Zodíaco escrita por Markievicz


Capítulo 3
0.3 — Silêncio perturbador


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu reescrevi, tá beleza? Achei uma droga o terceiro capitulo e isso me deixou... AHHHH QUE RAIVA...entende?! Me perdoem, mas eu achei sim :'(
Espero que gostem e COMENTEM!!! HAHA, olha, é só no final que eu mudei, tá? Sorry, espero mesmo goste :) Eu odiei, mas deixa pra lá.



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Os espiritos ganharam uma categoria pelos humanos: bom e mal. Essas eram as palavras do equilibrio. E quando só existir mal em uma pessoa, tente achar o bem dentro dela. Por que, bem, um não vive sem o outro.

Delírio Insignificante, Pauline Morris e Jordan Packson.

Selene já havia se acostumado com a morte, na maioria das vezes, o setor sete tinha três mortes por semana. Mas agora... Duas em um só dia? Era estranho, assustador e nada mais do que o causador de alaridos no momento. O setor sete estava um caos, e num setor cheio de doentes e malucos, isso não era nada bom.

Ela viu que todos estavam a encarando, era isso, estavam esperando um comando. E então se lembrou. Passavam-se meses que não via sua família, mesmo assim, a vaga lembrança de ver seu pai recebendo os mesmos olhares fez seu estomago embrulhar igual á minutos –ou até horas- atrás. Não queria receber, não queria estar no comando, não queria fazer parte disso, mas era a vida de outras pessoas que estavam em jogo. Ou até do garoto do chapéu verde musgo, que na verdade, não se sabe verdadeiramente se morrera ou está apenas desaparecido.

Isso era ruim, a mente de Selene estava apostando na primeira opção, e bem, na maioria das vezes ela sempre tem razão no final de tudo. Era preciso confiar nos seus extintos para dar a tal atitude aos outros que estavam ao seu redor, á palavra esperança teria que existir no momento. Mesmo ela não querendo.

— Vamos... — foi aí que Selene se virou para a mãe do garoto, ela ainda estava chorando no pescoço do marido, mas quando ouviu alguém falar algo, mesmo não sendo uma frase, apenas uma palavra vazia e a voz quase sem som, se virou para olhar a garota Não-dominadora. — Vamos tentar encontrar seu filho.

Ela assentiu.

— Iremos ajudar. Falaremos para...

— Não podemos espalhar para ninguém do setor. — Selene engole em seco. — Acharemos seu filho do nosso jeito. — ela se virou para olhar o marido, mesmo não gostando do seu olhar. — Se isso se espalhar, o setor entrará em caos. Todos nós vivemos com a morte, mas mesmo depois de tudo, nunca vamos nos acostumar com ela. — mentiu. Ela já havia se acostumado, mas tinha a mera certeza que ninguém mais tinha.

— Vocês dois podem ir para a direita, nós procuramos ele por aqui. — Kalyn falou com uma voz um pouco autoritária, o que fez Selene perceber na hora: ela já foi olhada assim. E parece que foi muito melhor no comando do que Selene.

Os dos pais assentiram e foram para aonde Kalyn havia falado.

— Você manja bem nesse posto de... — Selene foi interrompida.

A garota das tulipas dá um riso desnecessário.

— Oh, vamos logo, Selene!

Kalyn e Selene decidiram se separar após meia-hora rondando todo o perímetro do lado esquerdo do setor. Juntas, sofreram assustadas a cada setor que se tinha do seu lado de procura. Um doente gritando algumas coisas sobre olhos cinzentos, enfermeiras com caras demoníacas passando pelos corredores –que eram muitos- e a causa da separação fora logo uma briga.

— Já fomos para este lado! — Kalyn protesta, colocando uma de suas mãos pequeninas em sua cintura.

— Oh deuses. — Selene respira fundo. — Eu vou para o lado oposto que você, o.k? Vamos nos encontrar aqui novamente depois de alguns minutos a mais que meia-hora.

— Como eu vou saber que é aqui que eu devo lhe encontrar!? Zeus! Estes corredores são todos iguais. — a garota das tulipas teima.

