[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 48
Consequências de uma Guerra: Riscos e Realizações


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, esse capítulo é dividido em duas partes, a primeira se passa antes do último postado e a segunda são alguns dias depois do fim da guerra.
Recado dado, eu meio que quero me despedir. Esse é o último capítulo exclusivamente da Ana, e é quando ela finalmente põe o amor dela em prova, arriscando a própria vida pra atingir seu ápice de poder e salvar o Peter. Eu acho que esse é um momento delicado, porque eu, pessoalmente daria um desfecho diferente (gosto de matar protagonistas e provavelmente faria uma versão onde ela chega tarde demais e tem que viver com a dor pro resto da vida), mas, como tive que pensar "o que a Ana faria?", vocês talvez notem como ela simplesmente deixa de pensar em si mesma e se entrega totalmente ao Peter (o que eu nunca conseguiria fazer, acreditem). Enfim, mais que me despedir desse mundo, quero agradecer tudo o que ele me deu de presente. Devo dizer que quando começamos isso, eu era a mais distante do grupo e me sentia ligeiramente deslocada. Hoje, essas pessoas são para mim como uma segunda família. Eu nunca imaginei que um dia poderia escrever algo que foi tão conhecido, amado e valorizado e nunca sequer passou pela minha cabeça que uma simples fanfiction poderia mudar grande parte da minha vida. Obrigada, WHY AM, por estarem sempre do meu lado, me aconselhando e apoiando SEMPRE. Obrigada, leitores, por serem sempre tão carinhosos e atenciosos. Obrigada, todos que se tornaram, como disse antes, minha segunda família. Obrigada, Will. Obrigada, Helô. Obrigada, Yara. Obrigada, Matt. Obrigada, Mi. Obrigada, Be. Obrigada, Maiko. Obrigada, Robin. Obrigada, todos. Eu amo vocês do fundo do meu coração, mesmo que não tenha citado seus nomes aqui. E, que essa amizade permaneça até o fim de nossas vidas.



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Eu observava a guerra de seu topo. Peter resolvera seguir com ela, impondo-me a missão de ajudá-lo. Do alto, dava vida a objetos inanimados, como as espadas dos inimigos, cordas, flechas, qualquer coisa para proteger nossos aliados e eliminar os mocinhos. Então, meu pior pesadelo se materializou. Em um momento, Peter estava perfeitamente bem, talvez ligeiramente indeciso, eu não podia dizer com certeza, pois lágrimas atrapalhavam minha visão por ter de ajudar em uma guerra que pretendia evitar, por matar pessoas inocentes. Porém, no momento seguinte, uma lança ia em sua direção. Limpei as lágrimas, aquilo não iria acontecer. Ordenei que o pégaso cavalgasse rapidamente e em segundos, estava ao lado dele. Sem que sussurrasse nenhum feitiço, apenas com o poder de meus sentimentos, em um instante havia um escudo mágico ao nosso redor. A lança estava em seu peito, e por talvez milímetros, não penetrara seu coração. Talvez um erro, talvez o desejo de que sua morte fosse lenta e dolorosa.

— Peter! Fale comigo! Você não pode morrer, tem uma vida inteira pela frente! Fique aqui! – Eu berrava desesperadamente enquanto removia a lança e buscava uma cura temporária. Eu podia sentir grande parte das fibras de seus músculos voltando ao lugar assim que a lâmina da lança deixava de tocá-las. Eu podia sentir seus ossos se unindo novamente. O problema era que eu sabia que era tudo temporário. Duraria enquanto eu tivesse forças e elas estavam acabando.

Minha sorte estava no filho de Apolo que ajudara Peter recentemente, e ainda estava por perto. Eu gritei por sua ajuda e ele veio correndo, apenas para ser impedido pelo meu escudo. Envergonhada, concentrei-me, para que ele permitisse a entrada do garoto.

