Bella

Respirei fundo enquanto olhava Jake e Jasper, esperando o ok. Eles mexiam em algo, deveriam está alterando a voz, afinal, eu não poderia ser descoberta.

— Relaxe. Você consegue – sussurrou Nessie, piscando um olho. Dei um sorriso incerto. A música de abertura tocou e em seguida, recebi o ok do meu irmão.

— Olá a todos estudantes do PHS! Hoje eu estreio o novo quadro fazendo a seguinte pergunta: Como está seu coração hoje? — revirei os olhos pelo que Nessie me fez escrever noite passada quando lhe pedi ajuda – Apaixonado, duvidoso ou quebrado? Independente da situação, estou aqui para aconselhar-lhes— a voz suava doce, suave e feminina, porém totalmente diferente da minha voz ou da Nessie – Hoje eu responderei as dúvidas que me foram enviadas e você que não enviou, mas tem necessidade, não se acanhe, estou aqui para lhe ajudar— peguei o papel de perguntas em minhas mãos – A primeira pergunta foi do pseudônimo LittleBird: Olá Querido Cúpido! Ultimamente, venho sentindo coisas estranhas quando estou perto de um garoto. Minhas mãos soam, meu coração acelera e fico feito boba perto dele. Será que estou apaixonada? E se estiver, o que faço? Espero que possa me ajudar — tive vontade de rir, mas me controlei. A garota devia estar se apaixonando pela primeira vez. Tadinha. Respirei fundo e tratei de dá a minha resposta – Bom, LittleBird, devo lhe avisar que você está sim, apaixonada. E se quiser saber se é correspondida e viver essa paixão, se não for próxima ao garoto, aproxime-se, mostre interesse e se ele corresponder, parta para o ataque e agarre o bofe— soltei uma pequena risada pelo bofe. Emmett e Nessie seguraram o riso e o grandão ainda completou mandando joinha – A segunda dúvida é do pseudônimo Flower que quer saber o seguinte: Olá, Querido Cúpido! Estou em uma situação desesperadora. Estou apaixonada por um carinha. O problema é que ele está interessado na minha amiga, mas ela não está nele. Tenho medo de chegar nele e levar um fora. O que eu faço? — fiz um bico, analisando a questão – Flower, se você quiser mesmo conquistar o garoto, terá que mandar esse seu medo para Transilvânia e investir. Você já ganhou alguns pontos por sua amiga não está interessada nele, basta usá-los ao seu favor e mostrar ao garoto o quão legal você pode ser— virei a folha me deparando com a terceira e última pergunta de hoje – Essa é a última pergunta de hoje, enviada pelo pseudônimo Lovely: Olá, Querido Cúpido! Estou com uma enorme dúvida e não sei o que fazer! No último sábado houve uma festa em uma fazenda de um primo meu e lá acabei encontrando o namorado da minha amiga e ela não estava com ele. Eu o cumprimentei normal e tudo, mas em um momento da festa ele começou a me cantar, falar que queria me beijar e talvez ir até mais além. Eu me esquivei dele, é claro, mas não sei se devo contar a minha amiga o cafajeste que o namorado dela é. O que eu faço? – uuuh, que situação, pensei enquanto analisava o caso – Olha, Lovely, o negócio é realmente complicado. Existem garotas que não acreditam que o namorado delas possam ser cafajeste e acabam é escolhendo o namorado do que a amizade, porém lá na frente acabam quebrando a cara. E existem garotas que preferem os amigos acima de tudo. Agora vai depender de como a sua amiga funciona. Se ela for do primeiro caso, desiste. Melhor ficar na sua para não sobrar para você. Deixa que com o tempo ela descubra. Contudo, se ela for do segundo, conta a ela, ou dá aquele toque de ''se liga'' — fiz uma pequena pausa – Bom, espero que tenha ajudado a todos que respondi. Nosso querido cúpido fica por aqui, mas próxima semana tem mais, então mande suas dúvidas e perguntas que eu terei o prazer de ajudar-lhes. Até a próxima! — despedi-me e a musiquinha do quadro começou a tocar, dando brecha para os comerciais.

Jake, Nessie, Jazz e Emm começaram a bater palmas para mim, fazendo com que eu revirasse os olhos.

— Arrasou Bells! — Jake elogiou sorridente. Emm e Jazz concordaram com ele.

