Caught In The Dark escrita por comfortablynumb, Elysian Fanfics


Capítulo 12
I'm Not Lost, I'm Just Alone.


Notas iniciais do capítulo

Música: Êxodo - Evanescence
Olá pessoas!
Olá fantasmas! Quanto tempo neh?
Como estão? :)
xoxoLuanna



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Aqui nas sombras, estou salva, eu sou livre
Eu não tenho mais para onde ir, mas
eu não posso ficar onde não pertenço.

□ Autora □

Hayley acordou na enfermaria três dias depois. Alheia a tudo. A única coisa que se lembrava era da menina desfigurada no chão da cabana, mas não sabia dizer se aquilo fora real, ou apenas uma visão, ou sonho. E o dementador? Dementadores sugam as lembranças e não as doam. Mas do que nunca Hayley estava perdida.

□ Hayley □

Minha cabeça estava prestes a explodir, como sempre. Sinceramente, essa coisa de apagar o tempo todo, estava me dando nos nervos. E ainda tem a porcaria dessas visões que só me deixam mais confusas e não me mostram nada.

Madame Pomfrey ainda queria que eu ficasse mais um dia de observação, mas bastou um olhar furioso meu, que ela já mudou de idéia. Mas é cada uma! Dormi por três dias e ela ainda queria que eu ficasse mais um dia inteirinho sem fazer absolutamente nada a não ser olhar para aquelas paredes velhas e desbotadas da enfermaria.

Nesse exato momento eu estava indo em direção ao Salão Comunal, antes de qualquer coisa, eu estava morrendo de fome, a comida da enfermaria é uma verdadeira merda! Mas, como a paz nunca dura muito tempo, fui interrompida no meio do caminho por um corpo grande e musculoso me empurrando para trás que infelizmente pertencia ao babaca do Tyler.

Mostre-me a sombra
Onde estão as mentiras verdadeiras
Portanto, muito mais é feita em olhos vazios

– Que tipo de merda passou pela sua cabeça quando saiu desse castelo?

– Bem... Ai depende da merda que você ta pensando, pode ser cocô de criança, diarréia, você... – ele tapou a minha boca com a mão.

– Chega de falar asneira, você pode tentar ser tudo, mas esta muito longe de ser engraçada. Você é uma criança mesmo! E ainda se acha no direito de andar sozinha. – falou indignado. Pode isso? Eu é que estou indignada. Quem ele pensa que é para falar uma coisa dessas pra mim.

– Oi? Você não falou o que eu acho que falou... Falou? Escuta aqui... Você por acaso quer perder as suas bolas? – eu não ia falar assim, mas estávamos começando a chamar atenção das pessoas, então era melhor ser... Menos eu. Não que eu me importasse. - Eu faço o que eu quiser quando eu bem entender.

Não é nenhum projeto de bruxo que vai me impedir. Sempre me virei sozinha e assim vai continuar sendo.

– Escuta aqui você! Sempre se virou sozinha? Ta se achando o que? Independente? – essa foi demais. Apontei o dedo pra ele.

– Olha aqui...

–Olha aqui você miss independente. Se não fosse por mim você nunca seria achada naquela sala no primeiro dia que nos conhecemos, assim como todos os outros dias que você resolve ter um piripaque. Inclusive domingo, que se eu não tivesse te tirado daquele maldito lago, você provavelmente estaria morta! – arregalei os olhos.

– Você... Que me tirou de lá? – ele fez uma careta irônica.

– O que acha? Quem é o único idiota a ponto de se importar com você? Sim, fui eu, pode rir. Eu deveria ter te deixado lá mesmo. Mas não... Quando eu percebi que você não foi jantar, fui que nem um louco atrás de você.

– Tyler eu sinto muito...

– Cala a boca! Você não sente nada, tenho até duvidas sobre você ter um coração. – meus olhos encheram de lagrimas automaticamente. Ele hesitou por um tempo, mas voltou a falar. – E aposto que isso tudo é uma farsa também! – apontou para as minhas lagrimas. – Você poderia tentar ser menos mimada, imprudente e imatura do que você já é só tentar pelo menos. Embora eu acredite que não vai ser fácil mudar isso em você.

– Mimada e imatura? Eu? – comecei a ficar com raiva. Uma roda de alunos da Corvinal e da Grifinória se formou ao nosso redor. Merda, eu não posso chorar aqui!

– EU DISSE PRA CALAR A BOCA! – dei um passo pra trás. As meninas que assistiam prenderam a respiração assustadas. Tyler estava começando a me assustar. – Você acha que eu e a Diana vamos te aturar pra sempre? – ele deu ênfase na palavra “aturar”. Um nó se formou na minha garganta. - Se toca Hayley! Você esta muito enganada. A Diana é a melhor pessoa do mundo pelo simples fato de querer ser sua amiga e você tem sorte de te-la por perto. Trate de valorizá-la senão daqui a pouco vai acontecer o mesmo que aconteceu com a sua EX- amiga Emily... Não é esse o nome dela? – ele estava me provocando, isso era obvio e pra aproveitar me humilhando na frente de todos. Idiota!

– PARA! Eu não preciso ouvir isso!

– Vai fugir da verdade Hayley? – perguntou debochado.

– VOCÊ PASSOU DE TODOS OS LIMITES! Se eu sou um fardo para você porque ainda esta aqui? Eu não pedi pra te conhecer. E também não pedi pra nascer, então não me culpe! Preferia mil vezes que a minha mãe não tivesse abrido a perna pro meu pai. – as pessoas abriram as bocas chocadas. – Pelo menos eu não ia ter que suportar esses bandos de indigentes cuidando da vida dos outros! – olhei pra todos eles. Uns baixaram a cabeça, outros se afastaram, e o resto permaneceu do lugar, bando de merda. Olhei com desprezo pra eles.