— Escute, seus músculos e ossos estão no lugar, mas se não forem curados, logo ele voltará a ter um grande buraco no peito. Preciso que torne essa união real. É só garantir que não se romperão por um dia ou dois, e então eu poderei cuidar dele eu mesma. POR FAVOR – eu implorava, segurando a lança que parecia ter vida e buscava desesperadamente avançar contra Peter. O filho de Apolo logo começou a fazer seu trabalho e eu decidi que poria um ponto final nisso. Olhei para ela, a fúria me movia, me fortalecia, percorria meu corpo e quase se materializava, saindo de meu corpo físico e penetrando o ar. – Samilee. Acho que é hora de colocar um ponto final em uma de nossas vidas. E, eu garanto, irmãzinha, não é na minha.

Minhas mãos pareciam mover-se sozinhas, eu simplesmente não as controlava mais. A sensação era de sempre ter conhecido cada movimento que fazia, cada palavra que sussurrava; mas Samilee não era fraca. Nossa luta se tratava mais com persistência e resistência do que com extensão de poder. Onde uma atacava, a outra erguia uma defesa mesmo antes que o ataque se manifestasse. Bolas de fogo, paredes de água, ventanias e até mesmo orbes negros de energia. Toda essa magia era extremamente poderosa e em algum lugar dentro de mim, eu soube que nem todo treinamento poderia fazê-la surgir, apenas o ódio, a dor, o medo e a possibilidade de morrer sendo sobreposta pela determinação e fé na vitória.

Eu possuía uma vantagem e uma desvantagem, nenhuma dizia que eu poderia vencer essa batalha. Minha vantagem era que meu ódio era superior, dando-me ainda mais poder, e minha desvantagem era que estava gastando esse poder extra para proteger Peter. Estava contando que o filho de Apolo o levasse para longe dali, permitindo-me usar toda minha magia, mas o que ocorreu foi totalmente oposto.

Eu nunca imaginei que a magia de Hécate unida ao poder de cura de Apolo poderia ser tão eficaz, mas parecia ser, pois de repente, Peter estava perto de Samilee. Atacou-a, o que foi mais que suficiente, pois apesar de ela ter desviado de seu golpe, isso a deixou vulnerável e me lembrou, em um momento de inocência, que matá-la nunca seria algo correto. Então, as cordas que eu comandava prenderam seu corpo instantaneamente. Eu sabia que não seria suficiente, portanto ao notar que seu corpo estava coberto de suor, assim como o meu, modifiquei o estado da água salgada e uma fina camada de gelo se formou ao redor dela. Eu sabia que aquele gelo possuía a temperatura ambiente e não iria simplesmente derreter tão rápido.

Se ela escapou? Não faço ideia. Eu desmaiei logo depois, só o que me lembro era de Peter correndo para me segurar, evitando que eu batesse a cabeça no chão, seus lábios sussurrando um agradecimento, e minha risada saindo cansada e fraca.

— Eu que devo agradecer, você é meu herói.

Revirei os olhos e sorri para o clichê que havia acabado de dizer. Eu senti seus lábios nos meus e então só o que vi foi a escuridão, profunda, porém não fria. Quente, confortável e tranquila. Sentia que finalmente fizera algo útil. Só o que podia esperar era que Peter desistisse da guerra, pois o que sentia era que minha vida ao seu lado era uma promessa. E disso eu não desistiria, sem me importar com o que aconteceria nessa vida.



***

Um frio intenso percorria meu corpo, eu observava de longe, impotente, enquanto Peter arriscava sua vida em uma luta mortal sem nenhum motivo aparente. Eu não podia ver contra quem ele lutava, pois parecia ser um daqueles fantasmas de filmes de terror, uma capa negra e esfarrapada com um capuz e nenhum sinal da existência de um ser vivo debaixo dela. Demorei a entender o que aquilo significava. Em uma interpretação tola e talvez completamente errada, aquele ser era seu ódio, que ele acumulara durante um longo tempo por ser comparado ao seu irmão gêmeo.

