O ódio de amar escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 11
Sentimentos ao vento


Notas iniciais do capítulo

Eu queria agradecer imensamente a "Uma Malfoy" que deixou a primeira recomendação para essa fic. Você está sempre acompanhando minhas fanfics, eu adoro seus reviews, e eu agradeço do fundo do meu coração, fiquei muito feliz!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/456404/chapter/11

Um barulho de carro foi ouvido do lado de fora da casa de praia à tardinha. Luna, que passara o dia todo em seu quarto, depois daquela estranha convera com Draco, daquela estranha vontade de tê-lo por perto sempre, saltou de sua cama e logo corria pela casa passando pelos Malfoy apressada. Sabia de quem se tratava

Abriu a porta com tamanha euforia e correu até o taxi debaixo da chuva fria mesmo, com pressa e vontade de ver uma Ginny que saia animada do carro. Sorriu no mesmo instante que, mesmo sem dirigí-la palavras, abraçou forte a amiga. A ruivinha retribuiu, sentindo logo os cabelo ficarem molhados e lhe pingar as costas.

Logo Ginny pagou o motorista com pressa por estarem em baixo de um toró, o carro contornou o local e foi-se embora e as duas amigas entraram para dentro da casa, Luna com um dos braços passados sobre o ombro da ruiva.

Narcisa abriu um sorriso contagiante quando viu Ginny, e Lúcio que prestava atenção em alguns papéis, olhou por cima deles e também expressou simpatia em seu rosto.

Draco encarava as duas na parede que dividia a sala com a cozinha, os braços estavam cruzados, uma das pernas se encostava na textura de grafiato.

– Ginny, mas que maravilha! - Sem se importar com o corpo molhado da ruiva, Cissa a acomodou em um abraço caloroso. Ginny sorriu e retribuiu, enquanto Luna fechava a porta atrás de si e arrastava a mala da amiga para dentro.

– É bom te ver Cissa. - Falou Ginny ao ser solta do abraço. Narcisa sorriu em agradecimento.

– É bom te ver também Gininha. - Draco quase riu quando ouviu aquele apelido, sabia que Ginny não gostava dele. A ruiva, no entanto, sorriu sem contrariar. - Vamos, Luna dê uma toalha para Ginny, ela precisa tomar um banho quente e se trocar.

– Pode deixar. - Luna obedeceu com um sorriso, olhando agora pra amiga.

– Ginny, temos mais dois quartos sobrando por aqui, então pode escolher. - Cissa avisou enquanto via a ruiva acenar carinhosamente para Lúcio, que retribuia o aceno.

– Não tia, ela vai ficar no meu quarto. - Avisou Luna.

– Ah, tudo bem então. Vão, tome um banhe Ginny e arrume as coisas dela no guarda-roupa que é grande lá do seu quarto Luna. - Narcisa correu os olhos por Ginny e Luna, e as duas assentiram. - Depois volte para contar as novidades, certo querida? - Ginny tornou a assentir com um sorriso.

Loira e ruiva caminharam casa a dentro, agora Ginny arrastava a própria mala e Luna fazia questão de não encarar Draco que estava no lado esquerdo do rumo a qual elas iriam entrar. Sua mente, depois de longos tempos pensando, estava confusa e ela preferia evitá-lo, até pelo menos poder desabafar tudo com Ginny.

– Draco, seja educado e carregue a mala de Ginny. - Mandou Lúcio encarando os papéis em sua mão.

– Não, tá tudo bem Lúcio.. - Ginny tentou intervir .

– Nada disso, você já deve estar cansada. - Lúcio deixou de olhar os papéis e encarou Ginny com um sorriso amigável. Correu os olhos até Draco, que permanecia na mesma posição com uma expressão de tédio. - Agora Draco. - Mandou e o loiro bufou.

Desencostou da parede e caminhou até as duas garotas, pegando a mala de Ginny entre elas sem se pronunciar e carregando o peso corredor á cima, segundos depois. Luna e Ginny se entreolharam. A ruiva fez uma expressão curiosa, estranhando porque Draco não estava naquela provocação de sempre, e Luna apenas deixou de encará-la, seguindo caminho atrás do loiro e ouvindo passos atrás de si de repente.

Depois de Draco instalar a mala de Ginny no quarto em que Luna estava hospedada, o loiro lançar um olhar intenso e indecifrável para Luna ao passar por ela no corredor e sair dali, as duas garotas adentraram o cômodo e Ginny começou com as perguntas curiosas.

