– Caroline... Te conheci sete anos atrás, e não é exagero em dizer que foram os melhores anos da minha vida. Desde que botei meus olhos em você, nunca mais consegui tirar... Você era apenas uma garota na empresa, e agora está esse mulherão, a mãe do nosso futuro filho. E eu tenho orgulho de você. Nunca tive muita sorte no amor, admito, sei que fiz você sofrer nos dois primeiros anos, mas é que eu sou um idiota que tem medo de ser magoado. E acabei fazendo isso com a pessoa que menos queria, e você me perdoou... Obrigado pela segunda chance. Além de namorada, você é amiga, companheira, leal. Anos atrás, eu dizia que só cavalos eram leais, mas me enganei. Desculpe por demorar um tempo para notar isso, sabe muito que eu sou lerdo. E aqui estou eu, em uma praça pública, na mesma que nos conhecemos e pedi você em namoro. E está na hora de dar um passo a mais na nossa relação. - ele sorriu com lágrimas nos olhos. - Não sou perfeito, mas prometo tentar corrigir minhas imperfeições, não sou metade do que você é. Quero acordar ao seu lado todo dia, quero ver você reclamar sobre o bafo de manhã, quero você só pra mim, sweet. Você é uma Barbie, loira e com olhos claros, e eu quero muito ser seu Ken. Então, você aceita se casar comigo?

April começou a gritar "Aceita! Aceita! Aceita!" e todos pareciam fazer a mesma coisa até Damon que estava quieto desde então.

– Eu... Eu não sei o que dizer.

– Só diga que sim. - ele sorriu, mostrando a caxinha com o anel.

– Sim... Aceito me casar com você. - ela falou com um sorriso no rosto. O britânico levanta do chão, bota uma mecha do seu cabelo em sua orelha, e a beija.

Todos ali presentes fizeram um awn e começaram a aplaudir. Caroline sorriu, ficando corada, e sussurrou uma coisa pra Klaus que riu.

– Você sabia não é? - Damon perguntou, se aproximando de mim, vendo os dois que se beijavam mais uma vez.

– Eu que tive a ideia. - jogo meu cabelo pra trás. - Sou fabulosa, eu sei.

Gargalhamos, até que April se aproximou.

– Bem que vocês podiam se casar também, viu? - falou, e engasguei com minha própria saliva, e deu um sorriso - Que foi? Falei merda?

– Aprilenny. - ele falou, mexendo em seu cabelo. Um sinal de nervosismo. A pequena revirou os olhos e saiu dali. - Desculpa, ér... eu...

– Você fica tão fofo quando tá nervoso. - dou uma risada apertando sua bochecha.

– E você fica linda de qualquer jeito. Óbvio que nua é melhor ainda. - ele sussurrou, enquanto eu corava violentamente.

– Você sabia e não me contou nada, filha da mãe. - Caroline falou, me batendo enquanto ria. - Por que? Pensei que éramos amigas.

– Ia estragar a surpresa. - mostro a língua.

– Aquele barulho no banheiro era você, Niklaus? - a loira perguntou, cruzando os braços. Mas continuava sorrindo.

– Culpado. - ele sorriu, segurando sua cintura. - Elena me ajudou a te despistar antes que desse alguma merda. E eu nunca fiquei tão nervoso quando você tentou abrir a porta do banheiro.

– Idiota. - ela falou, mostrando a língua. Mas de repente ficou séria. - Klaus, quando eu te liguei pra falar o sexo do bebê tinha alguém com você, uma tal de Hayley... Quem era? E porque falou que não tinha ninguém?

– Hay? Ela é minha secretária lá de Nova Orleans... Não se preocupa. Eu falei que não tinha ninguém porque eu tava nervoso com o pedido de casamento, e acabei me embolando todo. E além do mais, ela tem namorado... Acho que é Tyler.

– Lockwood? - pergunto arregalando os olhos.

– Deve ser isso. Por que a pergunta, minha doce e nada inocente, Gilbert? - ele sorriu mostrando suas covinhas.

– Ele é meu ex namorado. - Caroline fala, e logo o britânico fica sério. - Awn, tá com ciúmes? Pois foi assim que eu fiquei quando eu ouvi você falar com a Hay.

– Não é ciúme. - ele falou.

– Pombinhos, eu vou comprar um cachorro quente porque eu não aguento ver vocês se pegando mais. Nunca mais ajudo em nada.

