Tears of blood escrita por IS Maria


Capítulo 43
Epílogo: A ascenção da Rainha vermelha




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Suas mãos percorreram a minha cintura, seus dedos longos e pálidos acariciando cada centímetro da minha pele, fazendo-me queimar e seus olhos emanando um desejo tão ardente quanto o seu toque. O sangue estranho que corria em minhas veias se aquecia apenas com o seu olhar e sua voz grossa sussurrando em meu ouvido, seu hálito quente e doce roçando a pele sensível de minha orelha e seus lábios aos poucos se arrastando pelo meu rosto até tomarem os meus. Eu estava sem fôlego e ofegante, o que fazia com que meu peito subisse e decesse pesadamente, mesmo que eu não precisasse de ar. Senti-me envergonhada por ainda ser amada com a mesma intensidade, eu não merecia ser amada por ele, não o merecia de maneira alguma e mesmo assim, seus olhos ainda se direcionavam a mim como se eu fosse de fato a mais bela de todas e digna de toda a sua atenção. Acredito que ninguém havia imaginado o ardor e a ternura que poderiam partir de Caius, o frio e tirano. Aos meus olhos ele sempre havia sido um anjo, o mais belo e divino de todos eles. Ele era como o meu próprio Lúcifer, a minha estrela da manhã, o meu ardente amante e companheiro, meu rei sombrio e obscuro e ainda sim, puro. Protestei contra seus lábios quando senti o frio do cetim do robe vermelho, deslizar por meus braços e em resposta, ele sorrio contra meus lábios tornando a abrir seus olhos vermelhos, ainda mais intensos.

— Não vamos nos esquecer de quem foi a ideia de ter uma vida normal - Ele revirou os olhos enquanto se afastava.

— É eu sei... É só que... Ainda é difícil quando suas mãos deixam o meu corpo - Disse, constrangida com a minha própria afirmação e pela rouquidão em minha voz.

— Não pense que é de alguma maneira, fácil a deixar - Ele bufou enquanto se vestia.

— Eu disse que se quiser viver de alguma maneira... - Mordi o lábio inferior - Quer dizer... Não precisa se forçar a fazer isso.

— Eu faria qualquer coisa por você - Tornou a me segurar em seus braços - E além do mais... Não é tão ruim ter um certo poder sobre os humanos também.

— Eu não chamaria o que temos de poder— Revirei os olhos enquanto deixava o robe cair novamente ao chão e o substituía por uma camisa branca social ao estilo mullet.

— Muitas vidas em nossas mãos... Pessoas obedecendo às minhas ordens e morrendo de medo dos meus olhares - Disse enquanto se dirigia ao banheiro com a caixinha de lentes de contato nas mãos. - Parece poder para mim. - Quase pude sentir o sorriso malicioso por suas palavras.

— Foi um exagero comprar o hospital - Bufei enquanto abotoava rapidamente a saia social risca de giz, preta.

— Com certeza eu permitiria que minha esposa passasse o dia em um hospital rodeada de homens, que a veriam todas as manhãs vestida deste jeito e eu ficaria apenas em casa... Roendo as unhas. - Ele apareceu ao batente da porta, completamente vestido com um terno e camisa negros e sapatos sociais. Não pude deixar de sorrir quando ele enfatizara a palavra "esposa".

— Não vejo nada de errado com a maneira que eu me visto - Sorri enquanto me abaixava para calçar os sapatos de salto alto e bico fino, envernizados com o solado vermelho.

— Isso porque não pode se ver e não sabe o quão provocante a sua bunda fica nessa saia - A maneira como ele pronunciou o termo, fizera com que eu me arrepiasse por completo. Eu podia sentir o desejo em sua voz.

— Fala como se o senhor também não fosse provocante o suficiente - Me aproximei dele e terminei de ajeitar a gola de sua camisa.

— Ah por favor... - Ele revirou os olhos - O rosto daquelas mulheres é quase ofensivo comparado ao seu.

