O insuportável do meu chefe escrita por Jéssica Lighthouse


Capítulo 11
Minha melhor amiga está grávida!


Notas iniciais do capítulo

Então, depois de quase morrer por não ter postado a reação do Damon ontem, resolvi postar hoje. E agradeçam que ontem não era pra ter postado e sim hoje. Hoje teremos um pouco do passado do Damon. Bem, vejo vocês lá embaixo.



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– Damon, se você quiser dar um bom exemplo pra sua filha, primeiro trate de largar a bebida. Ela só está te destruindo, sei como é perder alguém especial na sua vida, eu perdi meu pai quando eu tinha dezesseis anos. Não foi fácil, mas eu aprendi a superar... E você também precisa superar. Katherine quer que você seja feliz, não importa com quem... Eu realmente me importo com você, Damon...Mesmo não parecendo, eu me importo.

Era tão difícil acreditar nisso? Tudo bem que eu sou chata, arrogante e estúpida com ele, mas ele também faz por onde... Mas mesmo assim, eu continuo me importando com Damon, afinal, todos nós somos humanos e cometamos erros.

– Fala alguma coisa, Salvatore... Porque se não parece que eu só sei falar como se fosse um papagaio.

– Tem certeza que você se importa comigo? Porque eu passei praticamente toda minha ouvindo pessoas me perguntando como é que meu irmão estava lidando com a morte dos nossos pais, como se eu não fosse da família. Sempre fui a segunda opção de Giuseppe, era tratado como um ninguém, pra ele, eu poderia morrer que ele estava pouco se fudendo pra mim... Já Stefan era diferente, desde que metemos o pé naquele orfanato imundo, se preocupavam mais com ele, afinal ele tinha cinco ou seis anos. Sempre era o Stefan, sempre... O favorito. E antes dos meus pais morrerem naquele maldito incêndio, ele sempre foi o preferido da escola, do meu pai de tudo. Stefan era bem pequeno, mas eu tinha sete perto dos oito quando vi meu pai chegar com uma maldita garrafa e bater na minha mãe... Teve um dia que ele chegou mais bêbado do que o costume e...

Lágrimas caíam pelo seu rosto, mas ele tratava de limpá-las, parecia que não queria demonstrar sua fraqueza pra mim. Passei minha mão sobre seu braço, sentindo um leve choque elétrico percorrendo em meu corpo. Deve ter sido uma barra contar pro irmão que tinha seis anos que os pais viraram estrelinhas, e suportar todos falando que sempre seria o Stefan, e cuidar de April bem novo. O interrompi já que ele estava ameaçando chorar.

– Não precisa contar se você não quiser, você sabe não é? - pergunto, tentando tranquilizá-lo. Ele respira fundo, continuando a falar.

– Eu sei, mas eu quero... Preciso desabafar com alguém que não seja um túmulo, Elena. - falou, engolindo o choro. - Continuando: Um dia, ele chegou mais bêbado do que o costume, Stefan estava assistindo TV no volume máximo para não escutar a discussão e eu estava escondido na escada. Eu vi ele agredindo minha mãe com mais força, e como eu era bem apegado a ela fui lá tentando defende-la. Ela sussurrou: "Não, Damon... Volte pro seu quarto." Mas eu não escutei, meu pai virou-se pra mim... Seus olhos estavam vermelhos, estava mais descontrolado, lembro de pouca coisa depois disso, mas acho que ele cerrou os punhos e me bateu. Acordei três dias depois em um hospital, minha mãe acariciou meu cabelo falando que apesar dele bater em nós dois, ela o amava. Só entendi o que ela quis dizer depois que conheci Katherine, mesmo com todos os defeitos que o ser humano pode ter, ele sempre vai ter um espaço em seu coração. Quando ela morreu, foi como se alguém tivesse arrancado meu coração e dado pros cachorros de sobremesa, uma parte da minha vida foi tirada brutalmente... Eu estava sozinho no mundo novamente, já que perdi o contato com Stefan. Não sabia como iria cuidar de uma criança, eu era jovem, tinha uma vida pela frente, mas mesmo assim, enfrentei todas as barreiras que a sociedade colocou nas minhas costas e cá estou eu. Dono da Salvatore's Company, o cara arrogante que todos julgam não ter sentimentos.