— Eu disse que você seria perfeita! — minha prima apertou minha bochecha. Fiz uma careta.

O TN voltou do seu último intervalo, trazendo Nessie com seus looks da semana. Minha prima elegeu a mais bem-vestida Alice Cullen, com o seu estilo fofo e seus Mary-Jane que Nessie adorou. E o pior look foi para Tiffany – yes, a garota da aula de biologia – que era líder de torcida. Renesmee falou que ela ficou parecendo uma berinjela abulante com o vestido roxo que ela utilizou para vim ao colégio na terça. Foi impossível não rir e logo, Emm, Jazz e Jake se juntaram a mim nas gargalhadas. Minha prima já era diabólica por natureza e ela tendia a ser pior com pessoas que não lhe desciam. Tiffany era uma dessas.

Depois dos looks da semana, Emmett encerrou com algumas fofocas básicas – coisa que ele e Nessie adoravam. Faltava ainda vinte minutos para o fim do almoço e aproveitamos para fazer um lanche rápido. Era assim toda sexta-feira. Sentamos em outra mesa – menor, sem microfones – e comemos o lanche que trazíamos de casa.

O sinal tocou e nós nos levantamos, cada um indo para a sua aula. Meu quarto tempo era cálculo, aula que eu tinha com Jake e Nessie. Algumas pessoas vieram elogiar o programa de hoje, falando que adoraram a entrevista, o novo quadro e riram com os comentários maldosos da minha prima. Na hora da saída foi a mesma coisa. Nessie estava com um sorrisinho prepotente no rosto, se achando porque o Querido Cúpido fez sucesso e a ideia tinha sido sua. Revirei os olhos, mas mantinha um sorriso em meu rosto, assim como Emm, Jazz e Jake. Estávamos orgulhosos do nosso trabalho também. Caminhávamos para os nossos veículos, quando uma voz nos fez parar.

— Você não perde a chance de destilar sua inveja, não é Renesmee? — era Tiffany. Nos viramos para trás, dando de cara com a loira com seu uniforme de líder e suas seguidoras, Jéssica e Kate. A cara delas não era nada boa.

— Ora, Tiff – usou o apelido da loira sarcasticamente – Tenho muita inveja de você, tanto que fico que nem uma cachorrinha te seguindo e implorei aos seus pés para virar líder – destilou veneno, fazendo com que Tiffany ficasse vermelha de raiva – Me poupe das suas idiotices, meus ouvidos não merecem ouvi-las.

— Que isso, gente, não vamos brigar – Emmett sorriu tranquilizador, passando um braço pelo ombro de Tiffany que sorriu.

— A única coisa que salva esse jornal é você, Emm – falou manhosa – Apesar que eu gostei da entrevista dos novatos, feita por Isabella e até do tal cúpido – deu de ombros – Enfim, não vou ficar gastando minha beleza com quem não merece – lançou um olhar enojado para Nessie que devolveu. Tiffany deu um beijo na bochecha de Emmett – Te vejo amanhã na festa, big bear.

Emmett piscou e ela se foi. Nessie bufou.

— Ela não tem o direito de te chamar de big bear— cruzou os braços – Eu te dei esse apelido! — fez um bico.

Emm gargalhou e bagunçou os cabelos da ruiva que fez careta.

— Mas, é como eu sou conhecido no time também – piscou um olho – Não fique assim, ruivinha, sabe que prefiro você – beijou a bochecha da minha prima que se esforçou para não sorrir.

— O estacionamento está quase vazio – comentou Jazz olhando em volta – Acho melhor nos irmos.

Concordei com a cabeça e destravei o Audi.

— Gente, estou pensando... — Emm começou enquanto entrava no Jipe – Que tal eu fazer uma festa lá em casa amanhã, para comemorar o sucesso do QC?

— E seus pais? — Jake ergueu uma sobrancelha.

— Eles vão viajar esse final de semana para a casa de uma tia minha – deu de ombros – E então? O que acham?

— Você contratando uma equipe de limpeza para limpar a bagunça... – falei, dando de ombros.

Ele riu e revirou os olhos.

— Como você é preguiçosa, Isabella – dei língua para ele.

— Só vai a gente? — indagou Nessie.

— Não. Digamos que eu já espalhei sobre a festa. Sabe como é, sucesso garantido – sorriu convencido.