— Isso não é verdade ! A "doce Amy" é linda e tem se mostrado muito prestativa. - Tentei esconder minha alteração, mas não obtive sucesso algum e provoquei um sorriso em seus lábios enquanto ele direcionava suas duas mãos à minha bunda e apertava trazendo-me para mais perto.

— A "doce Amy" - Fez uma breve imitação amadora de mim - Parece o esboço malfeito, desenhado por uma criança de cinco anos diante aos seus traços... Minha deusa - Eu havia apreciado o que ele havia dito, mas havia me encolhido com a escolha das palavras. - Não tem que se envergonhar disso - Ele continuou - Eu não veria ninguém melhor para receber a coroa.

Ele havia novamente me emocionado com as suas palavras e a lágrima que deixou meus olhos, deixou claro o quanto eu estava grata. Era uma das vantagens de minha condição, eu podia chorar, assim como o sangue corria em minhas veias e eu apreciava, pois não podia imaginar todos os sentimentos parados em minha garganta durante a eternidade sem poderem sair de alguma maneira. Depositei um breve beijo de agradecimento em seus lábios e depois de acentar as ondas de meu cabelo comprido, me dirigi à porta enquanto o aguardava. Ele ficava ainda mais lindo de olhos azuis, mas havia sido difícil encontrar uma lente que poderia se sobrepor ao vermelho, para que ao menos ressoasse o tom suave que casava muito bem com o seu rosto pálido e seus cabelos dourados. Depois de uma breve discussão para saber quem tomaria a direção da Mercedes, eu recuei e deixei que daquela vez ele dirigisse e me sentei ao seu lado, pouco depois deixamos nossa casa para trás. Era enorme e extravagante para as redondezas da pequena cidade de Forks, o que fazia com que muitos olhares se dirigissem a nós, mas eu já havia o convencido a deixar Volterra então permiti que ele tomasse as decisões seguintes. Quando pisamos no hospital, que tinha sido completamente renovado, olhares foram dirigidos a nós como sempre ocorre e algumas pessoas se aproximavam para nós cumprimentar, sendo que muitos ainda se mostravam assustados o que era divertido.

— Bom dia Emma - Jhon, um dos médicos de minha equipe se aproximou com uma saudação calorosa, mas hesitou segundos depois assim que o olhar frio de Caius o atingiu. Havia sido tão gélido que até eu tinha sentido. Era assim, sempre que ele estava ao meu lado nenhum homem ousava se aproximar.

— Bom dia Jhon - Abri um sorriso ainda mais caloroso e entrelacei meus dedos aos de Caius, esperando que o meu toque o tranquilizasse.

— Mesmo depois de tudo não percebeu que sou apenas sua ? - Sussurrei para ele.

— Não significa que eu vá permitir que se aproximem. - Não deveria, mas sorri. Eu já havia me acostumado e me moldado ao seu ciúmes, na verdade o apreciava cada vez mais.

Passei meu jaleco pelos meus braços e observei meu reflexo ao espelho com triunfo em minha sala. Não havia sido fácil deixar Volterra ou conciliar meus novos deveres aos planos da nova vida, mas mesmo que nos atrapalhássemos, vínhamos acertando cada vez mais. Eu quase não me lembrava do que eu era, mas é claro, algum espírito ou criatura anormal sempre dava as caras para me lembrar ou alguns assuntos me puxavam de volta ao trono, mas no demais, eu vinha me saindo muito bem e não sentir dor. O véu que separava o mundo espiritual do real existia e ainda estava em pé para os olhos dos outros, mas para os meus, por mais que eu tentasse e o levantasse por alguns dias, ele sempre caia. Não era agradável ser incomodada pela alma de cada um dos vampiros que já haviam deixado esse mundo, mas isso era o que eu mais poderia suportar. Com a coroa veio a responsabilidade de tomar a frente da raça e com isso, quando um vampiro morria, eu era encarregada de indicar aquele espírito ao seu destino. Era torturante ver tantas almas vagando pelo mundo, sozinha sem poderem ser vista e eu ficava grata quando elas se mostravam dignas de absorção e adentravam o paraíso, assim eu as conduzia até lá e as vezes... Tinha de olhar nos olhos suplicantes e arrependidos de um espírito antes de o jogar no inferno. Se não fosse por ele, eu teria perdido a mim mesma depois do que vira. Como é que eu poderia continuar a mesma depois de ter conhecido o inferno ?

