PET - 3ª Temporada - Combate nas Sombras escrita por Kevin


Capítulo 22
Capítulo 22 - Demônio Interior


Notas iniciais do capítulo

E agora vocês ficarão com o episódio onde veremos a decisão de ser Kevin ou Nivek.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/456351/chapter/22

– Mantenha essas chamas e esse bafo quente nesse nível. -

O grito ecoou pelo galpão vazio.

– Nem mais alto, nem mais baixo. -

O grito pareceu tão autoritário, que mesmo não acostumados a receberem ordens de outros que não fossem seus treinadores, ainda mais desconhecidos, os dois pokemons de fogo trataram de gravar a potencia das técnicas que usavam para não alterá-las.

– Tem certeza que podemos... -

Para qualquer pessoa com pokemons com saúde debilitada, independente dos motivos, ela deveria recorrer a cuidados profissionais, o que significava, normalmente, a Centros Pokemons. No entanto, os membros da Liga das Sombras não podiam fazê-lo, a brutalidade de suas lutas faziam os pokemons ficarem gravemente feridos e as Joys, diante ferimentos tão graves em um pokemon de treinador, acionavam imediatamente a policia.

O Grupo de Elisa possuia10 pokemons precisando de cuidados médicos. Wailord, que ultrapassou seus limites de velocidade navegando pelos mares. Mas, felizmente precisava apenas de uma boa alimentação e um descanso prolongado. Oito pokemons que participaram das lutas, o que incluía Raticate, o Presa Selvagem, precisava de cuidados. Possuíam ferimentos profundos e meros medicamentos e poções não fariam o efeito necessário. Precisariam de alguns pontos, repouso e um treinamento leve antes de voltarem a ter a mesma forma física. Certamente não iriam estar prontos para serem usados durante a Torre de Batalhas, mas nenhum das nove pessoas estava preocupado com um desses pokemons.

– Se duvidar, tenha certeza que não conseguiremos. - Nivek andava completamente concentrado. Ele Rabiscava rapidamente em uma placa de metal, que usava como quadro, tudo o que precisava para raciocinar. - Eu posso e vou. Nem que eu tenha que descer no inferno e trazer a alma dele de volta. -

O cliente de Elisa arrepiou-se com aquela fala. Apenas acenou e continuou a acompanhar os pokemons na tarefa mais difícil que eles já tiveram desde que entraram na Liga das Sombras.

No meio do oceano Nivek havia recebido uma mensagem telepática de Mewtwo que ele estava no local do quarto caderno e que ele estava para ser destruído, em torno de vinte minutos. Em uma corrida contra o tempo Nivek ameaçou a todos na capsula querendo mergulhar nos destroços de um navio que estava iluminado, no fundo do mar. Sua presença perigosa convenceu ao grupo que ficou na superfície esperando que seu mergulho terminasse.

Enquanto esteve em Mahogany aprimorou seu mergulho, assim como Price. Dois minutos e cinquenta segundos. Esse era o tempo que ele aguentaria imerso. Não teria muitas chances de ir ao fundo daquele oceano e voltar nesse meio tempo, mas Elisa liberou um segundo pokemon aquático para ajuda-lo. Um Milotic cheio de cicatrizes pela pele.

Milotic pareceu relutar no mergulho inicialmente, mas após perceber que Elisa queria ajudar o grosseiro rapaz, concentrou-se em mergulhar e perceber comandar e a falta de oxigênio de seu passageiro. Não era Novidade para Milotic realizar aquele tipo de transporte, mas normalmente faziam em águas mais calmos e sem ter uma tempestade acima deles.

Em outras situações, qualquer um ficaria maravilhado com a visão do fundo do mar. Milotic usava a técnica Mergulhar para levar Nivek ao fundo do mar, e a técnica Clarão, que fazia todo o seu corpo emitir uma luz intensa, para iluminar as coisas ao seu redor. Era realmente um pokemon feito para torneios, era uma pena ele ter se metido em lutas clandestinas, talvez com muito esforço a sua pele voltasse a ser bonita.

Com pouco mais de quarenta segundos já estavam junto ao navio abandonado que possuía diversos pokemon marinhos vivendo nele. No entanto, parecia que estavam extremamente assustados, pois estavam prontos para atacar Milotic que desviou de duas investidas. Preparou para fugir do local, mas Nivek saiu de suas costas, forçando o pokemon a continuar.

