Expresso de Hogwarts escrita por Rebeca R


Capítulo 10
E Hoje Falece Arthur Weasley


Notas iniciais do capítulo

Por favor não me matem! Só... Leiam o capitulo que eu vou me explicar melhor lá em baixo.
OBS: Capitulo dedicado a Miss Winter, pela lindissima recomendação. Eu sei que ficou meio triste, mas espero que goste.



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P.O.V Rose Weasley

O almoço foi uma deliciosa macarronada que Scorpius conjurou diretamente da Itália. Pois é, estamos ficando ricos. Depois do almoço ficamos sentados encarando o nada.

– A gente podia assistir a um filme. – sugeri.

Isso Rose, como vocês vão assistir um filme?

Scorpius riu.

– Rose, eu não tenho como conjurar uma TV. – ele falou ainda rindo. – E mesmo que eu pudesse, ela não ia funcionar aqui, porque não tem tomada.

– É verdade. – a minha mente de lesma raciocinou.

– Rose. Chegou uma carta.

Virei-me para a janela no exato momento em que a coruja deixava a carta deslizar para dentro da cabine. Reconheci de longe a caligrafia caprichada da minha mãe. Em menos de um segundo a carta estava aberta na minha mão e eu lia apressadamente todas as linhas.

Rose,

Você sabe que o seu avô gosta muito dessas coisas dos trouxas e... Ele saiu de casa escondido durante a noite para ver o gás, mas ele saiu de casa. Ele estava com uma camisa embolada no nariz, mas não foi o suficiente.

Eu sinto muito ter que te dizer isso. Eu realmente gostaria de poder-te dizer que está tudo bem e que ele ficou bem, mas não ficou. No outro dia de manhã quando a sua avó não encontrou ele na cama, ela desceu correndo as escadas e olhando pela janela ela viu...

Seu avô está morto Rose. Morreu fazendo o que ele gosta de fazer. Ele teve uma vida longa e prospera, mas ele se foi.

Seu pai está mandando um abraço. Todos aqui estamos muito tristes. Sua tia Gina está trancada no quarto. Seu tio Gui e sua vó estão aos prantos. Seu pai está comigo aqui no quarto e chorando muito também. Tio Jorge e tio Carlinhos ainda não sabem da noticia, mas já enviamos cartas.

Rose volte logo para casa. Por favor, que isso tudo acabe logo. Eu queria tanto poder acordar e descobrir que tudo foi um pesadelo e que você nem embarcou no trem ainda, que seu avô não morreu e que esse gás nunca existiu.

Com muito carinho,

Mamãe.

Eu reli a carta muitas vezes até absorver tudo o que estava nela. Meus olhos se enchiam de lágrimas, mas eu não deixei que elas caíssem. A última parte do pergaminho estava um pouco molhada, o que significa que minha mãe estava chorando.

Eu estava prestes a chorar. E chorei. Rasguei a carta e joguei os restos no chão. Antes que eu pudesse perceber alguma coisa, Scorpius estava me abraçando. Eu me aconcheguei ali nos braços dele e me deixei levar. Eu podia sentir as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas, queimando a minha pele.

Com pesar eu me lembrei de quando eu era pequena e caminhava com meu avô pelos campos que arrodeavam a Toca. Ele me contava das aventuras que tinha vivido me contava das aventuras do meu pai também. E ele às vezes repetia as mesmas histórias, mas eu nunca me cansava de ouvi-las. A sua voz era doce e calma e ele sempre tinha um comentário engraçado para fazer mesmo nos momentos mais tristes.

– Rose. – ouvi a voz de Scorpius me chamando. – Rose... O que aconteceu.

– Me-meu avô morreu. – eu disse em meio a mais lagrimas.

A expressão de Scorpius ficou triste e ele me abraçou mais forte ainda. Eu o abracei também, as lagrimas ainda rolando. Ele beijou a minha cabeça e ficamos ali, abraçados, enquanto eu chorava por algo que nem a maior das magias podia mudar.