De repente, uma outra eu surgiu atrás do ser de capa e enfiou um punhal nele, o que surpreendentemente o derrotou, algo que parecia impossível, já que eu não conseguia imaginar alguém de carne e osso debaixo daquela capa. Então, seu rosto foi exibido. O ser que ali estava era idêntico a Peter. Bem, quase idêntico. As diferenças eram mínimas, algo que somente se perceberia ao observar e conhecer cada traço do rosto de, pelo menos, um deles. Logo compreendi, Peter lutava contra o fantasma de seu irmão, contra a raiva que possuía ao ser comparado com ele. E, por algum motivo, eu sentia que livrava-o disso. Entretanto, no fundo sabia que nada daquilo era real. Peter havia provado que era diferente sozinho, de uma maneira torta e única dele. Acho que, de alguma forma, esse seu jeito meio estranho de lidar com algo tão grande só me fazia amá-lo cada vez mais. Já não conseguia imaginar um dia sem ele, pois sentia que poderia sobreviver apenas de seu amor e já não importava como este seria demonstrado ou que rumo tomaria. Já não importava muito se eu teria que ser mocinha, vilã ou simplesmente uma pessoa que vagaria por aí buscando um lugar no mundo. Até porque eu já o havia encontrado. Meu lar agora não era um lugar, mas um alguém. Independente de ele ser carinhoso ou tornar nosso amor algo selvagem, ele sempre seria o meu Peter. E agora eu pensava que aquele sonho seria um cunho em minha alma, que sempre me remeteria a esse fato.

Acordei na enfermaria. Não sabia quanto tempo havia passado, ou o que havia acontecido. Só o que sabia era que as dores em meu corpo eram intensas, exigira demais de mim mesma e provavelmente teria morrido se Peter não me ajudasse. Olhei para os lados, procurando alguém que pudesse me informar o que ocorrera após meu desmaio. Infelizmente, parecia ser noite e os filhos de Apolo descansavam em suas cadeiras. Ao meu lado, em outra cama, um garoto segurava um punhado de folhas e um lápis. Batia suavemente com o lápis em seus lábios, provavelmente pensando no que escreveria a seguir, apesar de as folhas estarem sem uma palavra sequer. Os cabelos castanhos iam até os ombros e ele me lembrava algum ator, apesar de eu não saber qual.

— Ei, pode me ajudar?

Ele virou a cabeça lentamente, olhando-me talvez um pouco impressionado, talvez com medo, era difícil dizer.

— Então, é você mesma? Digo, a filha de Hécate, aquela que mudou o coração do líder dos traidores... aquela de quem os filhos de Apolo vivem falando sobre.

Engoli em seco, era isso que diziam de mim? Não importava muito.

— Bem, eu não mudei o coração dele, só o fiz lembrar que ele era uma boa pessoa. Mas, quem é você?

— Bernardo, de Perséfone. O que quis dizer com ajudar? Eu quebrei a perna, vê? Não entendo como posso te ajudar com qualquer coisa...

— Você é sempre lerdo assim? Bem, o que quis dizer com me ajudar, seria me informar um pouco. Tenho algumas perguntas.

— Hm, nesse caso, vá em frente.

— Primeiramente, há quanto tempo que estou aqui? E, onde está o Peter? Mais importante, o que aconteceu no fim da guerra?

— Faz uns três dias... Peter apanhou um pouco da Marceline quando a guerra terminou, mas passou um tempão aqui do seu lado, até que o arrastaram de volta para suas atividades cotidianas. Bem, os olimpianos surgiram do nada e deram um show de babaquices. Mas, enfim, Éris foi punida e talvez sejamos livres. Ou não. – Ele deu de ombros.

Quando amanheceu, não foi Peter quem apareceu para me ver. Engoli em seco, deixando uma lágrima escapar ao lembrar que as noventa por cento das pessoas que amo deveriam me odiar.

— Bom dia, Matt – sussurrei quase como um robô. Eu não tinha como fugir, se ele quisesse me atacar, seria a hora perfeita.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, nos vemos no bônus (lê-se capítulo final). EU AMO VOCÊS!



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