POV. Renesmee

"Tentar fazer uma surpresa pra ele, foi, sem duvidas, a decisão mais inteligente que eu tomei em todos os meus 6 anos de existência...

Como eu e meus pais iriamos para Forks naquele mês, combinamos que eu iria um dia antes que eles, pra poder passar um tempo com o Black, e, como eu aparentava ter 16 ou 17 anos, eu já podia viajar de avião e dirigir sozinha. Como se tratava de uma surpresa, eu obviamente não contei a ele que, neste ano, eu que iria visita-lo.

Depois de HORAS em um avião e mais HORAS ainda andando de carro, eu finalmente pude ver a placa ''Bem-Vindo a Forks'', agora eram questão de minutos até que eu chegasse a La Push. Bem... Esses minutos não demoraram a passar, e logo eu já estava em frente a casa que um dia fora de Billy Black.

Me olhei mais uma vez no espelho do carro e ajeitei a pulseira que Jacob me deu no Natal, quando eu era criança.

Quando pisei em frente a casa do Black, senti um cheiro estranho, alguém estava lá, outro cachorro, mais precisamente. Na verdade, alguém havia estado lá, não foi preciso muito tempo para que eu me lembrasse do cheiro da Leah, ela tinha estado na casa dele, seus cheiros estavam estranhamente ''misturados'', e eu.. Ah eu sabia o que dois lobisomens tinham que fazer para ficarem com o cheiro assim. Foi no meio desses pensamentos que meu coração delicado e pulsante se encheu de certeza e raiva. O fedo de lobo não acabava por ali, ele seguia por floresta a dentro e eu, como a boa namorada traída que eu era, segui o rastro daqueles dois... Putos!!

Com velocidade sobrenatural, logo cheguei a um chalezinho mais vagabundo que aqueles dois. Parei um quinze metros na frente do chalé e me aproximei devagar, encostando com cuidado minha cabeça na porta, tentando ouvir o que acontecia lá dentro. Não foi preciso usar minha audição sobrenatural para ouvir a respiração ofegante dos dois cãezinhos quase acasalando.

Abri a porta do maldito chalé com violência e pude dar uma analisada rápida na situação dos dois: Leah estava deitada no sofá só com sutiã e Jacob encima dela, sem camisa e com a bermuda semi-aberta, a Clearwater também estava com a calça jeans desabotoada. Os dois me olhavam apavorados, paralisados (sacanagem isso né?!) e levaram certos 2seg. para o Black processar toda a situação e tirar a mão direita de cima do seio esquerdo de Leah.

– MAS QUE PORRA É ESSA?! - perguntei, sem total controle sobre minha voz, mas eu sabia o quão estava descontrolada, com raiva, e eu olhava indignada para o casalzinho de cachorros.

– Renesmee... Er.. Eu posso explicar... - ele disse, enquanto se levantava e ponhava-se na minha frente, só então pude notar o volume em sua bermuda.

– AH É?! Então explique! - eu disse num tom irônico e revoltada, fingindo que ia dar uma chance, e quando ele abriu a boca pra falar, o interrompi - Quer saber?! Não me explique nada!! Podem continuar a cachorrada! Vejo que cheguei na parte mais divertida da brincadeira! - assim que acabei de falar, joguei a pulseira que ele havia me dado em seu peito, mas com tanta força que ele deu um passo pra trás, aquilo provavelmente deixaria marca.

Acho que quando ele olhou para a porta de novo, eu já estava longe, usei minha velocidade não humana para chegar rápido ao carro, pois eu sabia que ele me seguiria.

Quando eu já estava dando partida, ouvi um uivo próximo, foi só olhar para o espelho retrovisor para vê-lo em forma de lobo, tentando me alcançar. Eu olhei para trás e gritei:

–Não ouse me procurar, Black! - ele continuava correndo, mas o carro estava a uma boa distancia dele, eu sabia que não me alcançaria tão fácil.

Só quando cheguei na cidade, senti que ele desistira, porque, como era segunda - feira, as ruas estavam lotadas, achei que todas as poucas pessoas de Forks estavam fora de suas casas, para minha sorte.

Como eu estava perto da casa do vovô Charlie, achei que não teria problema fazer uma visita, já que, desde que Sue morreu, ele perdeu boa parte da visão, quase 60% desde a ultima vez que ouvi sobre o assunto.

Estacionei meu carro um pouco afastado da casa de Charlie, pois lá na rua todos os vizinhos sabiam bem que a neta do Sr. Swan tinha apenas 6 anos. Pensando nisso, resolvi que seria melhor entrar pelos fundos, afinal, meu avô era 'cego', mas os vizinhos não. Chegando perto da porta, ouvi gargalhadas histéricas vindas de dentro da casa, uma delas pertencia a Edward e outra a Bella. Meus pais já haviam chegado? Como? O voo deles não saia amanhã? E onde estava o carro do senhor Cullen?

Acho que meu pai ouviu minhas perguntas mentais e foi logo abrir a porta dos fundos para mim:

– Olhe quem chegou, Sr. Swan! - disse papai, me levando até o vovô, que estava sentado.