– Shh, tá tudo bem... Estou aqui. Pode contar comigo sempre que quiser, tudo bem?

– Porque está me ajudando? - levantou a cabeça para me encarar. Seus olhos azuis estavam totalmente vermelhos de tanto chorar.

– Porque eu sei como é passar por uma perda que faz com que pareça que uma parte da sua vida foi arrancada de você. - falo com algumas lágrimas em meus olhos, me lembrando do meu pai. - Mas, me diz uma coisa... Porque tanta insegurança? Klaus, April e Caroline te adoram, Damon.

– Sabe, eu acho que talvez eu tenha dificuldade em acreditar que alguém possa gostar de mim de verdade. Porque nem pai gostava quando ainda estava vivo.

É... pelo jeito quando Damon era criança foi muito rejeitado pelo pai que sempre preferia seu irmão a ele. As únicas pessoas que gostaram dele do jeito que ele realmente é, estavam mortas: Sua mãe e Katherine. Tudo bem que Klaus e Caroline o ajudaram a confiar mais nas pessoas, mas isso bem depois do acontecimento.

– Mas eu gosto e me importo com você, Salvatore.

Assim que chegamos em sua casa, vejo que April estava do lado de fora com o iPhone em sua mão, ela parecia estar ligando pra alguém, mas depois que viu Damon correu em sua direção.

– Idiota, fiquei preocupada com você. Nunca mais me assuste, entendeu? - falou com raiva. Deu até vontade rir já que deveria ser o contrário, a adolescente chegando tarde em casa e o pai ralhando. - Obrigada Elena, te devo uma.

Damon se virou pra mim, e acenou com um pequeno sorriso. Vejo meu celular com vinte mensagens de Caroline, ótimo... Uma loira com raiva de mim me esperando em nosso pequeno apartamento as cinco da manhã. Assim que cheguei no apartamento, vejo Caroline e Klaus assistindo A pequena sereia, a loira chorava e o britânico a consolava.

– Serio mesmo que você tá chorando por esse filme de novo, Caroline?

– Cala a boca, eu fiquei te ligando centenas de vezes, quase morri aqui, Klaus até me mandou ficar tranquila por podia fazer mal pro bebê e...

– Que bebe, senhorita Caroline Forbes? - vi que seu rosto ficou mais pálido que o de costume. Espera aí, minha melhor amiga estava grávida? - Oh meu deus... Você está grávida.

– Eu.. Eu...

– Minha melhor amiga está grávida! Então... O Niklaus é o pai... E ele aceitou o meu afilhado? Porque se não eu vou dar uma voadora na cara que ele vai parar na China. - ameaço Klaus que tremia de medo.

– Sim, ele aceitou minha gravidez, até me pediu em namoro em praça publica. - sorriu, mostrando o anel que ele tinha dado. - Lindo né?

– Óbvio, agora eu vou dormir que estou exausta. Tenha uma boa manhã, lindos... E sem sexo, por favor. Quero ter paz por enquanto.

Os dois coraram, mas logo voltaram a atenção pra TV, tirei meu casaco e joguei-me na cama. Quando estava quase dormindo, meu celular apita: Nova mensagem de Damon Salvatore.

Obrigado por hoje, me ajudou muito e desculpa atrapalhar seu ritual de beleza. Vou ler seu artigo mais tarde, mas já gostei dos primeiros parágrafos. - D.S

Dou um sorriso, e logo trato de responder.

De nada, espero que tenha ajudado... E atrapalhou sim, mas eu te perdoo. Sério? Obrigada :). Agora eu vou dormir porque estou morrendo de sono. Abraços. - E.G

Boa noite... Sonhe com os anjos. - D.S

E acabo adormecendo com um sorriso no meu rosto, sem saber o porque exatamente estou sorrindo. Mas acho que desabafar um pouco com o Damon deu certo, me fez tirar um pouco do peso que eu carrego em minhas costas.

Agora, minha função além de secretária, jornalista, amiga e futura tia é: Fazer Damon Salvatore largar o vício do álcool. Tarefa um pouco difícil, mas com um pouco de prática, eu consigo.


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Notas finais do capítulo

Spoiler: ~Próximo capítulo vai ter o flashback do que rolou na festa.
Gente, quem viu o 5x11? Episódio foda... Eu curti quase tudo, menos a parte de Delena sofrendo.