Canção de Ninar. Parecia que Milotic era muito experiente em mergulhar com passageiros, já que começou a por para dormir a maioria dos pokemons que tentavam atacar a Niver. Tudo isso levou um minuto e dez segundos. Milotic parou ao lado de Nivek que fazia sinal de que precisavam subir. O jovem já havia identificado a fonte de luz e parecia ainda mais surpreso.

– O Návio naufragou a muito tempo, mas um bote afundou em cima dele. Dentro do bote havia um pokemon; - Nivek lembravca-se de todo o momento do resgate. De terem, felizmente, encontrados a pokebola dele, próximo aos destroços do bote e que o pokemon de fogo, por algum milagre caiu em uma área que não havia entrado água no navio, justamente o local onde estava o caderno.

Após retirarem o pokemon de dentro do mar, ainda com vida, mas extremamente debilitado, a jornada para a Torre de Batalha passou a ser secundária. A vida de um pokemon estava nas mãos daquele grupo.

– Ninguém morre enquanto eu estiver em ação. - Nivek virou-se para o pokemon de fogo caído no chão. - Está me escutando, Chinchar? -

Pokemon Estilo de Treinador
3ª Temporada - Combate nas Sombras
Capítulo 22
Demônio Interior

– Ele estava a mais de um mês perdido no mar, dentro daquele bote. A tempestade virou o Bote dele, alguns pokemon marinhos o esconderam dentro do navio, já que não tinham como ajudá-lo. -

Por mais que Nivek não demonstrasse muitos sentimentos, não deixou de ficar surpreso. Chinchar era um pokemon macaco de fogo que possuía uma chama como rabo, completamente fraco contra a água. Ter ficado dias sem água ou comida deveria tê-lo matado, o mergulho no naufrágio deveria tê-lo matado. Se estava vivo era mais do que um milagre. Não tinha como Nivek não ficar assustado.

Mewtwo deixou de ter seus olhos brilhando. Já tinha o quarto caderno em mãos, e agora preparava-se para partir. Não havia nada que ele pudesse fazer pelo pokemon, não tinha poder de curá-lo e leva-lo consigo significava apagar a mente de pelo menos oito pessoas e nada garantiria que ele viveria. Além disso, ele não teria tempo de cuidar do pokemon, todos da Sociedade Secreta estavam com problemas e ele teria de ir ajudar.

– Você é tão fraco assim? -

Nivek questionou Mewtwo. Parecia realmente uma ofensa sobre as capacidades do pokemon genético em poder ajudar ao pokemon de fogo. Os dois se encararam por alguns segundos e depois olharam para o pokemon.

Eles estavam em um galpão, meio as docas da cidade Porto Comercial. O galpão parecia não ser muito usado e resolveram refugiar-se ali, arriscando repreenda-as e qualquer coisa do tipo. Enquanto Nivek eum cliente de Elisa ficaram para tentar ajudar Chinchar, os demais partiram com missões distintas, tanto para também ajudar chinchar quanto para que sua viagem seguisse assim que possível.

Nivek escutou o chamado de Mewtwo em cima de uma das plataformas mais altas do galpão. Ele simplesmente seguiu-o até lá, garantindo que o outro não estava atento ao que ele fazia. Entregando o caderno pediu para que ele o ajudasse.

– Já fiz muito avisando que ele estava lá e trazendo isso. - Mewtwo sem muitos rodeios esticou duas pokebolas. - Gastly para sua defesa. Vai precisar mais do que os seus selvagens para resgatar Lucas e defender-se dos Demônios que poderão seguir o seu rastro de destruição. - Mewtwo viu-o relutar em pegar as pokebolas. - Bayleef evoluindo poderá usar o Sino de Cura, melhor do que isso só fazendo esse pokemon nascer de novo. -

Nivek continuou encarando as pokebolas. Ele não queria usar seus pokemons anteriores. Eram de um passado que ele queria deixar de lado. Eram pokemon que nada tinham haver com a guerra que ele estava travando contra o mundo. Eram pokemons que ele não capturou sozinho, queria provar que ele podia fazer as coisas, sozinho.

– Faça o que quiser. - Metwo teleportou-se, mas deixou as pokebolas.

Assim desaparecera s pokebolas caíram e rolaram até os pés de Nivek. Agora não havia o que fazer senão leva-los consigo. Não iria deixar seus companheiros de uma vida jogados em um galpão para sabe-se lá o que acontecer com eles. Mas, não pretendia usá-los.

