Take Back the Night escrita por Camyarsie


Capítulo 3
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

" Saíram do reino dificilmente, graças às criaturas que vagavam por perto, com o único sobrevivente do que antes fora Altos Terrenos. "



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Rick estava muito assustado. Ver todos aqueles monstros atrás deles não era nada legal. Sempre o seu pai parecera confiante e corajoso aos olhos da criança, contudo agora não mais. Ele queria dizer para o pai enfrentar os seus perseguidores e acabar com eles ali mesmo; assim não precisariam correr, porém o medo só o deixara fazer uma pergunta. Do que acontecia.

Enquanto tentavam chegar à torre, Rick enfim se deu conta que não iria ser fácil enfrentar tantos monstros – por esse motivo fugiam. Seu pai pareceu novamente a ele corajoso, por se manter calmo perante a situação.

De repente, é jogado para trás junto com os seus pais por conta da explosão de um Creeper. Queria chorar ali mesmo, mas as lágrimas não vinham. O choque de tudo acontecendo o impedia. Enterrou o rosto no colo da mãe enquanto tentavam ultrapassar o outro Creeper.

Ouviu um Shhhhh... E novamente foi arremessado para trás. Saiu dos braços de sua mãe quando desabou no chão fraco. Por pouco não batera a cabeça. Levantou precariamente e o piso começou a rachar e estralar. Sua mãe não se mexia.

– Mamãe! – Rick gritou desesperado a sacudindo. Ela acordou rapidamente e percebeu o que acontecia; pegou seu filho no colo um segundo antes da ponte abrir um buraco maior ainda do que tinha mais a frente; e pedra com duas pessoas desabaram vinte metros abaixo.

Rick só sabe que enquanto caia, Elizabeth se virava de costas para o piso do castelo logo abaixo, protegendo-o do impacto; que veio. A sua salvadora amorteceu a queda, porém não o suficiente. Rick sentiu um forte estralo e tudo ficou escuro.

* * *

Três homens caminhavam pelos campos, a caminho de Altos Terrenos, um reino conhecido na vila deles. Um carregava uma imensa mochila nas costas, para tentar vender as mercadorias – que era o motivo de fazerem a longa viagem. Aparentavam ter entre a casa dos vinte e trinta anos.

Ao longe, avistaram uma parede de grama e terra. Reconheceram imediatamente o lugar que procuravam. Poderia parecer difícil passar pela barreira, porém era exatamente o contrário, somente é preciso subir com calma e descer não se torna um desafio, graças ao caminho que existe internamente.

– Vocês acham que iremos conseguir vender alguma coisa? – um dos aldeões, que vestia uma longa veste marrom pergunta, arfando por conta do peso da bagagem nas costas.

– Temos uma grande chance. A maioria do pessoal que vive por lá têm boa vida. E o rei adora os nossos pães frescos. – responde outro, que vestia uma roupa branca.

– Tomara mesmo. Não vamos ter andado todo esse percurso em vão. – comenta o único dos três que carregava uma espada de ferro, usando uma túnica verde.

Chegaram à longa subida da barreira do reino. Subiram devagar e sempre, por vezes derrapando sem querer na grama escorregadia. Quando alcançaram o topo, os três viajantes pararam de andar, perplexos.

– Mas que diabo aconteceu aqui? – diz o armado, encarando o reino logo abaixo.

De cima, dava para ver claramente que tudo estava destruído. Crateras no meio da rua, casas despedaçadas, plantações arruinadas, várias partes do castelo destruídas. Pasmo, o trio avançou pelas ruas desertas olhando os corpos, à procura de algum sobrevivente.

– Parece que não vamos vender nada... – falou o qual carregava a mochila, chateado.

– É com isso que está preocupado? – perguntou indignado o que vestia branco.

– Pelo jeito, o reino foi invadido pelos monstros. – preocupado, o que carregava a espada a levantou em defesa quando passaram por vários zumbis dentro de uma casa devorando corpos. Eles não prestaram atenção nos vivos.

