiê com a vida de Sam, seus olhos se arregalaram e ele esticou a mão pra puxar a pasta, mas recuei um passo para trás puxando a pasta para as minhas costas.

– Não tão cedo... Você trafica armas, Sam e a polícia de Seattle está bem ansiosa em te ver de novo. Se colaborar comigo pode ficar livre, finjo que nem te vi e nunca te achei... Porém todo bom acordo tem seu lado negativo e caso não concorde vou enviar o dossiê a policia de Seattle, entregar você e fazer com que pegue prisão perpétua. Você nunca mais verá a luz do sol posso garantir isso.

Minha voz era baixa, ameaçadora, eu tinha que encará-lo como tal sem parecer um cordeiro covarde.

– E então o que vai ser?

Sam estava pura fúria a minha frente, na calçada em frente a lanchonete de sempre eu acabei de ganhar um inimigo dos grandes ele foi pego de surpresa pela minha eficácia em achar coisas e investigar. A parte policial aprendi vendo Charlie trabalhar, tenho faro policial assim como ele por isso parei aqui ameaçando um cara que pode certamente me perseguir e me matar depois e tudo porque sou curiosa demais sobre um cara.

– Bella... Você realmente não sabe onde está se metendo, fui legal com você, entretanto você ainda quer me ferrar e pessoas que querem ferrar o Sam se dão muito mal no final.

Ele balançou a cabeça, falou sobre si mesmo em terceira pessoa, egocêntrico pelo visto. Fico quieta apenas esperando.

– Edward não tem nada a ver com os meus negócios.

Não acredito nisso, cruzo os braços apertando firme a pasta em meu peito.

– Não? E o dinheiro que ele entregou a você? Ele comprou alguma arma?

Sam me encara perplexo.

– Ajudaria muito se falasse mais baixo e outra eu não deveria te dar explicações, porém como você está por cima, eu vou falar, mas saiba que depois que isso acabar eu vou caçar você até o mármore do inferno.

Engoli em seco e mantive a postura ameaçadora.

– Edward comprou a casa da minha família em Forks e La Push, marcamos de nos encontrar e ele me pagou o que faltava. Eu já disse, Edward não tem nada a ver com os meus negócios, Bella.

Acho que ele está falando a verdade, eu não sei. Sam estende a mão e eu entrego a ele o dossiê com todas as provas para a sua condenação. Ele abre e analisa.

– Você é boa. Deveria trabalhar para os tiras do FBI. - comenta.

Pego a chave da caminhonete na bolsa.

– Isso é um elogio? pergunto e depois continuo. - Não é tão difícil assim ajudar, Sam. Te livrei da prisão, vai me agradecer depois.

Começo a caminhar, mas a mão de Sam me segura pelo pulso e ele me puxa para bem perto dele, seu corpo colado no meu e sua boca em minha orelha.

– É melhor eu não te encontrar novamente, pois se isso acontecer... - ele não termina deixando a ameaça no ar e de repente ele some.

E percebo que não mais ando... Eu corro.



Ligo a caminhonete as pressas e dirijo por ai, bem, eu sabia que iria acabar assim pelo simples fato de o cara ser um bandido! Agora era rezar pra dar tudo certo e ele me esquecer. Meu celular tocou, era mamãe e eu não atendi, saber como sobreviver era mais importante agora. Cheguei em casa uma hora depois de ficar vagando que nem barata tonta pelas ruas, minha caminhonete estava implorando uma pausa e eu também estava cansada de fugir, o lugar mais seguro para mim era minha casa, nela eu poderia me esconder e me preparar para caso algo aconteça.

Fechei a porta e corri para a sala, lançando tudo o que estava a minha frente, tirei os saltos as pressas e subi correndo as escadas pronta para um banho.

E então a campainha tocou congelei no corredor, será que ele...?

Fui para o meu quarto e procurei o spray de pimenta e o bastão de beisebol que Charlie havia me dado, respirei fundo se ele viesse para cima de mim eu iria enchê-lo de porrada com esse taco... Apesar de que não sei lutar.

Perto da porta segurei a maçaneta com uma mão e o taco na outra, o spray de pimenta estava entre meus seios, girei a maçaneta e meti o taco em quem fosse.


– Ai! Ai! Para com isso! - ele gritava.

Suas mãos seguraram o taco, eu batia sem olhar e quando ele segurou o taco tentei tatear até pegar o spray, mas ele me puxou para baixo me derrubando no chão, comecei a gritar por socorro.