— Ah, por isso que Tiffany disse ''te vejo amanhã na festa'' - falou Jazz.

— Pois é.

— Você é muito convencido – bati em sua testa. Ele fez um biquinho.

— Até eu seria, meu amor – Nessie soltou-me um beijo.

— Você não conta, Nessie – a cortei, fazendo os garotos rirem.

— Festa, muitas gatinhas, isso me gusta— comentou Jacob com um sorrisinho malicioso. Meu irmão concordou com ele e ambos trocaram um toque de mão.

— Safados! - acusou Nessie com uma careta. O sorriso deles só aumentaram fazendo minha prima revirar os olhos.

— Okay, agora vamos embora que eu tô com fome – Jasper falou dando um dos seus ataques do fominha. O loiro era magro de ruim, porque o tanto que essa peste come...

— Vai lá, pacman— zombou Jacob, provocando mais risadas.

Meu irmão lhe lançou o dedo médio e entrou no carro. Nessie e eu nos despedimos dos meninos e entramos no Audi também. O caminho para casa foi feito em conversas sobre o TN com uma música do Maroon 5 de fundo.

— A Alice me parece ser uma boa pessoa – comentou Nessie quando nos sentamos no sofá da sala.

— Ela é bonita, porém é muito quieta – Jazz fez careta – Gosto de animação – se remexeu no sofá, fazendo com que Nessie risse e eu lhe jogasse uma almofada – Ai! Porque você fez isso, sua louca?

— Não sou obrigada a te ver remexendo que nem uma minhoca – dei de ombros. Jazz grunhiu – Percebi uma coisa na hora da entrevista... — coloquei uma mão no queixo, pensativa, mudando de assunto.

— O que? — perguntaram curiosos.

— Vocês perceberam uma... Tensão, quando eu perguntei o porque deles terem se mudado? — arqueei uma sobrancelha. Jazz fez uma expressão confusa e Nessie assentiu.

— Não percebi nada. Acho que eles só estavam nervosos – opinou Jazz.

— Algo me diz que tem mais nessa história – Nessie opinou e eu concordei.

— Vocês são loucas! — bufou. Nessie e eu lhe tacamos almofadas – Parem com isso! Que chato! Tudo desse povo é bater no Jasper, xingar o Jasper, esculhambar o... — e saiu da sala resmungando.

Ri com minha prima.

— OLÁ MEUS AMORES! — chegou mamãe gritando. Ela estava com a bolsa em um ombro e sacolas nas mãos.

— Oi tia! — Nessie sorriu.

— Mãe, o que é isso? — apontei para as sacolas em suas mãos.

— Ah, é o vestido e sapato que eu comprei para o jantar de hoje – deu de ombros, sentando-se ao lado da gente.

— Jantar? Mas que jantar? — franzi o cenho. Que jantar era esse que ninguém tinha falado? Mamãe estava ficando louca? Mais do que já é?

Renné bateu a mão na testa, como se lembra se de algo.

— Eu não lhes contei que vamos ter um jantar com os novos vizinhos? — negamos com a cabeça – Oh, droga! Hoje nós vamos ter um jantar com eles. O patriarca da família é amigo de infância de Charlie. Ele tinha ido morar em outra cidade quando ainda era adolescente e voltou há poucos dias.

— Por acaso eles seriam os Cullens? — minha prima arriscou. Olhei assustada para ela. Que história era aquela?

Renné sorriu animada.

— São eles mesmos! Conheceram os filhos deles? Ouvi falar que estudam na mesma escola...

— PERA AÍ! — interrompi, me levantando bruscamente no sofá. Renné me olhou confusa enquanto Renesmee me olhava temerosa – Os Cullens são nossos novos vizinhos e ainda por cima um deles é amigo do papai? — perguntei e elas assentiram lentamente. Passei alguns minutos em estado de choque, olhando para o nada, até a reação que provavelmente a ruiva estava esperando veio – EEEEEEEEEEEEEEU NÃO ACREDITO! RENESMEE, PORQUE NÃO ME CONTOU? — apontei acusatória para minha prima.

Ela engoliu em seco.

— Eu pensei que você já tinha visto! Caramba, eles moram aí na frente – apontou para porta.