Ele retornou ao Chinchar que recebia um Lança Chamas e um Bafo de Fogo. Todos moderado. Um pokemon de fogo pode usar das chamas adversárias para se fortalecer e isso era o que Nivek tinha em mente. Não podia ser fraco de mais, ou ele não teria efeito algum, mas não podia ser muito forte, nas condições precárias dele ele não resistiria às chamas. O Bafo de Fogo, uma onde de ar quente, servia para secá-lo e tirar qualquer umidade que o corpo ainda pudesse estar guardando e as chamas, ao redor do pokemon, não estivesse secando.

– Você sabe mesmo como cuidar dos ferimentos dos pokemons. - Diz o cliente que ficou com ele. - Quando o encontramos ele estava pálido, mas ele conseguiu uma coloração melhor, apesar das chamas de sua calda ainda estarem muito pequena. -

Nivek balançou a cabeça. Ainda faltava muito para ele estar fora de perigo. Sua respiração era lenta e difícil. A desnutrição e a desidratação eram evidentes, mas quanto isso, ainda, não se podia fazer muita coisa, eles próprios não tinham água ou comida.

Nivek viu seus rabiscos no metal. Tinha que fazer o pokemon comer e beber água, mas ele estava tão fraco que não tinha como dar-lhe nada, apenas faria mais mal, fazendo vomitar o que lhe fosse dado. O quadro ainda mostrava que foi identificado em seu corpo areia e sal em grande quantidade, provavelmente coisa da maresia. A areia era um elemento terra que deveria estar machucando bastante, mas retirá-lo sem material era impossível.

– Se conseguirmos salvá-lo será como se ele tivesse nascido de novo. - Comentou o Cliente que olhou para Nivek que não lhe deu bola. - Desculpe. Eu só não estou acostumado como uma situação dessas. Ficar impotente diante ao sofrimento deste pokemon me deixa mal. Queria poder fazer algo mais do que tentar fortalece-lo com fogo e ar quente. - Ele suspirou. - Até o levaria ao Centro Pokemon, se a cidade tivesse um. -

Nivek escutava-o e fica ainda mais irritado. Aquilo era uma situação completamente desfavorável. Mas, ele iria ao inferno buscar a alma daquele pokemon, não iria? Já havia pedido ajuda ao Mewtwo, não tinha? Não custava rebaixasse um pouco mais.

– Saia! - Nivek uma pokebola.

A pessoa olhou curioso. Sempre via Nive e outras três pokebolas, mas ele sempre liberava o mesmo pokemon, agora via ele com cinco pokebolas. Tentou imaginar quando ele pegou aquelas cinco pokebolas, se ele havia roubado na ilha ou capturado e porque liberar um pokemon como aquele agora.

Com mais de um metro e bem robusta em sua cor bege, as folhas de cores vivas e intensas mostravam que era um pokemon super bem cuidado. Aquela Bayleef realmente era muito diferente do Ratiate, mas parecia ter um olhar esperto quanto.

– Bay bay! - A pokemon platan virou-se para Nivek gritando e brigando bem zangada.

Nivek nada fez. Apenas encarou a pokemon que parou de gritar e o encarou. Aqueles dois já conversavam com os olhos antes, mas naquele momento era ainda mais intenso.. A revolta por ter sido deixada de lado, a revolta pelas mortes. A decisão de não colocar ninguém em risco, a decisão de salvar uma vida.

– Bay! - Contrariada Bayleef pareceu ceder. E virou-se para os três pokemons tentando entender o que acontecia em sua volta.

– Esse pokemon está morrendo. Desnutrito, desidratado, com terra e água impregnadas em seu corpo, além de sal. Estamos mantendo-o vivo, por assim dizer, mas ele não vai durar muito. Não há Centro Pokemon perto e a única coisa que pode salvá-lo é o Sino de Cura. - Disse Nivek. - Quando evoluir para Meganium, vai adquirir a técnica. Salve-o e terá a oportunidade de enfrentar um demônio dentro em breve, uma luta que sei que deseja e que poucos saem vivos. -

Bayleef sorriu sadicamente. Ela via Kevin e não entendia o porquê daquilo visual Dark, mas gostava da proposta. Ela não evoluía pelo acordo deles, já que sabia que o menino precisava de uma proteção não totalmente evoluída contra a Estilo de Poder, mas não escondia sua vontade de guerrear contra um demônio. Agora, a situação mudava e ela via finalmente a oportunidade de enfrentar um adversário invencível.