– Cala a boca mulher, você está louca? Olha pra mim!

O pânico se esvaiu e em meio aquele meu surto todo percebi o que tinha feito, não era Sam.

Era Edward!

Ele sacudia o braço e girava o ombro, fazia uma careta de dor. Senti alívio por ser Edward e meio culpada também.

– Se eu soubesse que iria aparecer com um taco de beisebol teria me preparado. - ele se levanta e me puxa com ele, percebo que seus olhos batem exatamente na onde está o spray de pimenta. - Valeu a pena ter apanhado.

Empurro ele.

– O que faz aqui? pergunto tentando me arrumar.

Edward estava o deus grego em pessoa, calça jeans, blusa de botão azul clara, e o cabelo levemente bagunçado e eu uma descabelada depois de um surto.

– Provavelmente salvando a sua vida. - respondeu.

E então entrou como um foguete na minha casa, subindo até meu quarto onde abriu as gavetas rapidamente e jogou tudo no chão depois enfiou em uma mala que achou debaixo da minha cama.

– O que está fazendo? pergunto em desespero empurrando o braço dele. - Não mexe nisso.

Edward virou e segurou meus dois braços me sacudindo uma vez.

– Por que você não fica quieta um segundo? Sam me ligou e disse que você se meteu nos negócios dele, estou tentando manter você viva então cale essa boca e faça o que eu mando!

Fico quieta, Sam estava mesmo querendo me matar, ele estava atrás de mim! Deixo Edward arrumar minhas malas enquanto fico ali paralisada no meio do quarto. E então ele me puxa para perto.

– Olha só... Eu falei para você não se meter nisso, mas essa cabecinha aqui. - ele bateu a ponta dos dedos na lateral da minha cabeça acariciando de leve. - É bem idiota ás vezes, gracinha. Vamos embora agora.

E então segura minha mão e me puxa para fora da casa, arrastando minha mala na outra mão. Fecha a porta com um baque e me manda trancá-la.

– Não peguei a chave da minha caminhonete. - digo.

Edward deixa a mala no chão.

– Vamos no meu carro, é mais rápido. - diz e aperta o alarme de seu lindo Volvo, abre a porta e joga minha mala lá dentro.

– A porta está aberta. - avisa e senta no banco do motorista, ele está muito gostoso assim.

Entro e me sento e assim que fecho a porta o carro já está na estrada sendo lançado pelo concreto com rapidez, ele dirigia como um louco.

– Ai. Meu. Deus diminui isso! - grito segurando na porta e no banco dele.

Edward nem olhou para mim.

– Você está no carro estou dirigindo com cuidado, não vou bater. - respondeu ultrapassando um carro em alta velocidade.

– Obrigada pela consideração. Mas diminua ou se não vai completar o serviço do Sam.

Ele fica quieto, creio que está ficando bravo pois não está me olhando.

– Vamos para onde?

Mais uma vez ele não me respondeu.

Estava me ignorando, mas há algo que um homem não ignora de modo algum. Coloquei a mão sobre a coxa dele apertando de leve pra chamar sua atenção, ele abaixou o olhar por 2 segundos e depois diminuiu a velocidade.

– Está tentando me fazer falar com você, Isabella? ele pergunta adivinhando meus planos. - Está funcionando, mas estou bravo, você está ficando atrevida e me fazendo salvar você.

Aperto mais forte e ele segura minha mão.

– Salvar? Não pedi sua ajuda!

Edward acaricia meus dedos e dirige com uma mão só.

– Mas precisa dela. - sua voz é melódica, o sorriso torto ali apesar de ele ainda estar com raiva de mim. - Vamos para Forks, lá eu posso manter você segura dele. Agora faça um favor para mim ligue para Jane e diga onde está e com quem está, peça folga e diga que segunda voltará.

Ele então vasculha no bolso com a mão que segurava a minha e me entrega o celular dele, prateado e grande estava datado de 2010 ainda. Peguei o celular e desbloqueei a tela discando o número de Jane.

– Jane Volturi. - saudou em sua voz séria de sempre.

Pigarreei para liberar a voz.

– Olá Jane, é a Bella. - sussurro.

Jane mexe em algo.

– Bella é muito bom atender o telefone ás vezes, preciso de você por aqui tenho noticias sobre o Cullen.

Sorri de leve.

