A Estagiária escrita por Shelly Stewart


Capítulo 4
Capitulo 4.


Notas iniciais do capítulo

Olá Leitores!
Bora saber mais da história e ter mais alguns ataques cardíacos? Edward, Edward, Edward!

Boa leitura!

XOXO

Shelly Stewart.



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– O que você está fazendo aqui? Como... Como... - eu estava ofegante, nunca tive tanto medo dele como tive agora, era apavorante tanto que eu não conseguia respirar direito.

O sorriso matador se transformou em preocupação.

– Respire, Bella. - ele disse devagar, agora não mais tentando me matar do coração. Abri a porta e me curvei para baixo tossindo para respirar, Edward saiu da caminhonete e se posicionou a minha frente alisando minhas costas.

– Respire pela boca.

– Eu...estou...tentando!

Senti meu coração diminuir o ritmo, ir mais devagar e assim consegui me acalmar e respirar normalmente.

Ouvi o suspiro de alívio de Edward ao meu lado.

– Pensei que tinha matado você. - diz encostando as costas na caminhonete. Uma raiva súbita me subiu o sangue e estiquei a mão lhe dando um soco no estômago. Ele se curvou um pouco para frente, gemeu uma vez e depois riu um pouco.

– Mesmo quase sem ar ainda está um pouquinho forte hein. - diz sarcasticamente.

Revirei os olhos e voltei para dentro, mas não precisei me esforçar tanto já que ele estava dentro também em questão de segundos, não sei como era tão rápido e silencioso... Talvez fosse um dom natural de super coordenação motora ou algo do tipo.

– Saia do meu carro! - forço as palavras pelos dentes.

Ele saltou para o meu lado.

– Acho que não, está escuro lá fora não vai querer largar seu amigo assim a essa hora não é?

Eu estava tão brava que faltava sair raios pelos olhos, na verdade, eu queria muito arrancar esses lindos olhos dourados das órbitas!

– Não somos amigos. Saia do meu carro ou eu chamo a polícia! - ameacei fuzilando-o com meu olhar mais frio que eu podia.

Edward riu e não se moveu um centímetro sequer.

– Chamar a polícia? Me poupe, gracinha. - ele ainda estava rindo e debochando de mim, quem ele pensava que era pra fazer isso?

– Pare de me chamar por essa droga de apelido! Acha engraçado? Vamos ver se será engraçado quando o policial te jogar na cadeia.

Peguei meu celular e disquei rapidamente o número da policia.

– Brincadeiras tem limites, Edward! Me assustar desse jeito é coisa de psicopata, aliás, você é um! - resmunguei enquanto aguardava os bipes irritantes até uma mulher atender.

– 911, qual é a sua emergência?

– Moça... - não tive tempo de dizer o resto a ela, Edward tomou o telefone das minhas mãos.

– Volta pra cama amor, não faz assim, ai... Quer com força? - ele estava com os olhos ardendo e ele estava gemendo! - Oh Deus...

E ele desligou largando o celular no chão da caminhonete.

Meu queixo deve ter ido parar no joelho, meu rosto estava quente. Eu não acredito no que havia acabado de presenciar.

– Não precisamos da polícia. Aliás, caso ainda queira ligar só aviso uma coisa eu posso denunciar você por perseguição, tenho testemunhas e provas para isso o que faria você ser presa, ficar longe de mim, perder o emprego, sua carreira e teria que voltar para a casa do Charlie em Forks onde poderia tentar recomeçar a sua vida. Então, ainda quer ligar?

Fechei os olhos desejando nem ter saído do sofá hoje, droga de momento em que eu fui odiar os Cullen, se não fosse por isso esse desafio não teria acontecido!

– Eu odeio você. - resmunguei.

Edward ergueu a sobrancelha e sorriu.

– É um elogio vindo de você, Bella. Agora podemos ir? Está ficando frio e estou com fome creio que vai fazer o jantar agora, não é?

Eu estava tão incrédula com o que estava acontecendo, isso deve ser uma daqueles pesadelos, tipo aquele que você está pelado na escola. Nunca senti tanta vontade de enfiar minha cabeça em um buraco bem fundo.

– Você é absurdo! Me lembre de colocar pimenta na comida, por favor. - resmunguei. - Ou talvez um veneno básico para ver se tiro esse sorriso do rosto. Você me irrita demais!

Edward continuou sorrindo, um sorriso predador, sexy e vitorioso.

– Vou lembrar de repetir isso uma próxima vez, você brava é algo bem divertido de se ver.

Grunhi de raiva e liguei a caminhonete, ignorando-o durante todo o caminho de volta.