Briguentinha via, dentro da alma de seu treinador, algo escuro e libertando-se. Mais do que os olhos de tigre que ambos compartilhavam. Agora a alma dele desejava sangue, e isso ela também desejava e não precisaria mais se conter.

– Evolua! -

– BAY! -

Espantado o cliente afastou-se vendo a pokemon planta concentrar-se enquanto seu treinador havia dado uma ordem surreal. Já havia o visto dar a mesma ordem anteriormente e funcionado, então esperava realmente, mesmo que incrédulo que a evolução acontecesse. Mas, via apenas uma pokemon concentrada a reunir forças, mas sem nada acontecer.

Viu treinador e pokemon olharem-se sem entender. Enfurecidos um com o outro e com eles próprios. Pensou em dizer que aquilo era improvável de acontecer, mas percebeu que algo entre eles não estava certo e que realmente eles estavam acreditando que o fariam.

Significa que para evoluir Bayleef precisa de algo mais. Ela sempre esteve prontapara evoluir todo esse tempo e agora não consegue. Parece que ela não precisa de maturidade e experiência. Ela não se sente rejeitada ou mesmo sozinha. Essa pokemon é uma guerreira. O que falta em você para evoluir? Nivek encarava pokemon da mesma forma que ela o encarava. A frustração entre os dois era grande, mas visivelmente os dois estavam com a mesma pergunta na cabeça, o que falta para evolução?

Um barulho ocorreu diante a porta do galpão. Fora como um impacto de algo contra o galpão. Bayleef se colocou a frente de Nivek rapidamente, pronta para atacar, enquanto os dois pokemons de fogo pararam de realizar suas técnicas, assustados.

– Não parem! - Gritou Nivek.

Os dois pokemons rapidamente voltaram a seus movimentos, temendo a Nivek.

A porta do lugar se abriu e eles puderem ver uma dupla de clientes de Elisa, rastejando para dentro, enquanto dois pokemons, um Primape bem surrado e um Gravelerjá desmaiado eram lançados para dentro. O Amigo que havia ficado com Nivek precipitou-se em ir ajudar, mas foi surpreendido pelo chicote de Bayleef impedindo que ele avançasse.

Uma dupla caminhou para dentro do galpão. Um possuía um cabelo completamente verde, altura mediana e um sorriso zombeteiro. O outro tinha um cabelo preto crespo, apesar do tom de pele visivelmente claro. Ambos usavam roupas comuns, calça jeans e uma camisa de algodão branca. Estava, bem molhados, devido a chuva que ainda caia lá fora.

Ao lado deles apareceram dois pokemon. UM Azul Maril, ao lado do de cabelo verde e um Raichu ao lado do de cabelo crespo. Os dois pokemons possuíam algumas alterações nítidas. Azulmaril, um pokemon aquático de cerca de um metro de altura, azul com a parte inferior branca, rabo fino com pompom azul de bola, orelhas grandes e braços alongados. No entanto, percebia uma quantidade de músculos por todo o corpo, além de seus olhos estarem ligeiramente vermelhos.

Raichu por sua vez era o pokemon elétrico com cerca de um metro e vinte, possuía um rabo metálico e seus olhos também estavam vermelhos.

O quarteto encarou Nivek que respondeu com um olhar ameaçador. Todo o ambiente sentiu o clima pesado e perigoso. A dupla de clientes que havia sido surrada arrastou-se, recolhendo seus pokemons.

– Eles estão aqui para nos impedir de chegar à torre de batalha. - Disse um deles. - Receberam um rádio de alguém da ilha. -

– Então, esse é o famoso Nivek, garoto de ar assassino. - O de cabelos verdes começou a caminhar enquanto o de cabelos crespos fechava a porta do galpão, trancando-os ali dentro. - Estava curioso para ver se realmente era alguém perigoso. Mas, que Diabos, você realmente é alguém que mete medo. - Ele riu. - Apesar de esperar alguém maior e mais feio. -

– Realmente ele fica uma graça com essa plantinha ao lado. - Riu o crespo caminhando. - Esperava ver o tal Presa Selvagem. Mas, podarei essa coisinha até que a ratazana apareça. -

Nivek observou que eles se posicionaram bem separados um do outro, cada qual em uma ponta do portão do galpão. Afastados o suficiente para que um não atrapalhasse o outro, mas ambos preparados para iniciar um ataque.

– Mantenham-no vivo e se afastem. - Disse Nivek para o trio que estava atrás.