A princípio me tornei uma histérica, balbuciando coisas sem sentido na maior parte do tempo, conversando com espíritos que ninguém mais poderia ver e afetei todos aqueles que me cercavam, mas ele teve paciência. Diante de minhas lágrimas ele me trazia rosas, rosas brancas que ao meu toque se tornavam vermelhas, eu nunca entendi o porque. Diante de minha dor ele me acariciava e diante de minha fraqueza, ele me alimentava. Aos poucos ele me fez lembrar que eu não havia conhecido apenas o inferno, mas também havia tido o prazer de adentrar o paraíso. Com o tempo eu já conseguia me controlar, as rosas já não ficavam mais vermelhas, isso apenas acontecia quando eu estava transtornada e fora de controle, eu me coloquei em meu lugar e aos poucos voltei para mim e para ele. O fato dele não ter me abandonado, não ter me deixado assim que parei de ser para ele o que uma esposa deveria ser, significava muito mais do que eu jamais poderia escrever. Eu havia o arrastado para aquela vida e ainda sim, ele não havia reclamado uma só vez e sempre mostrou me amar com a mesma intensidade que sempre me amou.

— Hey Em... - Engasguei acordando de meus pensamentos. Estava tão perdida que mal havia notado Daniel ali. Ele vinha me evitando desde que nos mudamos e ele estar ali, para mim significava muito.

— Oi Dan - Disse, surpresa e feliz.

— Esta caixa chegou para nós, é para você, acho que ainda não sabem seu novo endereço. - Seu sorriso era acanhado e constrangido. Eu também não podia deixar de me envergonhar, uma vez que quando olhava em seus olhos, me lembrava do que havíamos feitos em uma cama.

— Obrigada - Tomei a caixa em minhas mãos. - Espero que não suma de novo...quase não o vejo. - Disse rapidamente antes que ele pudesse deixar a sala.

— Claro... - Ele suspirou abaixando os olhos - de qualquer maneira... Foi bom rever você. E em seguida me deixou com um sorriso, amargurado. Mesmo depois de assumir um relacionamento com a filha da lua que quase causou a sua morte, ele ainda me evita e eu não poderia me sentir mais desconfortável. Abri a caixa com mãos curiosas e me deparei com um bilhete acompanhado de um bracelete de bronze cheio de rubis.

Belíssima Emma,

Fico francamente decepcionado em não ter recebido notícias suas depois de tantos meses, mas não posso deixar de admitir que vê-la longe daqui me faz feliz. Este lugar lhe fez muito mal e juro que estou me esforçando para apagar por completo destas paredes, as marcas sangrentas que Aro deixou.
Acredita que encontrei o amor ? Por um tempo cogitei que ninguém me faria sentir como seus olhos faziam, e sabendo que momento em que a conheci você já não poderia ser minha, pensei que minha sina fosse ficar à procura de semelhante perfeição. É meio constrangedor finalmente admitir.
Mas aqui mesmo, nas masmorras, guardada como um anjo indefeso, conheci uma bela jovem que atende pelo nome de Sulpicia, que um dia foi consorte de Aro. Foi amor a primeira vista, Oh sim! Agora governamos lado a lado, graças a você.
Espero que nos visite logo, os vampiros clamam pelo retorno de Caius, mas consigo segurar as pontas por aqui. Também espero que aprecie meu presente que é um tanto simples diante do quão especial esta data é.

