Tu Eres Mi Vida escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Holaaa! Bom me desculpem pela demora, eu ando sem criatividade, estou planejando ainda os acontecimentos dessas história, por isso esse capítulo é meio parado, mas é importante.

Espero que gostem :D



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Pov’s Violetta

–Bem vinda de volta a Buenos Aires. –Sussurrou Leon eu sorri.

–Senhores passageiros, peço que retornem aos seus assentos, o voo com destino a Buenos Aires irá pousar em aproximadamente sete minutos. –Anunciou o piloto.

–Como sinto saudades. –Eu disse olhando pelo vidro do avião, o que não ajudou muito, pois estávamos sobrevoando o mar.

–Eu também. –Leon disse enquanto abria um pacotinho de amendoim, ele havia comido o voo inteiro, literalmente o voo inteiro.

–Você come demais! –Exclamei indignada. (Perdi a conta de quantas vezes disse isso).

–Olha o meu tamanho, preciso me sustentar, e o treinador do time de futebol quer que eu derrube os adversários, ele alega que eu tenho que comer e malhar mais, mas não se preocupe que não vou perder meu corpo sensual. –Ele disse rindo. –Sem contar que você sempre diz que eu como demais.

–Você realmente come demais, e vou ignorar o “corpo sensual” - Respondi sorrindo e ele riu também.

O avião logo pousou, e fomos pegar as malas, o que demorou uma eternidade. Acontece que quando foi comprar a mala, Leon optou por uma preta, mas todo o universo tem mala preta, sério, T-O-D-A-S as pessoas daquele aeroporto estavam com a mala preta.

–Finalmente! –Leon disse vitorioso, vindo com a mala na mão.

– Então quer dizer que agora você se chama Abigail? –Perguntei rindo, mas Leon pareceu não entender, eu já disse que ele é lerdo?

–Leon...Você pegou a mala errada. –Eu disse, ele checou a etiqueta e bufou ao perceber que eu estava certa.

–Já volto senhorita Castillo. –Ele disse e saiu, e eu fique lá, mais dez minutos esperando a criatura voltar. Até que no meio daquela multidão, surgiu Leon Vargas, finalmente com a mala certa.

–Nunca vi alguém demorar tanto para achar uma mala. –Eu disse. –Vamos? Sua mãe deve estar nos esperando com o carro lá fora. –Eu disse e ele assentiu, pegou a minha e a mala dele, Leon se recusou em me deixar levar minha própria mala.

Chegando lá a senhora Vargas se encontrava com uma placa na mão:

|Yoyi e Violetta Castillo futuramente Vargas|

Leon ficou vermelho de vergonha, acho que nunca o vi tão corado, eu apenas ri, eu gostava muito da senhora Vargas, Leon a descrevia como careta, mas ele a amava muito.

–Yoyi? –Indaguei curiosa, e Leon já tinha mudado de cor a essas alturas.

–Longa história. Vamos logo. –Pediu e saiu a passos largos, eu só ria da situação.

–Leon! –Gritou à senhora Vargas, enquanto dava um abraço no filho, os Vargas eram famosos por terem um abraço devidamente amoroso e amigável.

–Violetta, minha querida! –Ela disse e também me abraçou. –Senti tanta a falta de vocês. A casa não é a mesma sem o Leon, ele é tão barulhento e as coisas agora estão silenciosas.

–Também sentimos sua falta mãe. –Leon disse, enquanto colocava as malas no carro. Eu fui atrás sozinha, Leon no banco de passageiros e a senhora Vargas obviamente dirigiu, apesar do Leon ter pedido umas dez vezes para assumir o controle do carro.

A mãe dele, falou o caminho todo, eu ouvi tudo atentamente, só o Leon que parecia impaciente e ficava batucando no vidro.

–Leon Vargas! Pare com isso! Estamos conversando. –Gritou a mãe dele, eu segurei o riso e Leon murmurou algo baixinho. –Então agora, como ficou a relação de vocês?

–Mãe! –Leon exclamou novamente envergonhado.

–Tudo bem Leon, tudo bem. –Eu disse calmamente. –Estamos bem, ainda enfrentemos algumas dificuldades, mas continuamos firmes e fortes.

–Fico feliz, sempre admirei vocês dois. –Ela disse, foi aí que me lembrei de que ela havia se separado do pai de Leon. –Se quiser Vilu, você e o Leon podem passar a noite em minha casa hoje vou sair com meu namorado. –Ela disse piscando para mim, posso jurar que senti um pouco de malicia na voz da senhora Vargas.

–Namo..O quê? –Leon disse indignado.

–Namorado. – Repetiu ela novamente.

–E quem é o sujeito? –Perguntou Leon com a cara brava.

