É meio estranho o que está se passando. Bom, tudo que tem haver com Victor é estranho, essa semana ele foi digamos... amigável. Não que ele não fosse legal comigo, mas todos sabem que os populares não se misturam com os outros, e ele quis se misturar justamente comigo, a novata.
Nathalia está falando sobre isso, enquanto nós estamos sentados no intervalo, esperando o sinal bater para nós irmos para aula.
Vocês não podem negar que isso é anormal, por que Victor iria querer conversa com você Driel? Nathalia é umas das garotas que não param de falar sobre Victor.
Sei lá, ele pode estar querendo se enturmar com as outras hierarquias da escola disse sem todo o entusiasmo que ela falava.
Na verdade ninguém estava prestando atenção. Nathan estava com os cotovelos na mesa e com a cabeça apoiada em suas mãos, bocejando e com a maior cara de sono.
Bem que eu queria que ele se enturmasse comigo também. Nathalia soltou uma risadinha maliciosa, fazendo Josh, o namorado dela que estava sentado conosco hoje, resmungar chateado com o que ela falou.
Não seja bobinho, querido. Você é único para mim. ela disse acariciando o rosto dele e dando alguns beijinhos também.
Eles são um casal fofo e um tanto piegas, cheio de apelidos carinhosos e afeto excessivo. Josh combina com ela, ambos usam óculos e vivem andando com uma câmera. Ele tem o cabelo claro e olhos mais escuros que o meu. E se dão totalmente ao jornal da escola.
Aproveitando esse momento carinho, resolvi falar sobre a festa da Daria. Ainda não tinha falado sobre ela ter me convidado e como hoje é sexta-feira só tenho essa chance pra falar para eles.
O que vocês acham de ir a uma festa? - perguntei chamando a atenção deles.
Eles olharam um para o outro e Nathan disse:
Seria legal, mas, onde?
Então me preparei para ouvir o que Nathalia iria dizer Daria me convidou a uma festa que ela vai dá domingo.
O QUÊ?? ela disse alto demais, chamando atenção de alguns. Ela baixou a voz e continuou Como assim Daria uma popular, te convidou para uma das festas dela?
Olhei para eles que me olhavam com curiosidade. Nossa, eu não sabia que isso afetaria tanto eles.
Simplesmente me convidou e disse que eu podia levar meus amigos. Mas por que vocês estão me olhando assim? perguntei sem graça, eles devem levar muito a serio isso de não se misturar.
Dizem que ela faz as melhores festas da cidade quem se pronunciou foi Josh E ela nunca convidou ninguém da escola, exceto os amigos dela. E é um pouco estranho ela convidar você que não faz parte da lista de amigos.
Ah, esqueçam isso! Mas vocês vão ou não? perguntei novamente, já perdendo a paciência.
Claro, vai ser legal. Domingo, não é? Nathalia respondeu por eles.
É, mas vocês podem me dar o endereço da casa dela, é que eu ainda não sei...
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É extremamente desconfortável ficar esperando meus amigos em frente a uma mansão que está explodindo pela altura da musica. Carros novos e com certeza custaram uma nota, faziam fila no acostamento perto da mansão de Daria.
Eu estou aqui fora, enfrente a mansão, esperando os gêmeos que ficaram de aparecer por aqui às nove horas e já são nove e meia, serio eles não vieram até agora. Nós tínhamos marcado de estar aqui no horário, já que eu tenho a pulseira e eles vinham como meus acompanhantes. Mas nada deles.
Estava tão frio que meus dentes tremiam, me abracei o máximo possível e fiquei pensando se eu tenho problemas mentais, pois quem em sã consciência não traria algum casaco para sair a noite em uma cidade que o sol já disse adeus há muito tempo.
Peguei meu celular do bolso traseiro da minha calça e procurei na lista de contatos o número da Nathalia. Ela me atendeu no terceiro toque:
Alô? sua voz estava um pouco diferente, um tanto anasalada.
Nathalia, o que aconteceu? Eu tô em frente à casa da Daria esperando vocês? tentava conter a irritação, mas não dava.
Escutei ela fungar.
Desculpa Driel, mas eu acabei pegando um resfriado. e ela espirrou, é isso explica o porquê da voz dela.