– Então é sobre isso... Edward está aqui. Estou indo viajar com ele para Forks e voltarei na segunda.

– Querida, como você é rápida hein. - ela ri. - Faça um bom trabalho e me volte com algo bom!

E então ela desligou sem me dar uma chance de me defender no quesito fazer um bom trabalho e trazer algo bom.

Entreguei o quadrado a Edward que continuou dirigindo sem falar comigo. Essa seria uma longa viagem.



A casa de Edward em Forks era A Casa. Ampla, reservada e silenciosa, como sempre.

Não tinha a cara de ter sido da família Uley, parecia ter pertencido ao Cullen bonito esse tempo todo.

– A porta está aberta. - ele diz enquanto pega minha mala.

Subo os degraus e abro a porta, é tudo de cor amadeirada, couro e clássico. Mais lindo e confortável do que imaginei. Só era um pouco... Vazia.

– Por que toda casa de um Cullen tem que ser tão vazia deste jeito? pergunto olhando em volta para a sala onde só tinha o sofá e uma televisão, nada de quadros, poltronas ou qualquer outra coisa.

Edward olhou em volta e deu de ombros sem responder.

Ele não estava querendo conversa comigo e até que eu podia entender, ele estava me salvando de ser morta nas mãos de um traficante de armas que irritei. Ele subiu e eu o acompanhei, lá em cima havia quadros e algumas portas, Edward seguiu até a segunda porta e empurrou, era um quarto de hospedes, colocou minha mala no chão e olhou em volta checando se estava tudo certo.

– Tome um banho, vou dar uns telefonemas e podemos fazer lasanha quando eu voltar.

Assenti, mas ele não se moveu continuou ali olhando para mim sua expressão se retorcendo como se ele estivesse com falta de ar e eu também estava porque a aproximação de Edward Cullen estava me deixando sempre sem defesas, sem ar... Era como se ele me paralisasse por completo.

– Vem cá. - ele me chama e me aproximo. - Eu odeio você. - diz bem baixinho.

Eu sorri e ele sorriu de volta tocando minha bochecha com o polegar e assim se virou e desceu correndo. Suspirei e me virei dando pulinhos com um sorriso enorme no rosto... Quem diria que morrer me fizesse feliz?



Eu estava descalça, desci lentamente os degraus e ouvi Edward falando lá embaixo, de fininho fui até a porta e coloquei meu ouvido sobre a madeira.

– Sam não vou deixar fazer isso... Você já está com essa merda de dossiê! Vou manter ela calada, não se preocupe. Você está seguro. Agora se ainda insistir... Estará me ameaçando e não ameaçando ela... Sim, tudo bem... Só isso... Obrigado. Tchau.

Me afasto da madeira e me jogo no sofá fingindo que eu estava ali o tempo todo quando ele entra.

Ele para e observa.

– O que foi? Pergunto como quem não quer nada.

Edward sorri torto, psicopata novamente.

– Não trouxe sua roupa de dormir? Perguntou apontando para minha calça social e a blusa social que uso no trabalho.

– Você não trouxe as roupas certas. - acusei-o.

Edward balança a cabeça.

– Peguei todas as suas roupas, você usa isso pra dormir? Isso é tão... Normal, você é sexy. Mas tarde resolvemos isso.

E então ele levanta a mão me chamando para a cozinha o acompanho, e parecia já tudo pronto, todos os ingredientes separados perfeitamente era como se ele fosse para essa casa de qualquer forma.

– Já tinha planos? Creio que isso não se separou sozinho. - ironizo apontando para as tigelas sob o balcão.

Edward pegou uma azeitona e joga em mim.

– Tenho uma empregada e um caseiro que cuida de tudo pra mim, liguei pra eles assim que Sam me ligou avisando sobre você.

Fico em silêncio, ele tinha esse poder de me fazer calar a boca de vez em quando.

– Então vamos fazer nossa famosa lasanha. - ele bate as mãos. - Precisamos dar um nome a ela, mas não sou criativo provavelmente eu colocaria “Gororoba boa com molho cheio de coisinhas secretas de Isabella Swan”.

Eu ri e comecei a preparar o recheio e ele a fazer o molho, ele estava cantando novamente a voz dele era confortável e relaxante, era um som que meus ouvidos se acostumaram e queriam por perto.

Não demorou muito para terminarmos o jantar, dois trabalhando na cozinha acelerou o processo que geralmente demoro sozinha, além do mais ele cozinha super bem e é bem humorado enquanto faz isso, isso é bom evita que eu jogue a panela com o molho na cabeça dele.