Até logo,

Theo

Abri um sorriso diante a aquela inocência. Caius havia deixado o comando em suas mãos depois de eu passar dias ao pé de sua orelha lhe dizendo o quanto ele seria um bom regente e depois de muita relutância, meu amado havia concordado, mas com a condição de que jamais deixaria de ser um Volturi e que governaria suas terras de longe. Eu não podia o forçar a largar mais isso, quando se mudar já me parecia o bastante. Avaliei a peça com profunda admiração e não pude deixar de notar o quão clichês eram os rubis, mas que combinavam perfeitamente com os de minha coroa. Eu precisei a tirar da cabeça para notar que não apenas o meu vestido havia se tornado carmesim, mas também os diamantes enormes da peça haviam se tornado rubis e eu recebi o apelido de "Rainha vermelha". Era quase como se, quando aquela peça tomou o lugar em minha cabeça, se moldou a mim, substituindo o que antes era de Lilith para se tornar meu. Tudo parecia ter se ajeitado aos poucos, mesmo que Caius tenha odiado viver com os Cullen enquanto nossa casa não ficava pronta. Guardei a caixa em uma das mesas e me dirigi para o primeiro paciente. Eu não podia explicar o que sentia quando via mais uma vida salva, era quase como se voltasse a ser eu mesma, sem toda a carga que agora tenho de carregar.

— Ah... Doutora Cullen - Ellen, a enfermeira chefe, se aproximou depois de um caloroso sorriso de cumprimento e se colocou a me ajudar.

— Ellen - Retribui seu sorriso. - Diga - Disse depois de perceber que ela prendia os lábios, como se morresse de vontade de me dizer algo.

— Não é nada... Eu só não sei como a senhora consegue manter a calma enquanto aquela Amy se joga para o seu marido. - Tentei conter um sorriso ao me lembrar do que Caius havia me dito naquela manhã e apenas entrei no jogo dela.

— Onde ? - Tentei parecer alarmada.

— Na sala dele, agora mesmo. - arqueei uma sobrancelha.

— Não acredito que meu marido seria burro o suficiente para me trair em frente a uma porta de vidro - Me diverti.

— É verdade senhora, eu mesmo vi.

— Então é melhor eu dar uma olhada - Sorri. - Termine isso e prepare a sala de cirurgia, talvez quando eu terminar... Amy precise. - me diverti ainda mais quando ela se assustou com minhas palavras.

Eu realmente não sentia necessidade de ir lá checar, mas eu não confiava em nenhuma daquelas mulheres perto de Caius. Em segundos eu estava no último andar em frente à sala dele e não surpreendi por Ellen ter acredito que havia visto alguma coisa. A "doce Amy" de doce não tinha nada, hoje. Usava uma saia social cinza bem acima do joelho e está havia subido ainda mais agora que ela estava sentada sobre a mesa do meu marido. A blusa social rosa, colada ao corpo, provavelmente possuiria um decote avantajado pela maneira que ela se curvava em direção a Caius e eu precisei me segurar para não entrar lá e a arrancar de cima dele pelos cabelos. Entrei fazendo questão de fazer barulho e observei os dois se assustarem. Amy praticamente esfregava seus peitos no rosto de Caius e esse por sua vez, não parecia nem notar sua existência, uma vez que estava cercado de documentos. Seus olhos se encheram quando me viram e então se voltaram para Amy e quando encontraram o decote, ele se afastou rapidamente, tomando em seguida a minha cintura.

— D-Doutora Cullen - ela gaguejou enquanto saía da mesa e ageitava sua roupa. - Eu e Caius só estávamos...

— Nada - Ele a cortou - Nós não estávamos, nada.

— Caius ? - Voltei-me para ele, ligeiramente intrigada.

— D-doutor Volturi - Ela se corrigiu, tropeçando nas palavras.

— Claro querida, eu não quero interromper nada. - Abri um sorriso amargo - continuem - Sai antes que Caius pudesse me impedir.