– Cara... - O que passou o tempo todo com Nivek se surpreendeu. - Você não pode lutar sozinho contra eles. Sebastian Green, o treinador de Azulmaril, é extremamente forte e violento. John Tech, com o Raichu é completamente louco e cheio de armas. Eles foram os primeiros a se classificar para a Taça. -

– Você pode até enfrentar um, mas os dois juntos é suicídio. - Disse outro.

Nivek tentou recolher Bayleef, mas ela resistiu ao retornar. Virou-se brava e mostrando sua vontade de lutar contra aqueles dois pokemons.

– Vamos mata-los. - Disse Nivek como se informasse a Bayleef algo para ela refletir, mas ao contrário do que se esperava, ela sorriu ainda mais sádica.

– Nos matar? - Sebastian riu. - Você parece realmente ser o mais divertido. Talvez por isso Dex o quer tanto. Mas, infelizmente o campeão não vai se contentar com o Lucas. -

– Quem é que vai entrar para ajuda-lo? O que estava aqui antes ou quem acabou de tomar a maior surra? - John encostou-se ao portão de forma entediada. - Que venham todos, acho que assim será mais engraçado. -

O trio irritou-se, mas ao se precipitarem para frente sentiram que mais um passo e eles seriam alvo de Nivek. A presença assassina que ele demonstrava era algo que eles não compreendiam, apenas sentiam o que estava por vir.

– Sozinho contra os dois? - John desencostou-se do portão. - Vamos ver então! -

Os três pokemon partiram para o combate, deixando Sebastian e John surpresos por ele não colocar mais um pokemon para igualar a disputa. Aquilo sim era coragem e eles queriam ver o quanto aquela plantinha de olhar raivoso era problema.

Azulmaril saltou usando o Soco de Gelo para acertar Bayleef, mas a planta acelerou, escapando com facilidade. Raichu estava esperando a evasiva e tentou o rabo de ferro, com sua prótese metálica, mas briguentinha escutou o “Chicotes a minha direita” sendo dito pelo treinador e usou-os em defesa perfeita.

Bayleef tocou o chão e mesmo de costas desviou-se com facilidade, com um rolamento de corpo para a esquerda, evitando um jato de água e após fazendo um giro de corpo, que sacudiu sua folha da cabeça, defendendo-se de uma Descarga Elétrica de baixa potencia que Raichu jogou poucos segundos após o jato de água de Azulmaril.

A velocidade dessa Bayleef é surpreendente. Muito ágil. Além de um tempo de reação para com seu treinador que faz inveja. Será que isso é resultado de treinamento ou usaram algo? Sebastian analisava a situação. Estava surpreso com a velocidade de seus adversários.

Usaram algo certamente. Mas, não parece ter nenhum implante nessa planta. John tentava entender o vigor daquele pokemon.

Raichu começou a usar a velocidade o máximo que podia enquanto estalava seu rabo metálico com ponta afiada. Azulmarill aproximou e começou a socar e a chutar. Bayleef era veloz e defendia-se bem, mas a combinações dos dois era superior e começou a levar golpe atrás de golpe. Mesmo usando folhas navalha e muitos polens, ela não conseguia defender-se.

Nivek já começava a comandar, diminuindo a vantagem, mas ainda assim ela estava levando muitos golpes, fortes e poderosos. Nivek sabia que o problema estava na forma de luta, onde a pequena briguentinha não estava acostumada a lutar daquela forma suja, humana e com armas.

– Use pó atordoante. - Gritou Nivek.

Mesmo apanhando a planta mandou para o ar o pólen. Raichu parou imediatamente, contorcendo-se enquanto Azulmarill apenas diminuiu a velocidade mostrando ter dificuldade em controlar seus músculos.

Bayleef arfou algumas vezes afastando-se. Ela estava certa de que foi a primeira vez que apanhou tanto, mas estava gostando daquilo. Sabia que poderia vencer aqueles dois assim que Nivek desse a dica certa. Agora que Azulmarill estava com dificuldades e Raichu contorcia dando golpes desesperados e desorientados.

Um dos golpes desesperados de Raichu acertou o teto abrindo um buraco nele fazendo destroços caírem. Os destroços iam contra os três espectadores assustados com a luta e o moribundo Chinchar.

– Pegue-os com Raio de Sol. - Nivek saltou abrindo caminho para Bayleef que apenas respirou fundo acumulando energia e disparou o ataque contra os vários destroços que caiam.