É a primeira vez dela aqui, terá que se acostumar rápido, pensa Selene. Mas ela não diz isso, só tem uma ideia rápida e acaba perguntando:

— Tem uma caneta?

A pergunta era estranha, e talvez, um pouco maluca. Mas para surpresa de Selene, a garota das tulipas colocou sua mão no bolso de sua calça jeans escura e a lhe entrega uma caneta com forja prata. Bonita, muito bonita. E cara, murmura uma voz na cabeça de Selene.

Antes de rabiscar a parede, olhou para os dois lados do corredor, dá última vez que rabiscou algo na parede acabou ganhando mais medicamentos, especificamente, mais medicamentos para “abaixar sua loucura, querida”, dizia a enfermeira também com uma cara demoníaca quando a atendera numa outra enfermaria improvisada, mas agora, perto de uma loja de remédios. Mas claramente, a farmácia de Dominick Baker.

Selene balançou a cabeça e depois de olhar o local cuidadosamente, rabiscou por fim o símbolo do signo libra com a caneta de cor azul da Kalyn, depois, a devolveu para dona.

...

Agora, ela se encontrava andando pelo mesmo corredor que marcou o reencontro após alguns minutos com Kalyn. O problema era que a garota não estava lá como o combinado. O que fez Selene andar de um lado para o outro com preocupação e um pouco de raiva, mesmo que toda vez que um barulho era ouvido por ela, seus passos ficam hesitantes.

Então, ela se lembrou. Como pode ser tão burra ao ponto de marcar o reencontro com Kalyn logo nesse corredor? Sim, ela estava bufando e batendo o pé direito fortemente no chão do corredor mais temido no setor. O Corredor 04.

Se ela achava que as enfermeiras eram demoníacas em outros corredores, Selene não sabia nem da metade das caras das enfermeiras do Corredor 04. Eram assustadoramente piores que as normais, isso já está na cara. Tecnicamente.

Antes de vir para Collinwood, Selene gostava de enfermeiras. Eram aquelas mulheres encolhidinhas e com cara de uma professora de 1°ano. Mas especificamente, aquelas que davam estrelinhas e gigantescas figurinhas nos cadernos dos seus alunos.

Um silêncio perturbador preenche o corredor, e isso, fez Selene se arrepiar. No momento, ela ainda tentava só pensar em enfermeiras com caras ainda piores que a palavra “demoníaca”. Mas era difícil pensar em outra coisa ao não ser os espíritos/vultos que cercavam ela.

Eles não falavam nada, mas seus olhares eram hesitantes, como se estivessem incertos em ataca-la ou não. Selene podia ouvir um zumbindo forte entre eles – que ainda circulavam em torno dela.

Ficou tonta de uma hora para outra e viu -com um esforço gigantesco- Kalyn chegar ao seu encontro com uma cara de medo que pouco tempo depois se tornou uma cara de ódio. Os ouvidos de Selene não estavam muito bem, mas pode ver pelos movimentos dos lábios da amiga um quase “Tudo bem, só fique ai”.

Ela levantou um pouco sua mão, como se chamasse os espíritos para se juntarem ao lado dela. Não era uma coisa sensata e inteligente fazer isso. Não agora que os espíritos mostravam seus dentes brancos e afiados. Mas a expressão de Kalyn não se via medo... ou até burrice. Tinha algo de errado, talvez ela dobrasse água, já que o próprio elemento é o mais perto que se pode ter dos espíritos (depois do ar).

Mesmo que Kalyn estivesse fazendo algo com sua dobra, aqueles movimentos com as mãos, bem, era estranho. Diferente seria a palavra ideal. Kalyn parecia dominar o espirito, essa era a descrição de diferente no momento.


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Notas finais do capítulo

GOOOOOSTARAM??!!
Comentem :3 EU Tô precisando, cara. :'( to sentimental.
Mentira, eu to legal, mas COMENTEMMM!!

DESCULPEM os erros, juro, eu tentei deixar tudo bonitinho :3