–Sabe o seu ex-treinador? Então um dia nos encontramos e começamos a sair, e com o tempo começamos a namorar. –Ela disse sorrindo.

–Parabéns! –Eu disse sorrindo.

–É, parabéns. –Leon disse desanimado, ele estava com ciúmes.

Bom, aí o falatório se cessou, senhora Vargas nos deixou em minha casa, Leon decidiu entrar para cumprimentar minha família, e principalmente provar ao meu pai, que ele havia cuidado de mim.

–Surpresa! –Ouvimos várias vozes conhecidas gritando. Eram nossos familiares e amigos. Havia uma faixa escrita “Sejam Bem Vindos!” e também havia uma mesa cheia de salgados e doces (Mais comida para o Leon).

–Vilu! –Meu pai gritou me abraçando, mas ele aproveitou para me separar do Leon, pois estávamos de mãos dadas. A partir daí, foi um tal de abraço “pra” cá e abraço “pra” lá.

Percebi que todos estavam lá, nossos amigos do colégio, e algumas pessoas que eu sequer conhecia, provavelmente as coisas haviam mudado nesses seis meses que eu havia ficado fora.

Seis meses. Isso ecoou em minha cabeça, por um lado foram rápidos seis meses, por outro foram os seis meses mais duradouros do mundo. Seis meses que eu senti saudades, porém seis meses que eu descobri novas etapas do amor, seis longos, porém curtos meses.

[...]

–Só porque voltou dos Estados Unidos, e fez novas amizades por lá, acha que pode se esquecer da gente. –Disse uma voz feminina risonha.

–Fran! Cami! –Eu disse enquanto ia abraça-las.

–Vilu! –Disseram em um uníssono.

–Não sabem como eu senti falta de vocês. –Eu disse me separando do abraço.

–Nós também, tantas coisas mudaram por aqui, você não faz ideia. Mas antes cadê aquela anta que você chama de namorado? –Perguntou Francesca.

Rolei os olhos por toda aquela extensão da enorme sala de minha casa, parecia maior, não sei, tudo ali parecia diferente, talvez tudo realmente tenha mudado.

Meus pensamentos foram interrompidos quando eu achei o que procurava. Leon. Porém, eu o achei nas garras da loira que até onde eu sabia era namorada do meu irmão Fede.

Maldita Ludmila. –Pensei. Por que raios ela estava, outra vez, agarrada no Leon. Era assim nos tempos de colégio (Tempos de colégio? Eu Violetta Castillo me senti velha agora, por falar desse jeito).

Mas enfim, Ludmila sempre foi assim, desde que eu e Leon começamos a namorar, ela demonstrou um ódio imenso por mim. O motivo? Ela sempre foi apaixonada pelo Leon, e deixava isso muito claro. Tanto é que terminou com Tomás por causa disso.

Depois de tentar ficar com o Leon, ela percebeu que não teria chances. E tudo desencadeou para ela começar a namorar meu irmão Federico. Lembro até hoje como eu surtei ao ver eles dois se pegando no meio da sala de aula.

Agora vamos para a outra parte: Leon. Aquela criatura viciada em comer tinha sorte, ao meu ver ele tentava educadamente se livrar da loira oferecida. Aparentemente ela falava coisas fúteis e ele fingia que ouvia.

–Violetta. –Fran me chamou baixinho. –Você está fuzilando a Ludmila com os olhos!

–Eu queria fuzila-la de verdade se quer saber. –Eu comentei baixinho também. –Que Droga! Ele não estava com o Federico?

–Eles estavam juntos, mas depois do acidente que ambos sofreram, os dois decidiram dar um tempo. –Explicou Cami.

–Eu já não tenho paz lá nos Estados Unidos, e agora vou ter que aguentar cinco semanas, a Ludmila, mais uma dando em cima do meu namorado.

–Esquece isso, vai lar chamar o Leon, e tire ele das garras dela, simples assim. –Cami disse e eu assenti.

Fui em passos lentos, pois eu tinha que me acalmar, apesar de eu querer chegar lá e dar uns tapas na Ludmila, eu não podia fazer isso, quer dizer, eu até podia, mas se eu batesse nela, certamente perderia a razão.

–Ludmila, quanto tempo. –Eu disse botando o sorriso mais falso na cara.

–Sim Vilu, eu estava aqui conversando com o Lion. –Ela respondeu falsamente assim como eu.

–Leon, podemos dar uma volta? Fran e Cami querem falar com você. –Eu disse pegando em sua mão, e o puxando “delicadamente” de Ludmila.

–Claro meu amor. –Respondeu Leon, Ludmila ao ouvir o “Meu amor” tratou de botar uma expressão de desgosto no rosto.

Nos afastamos rapidamente dali, e eu o puxei pelo braço, tentando achar a senhorita Francesca e a senhorita Camila. Bom, a Cami estava se agarrando com o Broduey no jardim, então eu procurei somente a Francesca mesmo.

