[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 22
Realidade, realidade... Ilusões à parte


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Aqui é a Yara. Mega atrasada, eu sei. Desculpa ter atrasado e ter que fazer vocês esperarem e aguardarem ansiosamente (ou não, vai saber). Mas tive algum problemas, semana corrida. Sem ideias. Não conseguindo pensar direito. Mas enfim, aqui está. A qualidade não é muito boa, mas... Tentem ter uma boa leitura (ou não)



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Marceline

A coisa fica bizarra quando um gigante de metros não calculados tenta te esmagar como uma formiguinha. Nesse momento, correr é a solução. Correr, e não ficar pendurada segurando seu irmão e com sua vida - literalmente - nas mãos de sua não tão mais arqui-inimiga.

Sem contar o fato que você está no tão assustador "Túnel do Medo", que, sinceramente, não está me saindo tão assustador assim.

Entramos no suposto sótão e sabe-se lá por que, tocamos a imagem mágica. Um item a acrescentar na "lista de coisas para não fazer": tocar em imagens mágicas de fontes desconhecidas dentro do túnel do medo (ou em qualquer outro lugar). Pode acreditar que é roubada.

Um feixe de luz cegou meus olhos, e quando tornei a abri-los, não estava mais no túnel, tampouco com meus amigos.

Eu imediatamente reconheci o lugar, e a cena que eu via fez as lágrimas brotarem em meu rosto.

Eu estava no meu quarto, em minha antiga casa. Uma garotinha de cerca de 4 anos de idade estava deitada na cama, enquanto sua mãe lia um livro.

Meu coração batia acelerado, a mini Marceline finalmente dormiu e então a cena mudou.

Agora mini Marceline tinha cerca de 7 anos de idade, sua mãe penteava seus longos cabelos negros, um bebezinho dormia tranquilamente em um berço, sorrisos estampados em seus rostos.

Meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração batia mais lento, tentei alcançar a imagem, mas ela escorregou entre meus dedos, minha cabeça martelava.

Eu estava confusa, não estava entendendo o que acontecia, sabia apenas que jamais partiria dali.

A cena mudou novamente, mas desta vez mostrava algo que jamais acontecera. A mini Marceline dessa vez com seus 12 anos de idade brincava com seu irmãozinho, a felicidade em seus olhos era contagiante.

A cena mudou novamente, e me vi deparada comigo mesma, ali, junto com meus amigos. Matt, Will, Peter, Helo, Ana, Luc, Hezel, John... Todos eles riam felizes, como se não tivessem nada com o que se preocupar.

As cenas começaram a passar mais rapidamente, idade adulta, meia idade, a velhice, e enfim a morte. E mesmo na morte, a senhora na imagem sorria. Tinha tido uma bela vida, e estava pronta para ir.

A imagem desapareceu, e em minha frente uma mulher vestida com um lindo vestido preto sorria, seus cabelos eram longos e negros, seus olhos do mesmo tom. Ela tinha um olhar acolhedor e o sorriso simpático, o vestido era de um tom um tanto que transparente.

–Olá, Marceline – sua voz era doce e suave. - Você percebe como sua vida podia ter sido magnífica? Toda a felicidade roubada de você, pelos deuses. Eles controlaram sua vida desde o início, vai permitir que isso continue? Não quer uma chance de ser feliz? Eis aqui sua chance. Una-se a mim, não deseja uma morte feliz? Eu posso lhe dar tudo o que desejar. Caso contrário, sofrerá as consequências, e posso lhe adiantar: seu sofrimento será eterno.

Minha voz falhou por um minuto.

– Quem é você? - perguntei.

– Sou quem pode ajudá-la - ela disse. - Abandone os deuses e essa missão, venha comigo. Tenho grandes feitos para você.

– Nunca abandonarei meus amigos - disse confiante.

