Sirius Black estava ansioso. E temeroso. Em apenas algumas horas ele, finalmente, seria julgado. Claro que as provas estavam, ao mesmo tempo, contra e a favor dele. Seria difícil fazê-los acreditar em três adolescentes e em um lobisomem. Sirius não era o idiota que todos imaginavam, sabia que para Voldemort, sua absorção não era em nada vantajosa, mas ele permitia uma pontada de esperança.

Harry Potter estava um tanto confuso. Se o plano de Victória era incriminar Dolores Umbridge esse tempo todo, por que não fez quando ele pegou as detenções com a sapa velha e usou a pena de sangue? E por que só agora julgariam seu padrinho? Que provas a loira arranjara?

Os dois morenos estavam perdidos em pensamentos, numa sala a parte do tribunal mágico aonde aconteceria ambos os julgamentos. Seus pensamentos foram interrompidos ao serem chamados.

Mal entraram no local e os dois foram colocados em cadeiras especiais, rodeados de dementadores. Por que eles estavam ali?

– Muito bem, começaremos esse julgamento sem sentido. – iniciou Fudge, o ainda ministro. – Estamos aqui reunidos para julgar o caso do Sr. Harry James Potter, acusado de usar magia fora da escola, sendo ainda menor de idade, na presença de trouxas...

– Ele já foi absolvido, Sr. Fudge. – disse Victória abrindo as pesadas portas do tribunal com força, ela estava brava. – Posso saber o porque impediram minha entrada nesse julgamento sendo que sou a principal testemunha? E porque ambos os meus ‘clientes’ estão sobre a guarda de dementadores, sendo que fui explicita na ausência dos mesmos?

– Srta. Couto, estamos na presença de um assassino em série...

– O senhor é idiota ou só se faz de um? – ela questionou mandando um patrono, em formato de dragão, até os morenos. – Deixei claro que Sirius Black era inocente e que Dolores Umbridge mandou os dementadores atrás de Harry Potter nas férias passadas. Agora sugiro que cale sua boca mentirosa antes que eu me irrite mais e deixe-me apresentar as provas que possuo.

– Muito bem Srta. Couto. – disse Amélia Bones para a loira. – Estamos todos ouvindo.

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– Eu, Amélia Bones, juíza do Supremo Tribunal de Magia declaro Sirius Orion Black e Harry James Potter inocentes de todas as acusações. Ambos terão seus nomes limpos e serão remunerados pelo Ministério da Magia Britânico pelos danos sofridos. – a senhora bateu com o martelinho na mesa. – Declaro como culpados de todas as acusações a Srta. Dolores Joana Umbridge e o Sr. Pedro Pettigrew, ambos responderam por seus crimes pelas leis brasileiras, como pedido pela Srta. Couto.

Victória deu um sorriso maldoso em direção à Cornélio Fudge, Dolores, Pedro e outros mal encarados do ministério inglês antes de mandar Angel para o Brasil com os dois prisioneiros.

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– Onde estamos indo? - perguntou Harry após o julgamento. - Por que não fomos embora com os outros?

– Lembra da profecia que te falei? - Victória perguntou, o moreno assentiu. - Então, vamos buscá-la.

– Onde está?

– Aqui, no Departamento de Mistério. - ela passava pelas portas e guiava o Potter como se estivesse em casa.

O menino-que-sobreviveu acompanhou a loira em silêncio, perdido em pensamentos. A maga de Guaramirim deixara muitas coisas em sua cabeça ao longo dos tempos que se conheciam.

– Pegue a profecia e a coloque aqui. - disse a loira com um saquinho em mãos. - E coloque esse globo no lugar.

– Porquê? - perguntou o rapaz colocando um globo de profecia no lugar da que retirou.

– Se Voldy conseguir por as mãos nela, terá um recadinho meu para ele.

– Vou querer saber o que tem na profecia?

– Provavelmente não, certas expressões e palavras usadas são demasiadamente inapropriadas para você. – ela deu um sorriso diabólico. - Tem treinado oclumência?

– Sim senhora.

– Bom, muito bom. - ela riu. - Estão aonde? Toca ou Largo Grimmauld?

– Largo...

– Isso vai ser um pouco incômodo, já aviso. - ela disse antes de aparatar com o moreno.

– Um pouco? Um. Pouco? - Harry estava enjoado.

– É, um pouco. - então a loira viu Julia, Lily, Joe e Lipe na sala olhando para eles junto de Molly. - Por favor, me digam que não fugiram do camp dessa vez.

– Se não quiser, eu não digo. - Julia deu os ombros.

– Já volto, de novo. - Vic revirou os olhos antes de sumir.

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A cozinha do Largo Grimmauld estava agitada demais naquele dia. A inocência de Sirius, prisão de Pedro e da sapa velha, Julia e Lily testando produtos dos gêmeos e trocando idéias com os mesmos...

Foi essa zona que Victória encontrou ao voltar do acampamento. O olhar que ela dava para todos na porta da cozinha fez mais efeito que toda a bronca e olhares da matriarca ruiva.

Julia, que estava para lançar uma bomba de bosta em Carlinhos, por algum motivo nem tão desconhecido, parou no mesmo momento. Joe, que estava para afundar a cabeça de Lipe no prato de doce, parou no mesmo momento. Lily, com um jato de água pronto para atingir Harry, parou com ele no ar.

Os quatro semideus se olharam e engoliram em seco. Os demais só olhavam aquilo meio surpresos.

– Os. Quatro. - ela massageou as têmporas. - Sala. AGORA!

– Fudeu! - disseram os semideuses.

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– Está tudo bem? - perguntou Carlinhos para Vic ao vê-la sozinha na sala, enquanto os demais voltavam a zona.

– Sim, só um pouco...

– Cansada? - ele sugeriu ao abraça-la.

– Pode se dizer que sim. - ela encostou o rosto no peito dele. - Porque você tem que ser mais alto?

– Porque seria estranho se eu fosse mais baixo não? - ele riu antes de beijá-la.

– Seus pais... Seus irmãos... - ela disse afastando-se dele.

– Não é como se eles jamais fizeram isso. - ele beijou-lhe os lábios de leve. - Além do mais, não é segredo para mais ninguém que eu te amo, Vic.

Ela sorriu antes de beijá-lo. Céus! Todo o tempo que passou com Destiny resolvendo os problemas ela pensava nele, nos beijos que trocaram na noite do baile e quando se veriam de novo. Ela passou os braços pelo pescoço dele, enquanto o mesmo abraçava-lhe a cintura. O beijo era lento, profundo, apaixonado.

Separaram-se com a zona de todos ao verem a cena, apostas sobre quando eles finalmente ficariam juntos terminaram naquele momento. Viic revirou os olhos antes de aparatar para a biblioteca da casa com o ruivo.

Carlinhos apenas riu antes de capturar para si, novamente, os doces lábios da loira.

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– O que fez nesses dias que sumiu do mapa, querida? - perguntou Molly durante o jantar.

– Fui resolver uns probleminhas, nada demais. - ela deu os ombros ao servir-se de batatas assadas.

– O que aconteceu? - perguntou Remo sério, fazendo Vic suspirar pesadamente.

– Existem, ao todo, seis escolas de magia antiga, com bases no ensinamento de Avalon, contando com a própria. - Vic suspirou ao que Carlinhos apertou-lhe a perna de leve. - Dentre as seis, apenas Guaramirim está do lado bom, Avalon está inalcançável e Blossum, nos EUA, está fechada e sem partido como sempre. Ou seja, temos três institutos de magia antiga servindo as trevas.