Saio, indo até a barraca de cachorro quente, e observei que Damon vinha atrás. Sorrio, e peço dois. Um para mim, outro para Damon. Estava morrendo de fome.

– Pronto senhorita. - o moço sorriu, e lhe dei o dinheiro. Era cinco dólares, mas só tinha dez.

– Fique com o troco.

– Obrigado.

Entrego um deles pra Damon que sentou-se no banco, enquanto devorava como se fosse morrer a qualquer minuto.

– Como você tá? - perguntei, não tinha muito assunto desde que terminamos. Parecíamos desconhecidos, ou até amigos que não viam muitos anos.

– Bem... Parece que April terminou com Matt e agora está de rolo com o Kol. - ele fez uma careta.

– Desculpa. - sussurrei. E ele me encarou confuso.

– Pelo o que?

– Por isso.

Não sei o que me deu, mas estava com saudades dos seus lábios junto do meu, e me aproximo dele, e o beijo. Deus, como eu sentia falta disso. Ele sorriu, segurando minha cintura, só resolvemos parar assim que ar nos faltou.

– Meu deus, pai... Isso é coisa que amigo faça? Pelo que eu saiba amigos não se beijam. Ou não vai lembrar da conversa que tivemos quando eu tinha dez anos? Sei que tá velho, mas nem tanto né, Damon? - ela sorriu maliciosa.

– Vai se fuder, Aprilenny. - ele falou rindo.

– Te amo, coroa. - ela abraçou Damon, beijando sua bochecha. - Você é o melhor pai do mundo, Damon... Sabia disso?

– Sou seu único pai, óbvio que vou ser o melhor... Agora vaza. - ele diz meio constrangido.

Reprimo uma risada, e Damon me encara depois de alguns minutos encarando o nada. Estava mais coradinho, e olha que nunca pensei que pudesse o ver corar.

– Damon, o que aconteceu, é... - tento falar, evitando o máximo de contato físico. Não queria olhar em seus olhos.

– Foi um erro, eu sei... Não precisa esfregar na cara. - ele se levantou irritado. Tentei chamá-lo, mas ele tinha chamado já um táxi.

– Quer desabafar? - April falou, sentando-se perto de mim. - Damon é cabeça dura, logo logo ele pede desculpas.

– Acho que eu amo o Damon, mas eu não consigo dizer... A única vez que eu falei isso pra alguém saí machucada. E eu tenho medo de acontecer de novo, April.

– Olha, sei que é complicado, mas meu pai nunca vai te trair... Se algum dia, você ver ele beijando outra mulher tem duas opções. Ou ele foi dopado, e pensou que fosse você. Ou ele surtou de vez.

– Eu tenho tanto medo, April. Eu sei que ele está falando a verdade, mas sempre que eu tento dizer "Eu te amo" travo. E não sei se ele vai continuar me amando depois disso.

– Ei... Meu pai é um convecido, metido a esperto, mas não é idiota. Ele nunca largaria você, Elena. Dá pra ver nos olhos dele que ele não deixaria isso acontecer.

– Você é a melhor ex enteada do mundo. - a abraço sorrindo, e ela retribuiu rindo. - Sinto muito pelo Matt.

– Obrigada. E vimos que isso não ia dar certo... Relacionamento a distância. Então decidimos terminar. - deu de ombros. - E além do mais, Kol está me ajudando com umas matérias que to tentando duvida em Julliard.

– Acho que vou me desculpar com o cabeça de mamão do seu pai, viu? - dou um sorriso, e ela apenas se levantou ajeitando a saia.

– Quer que eu coloque o endereço no GPS? - April falou em direção ao carro comigo. - Eu até mandaria a Caroline ir com você, mas ela prefere beijar o noivo.

– Hahaha, obrigada Aprilenny. - ela faz uma careta. - Não gosta do nome, não?

– É que parece que tão dando um esporro, sei lá. Mas anda, ou o Damon fica bêbado antes do habitual.

Casa dos Salvatore.

A porta estava enconstada, estranho muito estranho, fechei-a, e fui caminhando até o seu quarto. Observei algumas fotos dele com um rapaz loiro e olhos verdes com uns vinte anos, outras com seus pais e o mesmo loiro só que ambos em uma versão criança... Quem diabos era aquele loiro? E fotos de... Quem mais, huh? Katherine, April e ele. Até que ouvi alguns gemidos, que foram ficando cada vez mais altos a medida em que me aproximava do quarto, até que abri a porta e me assustei com o que vi.

– Que porra é essa, Salvatore?