Harry Potter & A Lenda dos Elementares escrita por Gatama Layus
Notas iniciais do capítulo
*Lumus*
Oi gente ;D
Demorei muito. Eu sei.
Quero agradecer a:
Wade Burt Carlysle
que comentou.
E a:
Gina Finnigan Valdez
Ana Pevensie Malfoy
e
Denise LG
que estão acompanhando a história.
Beijos Doces para vocês. *-*
Espero que gostem do capítulo, tem uma personagem original.
Boa Leitura.
*Nox*
A menina com seus dez anos encara o túmulo chorosa.
Já se passou um ano, mas mesmo assim ainda chorava.
Chorar é compreensível, afinal aquela era sua mãe. Enterrada lá no fundo. Se pudesse cavaria, mas não iria adiantar. Nós não voltamos dos mortos.
_Acho melhor irmos, minha filha. – Um homem com cabelo quase branco que batia no ombro diz se abaixando à altura da menina.
Seus olhos são grandes e possuem um tom azul claro como os da filha. Suas roupas são de um tom laranja gritante, o que parecia inapropriado para um cemitério.
Esse é Xenofílio Lovegood.
_Vamos. – Ela responde.
Luna Lovegood tem cabelos loiros e grandes olhos de um tom azul claro como os do pai. Seu vestido era amarelo, o que também parecia inapropriado para um cemitério.
Mas assim são os Lovegood.
Eles têm suas próprias “regras” para agir na sociedade.
Neste caso, eles usam roupas de cores chamativas e cheias de vida para alegrar as almas dos falecidos.
Alguns os chamam de loucos, pelas costas, é claro. Ninguém falaria assim do Rei e da Princesa.
Alguns acham que eles têm razão, afinal os mortos já estão tristes por terem morrido quem disse que tem que continuar tristes depois da morte.
É...
Faz sentido.
7 anos depois...
A grande biblioteca do castelo abriga a loira praticamente todas as tardes.
E aquela tarde não era diferente.
Luna Lovegood está sentada no chão tendo como apoio uma das estantes cheias de livros. Ela lê o livro intitulado:
“Bichos de Nosso Mundo que são Considerados de Outro Mundo.”
_Imaginei que estaria aqui, mas eu sempre procuro no seu quarto primeiro. – Uma voz feminina chegou a seus ouvidos.
_Se imaginou que eu estava aqui por que foi no meu quarto? – A loira sentada no chão pergunta com um ar sonhador sem levantar os olhos do livro.
Luna tem, quase sempre, esse ar sonhador.
_Porque eu ainda tenho esperanças de que largue um pouco essa biblioteca e vá mexer no computador ou celular.
_Ah! Por favor. Eu prefiro, obviamente, um livro a essas tecnologias estranhas que pulam dos objetos.
_Elas não pulam. São projetadas no ar e podem ser tocadas. É muito legal.
_Tudo bem. Não iremos discutir isso novamente. Deixe-me com meus livros. Eu os prefiro.
_Não digo que é para parar de ler. Só digo que podia explorar mais as tecnologias e talvez sair um pouco desse castelo para conhecer pessoas novas.
_Para que eu conhecerei pessoas novas? Tenho você, meu pai, sua mãe, Rolf e todas as outras pessoas do castelo.
_Precisa conhecer pessoas novas, Luna. Como virará Rainha da Corvinal se não sai do castelo para ver seus súditos.
_Tudo bem. Vou tentar sair mais.
_Não vai não. Você vai me enrolar como fez todas as outras vezes. Por isso eu já tomei minhas providências.
_Quais? – Luna pergunta levantando os olhos pela primeira vez encarando a menina.
Carolina Scamander a encarou de volta com seus olhos verdes. Os cabelos castanhos escuros caiam em seus ombros em pequenas ondulações contrastando com a pele branca. Os lábios se abriram em um sorriso que deixou Luna certa de que ela havia “aprontado”.
_Eu posso ter, acidentalmente, confirmado sua presença no Baile. – Ela diz divertida.
_Eu não vou. – A loira rebate.
_Seria deselegante.
_Eu informo que não estarei presente.
_As notícias sobre quem estará no Baile se espalham rápido. A Princesa da Corvinal irá ao Baile depois de muito tempo e todos querem vê-la. Iria decepcioná-los se informasse que não iria. Resumindo... Seria deselegante.
Luna encara Carolina, mas resolve não discutir voltando a ler seu livro.
Ela podia ser persistente, mas a morena sempre foi mais. Carolina sempre consegue o quer quando está muito empenhada em conseguir. Ganhou quase todas as discussões que tiveram ao longo da vida.
E foram muitas.
