Lenda de Nico escrita por Bruno Leão


Capítulo 1
Capítulo 1- A Maldição


Notas iniciais do capítulo

Se achar algum erro, avise. Criticas construtivas e destrutivas são bem vindas.



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Todo começou a uns 1000 anos atrás. Eu tinha 17 anos e tive de me alistar no exercito e acabei servindo. O mundo estava em guerra, eles estavam pegando todos os jovens e levando pra morte iminente. A tensão mundial estava alta e não se sabia que fim essa guerra levaria.

Eu estava com medo, nunca tinha segurado uma arma, fui mandado para o campo quase sem nenhum treinamento, não queria matar ninguém. No campo de batalha a coisa estava feia. Sabe a guerra não perdoa nada nem ninguém. Eu estava perdido. Quer dizer, sabia onde estava, mas o que eu estava fazendo lá, que diferença eu faria? Porque eu sou obrigado a lutar? Essa guerra não é minha. Aposto que os caras que começaram com tudo isso estão em alguma espécie de bunker confortáveis e protegidos. Apenas ordenando que mais jovens vão morrer por sua “mãe pátria”. Isso não está certo. E o meu inimigo, talvez ele seja mais um jovem inocente obrigado a ir morrer pela “pátria”. Quer saber, e melhor nem discutir nada nessa droga nunca fez sentido mesmo.

Estávamos em um cargueiro em direção ao campo de batalha. Todos com seus uniformes e armas, checando seus paraquedas prontos para pular quando a comporta se abrisse. Aquela roupa estava quente, aqueles equipamentos pesados, aquela sensação de estar “protegendo a mãe pátria”. Nada daquilo me agradava. Aquela guerra gerada pela ambição só mostrava o quanto a humanidade é nojenta, talvez mereçamos isso tudo. Talvez se essa guerra acabar com tudo, o mundo se torne um lugar melhor... Sem humanos

-Eu não quero participar desse lixo, não vou perder minha cabeça nessa guerra, não quero matar ninguém. –Falei para baixo para mim mesmo.

-Bonito pensamento, mas isso não vai garantir que você saia vivo e muito menos seus companheiros. Se você for com esse pensamento, sinto que não posso confiar em você para integrar o meu pelotão. Precisamos de homens que estejam dispostos a matar e morrer pelos seus companheiros. - O Capitão Rufort estava ao meu lado. Seu rosto cheio de cicatrizes e seu braço mecânico mostravam o que a do que a guerra é capaz.

-Com todo respeito. Eu não sinto a menor vontade de matar e morrer por caras que eu não conheço.

-Você não sabe de muita coisa moleque. Vai além disso é matar e morrer por amor. Eu, você, esses outros jovens, não somos apenas caras. Somos Pais, filhos, namorados. É matar e morrer por amor, pra proteger a família que você deixou.- O capitão falou enquanto segurava o colar dourado em seu pescoço. – Que se danem os governantes covardes, não estamos lutando por eles, estamos lutando por quem amamos. Aqui, um protege a família do outro.

-Mas e os caras de lá? Eles também têm família...

-Garoto, você não pode abraçar os problemas do mundo. Cuide de quem esta perto de você. –O capitão arrancou a corrente dourada do pescoço, ela tinha um pequeno porta retrato com a foto de uma garota linda de mais ou menos 15 anos. –Olha garoto, essa é minha filha, a menina mais bondosa que já conheci, eu não te chutei desse avião porque ela tem ideias parecidas com a sua. Você morreria por uma mulher assim?

-Com todo respeito capitão. Ela é lind-

-Então se esforce para que ela ainda tenha um pai ao fim desta batalha, se esforce para que essa menina que não tem culpa nessa guerra, não chore. –Ele me entregou o colar, no momento em que a comporta se abria.

-Sim senhor. Fiquei olhando para aquela foto, a menina era simplesmente linda, cabelos loiros que emitiam um brilho como se fosse o sol, pele branca e suave como nuvem, olhos azuis como o céu. No porta retratos, tinha um nome entalhado “Sol”.

-Conto com você garoto. - O Capitão fez um sinal com a mão e Pulou. Eu seria o Próximo.

...

Andamos na floresta por alguns dias. Conversei bastante com o capitão, que me contou histórias sobre a filha dele. Desde os 5 anos ela cuida de um jardim na casa deles, que da umas flores brancas estreladas, que gosta de chamar de Jardim das estrelas. Quanto mais o Capitão falava, mais eu tinha vontade de conhecê-la. Sei lá, de repente eu senti uma coragem de lutar, acabar com essa guerra ir com o capitão e cuidar dela pra sempre.