Não sei quanto tempo se passou, mas sei que fiquei ali, com vontade de nunca mais sair. Mas depois desse tempo, quando a noite já jazia, eu ouvi a voz do meu irmão no corredor.

– Rose! – ele exclamou.

Dava para perceber que ele estava chorando. No mesmo momento eu me levantei e fui correndo para a porta, afastando a cortina para que eu pudesse vê-lo. Ele estava horrível. Os cabelos bagunçados, o rosto vermelho e inchado e as bochechas molhadas.

– Rose... – ele suspirou.

– Hugo! – eu exclamei. – Hugo! Ele morreu Hugo! Vovô morreu!

As nossas mãos estavam no vidro, tentando quebrar inutilmente a barreira que nos separava. Alvo apareceu por trás, também chorando e abraçou Hugo. Meu irmão gritava e chorava. Alvo também estava chorando muito. Tudo parecia que ia desmoronar. De algum lugar eu ouvi o grito de Lily, berrando que aquilo não podia está acontecendo. Toda a família Weasley estava em prantos. James passou no corredor com o rosto inchado, nem ao menos me viu. Estiquei um pouco o pescoço a fim de ver o resto do corredor. Fred estava encolhido em um canto chorando abraçado com Roxanne. Dava para ouvir Dominique gritando desesperada em alguma cabine por ai. Louis se sentou ao lado de Fred e chorou mais ainda. Molly II chorava em algum lugar, ao lado de Lucy.

Virei-me para trás e fechei a cortina. Eu não aguentava ver todos sofrendo assim. Scorpius estava sentado com o olhar baixo. Eu respirei fundo e sequei as minhas lagrimas. Chorar não ia trazê-lo de volta. Ele vai estar bem, em um lugar bonito e em paz. Sentei-me do lado de Scorpius, abracei minhas pernas e apoie minha cabeça no ombro dele.

– O que eu vou fazer agora Scorpius? – choraminguei.

– Você não pode fazer nada para mudar o que aconteceu. – ele falou enquanto se virava para mim e acariciava a minha bochecha.

Permiti que uma última lágrima escorresse pelo meu rosto, ele a limpou delicadamente.

– Eu queria poder estar lá fora. – falei. – Queria poder abraçar todos eles. Queria poder abraçar vovô uma última vez.

Eu era uma criança suplicando. Scorpius suspirou e deu um beijo na minha testa. Ele me abraçou e ficamos ali até eu adormecer.

P.O.V Scorpius Malfoy

Eu fiquei triste pelo avô da Rose. Ela não merecia isso. Com surpresa eu percebi que ela tinha adormecido nos meus braços. Como no primeiro dia, eu a carreguei e a coloquei na cama, me deitando logo em seguida. Eu a abracei novamente e fiquei acariciando seus cabelos ruivos levemente.

Era horrível vê-la assim, triste. Dava vontade de chorar por vê-la chorando. E ali, enquanto ela se aconchegava mais um pouco nos meus braços, eu percebi com muita surpresa que eu a amo. Eu a amo. É a maior verdade que eu já ouvi na minha vida inteira.


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Notas finais do capítulo

Ok, agora a minha desculpa. Eu sei que eu prometi uma maratona no final de semana, mas eu fiquei gripada! E minha mãe não me deixou usar o computador. Eu nem fui pro colégio hoje, mas consegui entrar porque minha mãe está no trabalho.
Bem gente, eu estou me martirizando por dentro e não faço ideia de como recompensar o lance do final de semana. Eu vou tentar postar todos os dias da semana, mas os professores estão pagando pesado com a gente. Eu mal tenho tempo durante a semana.
E sobre o capitulo, não me matem. Eu sei que ficou muito triste e tal, mas eu também não estou muito feliz hoje. Perdi um barraco no colégio com a minha arqui-inimiga! Eu podia ter dito umas poucas e boas para ela.
De qualquer forma, eu peço comentários. Qualé! Eu tenho agora 51 leitores! Repito: 51 leitores! E praticamente só 10 comentam! Eu quero pelo menos 10 reviews para o proximo capitulo!