Ah, tudo bem melhoras. E o Nathan? perguntei, ele seria minha salvação.
Digamos que foi ele que me passou a gripe. e mais outro espirro.
Depois de ter me despedido dela respirei fundo e m virei para encara à mansão. A casa dela era uma grande e bela mansão, situada em um bairro onde as pessoas com dinheiro na cidade moravam. Como eu já disse a musica que vinha de lá é muito alta e cada vez mais pessoas chegavam. Como eu não queria morrer de frio e muito menos voltar pra casa sem ter entrado em uma festa reduzida apenas aos amigos de Daria, resolvi entrar.
Eu estava com pulseirinha vermelha e quando cheguei a frente à porta, mostrei-a para os seguranças. Pois é, seguranças, como em uma festa de adolescentes tinha que ter seguranças, acho que é provável terem tido muitos casos de penetras e Daria resolveu contratar os seguranças para não haver pessoas indesejáveis na festa dela.
Só no hall de entrada sentir como mudou a temperatura daqui de dentro comparada a de lá de em fora. E quando eu entrei no salão principal ficou pior, o ar quente e abafado veio acompanhado com o cheiro asqueroso de cerveja, dezenas de corpos dançavam agitados as músicas eletrônicas que tocavam. Reconheci alguns alunos da escola, somente os populares é lógico, e a maioria que estava na festa eram pessoas digamos... Avermelhadas.
Sim, avermelhadas. Na cor dos olhos, como os olhos de Victor e até mesmo de Daria. Eram olhos azuis-avermelhado, verde-avermelhado e outras cores que continham uma pigmentação vermelha. Eles não são exatamente adolescentes, estão mais para universitários e enquanto eu andava entre eles alguns maioria- se viravam para me olhar e cochichavam um para o outro. Concluir que toda essa atenção é pela minha roupa, eu não estou vestida para uma festa como as da Daria, o que eu usava é uma simples blusa branca com mangas curtas com três botões na frente e um jeans surrado. Estou muito original se querem saber.
Fui até um bar improvisado e pedir algo que não tivesse álcool, serviram-me uma Coca-Cola diet. Sentei no banco do bar e fiquei observando o local, podem acreditar eu já estive em lugares piores. Como por exemplo, o clube onde Dean lutava, lá era o lugar mais frequentado pelos piores tipos de pessoas, motoqueiros tatuados e rebeldes que não estavam nem aí pra vida, eu na verdade era a única garota com menos de 1m e 80 de altura, bom, eu era a única garota. Eu não gostava daquele lugar, alguns pervertidos roçavam por acidente em mim e isso é nojento, eu ia lá só para ver o Dean acabando com os caras e ganhando dinheiro por isso. Mas, quando mamãe descobriu, ela me deu o maior sermão e nós mudamos de cidade, porém algo me dizia que aquele não era o único motivo.
Que bom que você veio! Daria gritou para que eu escutasse, ela estava do meu lado, encostada no balcão e observando seus convidados.
É, eu não queria fazer desfeita. gritei de volta enquanto continuávamos olhando o pessoal dançar. Eu disse ao Victor que vinha, mas não queria falar isso a ela e nem me convencer que eu só vim por ele.
E só em pensar em Victor meus olhos caíram na sua figura altiva e charmosa, ele estava conversando com algumas pessoas avermelhadas e eu podia ver perfeitamente seu perfil, ele sorria com um carisma invejável e seus gestos eram elegantes e graciosos.
Ele é lindo não é?! me espantei com o que a loira a meu lado disse. E me senti envergonhada por ser pega olhando o namorado dela tão descaradamente. Se bem que sexy combina mais com ele.
Virei-me para encara-la, ela olhava para ele com malicioso e bem contornado sorriso. Sim, toda essa sombra de mistério que rondava sobre Victor o deixava incrivelmente sexy, impossível alguém ficar mais estonteante de preto como ele.
Bye, bye queridinha. Estou indo a caminho da diversão e recomendo você procurar a sua. e ela foi até onde Victor estava e enlaçou seus braços em volta do pescoço dele e o beijou com ferocidade, estavam implícitos com aquele gesto os dizeres ele é meu e Victor confirmou quando a abraçou pela cintura.