– Tola. Acha que eles se importam com você? Seu irmão Peter agora foi atingido pelo amor, quem você acha que ele salvaria se tivesse uma escolha? Você ou a garota? No fundo sabe a resposta. E o outro, o filho de Deméter, acha que se importa com você? Seus pais são inimigos, ele te abomina. A filha de Hécate nem se fala, ela nem mesmo a conhece. E não podemos esquecer da filha de Apolo, creio que nem precise dizer nada, não é mesmo? Você é um peso, descartável. Venha comigo e será devidamente valorizada. Eu prometo.

– Está mentindo. Nunca abandonarei meus amigos, nunca. Agora me tire daqui.

– É realmente uma pena.

– Me tire daqui - ordenei.

– Você está livre. Mas saiba que quando o mundo que conhece cair, você cairá com ele.

Depois disso, lembro-me de estar parada naquele sótão, meus olhos ardiam e as lágrimas ensopavam minha roupa. Vi meus amigos em um tipo de transe, os olhos estavam abertos, mas suas mentes vagavam em algum lugar inalcançável. Sequei as lágrimas rapidamente. Não podiam me ver chorando. "Não demonstre sentimentos." Certa vez minha mãe dissera. "O sentimento é uma fraqueza, e você não é fraca. Segure suas lágrimas. Não demonstre emoção. Observe apenas. E seja forte." Eu não havia entendido na época, mas agora tudo era mais claro. Corri até Peter e tentei despertá-lo.

– Peter – chamei -, acorda, Peter. Acorda!

Ele não se moveu, apenas ficou lá, fitando o vazio.

– Ana. ANA. - chamei-a, mas nada aconteceu.

– Matt. Matt, acorda.

Nada.

– Helo. Helo. PELAS BARBAS DE HADES, ACORDA, HELO - eu a sacudi.

– QUÊ? OI? HÃ?

– Graças aos deuses, garota.

– O que houve?

– Algum tipo de transe, eu não sei.

– Temos que acordar os outros.

– Mas como?

– Não faço ideia.

Nesse momento, Matt arregalou os olhos exasperado.

– SOCORRO!

– Matt - chamou Helo–, você está bem?

– Defina bem - ele resmungou.

Ana despertou logo depois.

– Gente? - ela chamou.

– Aqui, Ana - disse chegando até ela e segurando seu braço.

– O que houve, Marcy? Onde está Peter?

– Ele está aqui.

– Sim, estou aqui. - Peter disse calmamente.

– Peter - exclamei -, está tudo bem?

– Claro. Vamos em frente, temos um longo caminho pela frente.

Ele estava estranho, algo o perturbava. Mas decidi não perguntar.

Quando demos alguns passos à frente, o chão começou a rachar e caímos em algum tipo de laguinho, como os daquelas cavernas subterrâneas em que corre água. Havia um pouco de luz iluminando o local, o que dava um belo efeito na água. Tinha mais ou menos o tamanho dos campos de morangos do Acampamento - o que me deixou com uma certa saudade de casa. Me perguntei como eles estariam naquele momento. Talvez estivesse na hora do jantar. Eu não sabia. - Havia várias pedras encostadas nas paredes. O lugar em si tinha uma aparência oval. Eu caí deitada e bati com a cabeça em uma pedra. Nada heroico de minha parte.

– O que foi? O que aconteceu? - perguntou Ana aflita. A pobre garota nem sequer enxergava. Posso imaginar o que ela sentia.

– Nós caímos em algum lugar - resmunguei tirando o rosto do chão.

– Peter? - ela chamou.

– Estou aqui - ele respondeu se arrastando.

– Isso aqui é o túnel? - perguntou Helo já de pé.

– Creio que sim - respondeu Matt.

Sentei-me devagar. Minha testa ardia. Passei as mão no local da ardência e minha mão se ensopou de sangue.

– Merda - reclamei.

– Ai meus deuses, Marcy – Matt disse.

Ele correu até mim, retirou a camiseta e começou a limpar o sangue que escorria. Ele tinha um perfume suave, me lembra flores. Sua barriga levemente musculosa estava molhada, o que o deixava um tanto quanto sensual. Fiquei rígida e fiz uma careta numa forma de tentar segurar o riso.