– Como assim 'olhe', Cullen? Está brincando comigo?! - respondeu vovô, me abraçando e tentando parecer serio enquanto falava aquilo, o que fez minha mãe gargalhar ainda mais.

Quando finalmente pude ver os olhos de Charlie, vi que a situação parecia estar pior do que eu pensava, suas pupilas estavam pequenas demais e ele olhava para o nada.

– Seu avô perdeu mais 30% da visão desde a ultima vez que ouvimos falar, Nessie. - disse meu pai, provavelmente não se casara de ler meus pensamentos, então aproveitei, pensando na situação que acabara de passar.

De repente, o rosto alegre de Edward ficou perplexo. Só então, vovô Charlie percebeu que nós dois estávamos quietos de mais, isso depois de 5min. tagarelando com a minha mãe.

– Por que estão tão quietos? Da ultima vez que te vi você tagarelava sem parar, até mais do que eu, Renesmee... - ele não estava realmente preocupado, o que fez minha mãe e eu soltarmos um riso.

– Bom, Sr. Swan, acho que é melhor nós irmos, temos muitas coisas para resolver na cidade. - mentiu meu pai, enquanto minha o olhava com a cara de ''Hã? Oque? Por que?'' eu rapidamente segurei sua mão dizendo-lhe mentalmente:

Mamãe, é sobre Jacob, precisamos conversar... (sim, meu dom evoluiu)

Ela assentiu, nós nos despedimos do Charlie e caminhamos para o MEU carro. O Sr. Cullen foi mais rápido do que eu e sentou no banco do motorista, já minha mãe sentou-se no banco do passageiro, não me deixando escolha a não ser o banco de trás.

Quando já estávamos a caminho do hotel, papai disse:

– Renesmee, por que não mostra para sua mãe o que me mostrou?

– Me mostrar o q... - antes que pudesse terminar, ela já estava com os olhos sem rumo, o que significa que ela estava vendo minha terrível lembrança (e não, eu não preciso mais tocar as pessoas para mostra-las minhas lembranças). Logo seu rosto pareceu indignado.

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No dia em que fomos pegar o avião para voltar para o Canadá, o lobo mau apareceu pelo aeroporto, dizendo que me 'amava' meus pais tiverem que se controlar para não dar um voadora no pescoço dele, mas eu esperei o discurso acabar, na verdade, eu esperei as três palavras que tanto queria ouvir dele, para dar-lhe algo pior que uma voadora:

– Eu te amo, Nessie.

– 1° Pra você é 'Cullen' e 2°... Eu te 'amei', Black! - dei as costas pra ele fui para o avião, quase não escondendo minha velocidade da parte vampira, mas foi ótimo olhar pela janela e ver o Jacob com cara de dor, foi tão... Satisfatório!

Dentro do avião, consegui me concentrar no risinho malvado do meu pai, provavelmente, ele achava os pensamentos de sofrimento do lobo... Engraçados. E minha mãe, me olhava com uma cara de orgulho, com aquela cara que diz: ''Essa é minha garota!''. Sorri satisfeita até pegar no sono.''

– Ual... - disse Demétria, minha melhor amiga, também imortal, ela me olhava com admiração, provavelmente, havia gostado de saber que Jacob havia se ferrado, ela não ia com a cara dele desde a primeira vez que o viu - Adorei você ter feito o Black tomar no cú - ela disse rindo.

– Tudo bem mas você pode falar mais baixo? Ainda estamos na escola, e não seria bom pra nossa reputação se nos ouvissem falando sobre seres sobrenaturais... - tudo bem que estávamos no intervalo, e que a nossa mesa (a dos populares) é um pouquinho mais afastada dos humanos normais mas... mesmo assim.

– Fique tranquila, Ness. Os humanos não se preocupam o suficiente com a gente para tentar ouvir nossas conversas. - ela disse sorrindo, de forma amigável, me convencendo de que não teria problema, até que eu lembrei do seu dom de persuasão.

– Demétria Gilbert! Não ouse, nunca mais usar seu dom comigo! - falei me fazendo de brava, olhando em seus olhos dourados alaranjados cobertos por lentes verdes, fazendo-a rir - Não ria da minha cara, mocinha!

– Desculpe, é muito difícil não rir da sua cara - ela disse ainda rindo

– Já contou pra ela sobre o cachorro? - Tia Rose se aproximava com tio Emmett e meus pais, eles também estudavam naquela escola, e lá, eramos somente primos.

– Já sim, Rose. Foi muito bem feito para aquele bo... Não, não serei tão inculta a ponto de falar o que aquele chihuahua é.. - Demi disse, fazendo todos da mesa rirem, é pelo seu 'ódio' por Jacob, que ela e tia Rose se dão tão bem.

– Ness, você arrumou sua mala para a viajem?

– Não, Bella, com tudo isso que aconteceu eu esqueci, por isso eu ia perguntar se a Demi pode ir em casa para me ajudar...?

– É claro que pode! - disse tia Rose, Demi era mais amiga dela do que minha, então...

O sinal tocou e cada um para sua sala, o bom da viagem desse ano pra Volterra, é que eu ganho tempo pra fugir de Jacob, pois no ultimo torpedo que enviou, dizia que ele estava vindo para conversarmos melhor...