– Quer me explicar que olhar foi aquele? - Indagou a ruiva com um sorriso maldoso. Luna revirou os olhos e bufou levemente.

– Pra falar a verdade nem eu sei. - A loira suspirou. Ginny arqueou as sobrancelhas, estranhando.

– O quê que aconteceu por aqui? - Perguntou Ginny desconfiada.

– Um beijo. - O soom foi quase inaudível.

– O que? - A ruiva indagou em alto tom, malandra.

– Um beijo, merda! - Respondeu Luna em recordação. Bufou quando o gosto dele lhe veio á boca.

– Não acredito! - Ginny exclamou, estupefata. Cobriu a boca quando percebeu que falara alto demais.

– Droga Ginny, foi mega sem querer, eu juro. - Luna tentou se explicar, mas logo se perdeu nas palavras.

– Fala sério Luna. Aquele olhar, nada de implicâncias, o beijo.. só pode estar rolando algum sentimento. - Deduziu Ginny com um sorriso maroto.

– Não me faça rir, não é hora pra piadas. - Debochou Luna em menosprezo. - Ele é ridículo, eu nunca sentiria nada por ele.

– Nada além de atração? - A ruiva provocou, com as sobrancelhas arqueadas.

– Nada além de ódio. - Contrapôs Luna firmemente.

– Quem desdenha quer comprar, sabia? - Continuou a ruiva a provocar e viu Luna lhe lançar um dedo do meio.

– Eu odeio ele mais que tudo, e ele me odeia mais que tudo. - Luna argumentou inventando uma sensatez.

– Não foi o que pareceu. - Debochou Ginny entre um sorriso maldoso.

– Não começa Ginny. Não tem nada entre eu e ele. - Mandou a loira sem paciência para continuar aquele assunto.

– Além de beijinhos, claro. - Ironiziou a ruiva rindo quando recebeu mais um gesto obseno da amiga.

– Não tá na hora de você tomar banho não? - Luna quis logo mudar de assunto, ainda assim manteu o tom de "estou de expulsando porque não quero falar disso" na voz.

– Estou esperando a toalha. - Ginny retrucou com seu sorriso de deboche.

– É mesmo? - Ironizou a loira, indo até o guarda-roupa e pegando a primeira toalha limpa que pôde encontrar. Jogou-a para Ginny no momento em que se virou para a amiga.

– Isso é recepção pra uma amiga, senhora Malfoy ? - Provocou Ginny indo em direção ao banheiro soltando uma risada debochada.

– Vai se ferrar Ginevra.

~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~

Assim que Ginny finalizou o banho e se trocou, Luna aproveitou que estava toda molhada para tomar uma ducha também. Não demorou muito embaixo da água, apenas deixou que quaisquer sentimentos ou pensamentos que envolvessem Draco fossem lavados naquele momento. Pelo menos naquele momento.

A noite já caía.

Depois de se vestir com um leve vestido cor azul celeste rodadinho, deixando os cabelos molhados soltos pelas costas e calçando uma rasteirinha, saiu com Ginny para a sala, onde ainda se encontravam os três Malfoy's. Lúcio continuava com seus papéis, Narcisa espiava a tevê - agradeceu quando percebeu que no chalé beira mar tinha uma televisão - e Draco parecia estar longe, sentado no sofá. Jogado, pra ser mais detalhista. As pernas no meio do caminho cobertas por uma calça jeans e o corpo praticamente deitado no estofado.

– Ginny, Luna, que bom que não demoraram. - Narcisa tirou os olhos da televisão e saudou as meninas que entraram silenciosas pela sala. Draco levantou o olhar em segundos e encarou a figura loira ao lado de Ginny. Se vestindo delicada, com os cabelos delicados, as pernas atraentemente delicadas. Parecia tão inocente assim. Sentiu uma estranha vontade que Luna se sentasse ao seu lado.

– É, só tomamos um banho rápido. - Luna se sentou ao lado da tia postiça e Ginny imitou-a, ficando ao lado loira.

– Ótimo, agora vamos ás novidades. Me conte Gininha, vejo que você cresceu. - Narcisa se voltou para as duas e Ginny sorriu.