– Tudo bem, Matt, eu estou bem - eu disse colocando-me de pé.

– Eu posso dar um jeito nisso - ofereceu-se Helo.

– Não. Não há necessidade.

– Estou tão cansada - reclamou Ana. - Podemos ficar aqui?

Todos olhamos para a versão sem camisa de Matt, esperando uma resposta.

– Hmm, claro - ele respondeu meio vermelho.

– Ótimo - Helo disse por fim. - Peter, Ana e Matt podem dormir. Eu e Marcy ficamos de guarda. - Ela olhou pra mim para ver se concordava e assenti com a cabeça.

Logo todos dormiram. Eu vasculhei minha bolsa e encontrei o cristal jogado lá dentro. Não tinha mostrado para ninguém até agora. Mas eu precisava, não sabia como funcionava, queria descobrir tudo o que podia. Então tive que ceder.

– Helo – chamei baixinho.

– Sim?

– Preciso de sua ajuda.

– O que? Você? Precisa de minha ajuda? Estou chocada.

– É importante - resmunguei.

– Tá. O que é?

– Acha que consegue fazer luz aqui?

– Claro. Posso tentar. - ela respondeu. - Mas por quê?

– Acha que pode conseguir um arco-íris? Preciso de uma mensagem de Íris - expliquei.

– Tudo bem, vamos tentar.

Ficamos cerca de 45 minutos tentando. Helo colocava a mão em concha na água e uma fraca luz dourada aparecia. Após muitas tentativas fracassadas, ela conseguiu.

–Isso - exclamei. - Ó Íris, deusa do arco-íris. Aceite minha oferenda. - E joguei o dracma no menor arco-íris de todo o Universo. - Mostre-me Gee, Acampamento Meio-Sangue.

Esperamos alguns instantes. Nada. Um pouco mais de espera. Nada. Já estávamos desistindo quando uma imagem começou a surgir.

–...sei que você, vai querer ser, UMA DE NÓS... - Gee cantarolava. E ai meus deuses. Ele estava no chuveiro.

– Gee – chamei. - GEE.

– O que...? AI MEUS DEUSES, MARCELINE. - ele gritou assustado tentando se tampar. - PELAS BARBAS DE HADES, GAROTA! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

– Mensagem de Íris - expliquei.

– Onde você está? Está tudo bem?

– Tudo tão bem quanto poderia estar numa missão - respondi. - Estamos no túnel. E preciso de sua ajuda.

– O que foi? - o cabelo dele estava todo cheio de shampoo, e naquele momento ele parecia um filhotinho de cachorro tomando banho.

– Você sabe o que é isso? - disse mostrando o cristal.

Ele enrijeceu imediatamente. Arregalou os olhos e sua expressão fico séria.

– Gee? - chamei.

– Livre-se disso - ele disse.

– Mas...

– Livre-se disso, Marceline. Isso só traz desgraça para quem o tem.

– Eu não posso, Hades disse que ajudaria na missão.

– Provavelmente sim. Mas todos que utilizaram seus poderes tiveram o pior dos castigos.

– E qual é?

– Apenas se livre disso.

– Não. Gee. Me explique - a ligação já começava a cortar, e eu nunca ouvi sua resposta.

– Ok. Você vai ter que me explicar tudinho agora. Qual é a dessa coisa? Além de ser assustadora. - Helo falou.

– Eu... - abri a boca para falar, mas um enorme rugido me interrompeu.

– O que é isso? - Helo perguntou aflita.

– Acho que já vamos descobrir - respondi.


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Notas finais do capítulo

Então, como vocês perceberam, a qualidade tá bem meia-boca. Mas tá ai. Prometo que farei o possível e o impossível para não atrasar nunca mais. Até a próxima.
P.S.: Duvido alguém acertar a música que Gee estava cantando. Um barril de FDL pra quem acertar.



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