Wake me Up escrita por Carol Munaro


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Boa leitura!



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– Vocês brigaram? – Brian me perguntou na aula de história. Virei pra trás, já que ele estava sentado atrás de mim.

– Quem? – Perguntei.

– Você e o Brendon. – Não respondi. – O que ele fez pra você?

– Ele não me fez nada. Eu só me irritei com ele.

– Por quê?

– Nada de importante, Brian.

– Não gosto dele.

– Ele também não gosta de você.

– Eu tenho certeza que se ele pudesse, ele namoraria você. – Ri.

– Não fala merda. Pra você todo mundo gosta de mim. Isso é meio paranoico.

– To cuidando do que é meu. – Revirei os olhos. Quando eu abri a boca pra falar, levei um susto com o professor jogando o livro em cima da minha mesa.

– Minha aula não é pra conversar. – Ele disse na nossa frente. Voltei a olhar pra frente.

(...)

– Oi. – Disse pro Ethan na fila do almoço. Ele estava na minha frente.

– Oi. Não, espera! Deixa eu me enfiar dentro da lixeira pro seu namorado não ver você falando comigo. – Cruzei os braços.

– Nossa, que engraçado. – Ele riu baixo e pegou uma bandeja pra ele e outra pra mim. – Obrigada.

– Seu amigo veio falar comigo. Como é o nome dele mesmo? – Fechei os olhos e respirei fundo.

– Brendon? – Comecei a colocar comida pra mim.

– É! Ele mesmo.

– O que ele queria?

– Perguntar sobre sábado. E você não tá falando com ele?

– Ele me irritou.

– Ele é legal.

– Claro que você acha ele legal. – Peguei talheres pra mim.

– Valeu. – Brian disse pegando a bandeja da minha mão.

– Ei! – Gritei e ele riu indo pra mesa.

– Toma. – Ethan me estendeu a dele.

– Não precisa.

– Pega logo. – Olhei pra fila. Já tinha dobrado de tamanho.

– Não vou deixar você sem comida.

– Anne, pega a bandeja. – Peguei mais um conjunto de talher.

– A gente divide.

– Mas não precisa. Pode comer.

– Vem, Ethan. – O puxei. Sentamos em uma mesa. Não demorou muito e vi Joshua vindo na nossa direção.

– Ficou sem comida? – Ele perguntou pra mim.

– Brian pegou minha bandeja.

– Belo namorado. – Joshua falou rindo e pela cara que ele fez depois, acho que o Ethan o chutou por debaixo da mesa. – Então... Vão sair de novo? – Eu e o Ethan paramos de comer e olhamos pra ele.

– Não saímos. – Falei.

– É. Sair pra onde? Não inventa. – Ethan continuou. E como se não bastasse o Joshua, Brendon sentou na nossa mesa também.

– E aí? Vai falar comigo ou vai continuar com esse bico na cara? – Ele perguntou pra mim. Não respondi. – Eu sei que você quer falar comigo. – Brendon disse rindo.

– Cala a boca. – Ele deu um beijo na minha bochecha.

– Isso já é um progresso. – Brendon meteu a mão nas batatinhas.

– Isso não quer dizer que você pode roubar minha comida. E eu e o Ethan já temos que dividir.

– Quem ficou com preguiça de pegar fila?

– Brian roubou a bandeja da Anne. – Joshua respondeu e Brendon olhou pra mim.

– Eu não vou falar mais nada. – Ele falou emburrado e eu revirei os olhos.

– Não pedi sua opinião.

– Nossa! O veneno tá escorrendo, Anne! Vai se engasgar desse jeito! – Revirei os olhos de novo. Ethan riu.

– Tá rindo de que? – Perguntei.

– Nada. – Ele respondeu reprimindo o riso. O sinal tocou. Eu e o Ethan pegamos o restante das batatinhas, dividimos e fomos pra sala.

(...)

– O que foi aquilo no almoço? – Brian perguntou pegando meu braço e me puxando, me fazendo ficar de frente pra ele quando eu já estava no estacionamento da escola.

– Aquilo o que? – Perguntei já cansada. – E dá pra me soltar? – Ele olhou pro meu braço, depois pra mim e me soltou.

– Passar o tempo inteiro com aquele... Qual é, Anne?! Qualquer pessoa sabe que eu sou melhor que ele.

– Melhor por que motivo? E não sei se você se lembra, mas se não fosse por ele, eu estaria verde de fome essa hora.

– Também não sei se você se lembra, mas antes de isso acontecer, você já estava falando com ele.

