A Copa do Mundo dos Artistas escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 9
Capítulo 9 - Conhecendo Luiza, parte 1


Notas iniciais do capítulo

Introduzindo uma nova personagem, resultante de uma ficha enviada por uma de nossas leitoras.



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   Decorria o verão brasileiro, no início do ano de 2010. Luiza Barroso saiu de sua casa, em Araraquara, São Paulo, e partiu, de ônibus, para o teste do time feminino de artistas do Noroeste, de Bauru.

            Naquela mesma tarde, conseguiu ser aprovada. Iria atuar como zagueira e volante. Amava atuar na defesa, já que cresceu tendo como seus principais ídolos no esporte xerifões clássicos da defesa, em particular os que atuaram nos grandes clubes paulistas. No entanto, sabia sair jogando e contribuir ofensivamente para o time, o que a fez se habilitar também para o papel de volante.

            Recebeu o cronograma de treinamentos e acompanhamento nutricional da comissão técnica da equipe, e voltou para casa. Retornaria em dois dias para o início da preparação para o campeonato Paulista. Já havia acertado sua permanência no alojamento do clube, pelo menos durante a disputa da série A1 do Paulistão.

...

...

            Luiza havia renunciado a uma ida à praia ou a algum outro local paradisíaco naquele começo de ano, justamente para ter uma chance de participar do futebol de artistas. Já contava com 21 anos, idade que, no futebol profissional, indicaria que já era um pouco tarde para ela tentar a sorte na modalidade; mas o futebol de artistas não fazia distinção de idade. Além disso, Luiza sonhava com alguma forma de ficar mais próxima do futebol já há quase quatro anos, desde a eliminação do Brasil para a França em 2006, na Copa masculina; já que, para ela, ser apenas torcedora já não bastava mais.

            Quando houve o anúncio do Congresso da FIFA em 2009 sobre a introdução da nova modalidade, ela mal conseguiu se conter de animação. YouTuber que possuía um canal sobre transição capilar e empoderamento das mulheres de baixa renda e de camadas sociais mais humildes, ela viu de cara que aquela seria a oportunidade com que tanto sonhava. Uma forma de o futebol ficar mais próximo das pessoas que o acompanhavam de forma tão passional. Muitos artistas tinham o futebol como primeira ou segunda paixão, e os YouTubers estavam enquadrados, de acordo com as normas da FIFA  e da Federação de Atletas-Artistas, como artistas e elegíveis para competir.

            Em vez de tentar a sorte com algum dos grandes times da capital paulista, ou mesmo de outras cidades com mais tradição futebolística como Campinas ou Santos, resolveu procurar uma equipe do interior, próxima de onde morava. Era sabido que as equipes da capital e outras mais tradicionais estavam, infelizmente, contando com muitas questões burocráticas ao montar suas equipes, devido a contratos de direitos de imagem, de exclusividade, demandas de exigências contratuais, entre outros aspectos. Isso não era exclusividade do futebol paulista: todos os centros futebolísticos do país, em particular as capitais de estados, passavam por situações semelhantes no tocante à montagem das equipes de artistas. Assim, a jovem zagueira/ volante preferiu agir com os pés no chão e optar por uma escolha mais realista.


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Notas finais do capítulo

Revisão em 24.01.2024