— NA FRENTE? - minha voz saiu fina. Nessie se encolheu no sofá. Respirei fundo, tentando me acalmar — Se eu tivesse percebido, eu estaria tão calma?! — ela deu de ombros. Bufei – Jasper sabe? — ela assentiu. Chutei o ar – Droga! Só eu que não sabia dessa merda? — ela assentiu lentamente.

— Posso saber o que está acontecendo? — pediu Renné. Ela já estava de pé, com as mãos na cintura e batendo o pé direito.

Suspirei caindo no sofá.

— É que Bella não se deu muito bem com o filho mais velho dos Cullens – explicou Nessie, com um sorriso amarelo.

— Eu posso saber o por quê? — pediu mamãe, sentando-se novamente no sofá. Renesmee lhe contou toda a história enquanto eu ainda estava voando, tentando assimilar o que tinha acabado de escutar. Pisquei os olhos quando escutei a risada alta da minha mãe.

— O que foi? — perguntei zangada.

— Você ficou com raiva porque um pedaço do céu daquelas caiu em cima de você? Oh, meu Deus, se um garoto daqueles caísse por cima de mim, eu acharia que era um anjo que Deus tinha me mandado – sorriu maliciosa. Olhei chocada para minha mãe.

— MAMÃE! — ralhei com ela. Renné gargalhou.

— Calma, meu bem. Apesar do garoto ser lindo, eu prefiro o seu pai – piscou um olho.

— Pera aí... A senhora já viu o Cullen?

Ela deu de ombros, enquanto assentia. Bufei mais uma vez, fazendo ambas rirem.

— Ela não é das nossas, Renné – Nessie zombou e mamãe riu. Dei-lhe a língua.

— Bom, vou ajudar a Grace na cozinha, afinal, hoje tem muito trabalho – assim que ela nos deu as costas, Nessie e eu fizemos uma careta.

Renné + cozinha não era uma combinação legal. Sorte que teria Grace – nossa empregada – para ajudar-lhe.

— Preciso ir atrás de uma roupa para me vestir – Nessie levantou-se em um pulo – Vamos, tenho que encontrar algo para você também.

Cruzei os braços, com cara feia.

— Ainda estou chateada com você – fiz birra – Você e o Jazz são dois ingratos! Sempre ajudo vocês e o que eu ganho? Uma apunhalada pelas costas! — joguei as mãos para cima. E não, eu não estava dramatizando. Nessie revirou os olhos.

— O que tem o Jazz ai? — meu irmão apareceu com um pacote de Ruffles na mão.

— Nada. É só a Bella fazendo drama – ela me puxou pelo braço.

— O de sempre - meu irmão concordou.

— Hey! Eu não sou dramática! — me indignei.

— É sim – falaram juntos.

Quando ia abrir a boca para reclamar, eis que minha mãe grita.

— JAAASPER! O QUE EU DISSE SOBRE ESPERAR O JANTAR?

— MAS EU TO COM FOME! — meu irmão retrucou.

O resto da discussão não deu para escutar, pois Renesmee me arrastou pela escada e nos trancou em seu quarto. Sentei-me na cama de casal enquanto ela entrava dentro do closet, acendendo a luz.

— Não quero ir super produzida. É só um jantar, Nessie – joguei-me na cama, entediada.

Minha prima colocou a cabeça para fora do closet, lançando-me um olhar feroz.

— Não é só um jantar, Bells. É um jantar onde o cara mais gato que já vi na vida estará presente – colocou a cabeça para dentro do closet.

— Pensei que o cara mais gato que você tinha visto na vida era o Alec – sorri maliciosa, lembrando-me do belo garoto de cabelos lisos e pretos.

Outra vez, Nessie colocou apenas a cabeça para fora do closet.

— Mas ele é também. Os dois, saca? – piscou um olho, atirando-me algumas peças de roupas.

— Você é uma tarada, ruiva – joguei as roupas para o lado, voltando a me sentar na cama – Ainda tem os pegas as escondidas com o Alec?

Ela sorriu maliciosa, atirando-me mais roupas.

— Claro! A gente não se desfaz tão rápido do que é bom – gargalhei com suas palavras. Nessie era uma piada. Fazia mais ou menos dois meses que ela vive esse lance com o Alec. A única pessoa que sabia era eu. Ela não queria que os meninos soubesse, afinal, eles sabiam ser bem chatos quando queriam.