Nos sentamos no chão da sala novamente, ele gostava de comer sentado no chão.

– Mais uma vez isso está incrível. - comenta dando uma dentada no primeiro pedaço. Ele estava tão natural e humorado que não resisti, tive que questioná-lo... Bem são ócios do oficio.

– Por que está fazendo isso por mim?

Ele para de comer e olha para mim.

– Porque não quero que morra. Consciência pesada não é o meu forte.

Deixo a comida de lado.

– Não está fazendo isso apenas porque não quer que eu morra. Edward... Estamos muito próximos, próximos demais. Você me odeia, estou perseguindo você e enlouquecendo você, transformando sua vida em um inferno por causa da minha profissão, então porque ainda quer me salvar?

O prato foi ao chão com um baque, não quebrou mas sujou o tapete belo.

– Por que me importo com a droga que está fazendo comigo! É isso que quer saber? Apesar de querer acabar com você eu quero você por perto, quero você na minha casa, cozinhando comigo, falando comigo, quero te deixar segura. Agora para de fazer pergunta e vem cá.

Meus olhos se arregalaram e fiquei parada no lugar.

Ele suspirou.

– Não vou continuar fingindo que não quero beijar você.

E então ele avançou contra mim me puxando para o seu colo, eu ainda estava imóvel até que ele segurou meu rosto alisando a minha bochecha olhando bem fundo em meus olhos, era bem intenso como se a energia entre nós fosse forte demais para o ar, ele aproximou seus lábios frios dos meus, antes de me beijar ele puxou meu lábio inferior e bastou isso para liberar toda a minha sensualidade e prazer, eu o beijei o puxando para perto, buscando seus lábios com toda a minha força, seus lábios eram frios assim como sua pele, mas em cima da minha estava quente.
Ele apertou minhas pernas ao redor de sua cintura e me ergueu até o sofá deitando em cima de mim, seus músculos contraídos sobre a blusa que logo ele se livrou.

– Não faça eu me arrepender disso. - digo e ele sorri me erguendo nos braços e logo estávamos lá em cima.



Algum telefone estava tocando, o que me fez acordar imediatamente. Olhei ao redor e Edward estava dormindo ao meu lado, era o celular dele tocando.
Estiquei o braço para pegá-lo, mas sua mão fria agarrou meu pulso enquanto eu esticava e ele nem estava de olho aberto!
Me afastei e ele ainda de olhos fechados sorriu torto levando o celular a orelha o atendendo.

– Edward.

Ele aguardou alguém falar e ficou ouvindo.

– Não. Não estou em casa, estou em Forks com a Bella. - ele ouviu mais uma vez e suspirou. - Depois conversamos, por favor.

Me levantei deixando ele conversando e fui para o banheiro tomar banho. Eu havia dormido com Edward Cullen, foi maravilhoso apesar de ser errado, bem errado.

Edward era difícil de parar, era um leão em um corpo humano.

Me lavei rapidamente e Edward logo apareceu e ficou ali esperando eu terminar para ele entrar.

– Meu pai está preocupado. - ele diz enquanto toma banho. - Ele acha nós dois não vai dar certo.

Fico parada olhando para o meu reflexo, ele disse nós, era um som gostoso na voz dele. Sorri internamente com isso.

– E tem um nós nisso? Pergunto ainda sorrindo, ele desliga o registro.

Edward pega a toalha e enrola na cintura.

– Se eu dormi com você então existe um nós, Isabella. Não faço sexo com qualquer uma e quando faço é porque quer algo a mais que isso.

Ele me deixa sem palavras. Era imprevisível, totalmente confuso estar com ele.

– Pra uma primeira vez nós começamos muito bem. - comenta sorrindo e me dá um beijo na testa.

Balanço a cabeça.

– O que está acontecendo? Pergunto. - Isso está muito rápido, não sei o que pensar sobre você...

Edward suspira e o sigo até o quarto.

– É fácil, Bella. Deixa acontecer.

Ele sorriu novamente e eu sorri de volta.

– O que vamos fazer hoje? Pergunto.

Edward se troca enquanto pensa.

– Vamos sair por ai só pra matar tempo enquanto negocio com Sam a sua vida.

Estremeci involuntariamente.