Os olhares incrédulos de Sebastian e John acompanharam um veloz Raio de Sol que desintegrava os destroços menores, empurrando para longe os maiores. Os três jovens afastaram-se e seus pokemons preparavam-se para proteger Chinchar tentando armar seus ataques. Afinal, mesmo os destroços deixando ser perigo, a água ainda caia lá fora e já passava pelo buraco.

Os pokemons que apanhavam não se intimidaram com o raio de sol. Já eram pokemons que nitidamente esperavam qualquer coisa e um Raio de sol carregado em meros segundos em um dia de chuva não os assustaria.

Raichu descarregou eletricidade enquanto se aproximava, Bayleef após tanto esforço já estava ofegante. Não conseguiu desviar da eletricidade e apenas sentiu seu corpo ser lançado, posteriormente, por uma forte pancada lateral, o calda de fero de Raichu.

A planta foi parar justamente aos pés de Azulmarill que a esperava com um raio de gelo que a prendeu no chão. Socos e mais socos seguiram-se esmurrando Bayleef. A pokemon tinha dificuldades de se libertar e acabou sentindo que estava em apuros quando Raichu se aproximou com sua calda robótica.

Nivek preparava para liberar um outro pokemon quando algo passou por ele como uma bala. Um roda vermelha de fogo incandescente que não acertou Raichu por ele ser muito mais veloz.

Dois dois pokemons que preparavam-se para acabar com Bayleef pararam pasmos com a aparição da Roda de Fogo. Os seus treinadores olhavam tão surpresos quanto. Apenas Nivek parecia focado no que acontecia anteriormente.

A Roda de Fogo se desfez em um cansado e visivelmente doente Chinchar, mas estava com um olhar alerta, como se soubesse que representou mais do que uma distração para o grupo invasor, uma real ameaça.

– Obrigado Chinchar! - Gritou Nivek. - Aproveite agora, Bayleef! Enforque-o! -

Bayleef conseguiu romper o gelo e pegou rapidamente Azulmarril com seus chicotes. O primeiro chicote prendeu os braços e a as mãos, e o segundo passu pelo pescoço do pokemon.

Bayleef virou-se para Raichu encarando-o enquanto apertava o pescoço de sua vitima. O pokemon elétrico não conseguia decidir sozinho entre qual dos dois pokemons atacar, muito menos como atacar, seu instinto mandava ele se afastar de todos, seu treinador mandava atacar com tudo que tinha aos três pokemons, mas seus olhos viam algo que os dos demais só começaram a ver segundos depois.

Um brilho veio de Chinchar seu corpo aumentava e o calor do local aumentava. Ele evoluía diante aos olhos de todos. Raichu já sabia que o processo havia começado e estava paralisado com aquilo. Ele não queria enfrentar um pokemon como aquele Chinchar, aquele Roda de Fogo havia sido assassino. Se ele não fosse veloz não teria sidoa penas atingido, teria sido atingido diretamente na cabeça.

Nivek sabia disso, viu perfeitamente o local, ponto vital, para onde aquele pokemon apontou e teve a ideia de fazer o mesmo com seu adversário. Não esperava que o pokemon viesse a evoluir daquela forma.

O portão do lugar se abriu e o Elisa e os demais clientes chegaram, chocados com tudo o que acontecia. Do momento que Chinchar iniciou o roda de fogo até a chegada de Elisa passaram-se apenas um minuto, mas pareceu para os pokemons uma eternidade. Em especial para Azulmarill que debatia-se tentando livrar-se aos gritos de comandos de seu treinador.

Raichu decidiu por atacar a todos, mas escutou um estalo, assim como todos. O Rato elétrico olhou para Bayleef que sorria de forma sinistra. Azulmarill já não se debatia e seu corpo pendia totalmente para baixo.

– Ele realmente... - Sebastian não acreditava no que havia acontecido.

Bayleef arremessou o corpo de Azulmarril aos pés de Raichu, como um desafio e um aviso. Mas, não teve tempo de responder, pois foi recolhido por John que começava a correr. Sebastian ainda estava surpreso, nenhum de seus pokemons havia morrido, do que dirá ser assassinado.

– Vamos cara! - Gritou John.

Sebastian esticou a pokebola para o corpo de seu pokemon morto e o recolheu-o. Nivek continuava encarando-o enquanto Sebastian se afastava.

Ele matou o pokemon sem tripudiar desta vez. Elisa observava e tentava entender o que aconteceu, mas não deixava de perceber que Kevin havia se perdido de vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ou será que essa ainda não é a definição?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "PET - 3ª Temporada - Combate nas Sombras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.