–Aqui jaz Violetta Castillo, uma linda mulher, principalmente quando está com ciúmes. Eu sou o alvo Leon Vargas, o dever de Violetta é me proteger de todas que querem se aproximar de mim. –Leon disse em um sussurro perto de meu ouvido, em seguida ele soltou uma gargalhada gostosa.

–Vou ignorar isso. –Respondi de cara fechada.

–Vamos Vilu, se anima um pouquinho, veja onde estamos. Você esperou tanto por isso. –Disse Leon me abraçando por trás.

–“Ter paciência é fundamental, mas ás vezes uma metralhadora faz falta”. –Eu disse rindo. –Calma, é brincadeira. –Eu disse vendo o quão assustado estava Leon.

–Quem é você e o que fez com Violetta Castillo? –Leon perguntou rindo, eu dei de ombros e ele continuou rindo.

Eu não disse nada, apenas o puxei pelos ombros, e arrastei o mexicano até a cozinha, lá não tinha ninguém.

–O que vamos fazer? –Perguntou Leon confuso. Eu nada disse, apenas envolvi meus braços entorno de seu pescoço e ele sorriu. Leon ergueu minha cintura, e me colocou sobre o balcão, com pressa, apenas selei nossos lábios, nos beijamos com certa afobação, pois não queríamos ser pegos.

Leon apertava minha cintura, e eu acariciava suas costas por dentro da camisa, se alguém entrasse, certamente se assustaria com o que veria, éramos dois namorados, nos beijando insanamente na cozinha sobre o balcão.

O ar se acabou e decidimos voltar para a festa, fomos comer o bolo que estava decorado com um “Sejam Bem vindos” assim como a placa.

A festa durou mais uma hora, foram abraços e beijos, assuntos sendo repostos, Broduey e Cami continuaram se pegando no jardim, e depois Maxi e Naty se juntaram a eles dois.

Apenas Marco, Fran, eu e Leon, nos comportamos como casais civilizados que nós não somos, mas fingirmos ser casais comportados.

–Boa noite senhor Germán, obrigado pela festa. –Agradeceu Leon, ele estendeu a mão para meu pai apertar, mas meu pai, durão como sempre recusou.

–Obrigado garoto, por ter cuidado da minha filha. –Meu pai disse, ele estava começando a mudar, começando a aceitar que eu e Leon ficaríamos juntos.

–Boa noite. –Eu disse e saí com Leon. Meu pai ficou meio contrariado, demoramos vinte minutos para convencê-lo a me deixar ir com o Leon, por mais que eu fosse maior de idade, eu precisava pedir permissão.

[...]

O caminho até a casa dos Vargas foi silencioso, fomos escutando músicas no rádio, cantamos alto, e os carros que passavam ficavam buzinando para nós dois.

–Você tem um gosto “peculiar” para as músicas. –Disse Leon que procurava as chaves de casa. Mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, fomos interrompidos por um barulho estranho que ecoou pela rua.

–Abre logo essa porta. –Eu pedi, e Leon riu.

–Está com medo? –Ele perguntou. Novamente o barulho se repetiu.

–Não, mas eu estou cansada, então abra a porta. –Eu pedi novamente.

–Calma, já vou abrindo. –Ele disse e tateou os bolsos da calça. –Esqueci as chaves no carro. –Ele resmungou, e foi até o carro, eu o acompanhei. O barulho novamente veio, junto com o som de passos.

–Anda logo Leon. –Pedi novamente, o tem de medo provavelmente já estava presente em minha voz.

–Calma Vilu, não consigo achar as chaves. –Resmungou.

O som de passos se tornou mais próximo, eu sei, parece exagero, mas desde a primeira vez que ouvi aquele barulho, um mau pressentimento me atingiu. E depois o som de passos se juntou, eu estava entrando em pânico.

–Ora o que temos aqui, se não é o casal Vargas. –Disse um homem, estava escuro e não era possível ver o rosto dele, até que ele se aproximou mais ainda, pude reconhecê-lo.

Ele estava diferente, estava barbudo, e com os cabelos mais curtos, calça jeans, camiseta preta, e uma jaqueta preta. Ele estava com marcas no rosto, e olheiras profundas, uma aparência que assustava. Leon ao ver quem era engoliu em seco, ele me puxou delicadamente, segurou minha mão, e se posicionou um pouco a minha frente, como se quisesse me proteger.

–Diego. –A voz de Leon saiu com tanta repugnância que me surpreendeu, Diego soltou uma gargalhada sarcástica.

–Nos encontramos de novo, Leoncito!


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Quero agradecer a vocês, pois chegamos aos 100 comentários, peço desculpas se não fiz um capítulo bom, mas irei melhorar, até logo :D