— Emma - Jhon cruzou meu caminho, impedindo-me de continuar minha caminhada da fúria, sobre meus saltos agulha.

— Jhon. - Esbocei um sorriso - Sinto muito por hoje de manhã, Caius é um pouco...

— Seu marido é um pouco, o que ? - Caius apareceu de repente, puxando-me novamente pela cintura de maneira extremamente controladora. Me perguntei se ele não se importava se notassem a velocidade que ele conseguia se mover, mas o conhecendo, sei que provavelmente não se importa.

— Possessivo - Revirei os olhos.

— Preciso ser quando tenho uma esposa tão teimosa - Ele me abraçou ainda mais intimamente.

— Claro, eu sou a teimosa... Caius - Fiz uma imitação bem parecida de como Amy soara a pouco é tudo o que consegui foi arrancar um sorriso de Caius.

— Ciúmes, meu amor ? - perguntou, claramente me provocando.

— claro, meu amor - retruquei - Na verdade estava até pensando em ir tomar um café com Jhon para descontrair... - Bufei, abrindo em seguida um sorriso malicioso. Foi divertido ver os olhos do médico se encherem de esperança.

— Emma...- Fui repreendida e pude sentir Jhon se encolher.

— Por que não volta a se deliciar com a doce Amy ? - Abri meu melhor sorriso.

— Porque a doce Amy, agora deve estar arrumando suas coisas e se preparando para procurar um emprego novo - Revirou os olhos - Vamos sair daqui - Caius disse, entre dentes enquanto me puxava pela mão, escadas a baixo.

— Pra que ? - perguntei,tentando o acompanhar sobre aqueles saltos.

— Qualquer lugar aonde eu possa te dar uns tapas. - Praticamente rosnou.

— Eu não reclamaria - o provoquei. Aos poucos sua tensão se desfez e ele abriu um meio sorriso. Me colocou no colo e em segundos estávamos na porta do hospital. - E se alguém nos ver ? - O adverti, mas ele me ignorou.

— O olho humano não enxerga muita coisa, não seriam capaz nem de ver um vulto - revirou os olhos - agora vamos - completou enquanto entrelaçava nossos dedos.

Me levou até a floresta de coníferas que ficava no limite da cidade e com um sorriso terno, continuou a me conduzir pelo caminho de árvores que ele não deveria conhecer muito bem. Ou ao menos eu pensava que era assim, mas ele se deslocou perfeitamente e em segundos havíamos chegado à nossa casa, ou menos na parte mais isolada dela. Eu nem mesmo havia chegado a conhecer aquela parte da casa, uma parte aonde o jardim de rosas se misturava com a floresta e se tornavam um só. Haviam pétalas coloridas espalhadas pelo chão assim como no dia de nosso casamento e não pude resistir, tirando logo os sapatos e correndo para senti-las sobre os meus pés. Ele se aproximou vagarosamente, pousando suas mãos em minha cintura e em seguida, seus lábios da curva de meu pescoço, fazendo-me arfar, já ansiando por ele.

— O que pretende ? - Sussurrei enquanto me deliciava com a sensação de ter seus lábios em minha pele.

— O que eu poderia dar para a mulher que eu amo no dia mais especial de todos ? - Disse contra minha pele, causando arrepios deliciosos e fazendo-me sorrir.

— Não quero presentes quando tenho tudo o que eu preciso ou que poderia querer... Mas se considerar aquelas palmadas... - Mordi o lábio inferior, o provocando.

— Querida... - Ele sussurrou. - Se concentre.

— Só consigo pensar nas suas mãos no meu corpo... Nos seus lábios... - Reprimi um gemido quando ele colocou mais pressão no toque de suas mãos.

