"SOU-CHAAAAAN! SOU-CHAN ONDE VOCÊ FOI?" Fuyumi gritava pela casa, acordando todos os presentes e provavelmente a vila inteira.

"Nee-chan dá pra fazer menos barulho? Uma dama como eu precisa de um bom sono de beleza." Kagura falou, olhando para os lados. "Que estranho, essa seria a hora que o sádico faria uma piada e eu quebraria a cara dele."

"Se o Souchirou-kun estivesse aqui porque diabos a maluca estaria gritando por ele? Sinceramente, você tem sukonbu no cérebro Kagura?" Disse Gintoki, comendo uma tigela de arroz com calda de chocolate, logo depois levando um murro da Yato mais nova.

"Ahh, onde será que o Sou-chan se meteu?"

"Cala Fuyumi-san, o Sougo só deve estar dando uma volta por ai, revendo as memórias de infância." Kondo tentou acalmar a Amanto.

"Gorila, desde quando está aqui?"

"Do que está falando Yorozuya?"

"Ah, foi mal, você teve tão pouca participação que eu esqueci completamente que tinha vindo junto."

"Enfim gorila, o Sou-chan não estava em nenhum dos lugares que costumava visitar antigamente. Será que aconteceu alguma coisa?"

"Yato maluca, se ficar tão no pé de um adolescente ele vai acabar se revoltando com você. Ou pior, se o mimá-lo pode acabar mais baixo que um virgem apoiador de óculos ou algo assim." Explicou o samurai de cabelos prateados.

"NÃO TUDO MENOS ISSO! MEU SOU-CHAN NÃO PODE VIRAR UMA CRIATURA TÃO NOJENTA E DESPREZÍVEL! EU ME RECUSO!" Gritou Fuyumi, caindo no chão numa poça de lágrimas.

"Porque eu estou sendo usado como comparação para algo ruim? Vocês desgraçados não tem sentimentos?" Lamentou-se Shinpachi, voltando a ler sua revista sobre Otsuu.

"Com licença senhores." Disse um garoto, segurando um envelope claro e cheio de detalhes. "Me pediram pra entregar isso a Fuyumi-san."

"Sou eu." Fuyumi falou, recuperando-se milagrosamente de sua crise de choro e pegando o envelope.

"Mal chegou aqui e já está recebendo cartas de admiradores Nee-chan? Não esqueça de dizer a ele que para sair com você tem que comprar muitos presentes pra mim." Kagura disse, tentando espiar o conteúdo da suposta carta.

"Não Kagura-chan, isso é um convite pra um casamento. É com grande alegria que os noivos convidam Fuyumi-san e seus amigos para o maravilhoso casamento de Tsubaki Clara e....." O papel quase saiu voando enquanto a Yato desmaiava murmurando ameaças e lamentações.

"O que foi Fuyumi-san? Esse nome que você falou, não seria a mesma Clara-san de ontem, seria?" Shinpachi perguntou.

"Que garota hein, mal deixou um já foi atrás de outro." Gintoki comentou. "Então Yato maluca, por quem a garota lá trocou o Souchirou-kun? Provavelmente deve ser alguém que ganha muito mais que um policial, nesse caso definitivamente vamos a esse casamento. Gente rica normalmente só serve comidas estranhas no jantar de festas, mas os doces sempre são bons."

"A coisa mais perto de um doce que terá nessa festa será uma fonte de chocolate cheia de sangue e pedaços de órgãos." A Yato de cabelos castanhos subitamente se levantou, com uma aura negra ao seu redor e segurando seu guarda-chuva como se estivesse prestes a enfiá-lo no coração de alguém.

"F-F-Fuyumi-sama, porque n-n-não se acalma um pouco?" Kondo falou, enquanto ele e os outros "homens" tremiam, tentando se afastar o máximo possível da furiosa garota, que a essa altura, estava com seus olhos azuis se transformando em vermelho sangue.

"O que foi Nee-chan? Alguma coisa nesse convite te irritou?" Kagura perguntou, agarrando o papel e lendo o tão misterioso nome do noivo de Clara. Seus olhos expressaram choque por um minuto, mas logo depois ela voltou para sua expressão entediada. "Aquele sádico idiota." A chinesa murmurou pra si mesma, saindo correndo da casa.

"Clara-chan se prepare a Onee-san aqui está indo te ajudar a se arrumar pro casamento. Para encaixar nas tendências da estação vamos deixar seu vestido branco com uns detalhes vermelhos."

"GIN-SAN PRECISAMOS PARAR A FUYUMI-SAN! A AURA NEGRA DELA ESTÁ QUASE DO TAMANHO DA CASA!" Avisou Shinpachi. "DESSE JEITO ELA VAI MATAR TODOS DESSA VILA!"

"F-F-Fuyumi-san, se tentar atacar agora pode não ser uma boa ideia." O protagonista tentou argumentar.

"O QUE VOCÊ DISSE?" Fuyumi se virou para encarar Gintoki, quase matando ele só com o olhar. "Aquela vadiazinha nojenta está se colocando no meio da felicidade do Sou-chan e da Kagura-chan e você vem com conversinha pro meu lado?"

"O Gin-san só disse que nós temos um plano! É! Um plano muito bom que com certeza vai resolver tudo isso!" Inventou Shinpachi. "Até o Kondo-san e o Hijikata-san vão ajudar, não é mesmo?" O óculos encarou os dois policiais com uma cara de "concordem ou estamos mortos."

"C-Claro!" Afirmou Hijikata, suando litros.

"Bem, talvez um plano elaborado seja uma ideia melhor. Vamos começar!" Fuyumi falou exibindo um sorriso inocente e largando sua arma, esperando que os samurais falassem alguma coisa.

"Assustadora." O quarteto pensou a mesmo tempo, enquanto tentavam pensar em alguma ideia genial para um "plano extremamente eficaz, violento ao máximo e bastante rápido para destruir casamentos" ou provavelmente pagariam pela mentira com suas vidas e mais um pouco. Afinal, nunca subestime uma fangirl quando seu casal preferido está prestes a ser desfeito. Especialmente se essa fangirl for uma alienígena de um clã extremamente forte, além de uma tia e irmã de consideração super protetora.

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"Droga, onde será que aquele desgraçado se meteu?" Kagura pensou, correndo por Bushu. Se aquele sádico queria se casar com uma vadia maluca, tudo bem pra ela. Mas ele ia pagar muito caro por não ter a convidado especificamente para um evento cheio de comida.

"Ei velho, você sabe onde é a casa de uma ruiva maluca chamada Clara?" A Yato perguntou a um homem na rua, que lhe deu instruções de como chegar na casa da garota.

"Vá preparando sua cara pra surra que eu vou te dar sádico.... A grande Kagura-sama está chegando para te destruir e mandar sua alma pro inferno." Um sorriso sádico se formou nos lábios da garota chinesa, enquanto ela corria com o máximo de velocidade para o lugar que o homem tinha lhe dito.

O até que a morte nos separe poderia entrar em vigor muito antes que a tal Clara imaginava.