A mãe de Carolina, Sophie Scamander, sempre foi a melhor amiga de seu pai e, depois de um tempo viajando com o marido, ela voltou para Corvinal onde soube da morte de Estella, a mãe de Luna e mulher de seu amigo.
Ela também tinha perdido seu companheiro então apoiou Xenofílio e o ajudou a cuidar de Luna que começou a conviver bastante com a mulher e seus dois filhos, Rolf e Carolina.
Carolina, ao ver a clara desistência da loira, sorriu vitoriosa.
_Então... Vamos sair desta biblioteca.
Luna olha para Carolina parecendo impaciente.
_Eu quero ler, Carol.
_E eu quero comprar nossos vestidos.
Luna suspira sem querer uma nova discussão e fecha o livro. Levanta-se e sai da biblioteca com a amiga.
_Chamaremos a sua mãe? – A loira pergunta.
_Acho melhor não. Ela está com seu pai, de novo, no escritório e é melhor não interrompermos o que quer que eles estejam fazendo.
_Ah. Tudo bem. – Ela diz tranquilamente saindo saltitante.
Ela poderia não querer fazer compras, mas andar saltitando sempre a ajudava a esquecer dos problemas. As pessoas sorriam quando ela fazia isso e tudo fica alegre com um sorriso.
Mas Carolina não sorriu.
Olhou seriamente para Luna que parou de saltitar ao não perceber a morena a seu lado.
_ O que aconteceu? – A loira pergunta curiosa.
_Não te incomoda o fato de minha mãe e seu pai passarem tanto tempo naquele escritório todos os dias?
_Por que incomodaria?
_Eles provavelmente estão se agarrando agora então...
Luna entorta a cabeça e sorri.
_Olhando por esse lado é um pouco estranho, mas eu nunca me incomodaria com isso. Na verdade acho que estava demorando para isso acontecer. Eles se fazem bem. Isso está claro para mim.
Carolina olha para a menina e a única coisa que passa pela sua cabeça é que Luna é a pessoa mais madura que ela já conheceu.
Se fosse outro, talvez ficasse receoso ou com raiva, afinal sua mãe tinha morrido e nenhuma tentaria tomar seu lugar.
Mas Luna, obviamente não era assim.
A loira entendia o amor.
A morena sorri para a loira e elas seguem o caminho para fora do castelo.
Elas recusam a carona do motorista e vão andando pelas ruas do reino.
Os grandes prédios contrastavam com as casas cheias de plantas. Era uma combinação estranha se você contar o impotente castelo ao fundo, mas combinava.
Elas chegaram a loja e provaram tantos vestidos que perderam a conta.
No fim das compras Carolina estava satisfeita e Luna estava muito cansada.
A loira acha que nunca andou tanto na vida.
Voltaram ao castelo com as mãos ocupadas por várias sacolas de diversas lojas que entraram e saíram aquela tarde. Luna estava certa de que, pelo menos, as compras valeram a pena porque eram vestidos e acessórios muito bonitos.
Não que ela precisasse. Tinha muito vestidos de todos os tipos em seu closet, mas Carol insistiu na compra.
E quem era ela para discutir com a grande Carolina Scamander.
Ao chegarem ao castelo seu pai, Sophie e Rolf já esperavam-nas para jantar.
Rolf olhou para elas com seus olhos castanho esverdeados e sorriu.
Elas retribuíram.
Não tinha como não retribuir.
Rolf era uma das poucas pessoas que Luna conhecia que conseguia transmitir o sorriso com o olhar.
Também é muito charmoso para ser ignorado.
Os cabelos castanhos claros bagunçados, os olhos profundos, o sorriso bonito e contagiante e o porte físico agradável faziam dele um homem muito bonito.
Luna sentia tanto orgulho dele.
Cresceu com aquele homem que naquele momento abraça aquela menina-mulher que também cresceu com ela.
Logo ela substituiu a morena nos braços do moreno que logo depois pegou as duas pelo braço e as levou para a sala de jantar dizendo algo sobre como elas são patricinhas e fizeram ele quase morrer de fome.
Os dois adultos vinham logo atrás rindo da cena.
São esses momentos que fazem Luna pensar que com seu pai e Sophie juntos ou não eles sempre seriam uma família.
Naquela noite ela jantou com a sua família tranquilamente sem imaginar que em pouco tempo a vida de muitos iria mudar.
Principalmente a dela.
A da loira de grandes olhos azuis que gargalha sobre alguma história do irmão postiço.
A vida da Princesa da Corvinal.
A vida de Luna Lovegood.
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*Lumus*
Espero que tenham gostado.
Comentem, por favor.
Até o próximo capítulo.
Beijos Doces.
*Nox*