— Feliz aniversário Emma - Ele sussurrou, colocando diante a mim uma pequena caixa de madeira em formato de coração. Eu a abri e me deparei com um par de alianças prateadas e delicadas, sendo que em uma delas havia um rubi e a outra era mais grossa com alguns desenhos. Ele colocou uma delas em sua mão, a que levava o rubi, e a colocou diante aos meus olhos enquanto eu me concentrava para não cair em lágrimas. "Pare sempre minha, sempre seu, Caius Volturi." Podia se ler dentro, gravado no metal. - Para que todos saibam - Sussurrou enquanto a colocava em meu dedo.

— Para sempre sua - sussurrei de volta enquanto colocava a outra em seu dedo. Agora já me rompendo em lágrimas, tomei seus lábios cessando as provocações e seu toque se tornou fogo. Eu me afastei e aos poucos abri minha camisa, deixando que ela corresse pelos meus braços e chegasse ao chão, revelando o belo sutiã meia taça de renda, branco que eu havia escolhido por acaso naquela manhã. Tornei a me aproximar vendo seus olhos queimar sobre mim, tanto que pude ver as lentes derreterem em meio ao veneno até revelar o carmesim ardente. Aproximei meu pescoço de seus lábios e arfei ao sentir seu toque. - Beba - Sussurrei, praticamente implorando.

— O que eu tomei ontem à noite foi hum...suficiente - Ele pigarreou, claramente constrangido.Ele havia passado a se alimentar de mim quando propus a ele, porque para nós seria melhor e mais fácil de controlar e eu poderia fazer isso agora que meu sangue havia voltado a correr e para a nossa surpresa, o gosto o agradava ainda mais do que o sangue humano e o deixava ainda mais forte. Eu sabia que ele não se acostumaria ao sangue de animal e de fato, o alimentar me dava prazer.

— Pode parecer estranho, mas... Hum... É bom... - eu hesitei por alguns segundos - Me dá prazer - Provoquei-o um pouco mais.

— Também é prazeroso para mim - Ele sorriu, beijando meu pescoço que ainda estava à disposição dele. - Sabe... Esses olhos amarelos são lindos - ele abriu um sorriso malicioso - Mas eu ainda prefiro quando estão vermelhos... Você sabe... Quando você está nervosa - Ele pausou sua mão em minhas costas - Ou quando estava com desejo - Deslizou seus lábios pelo meu rosto, fazendo-me arder e em seguida, correu sua mão firme pelo meu corpo e trouxe-me para bem mais perto até que sentisse sua rigidez. Seus lábios em meu ouvido, fazendo-me iam-se implorar - Quando está excitada - Sussurrou. Em seguida percorreu os olhos pelo meu rosto até que encontrou os meus e abriu um sorriso satisfeito - Bem assim.

— Olhos que mudam de cor te excitam ? - Perguntei, sorrindo. - Ou será que é o vermelho...? - entreabri os lábios deixando escapar um gemido em seguida.

— Na verdade... Você me excita- Não resisti ao sentir novamente seus lábios no meu pescoço e então pressionei a pele contra sua boca até que sentisse seus dentes romperem minha carne é em seguida, sentir algumas gotas escorrerem quentes por minha pele despida. - Eu não queria a machucar... - Ele me afastou devagar enquanto limpava o ferimento e o observava se fechar rapidamente.

— E não o fez ! Eu quero dar tudo para você - Passei meus braços ao redor do seu pescoço.

— Eu só preciso de você - Ele disse enquanto aos poucos, me deitava sobre a cama de pétalas de rosa.

— Eu sou sua - disse, com os olhos presos aos seus.

— Então eu tenho tudo - Completou e por fim, cobriu a minha boca com a sua.

No fim, apesar das coroas e obrigações que ambos carregávamos, quando estávamos juntos, ele ainda era ele e eu ainda era eu. Séculos poderiam se passar e eu ainda o amaria com a mesma intensidade que o amo agora, porque sei que ele não é apenas tudo o que eu quero, mas também tudo o que eu preciso. Era clichê, mas ainda era bom, na verdade era ótimo. Eu o amava e ele me amava e nos sim, seremos ...felizes para sempre.


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