– Acho que sim, não é? - Brincou a ruiva. Reparou, mesmo de esguelha, que Luna tinha o olhar voltado para o loiro à sua frente. Correndo os olhos por Draco rapidamente, viu que ele também correspondia ao olhar. - Então Cissa, você pode me dar só um minutinho? Quero falar com Luna e com Draco, você sabe, coisa de adolescentes.

– Claro, claro, podem ir, mas não demore. - A mulher sorriu com o pedido. Era bom ver que seu filho estava se enturmando. Assim pensava ela.

Draco olhou de esguelha, desconfiado, quando viu Ginny se levantar. A ruiva repreendeu Luna com o olhar por a loira estar quieta no lugar demonstrando a mesma expressão de Draco, acrescentada de insegurança.

– Vamos. - Ordenou em um tom educado mas falso para Luna, e a loira percebeu que aquilo era uma ordem. Se levantou sem confiança do sofá e viu Draco fazer o mesmo, sem questionar.

Ginny voltou a ir em direção casa a dentro e foi seguida por Luna, e Draco logo atrás. Quando chegaram ao quarto que agora era hospedado pelas duas amigas, ambas entraram e o loiro ficou esperando um concetimento com o olhar de Ginny para poder fazer o mesmo. Quando os três estavam já dentro do cômodo, Ginny fechou a porta atrás de si.

– Então.. - A ruiva olhou os dois parados um ao lado do outro à sua frente.

– Então o que? - Luna indagou desentendida.

– Ah, qual é. - Começou a ruiva com deboche. - Vocês nunca ficam desse jeito. Um do lado do outro, envergonhadinhos, sem se provocar.

– Ginny.. - Luna tentou intervir mas foi interrompida.

– Deixa eu falar. - A ruiva falou, agora séria. - O quê que foi? É por causa do beijo? - Indagou ela recebendo um olhar quase estupefato de Draco. - Eu já fiquei sabendo, foi a primeira coisa que ela me contou. - Luna sentiu as bochechas queimarem e involuntariamente abaixou a cabeça, se amaldiçoando de ter pegado o telefone e ligado para a amiga vir lhe "consolar". - Vocês se odeiam, qual é. Sempre reclamei das briguinhas, mas é melhor do que isso. - Apontou para ambos os loiros e percebeu que tanto Luna como Draco estavam sem jeito com aquela conversa.

Coisa que ela nunca pensara ver era Draco sem jeito.

– Sério, se tá rolando qualquer sentimento que for entre vocês, o que eu não duvido, não é melhor falarem um pro outro? Opa, e não venha me dizer que o Draco é galinha demais pra gostar de alguém, porque você não é só alguém Luna! - Argumentou Ginny quando viu a amiga lhe encarar e tentar retrucar. Draco olhou a loira por cima do ombro, teve a estranha sensação de quem descobre que falam de você pelas costas. - Vou voltar lá pra sala. Vocês podiam tentar falar alguma coisa um com o outro, não é? - Sugeriu a ruiva com as sobrancelhas arqueadas e as os braços cruzados. Não demorou muito para sair do quarto, não sem antes mandá-los se entenderem ou se odiarem outra vez.

Bateu a porta com certa força e um silêncio quase insuportável surgiu no quarto. Ora olhares eram trocados, ora bocas se abriam a fim de falarem algo, mas logo perdiam a coragem.

– Olha, não pense que está rolando sentimento da minha parte além de ódio. - Fora Draco quem se voluntariou para começar.

– Claro que não, da minha parte também não. - Luna argumentou, em concordância. Ambos ficaram frente a frente agora.

– Aquelas coisas que eu disse hoje.. - Luna interveio na conversa do loiro.

– Eu sei, não era verdade. Você não estava pensando em mim ultimamente e bla bla bla. - Ela concluiu por ele.

– Eu não ia dizer isso. - Contrapôs o loiro encarando-a nos olhos. - Olha, eu te acho bonita. Mesmo.

– Devo mentir ou falar que não posso dizer o mesmo? - A voz de Luna voltou, por um instante, á ironia de sempre entre os dois. Draco deu um passo a frente e segurou o rosto de Luna com uma das mãos. A loira se assustou ao mesmo tempo em que sentiu o coração acelerar - sem motivo para ela, é claro - .

– Luna, presta atenção. - O loiro involuntariamente acariciou o rosto de Luna, que se surpreendeu internamente. - Estamos só nós dois aqui, pela primeira vez na vida vamos colocar as coisas ás claras. Rola atração da minha parte, isso eu não nego.