Já deu pra mim! sussurrei para mim e soltei um longo bocejo enquanto descia do banco e seguia ate a saída.
Estava congelante e quando me pus a andar pelas ruas, meus dentes começaram a tremer imediatamente. Abracei meus braços o máximo que podia e continuei me questionar pela lerdeza que eu tenho de não ter pelo menos vestido uma blusa mais quente.
Um barulho de motor de carro preencheu o silencio das ruas, eu já estava longe da casa de Daria e não tinha por onde me abrigar caso a chuva queira cair. Pela minha visão periférica notei o conversível vermelho mais próximo de mim e tratei de apressar meus passos. Mas não foi o suficiente, quando vi o carro já estava no meu encalço, parei para encarar o futuro morto que resolveu me seguir e para minha grande surpresa quando a janela abaixou Victor se fez notável.
Entra, eu te dou uma carona. um dos cantos da sua boca se ergueu. Abri minha boca para negar a carona e nesse momento uma rajada de vento ricocheteou o meu rosto, fazendo meus pelos eriçarem e meus dentes baterem com força.
Sem pensar duas vezes, rodeei o carro e me sentei no banco do carona. Victor começou a dirigir e o calor começou a aparecer, graças ao aquecedor que estava ligado. A chuva não caiu e em meio à ida até minha casa, notei o vento forte castigar as copas das árvores. A viagem foi silenciosa e ninguém falou nada.
Ele parou o carro em frente a minha casa, e pela primeira vez nestes minutos notei que eu não tinha falado onde eu morava então como ele sabe o endereço da minha residência.
Como você sabe onde eu moro? que eu saiba, ele nunca tinha vindo por aqui.
Eu sei de muitas coisas Driel. meu apelido foi dito de uma forma lenta e diferente, ele desligou o carro e me fitou. O que você achou da festa.
Senti algo pousar distraidamente em minha coxa coberta pelo jeans, e quando olhei vi que era a mão dele parada próxima ao meu joelho.
Eu não sou muito festeira e além do, mas, não fiquei muito tempo por lá. tentei discretamente tirar sua mão da minha perna, mas ele não queria isso.
Então você não aproveitou muito seus olhos estavam fixos no meu de uma maneira hipnotizante. Não conseguia me concentrar em mais nada a não naqueles olhos diferentes. É como se fossem pequenas manchas marrons no vermelho rubi, só para não deixa-lo com uma única cor, profundezas vermelhas que nos afogam como um mar de sangue. eu sei de uma coisa que lhe fará se divertir tinha um duplo sentido nesse divertir. - Você sair comigo!
Olha é serio. O que você quer comigo? Todos estão achando estranho você estar se aproximando de mim, e eu sei que você e seu grupinho nunca se aproximam dos rejeitados. E eu não estou entendendo isso. perguntei logo de uma vez o que eu estava me perguntando durante essa semana.
Eu quero que você saia comigo, por que você é diferente. sua mão abusada, começou a fazer círculos com o polegar no meu joelho, aquele toque me fez algo subir pelas minhas pernas, como um calor que sobe através do meu sangue e ficar parado nas minhas bochechas, o rubor tomando conta do meu rosto de uma forma cômica. Além de você ser bonita.
Tive que rir dessa.
Sinto muito, mas eu não saio com quem tem namorada. Detesto os infiéis. disse dando de ombros.
Ah, então sairia comigo se eu não tivesse namorada? sua voz rouca e baixa me perguntou com certo divertimento.
Talvez, quem sabe.
Ele nunca terminaria com a garota mais bonita da escola só para sair comigo. Isso seria burrice demais.
Vou pensar nisso mais tarde. ele se aproximou de mim e quase beijou minha bochecha, por que onde seus lábios tocaram estava mais para o canto da minha boca. Boa noite, Evans.
Destranquei a porta e antes de sair disse:
Até mais, Bloody.
E fui em direção à porta de casa, meu rosto ficou mais quente com o seu toque, até minha orelha estava vermelha, eu acho. Isso me fez sorrir como uma boba, eu não me entendia, tipo, nunca fui uma garota que cora facilmente e perto dele algo me faz ficar vermelha a todo instante. O que esta acontecendo comigo?
Quando entrei em casa, vi duas mulheres. Uma era minha mãe logicamente e a outra era uma...