– Brian, eu só dei oi pra ele!

– Então!

– Ser educada às vezes faz bem, sabia? Ah, não. Óbvio que você não sabe. Você não faz ideia do que é isso.

– Anne...

– Que é?! Brian, eu to cansada de você me enchendo o saco de cinco em cinco minutos só porque fulaninho passou do meu lado!

– Isso é porque eu enxergo o que você não quer ver. – Ri irônica. – E eu faço pelo bem do nosso namoro.

– Quer fazer outro bem pro nosso namoro? Então, para de ser ridículo! – Virei e continuei o caminho até meu carro como se ninguém tivesse me interrompido.

– Eu não to sendo ridículo. – Nem virei.

– Tchau, Brian. – Falei alto pra ele ouvir.

– Anne, para com isso! Eu não quero que nenhum deles faça qualquer coisa com você! – Ele gritou.

– Vá se foder! – Gritei de volta. Fingi que não vi que as pessoas olhavam nosso showzinho no meio do estacionamento.

Cheguei em casa, estacionei meu carro na garagem e entrei.

– Isso por acaso é vinho tinto pra você?! Isso não tem nem cara de vinho tinto! Não sabe fazer nada! – Ouvi meu pai berrando. Ele não tinha saído de casa? Fui até a sala de jantar e o vi almoçando e ainda berrando com a Margareth.

– Pai? – Chamei e ele me olhou.

– Oi. Achei que não fosse demorar. – Olhei no relógio.

– Eu saí da escola faz vinte minutos. Cheguei no horário. - Ele voltou a olhar pra Margareth.

– Eu ainda to esperando minha bebida.

– Que eu saiba o senhor não mora mais aqui. – Falei.

– É. Não moro. Por quê?

– Já que não mora, não tem o direito de falar assim com a Margareth.

– Tá querendo me dizer como tratar os empregados? – Aí eu me toquei no que tinha falado. Tudo bem que eu acordei de mal humor e até descontei em Brian, mas com o meu pai era completamente diferente. Brian nunca me machucaria.

– É que... Eu só acho...

– Você não tem que achar nada. – Ele disse levantando.

– Eu só acho que não precisa.

– Já disse que você não tem que achar nada. Você acha certo desrespeitar seu pai?

– Desculpa, não foi isso... – Parei de falar quando vi ele tirando o cinto da calça. – Pai, desculpa. Sério. Eu... – Levantei os braços pra proteger meu rosto e os senti arder.

(...)

“Anne, sério, me responde. Eu to preocupado.”

Brendon me mandou várias mensagens, mas eu não to afim de responder nenhuma. Depois daquilo que aconteceu, me tranquei no quarto e não saí mais. Margareth trouxe algo pra eu comer, mas está tudo na mesinha. Eu perdi o apetite e to com dor no corpo inteiro.

“To indo até aí”

Brendon mandou de novo. Nem respondi. Só me enfiei debaixo das cobertas e diminui a temperatura do ar condicionado.

Meia hora depois bateram na porta do meu quarto. Depois abriram.

– Anne?

– Que é? – Respondi.

– Eu achei que tinha acontecido algo. Você não me respondeu.

– Eu to bem. – Senti a cama afundar e abri os olhos. Brendon estava sentado do meu lado.

– O que aconteceu? Tá mal por causa do Brian?

– Não. – Ele tirou o tênis e deitou do meu lado.

– Brigou com a sua mãe?

– Não a vi hoje. Para de tentar adivinhar.

– E vai ficar só vegetando deitada na cama? E pelo visto você nem comeu. Que tal um lanche de gordo?

– Não to afim de fast food, Brendon.

– Então... Comida japonesa?

– Não.

– Tailandesa?

– Não.

– Quer comer merda, então? – Ri.

– Ridículo. – Ele olhou no relógio.

– São sete horas da noite. Tem uma confeitaria que fica aberta até as oito. Eu sugiro que a gente vá lá. Ainda mais porque tem uma pessoa que ia adorar te ver.

– Brendon...

– Para de manha. Levanta essa bunda daí e vamos. Já to pensando no meu bolo de cenoura e na garçonete peituda que tem lá.

– Você não presta. – Levantei indo até o banheiro.

– Eu sei. Mas sou divertido. Isso compensa, certo? – Só ri.


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Notas finais do capítulo

Brian e Anne tão em crise. E ela tá ficando próxima do Ethan hmmmm... Ok, sem spoilers u.u Espero que tenham gostado. Bye!