– Não me obrigue a concordar. - A loira pediu em um tom suplicante, travando guerra interna com a mente e o coração. O olhar que Draco a lançou a fez suspirar e continuar; - Da minha parte também.

– Eu quis te beijar na boate, no mar. - Draco continuou com a carícia no rosto de Luna e olhou fixamente nos olhos dela. - Agora..

– A gente não pode. Nós nos odiamos Draco. - Luna tentou argumentar, guerreando para não ceder ao desejo que tinha há horas.

– Um beijo não vai acabar com o ódio, vai? - Os olhos acizentados pousaram sobre os lábios atraentes de Luna, e um novo movimento involuntário partiu dos dedos de Draco, esses passearam lentamentes sobre os lábios rosados dela.

– Draco, temos que voltar. - O sussurro na voz da loira foi lento e suplicante, como se ela estivesse juntando as últimas forças que tinha para resistir. O loiro envolveu-a pela cintura com o braço livre e os dedos que antes acariciavam os lábios de Luna agora foram parar entre os fios ainda meio molhados do cabelo dela. Os olhares se encontraram, e havia algo diferente neles. Era mais do que ódio, mais do que atração.

– Você quer tanto quanto eu. - A voz de Draco também soou como um sussurro.

Ambos os olhos foram instintivamente fechados e os lábios, se aproximando o suficente, se roçaram provocantemente. A fim de aproveitar aquele momento, que ele diria ser raro, Draco pegou o lábio inferior de Luna entre os dentes e mordiscou-o. Depois que puxou e chupou, soltou e Luna em questão de segundos tomou a boca do loiro para si.

Sem mais ceder, sem mais pensar em nada, as língua se tocaram e dançaram. As mãos de Luna agarraram com vontade os cabelos de Draco, o corpo dela roçou no dele.

Aquela mistura de desejo, os gostos viciando, as bocas aproveitando, os corpos se venerando.

Em um movimento astuto, Draco encostou o corpo de Luna na parede atrás de si e preensou-a contra ele. Sentiu ambas as intimidades se roçarem por cima das roupas. A loira arfou entre o beijo, ato que fez Draco querer sorrir. Beijaram intensamente por longos minutos, minutos estes que não pareciam mais acabar.

Se separaram quando precisaram desesperadamente de ar e a boca de Draco fez uma trilha de beijo pelo pescoço da loira, que recostou a cabeça na parede dura atrás de si e continuou de olhos fechados. Mordeu os lábios quando sentiu os dentes dele lhe provocar a pele.

– Eu te quero loirinha. - A voz do loiro ecoou em sussurro por vários minutos pelos ouvidos de Luna, ela parecia ter enlouquecido por ser obrigada a concordar internamente.

Abriu os olhos a fim de vê-lo, era beleza demais para ficar sem olhar. Quando os olhares se encontraram, ocorreu um curto circuito por todo o quarto, pelo corpo dos dois. As mãos de Draco, que ainda estavam entrelaçadas entre os cabelos de Luna, alisaram os fios cacheados lentamente. Respirações aceleradas, corações acelerados, desejos acelerados demais.

– Eu queria te odiar desse jeito. - Luna falou quando se viram em um silencio incômodo, os corpos ainda se roçavam por causa do sobe e desce de ambos os peitos a procura de ar. - Mas não podemos. - Acrescentou quando viu um sorriso brotar dos lábios dele.

– Podemos sim. O ódio só iria crescer. - Argumentou Draco, petrificado com o olhar dela.

– Não Draco, você não entende. - Luna interveio e soltou os cabelos platinados dele.

– Não vai rolar sentimento. - Garantiu o loiro.

– Da sua parte Malfoy. - Ela contrapôs, empurrando sem jeito o corpo de Draco para longe. Seus cachos loiros voltaram a bater em suas costas. Draco se desentendeu quando viu Luna passar por ele. - Eu sou diferente de você.

– Você tá dizendo que.. - Draco começou, sendo logo interrompido pela loira, que se virou com uma expressão indecifrável e apontou o dedo na direção do rosto do garoto.

– Eu tenho sentimentos Draco. - Alterou o tom de voz, não soube porquê, mas teve vontade de chorar. - Eu consigo gostar das pessoas.

– Você me odeia. - Argumentou Draco desentendido, mesmo assim olhando intensamente para ela. Sua voz quase falhou.