Ela saiu do closet com mais um punhado de roupa, jogando-as em mim novamente. A olhei irritada.

— Para que tanta roupa? Vai doar? Vender?

Ela bufou, dando-me um tapa na testa.

— Não, sua lesa. Vamos escolher uma para nós – falou, pegando as peças de roupas e as analisando.

— Caso você não saiba, eu tenho roupas – falei entediada.

— Mas, são muito simples. Hoje nós precisamos de algo mais tchan— ergueu os polegares.

— Nem tchan, nem tchen. Eu vou com as minhas roupas. E não, não vou usar salto. Muito menos vestido. Tenho trauma daquilo – arrepiei-me lembrando daquele fatídico dia.

Nessie caiu na gargalhada, provavelmente, recordando-se da mesma coisa. Viajei em pensamentos, especificamente há um ano atrás.

{Flashback – on}

Estava atrasada. Mamãe tinha gritado por mim umas dez vezes, questionando-se se eu tinha caído em algum buraco negro que estranhamente aparecera em meu quarto, pois com a minha sorte, era capaz de tudo. Nem preciso citar que fiquei irritada com essas palavras, né? Não é porque o universo não conspira ao meu favor, que um buraco negro aparecerá. Não é? Enfim, deixando esses pensamentos nada sadios para lá, coloquei o único item que faltava: sapatos de salto. Eu os achava lindos, é claro, mas usá-los era outro pagode. Não era muito fã, mas às vezes me arriscava nessa aventura. Sim, para mim, andar de salto era uma tremenda aventura.

Completamente pronta, desci as escadas com cuidado e cheguei segura na sala. Mamãe puxou-me para o carro, onde meu pai já estava ao volante perfeitamente vestido de terno. Nessie e Jasper estavam no banco traseiro e logo juntei-me a eles, enquanto mamãe tomava seu lugar na frente. Nós estávamos indo a uma festa da revista. As coisas correram bem durante a noite, pelo menos, até a metade dela.

— Sabe, o que eu percebi? — indagou Jazz quando estava apenas ele, Nessie e eu sentados a mesa. Nossos pais haviam saído para cumprimentar algumas pessoas.

— O que? — perguntou Nessie despreocupadamente, bebendo a taça de champanhe intocada pela minha mãe.

— Que a Bella parece uma pata andando com esses sapatos! — zoou, rindo, fazendo com que Nessie risse e cuspisse todo liquido de sua boca em mim, que estava em frente a ela.

Abri a boca chocada. Nessie e Jasper me lançavam olhares temerosos e não demorou muito para sentir a raiva espalha-e por mim. Trinquei os dentes, respirando rapidamente.

— Fudeu! — foi a última coisa que Nessie disse quando me levantei para bater nos dois, porém, ambos foram mais rápidos e saíram correndo. Eu, possuída pela raiva, corri também.

E essa foi a ideia mais infeliz da minha vida. No meio da perseguição com o dom que só eu tinha, tropecei em meus pés e cai no chão. O pior nem foi isso e sim o fato que o meu vestido subiu, mostrando o que não devia – ou seja, minha calcinha. Algumas pessoas riram, outras estavam chocadas e eu estava rezando para abrir um buraco no chão que me engolisse. Meus pais apareceram naquele momento, ajudando-me a levantar, enquanto minha prima e irmão pilantras, davam altas gargalhadas.

{Flashback – off}

Arripei-me ao final da lembrança.

— Ai, meu Deus! Aquela cena foi impagável – comentou, depois de cessar as risadas.

— Vocês dois ainda me pagam – prometi.

Ela revirou os olhos.

— Chega de conversa fiada e vamos nos ajeitar! — começou a me empurrar para o closet, entretanto, a refreei.

— Você se arruma do seu jeito e eu do meu, tchau – soltei dois beijos e sai correndo do seu quarto. Antes de entrar no meu, ainda escutei o seu grito.

— ISABELLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Gargalhei alto e passei a chave na porta, antes que a louca tentasse entrar aqui dentro e me arrastar. Respirei fundo e entrei no banheiro, tentando não pensar muito no jantar, sem sucesso.

PORRA! EDWARD CULLEN VAI VIM JANTAR NA MINHA CASA! O QUE EU FIZ PARA MERECER ISSO?