Semanas depois, recebemos a notícia que a infantaria inimiga estava chegando, e que o confronto era iminente. O logo organizou o Batalhão e deixou todos em seus postos. Peguei minha arma e entrei em forma.

-Não! Você vai ficar de Franco atirador- Disse ele enquanto me tirava do pelotão e me entregava um rifle.

-Mas Capitão, eu sou da-

-Não me importa, eu sou seu capitão e você tem que me obedecer!

-Mas eu não-

-Não esqueça garoto, vamos além do campo de batalha, nós não somos só caras... Se proteja. - Ele bateu no meu peito, onde tinha guardado o colar. Fez um sinal com a mão e se se foi.

Subi o morro com os outros francos atiradores, e ficamos de prontidão. Eu fiquei olhando pela lente o capitão agir. Dava para ver, ele também não queria matar, sempre hesitava, mas sua vontade de viver era maior. Apesar de tudo incrível era o seu desempenho, nenhum movimento se perdia. Cortava um, socava o outro, coronhada, chute, facada. Nem se quer precisava da arma direito. Até se aproxima dele um garoto mais ou menos da minha idade. Com uma granada eu estava com a cabeça dele na mira, mas hesitei. Ele tinha alguém esperando por ele, não é certo.

O garoto se aproxima retirando o pino. Estava perto demais pra soltar a granada. Mas o garoto não ligava foi correndo com a granada em direção ao capitão

-Droga, o Capitão vai morrer! O que eu devo fazer? Eu..Eu...

Mirei a arma na mão do garoto e atirei. O Tiro passa de raspão, mas machucou a mão do garoto e fez a granada cair. O capitão pula na direção do garoto, protegendo-o da explosão. O que deixou o capitão muito ferido. O Garoto aproveitou a vantagem e enfiou uma faca no coração do cara que salvou sua vida.

Eu fiquei em estado de choque, Meus colegas de pelotão foram todos na direção dos dois. Retiraram o capitão de perto e começaram a encher o garoto de socos e chutes. Com suas ultimas forças o garoto apertou um botão em seu colete que explodiu a todos ao seu redor.

Estavam todos mortos, e por minha culpa. Eu poderia ter evitado tudo isso, eu estraguei muitas famílias, eu farei a Sol chorar. Eu Merecia.... Aquele desgraçado não tinha apego nem a própria vida...

Eu não vou poupar nenhuma vida, todos que entrarem em meu caminho eu vou matar, vou vingar meu pelotão! Vou Vingar o capitão! Eu Vou Matar todos! Todos eles!

E foi ai que eu virei uma máquina de matar, era implacável, como o capitão. Matava de todas as formas. Eu sentia prazer em punir aqueles que tiraram o capitão...

Até que chegou aquele dia...

Eu estava no campo de batalha, como sempre matando sem discernimento. Quando der repente um barulho ensurdecedor, e uma luz verde fantasmagórica cobre o céu.

Eu escutava gritos, eu sentia dor. Quando uma voz a voz mais malévola que já ouvi disse meu nome:

–Nico....

–O que? Quem é você? (perguntei)

–Eu? Isso não importa, a questão é... Quem é você?

–Eu sou Nico, e vou matar você, se continuar brincando comigo!

–Isso, exatamente Nico. Você é um assassino, um vingador você simplesmente existe para destruir tudo que entrar em seu caminho, tudo que for um atraso. E sabe o que é um atraso Nico?

–Sei! Esse seu papo furado! Porque você não aparece seu covarde?

–Hahaha. Humanos, humanos são um atraso. Mas isso torna você um atraso, a não ser que...

–Que o que?

–Que você deixe de ser humano... Eu posso te tornar imortal

–E porque você me tornaria imortal? Para com essa idiotice e vem morrer logo!

-Como queira.

De repente uma criatura surge na minha frente. Cadavérica com olhos em chamas, era possível sentir uma hostilidade esmagadora.

-O que é você?

–Já disse que não importa. O que importa é que você tem o que é preciso. Raiva, rancor, ódio... Não quer atravessar eras matando e se vingando eternamente daqueles que o fizeram sofrer? Não quer se certificar pessoalmente do sofrimento deles através dos anos?

–Me vingar?

–Sim, para sempre!

–Quero puni-los para sempre! Sim, eu quero a vingança eterna!

–Você não poderá ser derrotado. Não importa o quanto se machuque, seus ferimentos irão se regenerar, não importa o quanto lute, não cairá. Nem o tempo Te derrotará. E quanto mais ódio mais poder!

–Quanto mais eu odiar, mais forte ficarei? Isso é fantástico! Dê-me este dom!

–Que seja feita sua vontade.

E a criatura com chifres e roupas rasgadas desaparece nas sombras deixando um rastro de morte....


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Notas finais do capítulo

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