– Gente o que esta acontecendo aqui? – Diana surgiu de repente ao nosso lado.

– Wow, agora o show ficou completo. Não quer começar o seu discurso também Diana? – perguntei e o Tyler revirou os olhos perdendo a paciência.

– Que discurso? O que vocês estão falando, da pra ouvir os gritos do salão comunal! – ela pareceu confusa e eu quase acreditei. Soltei uma gargalhada sarcástica.

– Fala sério Diana, não se finja de inocente, eu já sei de tudo – ela arregalou os olhos.

– Tudo o que?

– Ah me poupe, você com certeza deve ter compactuado com esse ai também. – apontei pro Tyler

– Eu... O que? – ela estava quase chorando. Da mesma forma que eu estava minutos atrás. Mas eu não ia fraquejar.

– Mas é muito sonsa mesmo... Do Tyler menos mal, eu já sabia que ele era um canalha, mas você... Achei que prestasse, mas pelo visto é que nem todos aqui dessa bosta de escola.

– Hayley eu não.

– NÃO! Eu já entendi vocês dois se merecem – falei batendo palmas – Era tudo uma armação, se aproximar de mim, e depois me trair. Que lindo! Deve ser bom apunhalar pessoas pelas costas não? – balancei a cabeça olhando com nojo pra eles e me virei empurrando os curiosos que estavam no meu caminho.

– Hay... Deixa-me falar. – Diana me chamou, mas Tyler a impediu de correr atrás de mim.

– Deixa Diana, ela precisa crescer primeiro!

– VÁ PRO INFERNO! – gritei de longe mostrando o dedo do meio pra ele e sumindo pelo corredor.

Sem minha permissão, as lagrimas explodiram no meu rosto, acho que não conseguiria segurar por mais tempo mesmo. Não tinha explicação para o que eu estava sentindo naquele momento. Eu nunca fui sentimental. É como se tivessem possuído o meu corpo, ou usado magia. Mas aquela não era eu.

Chorei baixinho. Se alguém me visse daquele jeito, eu tava ferrada. Sequei as lagrimas e continuei andando pelo corredor, que até então estava cada vez mais longo e deserto, os alunos provavelmente estavam nas salas onde eu também deveria estar. Não me lembro de passar por essa parte do castelo alguma vez. Tomara que não seja mais uma visão...

“-Hayley... Hayley...”

Opa... Não estava bem. Definitivamente. Visões até vai, mas ouvir vozes? Isso não veio na certidão.

Senti uma pontada forte na cabeça e gritei. Minha visão foi parcialmente atingida. Mas quando olhei ao redor, não parecia ter nada nem ninguém além das enormes paredes do castelo.

“- Venha até mim...”

A voz sibilava na minha mente. Não dava pra indentficar se era homem ou mulher, mas era sinistra.

Uma luz forte brilhou atrás de uma porta que até então eu não tinha percebido em minha frente. Ela com certeza não estava ali antes. Meu consciente me mandava sair dali mais minha curiosidade era maior e venceu.

Girei a maçaneta...

– Crucio! – alguém gritou. Assustei-me instintivamente e acabei abrindo a porta rápido demais. Rápido o suficiente para ver novamente a cena que eu preferia nunca ter visto.

A garota sendo torturada.

A maldição que causava dores enormes, tanto físicas como emocionais.

Como uma pessoa pode ser tão cruel a ponto de lançar uma maldição imperdoável em alguém? A garota parecia ser tão inocente.

“– Não basta apenas pronunciar as palavras, é preciso querer causar dor e sentir prazer com o sofrimento do seu oponente.”

O agressor dizia enquanto a garota gritava. Ele sorria como se estivesse se divertindo. E eu me sentia impotente por não conseguir mover um músculo. Aquilo não era pra ta acontecendo, o castelo é devidamente protegido, e sempre tem alguém vigiando os corredores. Como nunca ninguém viu essa sala?

Mais parecia tão real.

Um grito agudo e forte escapou dos meus lábios A crueldade era tamanha. E a dor de não poder ser vista pior. Engano meu.

A garota parou de gritar e me olhou ainda se contorcendo como se pedisse ajuda. Não reconheci seu rosto, tinha corte por todos os lados, se fora uma garota bonita, estava bem longe disso agora.

Antes que eu finalmente me tocasse o agressor sibilou.

Ele olhava em minha direção, mas não dava pra ver seu rosto, a iluminação do quarto era mínima, a não ser pela varinha em sua mão.

Puxei a minha do meu bolso e apertei.

O bruxo gargalhou secamente. E virou a varinha pro seu rosto.

Paralisei.

Não vi quando minha varinha caiu. Nem de quem era os gritos de socorro nos meus ouvidos. E muito menos de quando a varinha estava apontada pra mim.

Não era um aluno, nem um professor, nem um dementador, nem alguém dessa escola. Quer dizer, agora não. As vozes não poderiam ser do agressor.

Até porque o agressor era...

– Sectumsempra!

E foi como se eu tivesse aparatado, tudo ficou desfocado e escuro. Perdi a visão e a consciência.

Eu sei que não estou perdido, estou apenas sozinha
Mas eu não vou chorar, não vou desistir
Eu não posso voltar agora
Acordar é saber quem você realmente é.


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Notas finais do capítulo

Tchau pessoas!
Tchau fantasmas!
E sim, a Hayley só sofre u.u
Luanna



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