Edward me levou pra uma campina, ele disse que era a favorita dele, um dos lugares favoritos dele em Forks. Era lindo, florido e aberto, cheio daquelas arvores bem verdes com o céu todo nublado que eu odiei por tanto tempo, agora parecia perfeito para nós dois.

– Obrigada por me mostrar esse lugar. - digo enquanto encosto a cabeça em seu peito frio. Estávamos deitados sobre as flores, só curtindo o silêncio, a beleza desde lugar e a companhia um do outro. Ele acaricia de leve meu cabelo.

– Disponha, podemos sempre voltar aqui se você quiser. - diz.

E começa a cantar.

Sinto vontade de chorar porque é aquela mesma canção sem letra que ele cantarolava, era tão linda que se tornou algo bem intimo para mim, era como se a canção fosse minha.

– Temos que voltar antes que escureça. - ele me ergue junto com ele enquanto me beijava. - Temos mais algumas horinhas em Forks.

O Edward animal, sexy, psicopata estava aqui novamente me olhando com aquele sorrisinho torto e aquele olhar matador.

Não fomos muito longe... Edward não conseguiu esperar chegar até o carro, a árvore foi o bastante para ele... Na verdade para mim também.




Eu tive um pesadelo.

Era tudo escuro, Edward era escuro e medonho, ele estava rosnando e com uma arma em punho e gritava para eu sair dali, mas eu não conseguia sair e nem me mover, minhas pernas estavam presas no sonho.
Sam estava lá e eu sabia disso porque sua voz estava perto de mim e perto de Edward ele também estava com uma arma e ela estava apontada para nós. Ouvi um disparo bem alto e eu gritei.

– Edward!

Acordei assustada, chorando batendo a mão no lençol ao meu lado.

Estava vazio.

Organizei meus pensamentos e sai a procura dele desesperadamente, ele não estava no banheiro e nem no quarto, nem na cozinha e na sala.
Quando estou subindo as escadas reparo no canto onde uma mala grande estava feita, fico encarando aquele pedaço de pano por um bom tempo até que algo me ocorre.
Rapidamente corro para a porta da frente e olho para fora.

O Volvo não estava lá.

– Não, não, não, não... - levo a mão na testa. - Ele não pode ter feito isso... Não pode...

Vasculhei a casa toda, todos os cantos possíveis e nem sinal dele e nem de qualquer vestígio de que ele esteve ali. Não havia roupas, nem louça para lavar, nem sua camisa na sala... Nada.

Sento na escada perplexa.

Edward havia ido embora e me deixado ali.

Sozinha.

– Filho da... - grito para o alto não querendo realmente xingar a mãe dele que nada tem a ver, mas meus pensamentos estavam gritando, gritando loucamente de raiva dele. Ele me abandonou em Forks e ia dar 6 da manhã ainda!

Ele me deixou sozinha em uma casa que não é minha, sem me avisar e nem nada! Como aquele merda teve coragem?

Estou puta de raiva e corro para o quarto para me trocar, com uma ideia de vingança na cabeça.

Desta vez, Edward iria se arrepender.




Chego atrasada na BNW, estou tropeçando nos saltos enquanto marcho brava pelos corredores da empresa. Minha raiva dele borbulhando. Era imperdoável um homem levar você pra outra cidade, dormir com você uma noite e na outra, dizer que quer algo sério e depois abandoná-la no meio da noite a fazendo voltar rapidamente, mas eu chego com duas horas de atraso.

– Jane está brava com você corre lá. - Eric aparece ao meu lado. - Até que fim deu as caras nesse escritório, estava sentindo sua falta, mas vá salvar sua vida primeiro, depois nos falamos, querida.

Era a segunda vez que me diziam pra eu salvar minha vida, isso era uma droga. Sorri para ele e corri pelos corredores até a sala da Jane Volturi.

– Está muito atrasada, Isabella. Se não tiver uma boa desculpa para mim vou te mandar para casa sem passagem de volta.

Encaro firme seu olhar, ergo minha cabeça e digo.

– Publique sobre Edward. Eu tenho boas notícias.


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Notas finais do capítulo

Vish... Pelo visto Bella não perdoou isso. Mas também como Edward pode largá-la sozinha em Forks já que os dois passaram o fim de semana juntos?
Agora ela vai anunciar a Seattle que Edward não é exatamente o santo da família. O que será que vai acontecer? O que Edward irá achar disso?

Até o próximo capitulo.

XOXO

Shelly Stewart.