Eu não estava acreditando que Edward Cullen invadiu minha caminhonete e se auto-convidou a jantar na minha casa!
Ele estava cantarolando uma música que eu nem sabia de onde veio, não reconheci a letra.

– Foi lá perto do lago azul que eu tive meu coração despedaçado pela primeira vez... - sua voz era doce e melódica, ele parou assim que percebeu que eu estava prestando atenção e se eu te contar que ele estava com os pés em cima do painel e com o braço no encosto do meu banco como se estivesse me abraçando, acreditariam? Pois ele estava tendo essa audácia, não sei o que deu nele pra querer se aproximar, mas isso estava acontecendo e eu não sabia como lidar com isso.
Estacionei em frente a casa e desci pronta para pegar as sacolas, mas ele fez isso por mim.

– As damas primeiro. - fez uma referência para eu passar.

Fiquei parada analisando-o depois passei resolvi que era melhor não questionar essa maluquice dele.

– Aliás você tem que passar na frente pra abrir a porta não é? ironizou.

Parei antes de abrir a porta, se ele viesse com mais uma gracinha dessas...

Abri a porta e joguei minha bolsa no sofá, nunca imaginei que o cara com quem eu sonho todas as noites estaria na minha cozinha agora, sei lá deve ser alguma coisa do destino ou devo ter chutado a cruz.

– O que comprou pro jantar hoje? Perguntou vasculhando a sacola. - Olha, lasanha! Amo esse negócio.

Ele estava sorrindo como uma criança, cruzei os braços e fiquei observando enquanto ele tirava as coisas para preparar a lasanha.

– O que foi? Perguntou lambendo os dedos quando abriu o molho pra colocar na panela.

– Vai me ajudar não, mulher?

Eu ri, minha primeira risada espontânea perto dele. Ele parou e me observou por alguns segundos e sorriu também.

– Por que está aqui mesmo? perguntei indo até o balcão, peguei o que estava nas mãos dele e comecei a trabalhar.



Um tempo depois estávamos sentados no chão da sala comendo com uma garrafa de vinho barato ao lado, Edward odiou o vinho, mas foi o que eu pude pagar.

– Formamos uma bela dupla na cozinha. - comenta saboreando a lasanha. - Se você parasse de me seguir e querer saber da minha vida, até que poderíamos ser amigos.

Tomei um gole do vinho.

– Se você não fosse tão irritante, psicótico e totalmente misterioso, eu pararia com isso e nós poderíamos ser amigos.

Edward abaixou o prato.

– Acho que a única coisa que estou conseguindo fazer é quase causar um ataque cardíaco, mas quando faço isso Bella é porque é necessário. Sei que é o seu trabalho, porém meu trabalho também é manter você longe de mim e da minha família.

Suspiro e tomo mais um pouco de vinho.

– Parece que não está tendo sucesso... Você está aqui. - digo olhando para ele, entretanto ele está olhando para baixo. - Não te convidei a vir aqui então porque veio?

Acho que ele não vai responder, acho que nem ele sabe porque está aqui. Bom, nada era certo em Edward, ele fazia coisas inesperadas como invadir meu carro no meio da noite ou me ameaçar, então nunca se espera que ele faça algo que você imagina. Agora ele estava no chão da minha sala comendo lasanha e tomando vinho barato.

– Parece ser o certo estar com você. - responde do nada. - Mesmo que seja contra ao que realmente esperam que eu faça, eu não deveria estar aqui, mas é o certo para mim.

Não tenho palavras para responder ou questioná-lo, então me mantenho em silêncio e continuo a comer. Depois do jantar ficamos conversando sobre as coisas do dia a dia, ele fez milhões de perguntas sobre mim, mas não me deixou perguntar sobre ele. O que era muito frustrante.
Meus olhos estavam ficando pesados, mas eu queria mantê-los abertos e continuar a conversar com ele.

Edward de repente começou a cantarolar uma canção sem letra, sua voz era melódica e aveludada, era como se ele estivesse me embalando para o sono e em algum momento eu devo ter dormido porque quando acordei eu já estava na cama e ele já não estava mais lá.



– Edward? Testei chamar seu nome.

Não obtive resposta.

Ele foi embora.

Desci as escadas e olhei em tudo, ele não estava em lugar algum, mas reparei em uma coisa na cozinha... Café da manhã pronto. Suspirei e sorri ele foi atencioso, mas isso estava estranho, bem estranho. Não era pra ser assim... Não era para ele ter estado aqui ontem e nem feito meu café da manhã. Algo estava mudando e isso estava me assustando um pouco.