Depois de subirem todos os lances de degraus, deram uma boa olhada no salão principal do castelo. Pedaços de paredes, pisos e caixas caídos em todo lugar, transformando em uma bagunça. Os viajantes se separam para avaliar melhor o local. Guardas mortos jaziam como enfeites. Sentiam a pulsação de cada um, em vão.

O viajante de vestes brancas tinha achado uma pá mais para trás, e resolveu pegá-la, como uma arma se algum dos monstros aparecesse. Olhava distraído para a destruição, quando mais um pedaço de pedra caiu perto dali. Sem muito que fazer, foi ver onde as pedras caíram. Haviam desabado em cima de um menino. O homem chegou mais perto e percebeu que o garoto respirava fracamente.

Deixou cair a pá – Por Notch! Ele está vivo! – o que carregava as mercadorias o ajudou a tirar todo o peso de cima do sobrevivente. O pegou no colo, admirando a criança. Vestia um macacãozinho vermelho e era louro, devia ter uns cinco anos. Ao seu lado, uma mulher estava encostada em um canto, debaixo de destroços também. O que carregava a espada checou se estaria viva, e sacudiu a cabeça em negativa.

Adivinharam que antes fora a mãe do garotinho. Limitaram-se a suspirar tristemente. Não teria nada o que fazer. Deram uma boa olhada em todo o castelo, perguntando-se se o rei estaria em algum lugar, contudo sem sucesso. Ou morrera ou fugira do castelo.

Saíram do reino dificilmente, graças às criaturas que vagavam por perto, com o único sobrevivente do que antes fora Altos Terrenos.

* * *

Rick não sabia direito aonde era levado, nem sequer onde estava. Ainda permanecia meio inconsciente. Acordava e adormecia rapidamente nos braços de um desconhecido, porém estava muito fraco para discutir. No pouco tempo em que abria os olhos, via diferentes paisagens. Certa vez estava rodeado por vastos campos, outra em um pântano.

Quando finalmente despertou de vez, entrava em uma vila de um deserto. Pequenas construções davam aspecto ao lugar, assim como algumas plantações humildes. Uma criança curiosa chegou com outro morador da vila.

– Moço, quem é esse? – ela perguntou para um homem atrás de Rick que não respondeu, só olhou para o garoto arfando, exausto.

– O que aconteceu? Quem é ele? – o morador perguntou bastante confuso por ver Rick.

– Sabe onde ele pode ficar? – pergunta um homem que carregava uma espada.

– Bem, não tenho muita certeza, mas o melhor lugar que deve ter é com Mestre Eddard. – respondeu apontando para uma casa ali perto. – Ele saberá o que fazer.

Dirigiram-se a casa, com os três se perguntando se realmente seria uma boa ideia. Mestre Eddard não era conhecido por sua simpatia. Bateram na porta e um homem de mais ou menos uns quarenta anos a abriu. Tinha uma barba marrom longa bem aparada e sobrancelhas grossas e nenhum fio de cabelo. Ele encarou os visitantes e logo viu o menino.

– O que houve? – ele perguntou secamente.

– O reino Altos Terrenos está destruído. Foi descoberto pelas aberrações. Essa criança foi a única sobrevivente que encontramos.

– E porque estão na minha porta?

– Não sabemos o que fazer com ela. Tivemos esperança de que você soubesse.

Rick foi posto mais perto do adulto e o mesmo o encarou. O fez dar uma volta diante de si e analisou-o.

– Com um pouco de treinamento, pode ser útil na defesa da vila daqui um tempo. Bom. Podem deixa-lo comigo, a maioria de vocês não sabe nem selar um cavalo, o que diria lutar.

O armado o encarou magoado. – Assim seja, mestre.

E o trio que salvara Rick foi embora, desejando que Mestre Eddard não fosse tão duro no ensinamento da criança.


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Notas finais do capítulo

Fiquem felizes!! Desta vez não demorei tanto para postar não é? Para o próximo capítulo, prometo não demorar tanto.

PS: Lady Devil And Lady Dragon, obrigada por me apoiar bastante!!