– É, é isso aí. Eu odeio você. Por isso não podemos ter nada um com o outro. - Replicou a loira, abaixando o dedo e olhando por mais alguns segundos nos olhos dele, antes de se virar para sair do quarto.

Draco piscou várias vezes por segundos, e quando viu que ela iria escapar, tratou rapidamente de segurá-la pelo braço. Luna se virou e olhou novamente nos olhos dele.

– Me solta, por favor.– Quase inaudivelmente conseguiu suplicar.

– Me explica, por favor.– O loiro também pediu em um quase desespero.

– Malfoy. - Ela mandou, aumentou o tom de voz e viu-o balançar levemente e positivamente a cabeça antes de soltar seu braço. Olhou-o umas duas ou três vezes antes de abrir a porta e sair do quarto. Tomou um rumo diferente, passou pelos fundos do chalé e foi para a varanda, que também dava visão do lado de fora para o mar. Precisava respirar, mas não podia chorar.

Um novo som de carro foi se ouvido pela segunda vez no dia. Draco sabia que se tratava de Harry Potter,seu melhor amigo desde moleques, mas naquele momento, absorto em pensamentos ainda no quarto de Luna, sem sair do lugar, apenas fixando a porta, ele não tinha vontade de ir receber o amigo.

Sabia que era injustiça, pois pediu para o moreno vir.

Juntou suas forças novamente, afinal era um Malfoy, Draco Malfoy, que não se envolvia com nada nem ninguém.

Passou pela sala sem dar atenção ao pai que anotava algo em um papel e a mãe que conversava animadamente com Ginny. A ruiva, quando viu-o seguir para fora do chalé sem sinal de Luna, se levantou apressada do sofá, fez um sinal para Narcisa e apressou o passo atrás do loiro. Já não chovia mais.

– Draco! - Gritou para o loiro que já estava parado em frente a um Renault Sandero vermelho. O loiro a olhou por cima do ombro, com displicência. - Onde está Luna?

– No meu bolso é que não! - Respondeu de longe para Ginny, que bufou, revirou os olhos e resolveu ir tirar satisfações.

Viu um garoto moreno, o corpo magro mas definido pela camiseta preta que vestia ser colada e seus braços ficarem á mostra. Não deu importância, mesmo sua mente apitando internamente em um sinal de "ele é bem bonito". Sabia que devia ser um dos amigos playboyzinhos de Draco. Foi até o loiro que cumprimentava agora o garoto em um aperto de mão e um abraço. De braços cruzados, se aproximou.

– Onde está a Luna? - Perguntou com fúria quando chegou ao lado dos dois.

– Garota, já disse que comigo não tá! - Draco bufou sem paciência.

– Você deve ser Ginny Weasley, não é? - Harry indagou com a voz audaciosa, enquanto passava os olhos atentamente pela ruiva. Ginny fingiu não ver aquilo e ignorou.

– Draco, eu deixei ela contigo! - Retrucou a garota batendo um pé no chão.

– Olha, eu não sei daquela lunática, eu não tô nem aí pra ela, eu odeio ela, e agora pode fazer o favor de se mandar daqui porque eu também não vou com sua cara. - Replicou Draco seco e irritadiço. Ginny, por alguns segundos olhou fixamente para o loiro, um tanto estupefata. No mesmo intante em que conseguira mudar sua percepção sobre ele, imaginando que pudesse ter algum sentimento dentro daquela pedra que provavelmente era o coração, já pensava totalmente igual a antes. Prepotente, playboy e sem valor.

– Estúpido. É por isso que você nunca vai conseguir gostar de alguem de verdade Malfoy. Porque você se acha o bam-bam-bam, mas na hora do "vamo ver" você é um fraco. Não sabe assumir nem o que sente. E é por isso que ninguém nunca vai gostar de você. Por que você não vale a roupa que veste, doninha. - Saiu dali apressada depois de cuspir as palavras na cara do loiro, que ficou paralisado absorvendo por longos minutos. Harry Potter apenas viu a ruiva desaparecer de vista ao adentrar a casa e ficou esperando o amigo voltar a si. Até para ele aquelas palavras tinham doído.

– Weasleyzinha ridícula. - Esbravejou quando voltou a si. - Vamos Potter, vamos pra dentro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, eu revisei o capítulo mas sempre fica algum erro né.. então me perdoem se tiver!

E façam como a linda da "Uma Malfoy", deixem suas recomendações se a fanfic merecer!

Quem gostou do momento Druna desse capítulo?