Fui tomar um banho e assim pude aproveitar meu café da manhã, não iria para a empresa hoje, eu tinha mais trabalho de campo a fazer, mas resolvi pelas pesquisas antes. Eu estava de pijama ainda, cabelo molhado sobre meu ombro e uma xícara de café ao lado. Coloquei o notebook sobre o colo, eu não sabia o nome inteiro do Sam, mas se ele tinha cara de ser perigoso eu poderia achar em uma lista...
Ter um pai policial é bem legal, mas ele não tem acesso a lista de criminosos de outras cidades, mas tem o número do chefe de polícia de Seattle com certeza...

– Alô? Pai?

A voz grossa de Charlie encheu meus ouvidos.

– Oi garota, como está? Porque demorou a me ligar?

Charlie era menos sentimental que Renée, ele era mais durão e eu puxei isso dele, mas quando eu estava longe seguindo meus sonhos ele ficava meio babão.

– Estou bem, pai. Só precisando de uma ajuda sua.

Mordi o lábio ansiosa.

– O que? Precisa de dinheiro? Aconteceu alguma coisa?

Ele já se exaltou de preocupação e quando ele falou em dinheiro isso até que me magoou, poxa ele acha que sou o que?

– Dinheiro? Claro que não pai, sabe que estou trabalhando por aqui. É com a policia.

Só que ele só ficou mais preocupado ainda.

– Aconteceu algo, Bella? Me diz logo, está encrencada?

Lancei uma das mãos para o ar, não acredito que ele tinha perdido tanta fé assim em mim.

– Não! Pai até parece que não me conhece! É com a lista de presos em Seattle... Sei que não tem acesso, mas conhece o chefe de policia de Seattle, não é?

O alivio foi ouvido em sua voz, que soou mais animada agora.

– Tenho sim, vou te passar o número dele... Anote ai. - ele me passou o número e eu anotei rapidamente no notebook. - Mas para que quer falar com o chefe de policia de Seattle, Bella?

Oh não, perguntas não... Era hora de dar tchau.

– Nada comigo, pai. É trabalho... Tenho que ir, te ligo no fim de semana. - aviso e ele sussurra um “tá bom, se cuida”. - Tchau pai.

Após desligar corro os dedos pelo teclado novamente e ligo para o chefe de policia de Seattle, não é tão difícil falar com ele, Marc é uma boa pessoa, logo ele me passa a lista assim que eu digo que posso ter uma pista sobre um Sam.

– Nos comunique caso encontre o fugitivo. - diz e desliga.

A lista chega por e-mail minutos depois, uma pasta com a ficha completa e a foto. E não demoro para achar o Sam certo. Seu nome é Sam Uley, ele é de La Push, mesmo lugar da onde meu melhor amigo veio, será que Jacob conhecia Sam?

Ele é um fugitivo perigoso, traficante de armas, não mexe com drogas, mas lucra bastante importando armas de modo ilegal. O que Edward estaria fazendo com um traficante de armas? Será que ele mexia com isso?

Edward seria um traficante também?

Seu nome nunca estaria em uma lista policial, Carlisle nunca permitiria. Mesmo seu filho estando errado.

– O que faz com ele, Edward Cullen? Decidi que eu saberia quem seria esse Sam e o que ele fazia com Edward, nem que isso me levasse para prisão... Assim como eles.



A pesquisa foi longa, reuni um dossiê de provas contra Sam, ele havia cometido mais de dez homicídios, ele traficava armas para o México, EUA, Brasil e África e recebia muito bem por isso, era um dos criminosos mais procurados e também mais ricos do país. E ele esteve bem a minha frente... Sam o traficante esteve na minha cara, o que será que ele faria comigo se soubesse o que eu sei sobre ele? Fechei a pasta, estava tudo documentado, eu sabia o perigo que estava correndo, mas se eu tivesse que passar por isso para chegar a Edward, eu faria.


Voltei para as ruas, reuni coragem e mandei uma mensagem para Sam, com o pretexto de encontrá-lo. Minutos depois recebi minha resposta.
“No mesmo lugar, ás três.
Sam.”

Duas e meia eu já estava na lanchonete de sempre aguardando dele em minha caminhonete, assim que o avistei chamei-o.

– Olá, Bella. - ele me cumprimentou com a cabeça.

Respirei fundo, minha coragem não poderia falhar agora apesar de Sam ter os olhos selvagens e perigosos que já me fazia tremer de medo.

Olhei em seus olhos e sorri, era a hora.

– Olá, Sam Uley... Como está sendo a vida de fugitivo da polícia de Seattle?

Seu largo sorriso foi diminuindo e ele me encarou sério.

O jogo da sobrevivência começou.



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Notas finais do capítulo

Bella, Bella, Bella... Sempre correndo atrás do perigo.
E agora o que vai acontecer?

Até o próximo capítulo!

XOXO

Shelly Stewart.